sábado, 31 de março de 2012

Oito dias sem Buiú

Morreu em Macapá, dia 23 de março de 2012, aos 76 anos de idade, o empresário pioneiro José Buiú da Silva.
Buiú nasceu na cidade de Caruaru, em Pernambuco, no dia 25 de novembro de 1935, filho de Manoel Francisco da Silva e D. Quitéria Leopoldina dos Santos, fazendeiros de porte médio. Estudou o 1º e o 2º graus nas escolas Vicente Monteiro e Sete de Setembro. Começou a trabalhar com seus pais, dedicando-se ao comércio. Com 18 anos de idade se transferiu para Recife, para servir ao Exército e, após sua dispensa, retornou a Caruaru, abrindo uma pequena fábrica de café que não deu lucro; trabalhou como palhaço, mas não deu certo. Foi novamente para Recife, tornando-se camelô. Essa atividade deu certo.Ganhando dinheiro, viajou para São Paulo, onde comprou um caminhão e saiu vendendo utensílios de alumínio, rede, etc. Percorreu alguns países que fazem fronteira com o Brasil. Após 12 anos morando em São Paulo, decidiu ir para o Amapá, em 24 de dezembro de 1969, com um resto de mercadoria, atuando como camelô. Comprou um prédio antigo na Rua São José, perto do Mercado Central e montou ...
a antiga Feira do Alumínio - na Rua São José -  que mais tarde se transformou...
(Foto: Reprodução / Paulo Tarso Barros)
na atual, Casa Aliança. Em 1991, a primeira loja pegou fogo, perdendo toda a mercadoria. A partir desse momento recomeçou a luta e venceu.
Assumiu a Vice-Presidência do Clube dos Diretores Lojistas; recebeu o Diploma de Honra ao Mérito outorgado pela Câmara de Vereadores de Macapá; era sócio remido do Trem Desportivo Clube; entrou para a Maçonaria em 14 de julho
De 1973, na Loja Acácia do Norte, na qual foi mestre de cerimônia; hospitaleiro, segundo Diácono e guarda externo. Foi fundador da Loja Cavaleiros do Setentrião onde assumiu os seguintes cargos: Venerável Mestre, Venerável Interino, Primeiro Vigilante, Diácono Adjunto, Segundo Adjunto e Segundo Vigilante. Fundou a Loja Renascença e assumiu o cargo da Guarda Externa.
O conhecido empresário, faleceu na sexta-feira, 23 de março de 2012, na UTI do Pronto Socorro de Macapá, com insuficiência renal em consequência de diabetes, aos 76 anos.
Buiú, era divorciado, e pai dos seguintes filhos: Sandro José, José Simon, Sandrinéia e Sandrineide de Souza da Silva.
Fonte: Livro Personagens Ilustres do Amapá - Vol. II de Coaracy Sobreira Barbosa, com informações atualizadas do escritor e poeta Paulo Tarso Barros - via e-mail.

