sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Alcy Araújo: 87 anos de nascimento do grande Poeta e homem das Letras

(Foto: Reprodução/Arquivo da família)
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"Alcy Araújo Cavalcante, paraense da Vila de Peixe-Boi, município de Igarapé-Açu, nasceu no dia 7 de janeiro de 1924. Morou em Belém durante algum tempo com a sua família e depois viveu em algumas pequenas cidades do interior. Na capital paraense estudou na Escola de Aprendizes Artífices, tornando-se marceneiro, profissão que exerceu durante algum tempo. Mas sua vocação era mesmo para as letras e, a partir de 1941, trabalhou nos jornais Folha do Norte, O Liberal, Imparcial e o Estado do Pará. Chegou a Macapá em 1953 e logo ingressou no serviço público como redator do gabinete do governador Janary Nunes. Em 1956 foi chefe de gabinete do governador Amílcar Pereira. Foi diretor da Imprensa Oficial (1957), oficial de gabinete (1961), chefe de expediente da Secretaria Geral do Governo (1964), trabalhou como assessor administrativo na Câmara Municipal (1971), diretor da Rádio Difusora.
Alcy Araújo foi sobretudo um jornalista que trabalhou em muitos jornais, revistas e no rádio. Ao lado de Álvaro da Cunha - que chegou a Macapá em 1946 e outros funcionários do primeiro escalão, Alcy sempre esteve envolvido com as atividades culturais e intelectuais do Amapá, principalmente a literatura. Em 1957, com a fundação do Clube de Arte Rumo, logo surgiu a revista Rumo e, em 1960, a primeira antologia poética Modernos Poetas do Amapá, da qual foi um dos participantes. Alcy adotou vários pseudônimos para publicar artigos na imprensa visando driblar a vigilância dos governantes militares: Mário Santa Cruz, Nelson Maroin, Sérgio Burocrata, Alcimar Cavalero, Jean Paul e outros. Foi casado com a professora Delzuíte Maria Cavacante, sua primeira esposa, com quem teve os seguintes filhos: Alcione Maria Carvalho Cavalcante, Alcinéa Maria Cavalcante Costa, Alcy Araújo Cavalcante Filho e Alcilene Maria Carvalho Cavalcante Dias. Com a segunda esposa, Maridalva Rodrigues do Santos, casou-se em 1968 e o casal teve cinco filhas: Astrid Maria dos Santos Cavalcante, Aline Maria dos Santos Cavalcante, Aldine Maria dos Santos Cavalcante, Adriane Maria dos Santos Cavalcante e Alice Maria dos Santos Cavalcante. Obras publicadas: Autogeografia (1965), livro de crônicas e poemas e Poemas do Homem do Cais (1983). Participou, em 1988, da Coletânea Amapaense. Em 1997, Alcinéa Cavalcante, em parceria com a Associação Amapaense de Escritores - APES publicou mais uma obra poética: Jardim Clonal. Por iniciativa de Alcinéa (que cedeu as fotos desta matéria), seus poemas são constantemente publicados em antologias, como a Coletânea Contistas do Meio do Mundo (2010) Vale lembrar que em 1960 já se anunciava a publicação de “Poemas do Cais” que só seria publicado 23 anos depois. Deixou ainda várias obras inéditas em prosa e verso. Alcy faleceu no dia 22 de abril de 1989.
Nas palavras de Hélio Pennafort, “Alcy foi um competente boêmio, sagaz jornalista, um incomparável versejador e um carnavalesco de escola, honrando com a malemolência do seu gingado o codinome Nenê da Pedreira, que trouxe de Belém. Titio Alcy foi um dos mais macapaenses de todos os paraenses que ajudaram a desenvolver e animar a cidade”." (Texto: Paulo de Tarso Barros)

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