Do fundo do Baú do Sapiranga: O Clássico: Caçulinha X Pioneira

No final dos anos 60, existia em Macapá apenas uma estação de rádio. Era a Rádio Difusora de Macapá – emissora oficial de amplitude modulada (AM), criada pelo Governo do ex-Território Federal do Amapá, em funcionamento desde 13 de setembro de 1943 e que continua no ar até hoje (2012)
Em 4 de agosto de 1968, entrou no ar outra estação AM, a Rádio Educadora São José de Macapá,  emissora católica de linha societária independente, sob o controle da Prelazia de Macapá. Da RE - que permaneceu no ar até 20 de abril de 1978 - não resta nem o prédio(2012).
Apesar da disputa pela audiência, nos bastidores, as equipes de radialistas se relacionavam de forma tranquila e cortez. Para consolidar essa cordialidade e esse entrosamento, ambas, disputavam acirradas partidas de futebol, de forma amistosa e disciplinada.
E essas partidas tornaram-se verdadeiros clássicos que deixaram boas lembranças, dos bons tempos.
Com a palavra o  amigo Sapiranga  para nos falar sobre o clássico:  Caçulinha x Pioneira:
“Bom mesmo era no tempo que se enfrentavam os times da Rádio Educadora São José e Rádio Difusora de Macapá. Aquilo sim era jogão de bola. Onde quer que fosse, praça da Conceição, Campinho do Colégio Diocesano, Campo da Estação ou do Independente, em Santana, centenas e centenas de fãs das duas emissoras, compareciam para torcer e aplaudir seus ídolos da emissora do coração.”
Anos 70 - Da esquerda para direita: ?; José Maria Coelho; Edir Peres, Anacleto Ramos; Claudionor Góes (Nozo); Moisés Tavares; Zuzú; Luiz Melo; Vicente Rocha e ?.
Agachados: Humberto Moreira; Luiz Roberto Borges; Milton Correa Filho; J. Ney; ? ; João Silva (Balalão); Jamil Valente; Milton Barbosa, Almir Menezes e Nilson Montoril.
“O clássico RE x RDM, era uma acontecimento imperdível e mexia com a cidade de Macapá de norte a sul, de leste a oeste. Era tão importante que o empresariado local não se furtava em doar prêmios e mais prêmios. Tinha prêmio para o goleiro mais vazado, para o menos vazado, pro artilheiro, pra quem chutasse a primeira bola no travessão, craque do jogo, quem fizesse gol contra e até para a torcida mais animada tinha premiação.”
“Para minha felicidade tive o prazer de jogar pelas duas equipes. Primeiro pela Rádio Educadora e depois pela Difusora. Sem falsa modéstia, quando defendia a Caçulinha obtive mais vitórias. Depois que passei a defender a velha boa as coisas se inverteram, a RDM ganhou mais vezes.
Se eu jogava bem? Quem viu dizia que sim. Não posso deixar de afirmar que joguei com bons boleiros nas duas emissoras: Luiz Melo, Joaquim Neto, Luiz Roberto, J. Ney na RE, Humberto Moreira, Mário Miranda, Almir Menezes, Sérgio Menezes, João Silva, Jamil Valente, Nozo, Zuzú, Edir Perez, Vicente Rocha, na RDM, só para citar alguns que tratavam bem a maricota.”
Time da RE, da esquerda pra direita em pé: ?; José Maria Coelho; Irandir; ?; Moisés Tavares; Paulão e Milton Barbosa.
Agachados: João Silva (Balalão); Sérgio Menezes, Raimundo Brabo Alves; J. Ney; Vicente Rocha e Alcione Cavalcante.
“Foram jogos memoráveis, de muita rivalidade mas sem violência dentro e fora do campo. Tinha também o lado engraçado, como ver o Joaquim Ramos, de saudosa memória, correr mostrando por baixo do calção uma cueca samba-canção branquinha, branquinha; ver o Sebastião Oliveira chutando capim no lado do campo e quando o Humberto reclamava de sua passividade dizia “a bola não vem pra cá”. O time da RDM, pela fama adquirida, passou a ser requisitado para jogar em diversas localidades do interland amapaense. Era mais quem queria vencer nosso time, mas era difícil, mesmo com os juízes, as vezes querendo ajudar o time local. E não foram poucas as vezes que fomos prejudicados pela arbitragem. Fizemos exibições convincentes e aplaudidíssimas no Maruanum, Macacoary, Serra do Navio, Igarapé do Lago, Ipanema e Santana.”
Ano 1972 -Radialistas da equipe da Rádio Educadora de Macapá, posam no campinho de casados e solteiros na Praça Nossa Senhora da Conceição, Bairro do Trem em Macapá, por ocasião de um dos clássicos do futebol, entre radialistas, num dos jogos entre RÁDIO EDUCADORA S. JOSÉ X RÁDIO DIFUSORA DE MACAPÁ.
Da esq. p/direita em pé: Joaquim Neto, Sebastião Balieiro, José Maria Coelho, Mário Miranda, Milton Sapiranga Barbosa, Anacleto Ramos e José Maria Trindade (Zeca Diabo).
Agachados da esq. p/dir: Luiz Roberto Borges (Luca Borges - Maritubinha), Luiz Melo (Luca Melo), Jota Ney, Nilson Montoril de Araújo e João Silva (Balalão).

"Hoje quando vejo uma partida de futebol entre o pessoal da imprensa, me bate uma imensa saudade dos bons tempos do clássico RE x RDM, em especial dos amigos que já foram para outro plano (Joaquim Neto, Edir Perez, Diquinho, Bonifácio Alves, Chiquinho, Paulão do Atabaque, Nardim Quaresma, aos quais aqui presto minha homenagem). Sinto saudade dos craques, do público e da festa das torcidas." (Milton Barbosa)

Fonte: Fotos e trechos reproduzidos do texto - Saudade do clássico RE x RDM escrito por Milton Sapiranga Barbosa, e divulgado em 10/10/2010 no blog da jornalista Alcinéa Cavalcante sob o título Lembranças do Sapiranga.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Do Fundo do Baú

Esta raridade fotográfica é do Baú do Aluisio Cantuária.
(Foto reproduzida do Facebook do Aloisio Cantuária)
Segundo a descrição do próprio Aloisio, da esquerda para a direita: Waldir Lira (diretor), Duarte (Geografia), Geovana (Ciências), Nelcy (Educação Física), Maria Simões (Matemática), Aloisio Cantuária (História), Graça Redig (Português) e João Bosco (Educação Física).

quinta-feira, 29 de março de 2012

Especial esportes: A Delegação Fluminense no Amapá

Por Emanoel Jordanio (*)

Em meados de 1959, a seleção oficial do Fluminense Futebol Clube, do Rio de Janeiro (RJ), recebeu um cordial convite da gerência da mineradora ICOMI para participar de algumas partidas amistosas com clubes residentes no então Território Federal do Amapá.
Sem colocar qualquer obstáculo, a diretoria do “Tricolor das Laranjeiras” desembarcou em Macapá com sua delegação na manhã do dia 12 de junho daquele ano, com intuito de participar de 03 certames futebolísticos com times locais: Amapá Clube, Trem Desportivo Clube e Santana Esporte Clube. O clube carioca permaneceria na cidade por 10 dias, tempo suficiente para realização dos jogos marcados.
O primeiro jogo ocorreu no dia 14 de junho, no Estádio Municipal de Macapá (atual Estádio Glicério Marques), onde o Fluminense pelejou com o Alvi-negro macapaense (Amapá Clube), saindo o time carioca como vencedor com o resultado final de 3 x 0.
A partida consecutiva aconteceu no dia 18 de junho contra o Trem Desportivo Clube, no mesmo estádio, porém, ocorrendo duas anormalidades em campo: a expulsão de um jogador meio-campo do time local e a anulação de um possível gol do jogador Maracá (Fluminense) que ficou inválido por ele estar em posição de impedimento, o que foi contrariado pelos dirigentes cariocas, mas acabou sendo nulo pelo juiz da partida, que era o desportista Wilson Sena. A partida encerrou com outra vitória para o Tricolor carioca em 2 x 0.
A partida final que encerraria a programação de excursão esportiva do time carioca pelo Amapá ocorreu no dia 21 de junho (numa quarta-feira), onde enfrentaria o “Canário Amapaense”. Esse jogo foi tão concorrido pelo público da época que a venda de ingressos foi liberada no mesmo dia que ocorreu o certame contra o time “Ferroviário” do Trem e esgotou sua venda de ingressos um dia antes do jogo final.
(Foto: Reprodução)

Na foto, time oficial do Fluminense (RJ) que esteve no Amapá em 1959.

Pelo time carioca jogavam: Castilho; Jair Marinho e Pinheiro; Edmilson, Clóvis e Altair; Marinho, Telê, Valdo, Jair Francisco e Romeu. Enquanto jogavam pela seleção santanense: Vasconcelos, Aristeu II e Varela; Joãozinho, Maranhão e Olivar; Lacerda, Wlademir, Toinho, Zeca Santos e Vavá (este substituído por Bandeira).
Sob a arbitragem do paraense Francisco Lima, o jogo iniciou com um gol formulado pelo jogador Vavá (Santana) em favor de seu time, mas a partir daí não tiveram outras chances mais fáceis durante a partida, deixando os convidados efetuarem 04 gols ainda no primeiro tempo do jogo. No placar final estaria o único tento para o “Canário” e quatro para o Fluminense.
Historicamente, esse jogo foi registrado com o maior público de arquibancada do estádio macapaense daquela década, onde acredita-se que mais de 3 mil pessoas tenham comparecido ao estádio macapaense naquele dia. E outro fato histórico que também marcaria essa ilustre visita da delegação carioca nas terras tucujus foi o fato de que o Santana Esporte Clube foi o único dos três times que jogaram com o Fluminense que ainda conseguiu um gol durante as partidas, algo que nem mesmo os maiores clubes do Norte Brasileiro conseguiram fazer quando o Tricolor excursionou os Estados nortistas naquele ano de 1959.
Fonte: Texto e foto reproduzidos na íntegra do blog Memorial Santanense

quarta-feira, 28 de março de 2012

Especial Esportes: Mané Garrincha em Macapá

Por Nilson Montoril (*)                                                                                        
(Foto: Reprodução)
Envergando a camisa do Ypiranga, com a qual atuou no 1º tempo do jogo de exibição que realizaou em Macapá, Garrincha ouve a saudação que lhe foi dirigida pelo desportista e torcedor botafoguense, Jarbas Ferreira Gato. No sentido do ponteiro do relógio identificamos as demais pessoas que aparecem na fotografia: Walter Banhos de Araújo, Ronaldo da Mota Borges(repórter esportivo), Orlando Torres(atleta do São José), Luiz Melo(repórter esportivo), Almir Menezes(repórter esportivo), Estácio Vidal Picanço(jornalista e historiador). Garrincha estava "fininho", resultado dos puxados exercicios que fazia no Centro de Treinamento do Palmeiras/SP, preparando-se para o jogo de despedida da Seleção Brasileira.
Em 1973, quando suas pernas tortas estavam ainda mais atrofiadas Mané Garrincha, o maior ponta direita do futebol mundial veio fazer um jogo de exibição em Macapá. Ele estava sem clube e precisava de dinheiro para sua subsistência. Cobrava quatro mil cruzeiros para vestir a camisa do time que pagasse o cachê. Quando as despesas eram pagas mediante coleta feita por dois clubes rivais, Mané Garrincha jogava um tempo por cada agremiação. Jogava não é o termo preciso para ser aplicado, mas a torcida vibrava quando ele dominava a bola e saia driblando seus adversários. Na maior parte do tempo o “Demônio das Pernas Tortas” recebia a bola e fazia lançamentos preciosos a seus companheiros. Como torcedor do Botafogo de Futebol e Regatas me acostumei a ver a “Estrela Solitária” brilhar intensamente nos gramados do país e do exterior. Entre os anos de 1953 a 1965, Garrincha defendeu a camisa alvinegra do “Glorioso de General Severiano”.
(Foto: Reprodução)
Foi descoberto pelo lateral Arati, que havia integrado uma famosa linha intermediária do Botafogo: Arati, Bob e Juvenal. Em 1953, o lateral esquerdo do Botafogo era o Nilton Santos, que levou um baile do Garrincha no primeiro treino do Mané. Após o treino o Nilton Santos endossou a contratação do ponteiro, haja vista que jamais gostaria de tê-lo como adversário. Na primeira partida que o Botafogo fez, com Garrincha vestindo a camisa nº. 7, o alvinegro venceu o Bonsucesso por 6x3, em 19/7/1953. Seu último jogo pelo fogão ocorreu a 15/9/1965, com vitória sobre a Portuguesa Carioca por 2x1. Seu último gol aconteceu no jogo Botafogo1x0 Flamengo, realizado no dia 22/8/1965. Garrincha disputou 609 jogos pelo Botafogo e marcou 252 gols. Foi campeão carioca em 1957, 1961 e 1962. Campeão do Torneio Rio - São Paulo em 1963 e 1964.
(Foto: Reprodução)
Quando ele deixou o Botafogo, a bebida havia dominado totalmente o talentoso Garrincha. O Corinthians se interessou por ele e tentou recuperá-lo para o futebol. O diagnóstico médico indicava que o Mané tinha uma distrofia física: “de frente, a perna esquerda era 6 cm mais curta que a direita e flexionada para o lado direito. A perna direita apresentava o mesmo desenho”. No Timão, na temporada 1966/1967, Garrincha realizou 13 jogos e marcou apenas 2 gol: derrota para o Cruzeiro por 2 x 1 e vitória diante do São Paulo por 2 x 0. Despediu-se do Corinthians com uma derrota contundente de 3x0 para o Santos.Passou vários meses sem clube, indo jogar no Atlético Júnior de Barranquilha, na Colômbia.Só fez uma partida, com derrota de 3x2 diante do Santa Fé, em 20/8/1968.Depois atuou no Flamengo( 14 jogos e 4 gols), Olaria(10 jogos e 1 gol). Participou de 61 jogos pela Seleção Brasileira, assinalando 17 gols. Campeão mundial em 1958 e 1962. Pela Seleção Carioca marcou 7 gols em 9 jogos. Excursionou por algumas cidades da Itália realizando exibições. No geral, ele participou de 714 jogos e consignou 283 gols. Não foram computados os tentos marcados em jogos de exibição por times do interior do Brasil. A 7/2/1957, ele fez parte de um combinado formado por jogadores do Botafogo e do Flamengo, na vitória sobre o Honved, da Hungria, por 6x2. Mané marcou um gol. Em 1968, Garrincha foi contratado pelo Treze de Campina Grande/Paraiba para enfrentar a seleção da Romênia. Ekle ficou em campo por 40 minutos e os romenos venceram por 2x1.
(Foto: Reprodução)
Garrincha desembarcou em Macapá na manhã do dia 11 de agosto de 1973. Já havia vestido a camisa de 13 clubes no giro realizado no Nordeste. Ficou hospedado no decadente Macapá Hotel. Louco por passarinhos, ele demonstrou interesse em conhecer quem tinha a mesma mania. Apresentaram-lhe o Chefe Escoteiro Humberto Santos, que entre outros pássaros criava um rouxinol, o “Preto”, pelo qual o Mané se apaixonou. Deram-lhe uma gaiola com um curió e um alçapão. Arranjaram-lhe como guia o índio Tunari, que passava a maior parte do tempo na recepção do Macapá Hotel vendendo artesanatos indígenas que fabricava. O Tunari e o Garrincha tinham um ponto em comum: apreciavam a marvada pinga. Na manhã de sábado, eu e o João Silva fomos ao hotel tentar uma entrevista com o Garrincha. O encontramos sentado no assoalho do apartamento, ao lado do Tunari, bebendo cachaça e tirando o gosto com camarão.
(Foto: Reprodução)
Como botafoguense, jamais imaginei conhecer o Garrincha em tal situação. Diante da nossa perplexidade e da censura feita pelo João Silva, Garrincha disse que a vida é assim mesmo, dá e tira. Nunca senti tanta pena de uma pessoa como naquele dia. Domingo pela manhã, dia 12/8/1973, reencontrei o Garrincha no Estádio Glicério Marques. Eu havia atuado pelo Grêmio Recreativo Universitário do Território do Amapá-GRUTA, que, na preliminar empatou em 1x1 com o Ipanema Esporte Clube. Uma rápida solenidade ocorreu no centro do campo, estando presente o Prefeito Municipal de Macapá, Lourival Bevenuto da Silva. A proprietária do “Armazém Colorado”, esposa do desportista Bernardino Sena, entregou ao Garrincha uma rosa de prata. Ficou acertado que o Mané atuaria um tempo pelo Ypiranga e um tempo pelo São José, os dois maiores rivais do futebol amapaense naquela oportunidade. Assim foi feito.
(Foto: Reprodução)
No primeiro tempo, o conjunto negro-anil do bairro proletário atacou a meta que fica próximo ao portão de entrada do "Gigante da Favela"e contou com o concurso de Garrincha pela extrema direita do ataque. Pouco foi acionado por seus companheiros e teve pouca oportunicade de realizar suas belas jogadas. Na etapa final a estória foi outra. Defendendo o São José, Garrincha ficou mais à vontade e frequentemente os atletas tricolores lhe passavam a bola. Neste tempo do jogo o "Anjo das Pernas Tortas" brincou os torcedores com belas jogadas, 4 delas memoráveis: cobrança de falta para o São José, com a bola batendo na trave; um drible desconcertante que fez 3 jogadores do Ypiranga passarem direto para a linha de fundo; um chute longo que o goleiro defendeu; uma ginga de corpo incrível sobre o zagueiro ypiranguista Oleno que o fez perder o rumo.No final da partida o São José venceu por 2x1. Deomir marcou os 2 gols do tricolor e Bil descontou pata o Ypiranga. Como o jogo foi festivo, não oficializado pela Federação Amapaense de Desportos, o registro do evento ficou na memória dos que foram ao "Glicerão". O tempo faz as pessoas esquecerem certos acontecimentos e vários atletas que estiveram em campo quase nada lembram de um fato tão importante.
(Foto: Reprodução)

(*) Professor, radialista, historiador e blogueiro amapaense

Texto publicado por Nilson Montoril e reproduzido na integra de seu blog Arambaé.

terça-feira, 27 de março de 2012

Esportes: Do Fundo do Baú do Mário Miranda

Mais uma relíquia fotográfica do Baú do amigo Mário Miranda, direta do Facebook:
(Foto reproduzida do Facebook do amigo Mário Miranda)
Onzena da Seleção Amapaense de Futebol de 1967:
Em pé a partir da esquerda: Domingos, Mário Miranda, Carlos “Cuchechiba”, Sabá, Edésio, Marco Antônio e o massagista Jasson.
Agachados: Doca, Mazola, Percival, Cremildo e Perereca.
cnico: Juarez Boas Novas de Azevedo Maués que não está na foto.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Do Fundo do Baú


Mais uma foto rara publicada por Tânia Pessoa no álbum Bela Macapá, no Facebook, e que compartilhamos com vocês aqui no blog Porta-Retrato.
Tânia é filha do Ten. Pessoa.
(Foto reproduzida do álbum Bela Macapá, via Facebook)

sábado, 24 de março de 2012

Comandante Idalino Oliveira, o Navio

Há 29 anos...
(Foto: Reprodução/Google imagens)
Em 24 de março de 1983 – era lançado em Macapá, nas águas do rio Amazônas, o navio Comandante Idalino Oliveira, que pertencia à frota do Governo do ex-Território Federal do Amapá.
Comandante Idalino Oliveira, foi por longos anos, funcionário do Governo do Amapá, sempre atuando no Serviço de Navegação oficial,  "desde os tempos do Sertta Navegação, que mais tarde virou Susnava e depois, Senava"(Paulo Silva).

quinta-feira, 22 de março de 2012

Numa Manhã de Setembro

Esta foto foi compartilhada no álbum Bela Macapá, do Facebook,  por  Laysala Rosario, neta do professor Paulino Souza do Rosário, um veterano amapaense com muitos anos de serviços prestados à educação do Amapá.
(Fot: Reprodução / do álbum Bela Macapá/Facebook)
Segundo Laysala Rosario, a foto é dos anos 70, durante uma apresentação do Grupo de Escoteiros, em um desfile de 7 de setembro.
O então Chefe Paulino desfilava na Av. FAB, dirigindo uma lambreta.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Tenente José Alves Pessoa, o desbravador

Se vivo fosse teria completado na terça-feira, 20 de março de 2012 - 109 anos de existência.
José Alves Pessoa nasceu em Natal, Rio Grande do Norte, em 20 de março de 1903, filho de Antônio Paulo da Silva Pessoa e D. Luíza Alves Pessoa. Casou-se com Valentina Costa Pessoa e dessa união nasceram os filhos José Ribamar, Luiz Carlos, Luiza Maria e Tânia Mercedes. Criado na cidade de Recife-PE, tornou-se escoteiro em 1919 e nessa atividade comandou uma Patrulha de Escoteiros que, em propaganda pela instituição criada por Baden Powell, realizou o raid pedestre Natal-Rio-São Paulo em 1932, comemorando o primeiro centenário da Independência. Por esse feito foi considerado pela entidade máxima do escotismo no Brasil e homenageado pelos governos de São Paulo e Rio Grande do Norte, tendo seu nome gravado numa placa-monumento colocada em uma das praças de Natal e os documentos e troféus desse raid, recolhidos ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. Apresentou-se ao Exército no ano de 1923 e fez o curso da Escola de Sargentos de Infantaria. Sua atuação foi intensa: combateu a Coluna Prestes em 1926; tomou parte na Revolução de 1930, em Recife, sendo comissionado no posto de Segundo-Tenente pelo General Juarez Távora; participou da Revolução Constitucionalista de São Paulo, em 1932; teve uma rápida passagem por Fernando de Noronha; em março de 1935 foi comandar o Pelotão de Fronteiras em Tabatinga, na fronteira Amazonas-Colômbia, onde passou dois anos, recebendo elogio do General Cândido Rondon; homenageado pela Guarnição Peruana de Ramon Castilla em 1936; serviu no 27º Batalhão de Caçadores em Manaus - AM, em1937; na Companhia de Fronteiras de Porto Velho-RO, em 1938; comandou o pelotão do Forte do Príncipe da Beira na Fronteira com a Bolívia, em1938; serviu no 24 BC em São Luís- MA, onde cursou até o 2º ano de Direito na Universidade do Maranhão, no período de 1939 a 1941; transferido para o Quartel General da 8: Região em Belém-PA, no ano de 1941; no ano de 1942 foi transferido para o 3º Batalhão de Fronteiras em Clevelândia, no Oiapoque e em 1944 foi reformado como Primeiro-Tenente R-1. Chegou a Macapá no ano de 1947, a convite do Governador do Território, onde se casou, teve filhos e se radicou. Iniciou suas atividades no Serviço de Administração Geral; nomeado Diretor do Tiro de Guerra 130; nomeado pelo Presidente da República Representante das Forças Armadas no COAB no Amapá; nomeado Delegado do SE SI, o primeiro de Macapá, permanecendo nessa função 4 anos; Superintendente do Abastecimento do TFA. Quando rebentou a revolução de março de 1964, não concordou com seus companheiros militares e foi demitido do Exército brasileiro. Anistiado em 1979, continuou na sua trajetória cívica, prestando serviços à maçonaria iniciado desde 16 de julho de 1934.
Participou da fundação das Lojas "Duque de Caxias" e "Acácia do Norte", ambas em Macapá, das quais foi venerável, membro do capítulo Rosa Cruz "Cosmopolita"; membro Honorário da "Conciliação Amapaense", Gerente de Amizade da Loja "Realidade 21"; Detentor da Comenda "Apolinário Moreira" dos 50 anos da loja do Pará e Medalha de ouro, trigésimo aniversário da "Duque de Caxias".
Sua participação escoteira no Amapá se destacou na grande caminhada do Oiapoque ao Chuí, em comemoração ao sesquicentenário da independência, percorrendo em 8meses e 16 dias 6.170 quilômetros,
trajando a farda de escoteiro e portando a bandeira nacional(foto acima).
Como esportista, foi campeão de natação em Natal; atravessou a baía da Guanabara em 1922; diretor do Clube Rio Negro em Manaus; diretor de Esportes do Maranhâo Atlético Clube; Presidente da Federação de Desportos do Amapá; de tênis de mesa e do Esporte Clube Macapá. De repente o escoteiro, o militar, o maçon, o desportista e o idealista José Alves Pessoa faleceu no dia 22 de outubro de 1979, sem se despedir de ninguém, deixando saudades para seus familiares e a admiração daqueles que o conheceram.
Fotos reproduzidas do álbum "Bela Macapá" do Facebook, postadas por sua filha Tânia Pessoa.
Fonte: Livro “Personagens Ilustres do Amapá” Vol. 1 – de Coaracy Barbosa, edição de 1997.

Encontro de Gerações

(Reprodução/Acervo do historiador Nilson Montoril)
Clique na imagem para ampliá-la
(Foto gentilmente cedida pelo amigo e historiador Nilson Montoril de Araújo)
Tenente José Alves Pessoa (o experiente desbravador) e o "menino lobo" num histórico encontro de gerações.
O garoto ao lado dele é o Robério, um dos filhos do Sr. Francisco Torquato de Araujo e irmão do historiador Nilson Montoril.
(Repaginado em março de 2012)

segunda-feira, 19 de março de 2012

Esportes: Do Fundo do Baú do Mário Miranda

Relíquias e raridades fotográficas do Baú do amigo Mário Miranda, diretas do Facebook:
(Foto reproduzida do Facebook do amigo Mário Miranda)
Em pé: Moacir (Mussuin), Olivar, Ruy Araújo (Mocotó), Carlito, Breca (Goleiro) e Mário Miranda.
Agachados: Acemir, Josias (Castanhal), Edson (Pratinha). Dodoca e Cremildo Costa (Curió).
Foto no estádio Glycério de Souza Marques - Macapá-AP.
(Foto reproduzida do Facebook do amigo Mário Miranda)
A partir da esquerda em pé: Palito, Rui Araújo, Cremildo, Sabá, Da costa e Breca (Goleiro).
Agachados: Perereca, Base, Mário Miranda, Coroca, Rui Miranda e Carlito.
Local: Estádio Augusto Antunes.

sexta-feira, 16 de março de 2012

O Farol da Fortaleza de São José de Macapá

(Foto: Reprodução de arquivo)
Anos 60 - O Farol da Fortaleza de São José de Macapá, que ficou instalado no monumento até 1979, era uma das antigas atrações do forte.
Sua função era orientar a sinalização do Canal Norte do Rio Amazonas.
(Foto: Reprodução de arquivo)
Visitantes fazem pose na escada do farol
Ele teria sido retirado do Forte por exigência do IPHAN (Instituto do Patromônio Histórico e Artístico Nacional), segundo o qual, não deveria existir na área do monumento ou em seu entorno, nenhum elemento que não faça parte de sua estrutura física ou estética.
(Foto: Reprodução de arquivo)
Diante do impasse, o mesmo teria sido devolvido ao Serviço de Sinalização Náutica do Norte, (órgão do Ministério da Marinha responsável pela sinalização náutica daquela parte do Brasil), que o teria reinstalado numa das ilhas da região entre o Pará e o Amapá.
(Repaginado em 16 de março de 2012)

quinta-feira, 15 de março de 2012

Do Fundo do Baú, do Diniz Botelho Filho

Nosso amigo Diniz Botelho Filho, depois de um período de ausência, volta à blogosfera e nos brinda com uma peça fotográfica de uma importância histórica, editada em seu blog na quinta-feira, 8 de março. Ele pegou uma foto rara fornecida por seu primo Antônio Jr., que apresentava uma coloração morta e com qualidade prejudicada por ser muito antiga.
Não gostou do que viu e tratou de retocá-la, e o resultado final você vê abaixo:
Uma preciosidade,... sem dúvida.
Por justa razão, resolvi compartilhar essa descoberta inédita, com os leitores do Porta-Retrato.
O próprio Diniz explica, na legenda, quem são os três "carinhas" daquela época, que aparecem “bem na foto”:
“Sentado na "lambreta" está o Nonato, filho do seu Lores (meu vizinho da Mendonça Furtado, que trabalhava na imprensa oficial) ao lado, em pé frente à "kombi" é o Antonio Jr. (meu primo, empresário do transporte de cargas, filho do tio Costa, gerente da ex-Moore-MC Cormak S/A com minha tia a Profª. Maria Cristina, esta que teve seu nome à uma Escola de Porto Grande) e por fim o Baiano (moreno, escorado na "lambreta"). Tudo isso em frente ao escritório do despachante Negrão e da Casa Líbia (canto da Profª. Cora de Carvalho com Candido Mendes), defronte, (do outro lado da rua) ficava o posto Texaco do seu Assis (hoje dos Alcolumbres).” (Diniz Botelho Filho) 
Fonte: blog do Diniz Botelho Filho

terça-feira, 13 de março de 2012

Do Fundo Do Baú do Aluízio

Esta raridade fotográfica, foi reproduzida do álbum do amigo empresário Aluízio Teixeira, direto de sua página no Facebook.
Aluízio não soube precisar a data nem o local em que a foto foi tirada. Só sabe que foi em Macapá,  por volta de 1958 a 1960.
Ele tomou por base a época de lançamento do carro que aparece atrás das imagens: uma "Camioneta  DKW Vemag" - Vemaguet.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Morre em Macapá, aos 63 anos, o jornalista Bonfim Salgado.

(Foto: Reprodução/Facebook)
Lendo o blog da Alcinéa, fui surpreendido com a notícia do falecimento, na manhã desta segunda-feira – 12.03.2012, na UTI do Pronto Socorro, em Macapá, do jornalista José Antônio Bonfim Salgado.
Ele completaria – em 29 de novembro – 64 anos de idade.
(Foto: Reprodução/blog da Alcinéa)

Segundo Alcinéa, Bonfim "passou mal durante a madrugada com uma crise renal. Por volta das 4h deu entrada no Pronto Socorro, mas teve três paradas cardíacas e não resistiu!".

A morte do querido confrade, me toca de perto, por ter convivido com ele nos tempos áureos (1968/1969 e 70) da Rádio Educadora São José de Macapá, de saudosa memória.
Que Deus lhe conceda o descanso eterno e o conforto à família enlutada, neste momento de dor e tristeza. (João Lázaro)

Atualização: O velório acontece na Loja Maçônica, na Avenida Minas Gerais, no Bairro Santa Rita. O sepultamento será às 4 horas da tarde, desta terça-feira, no cemitério São José, Buritizal. (JD)

(Atualizado às 22h08m)

A saga do pioneiro Antônio Rocha Filho

(Foto: Reprodução de livro)
Antônio Rocha Filho nasceu no dia 29 de março de 1916, na localidade de Jaburu no Município de Gurupá, Estado do Pará, filho do comerciante Antônio Cordeiro da Rocha e D. Marcelina Vieira da Rocha.
Fez o curso primário na escola pública ao mesmo tempo em que trabalhava no comércio de seu pai. Assistiu a morte de seu genitor quando tinha 16 anos e como era o filho mais velho, assumiu a responsabilidade de administrar o lar com sua mãe e os irmãos Antônia, Raimundo, Mariana e Perpétua. Ainda no interior, trabalhou em vários tipos de comércio, inclusive o de regatão, percorrendo na região das ilhas do Pará, Amazonas e Amapá vendendo várias espécies de mercadorias, ou trocando por sementes oleaginosas, látex da seringueira, castanha-do-pará, negociando no comércio de Belém. Assistiu e apoiou o casamento dos irmãos Antônia, chamada carinhosamente de "tia dona", do Raimundo e da Mariana e, quando a caçula marcou a data do seu casamento, sentiu que ia ficar só, procurou sua namorada, a jovem Maria Souza chamada carinhosamente de Silda, de 17anos de idade, e casou no dia 22 de janeiro de 1947, no lugar denominado Santa Maria, na vila do Jaburu, Município de Gurupá, na mesma data do casamento da sua irmã Perpétua. Dessa união nasceram os filhos Jesuíta, Jesuino, Geraldo, Josué, Maria das Graças e Perpétua do Socorro. Quando nasceu sua primeira filha, saturado de tantas viagens, sentiu a necessidade de ficar mais próximo da família, para dar melhor assistência. Foi quando recebeu proposta do comerciante, seu amigo Raimundo Nely de Matos para sócio de um comércio em Macapá. Antônio Rocha fixou residência em Macapá, a partir de março de 1952, e iniciou a casa de comércio Santa Maria, na Av. Feliciano Coelho com a Rua Tiradentes. Um ano depois resolveu desfazer a sociedade e trabalhar sozinho. Comprou uma casa residencial com uma panificadora ao lado, na Av. Henrique Galúcio, 408, onde residiu até sua morte. Trabalhou muitos anos com a panificadora, mas cansou e tentou o ramo comercial mas ainda não explorado em Macapá. Adquiriu uma lancha e passou a comprar açaí, nas ilhas dos Porcos e Ipanema, vendendo em Macapá. Montou várias batedeiras de açaí nos diversos bairros e durante muitos anos ganhou dinheiro.
Quando sentiu que o comércio estava saturado, com centenas de competidores, resolveu comprar uma embarcação para fazer frete entre Macapá/Belém/Macapá, dando-lhe o nome de "Iate Fortaleza" em homenagem a seus pais que eram de Fortaleza-CE. Em 1978 comprou a casa "Uirapuru" na Rua Tiradentes nº 1442, e deu-lhe o nome de "Casa Fortaleza" hoje Supermercado Fortaleza. Teve sucesso e resolveu vender o Iate e aumentar seu capital no novo negócio e foi abrindo outras filiais. De repente foi acometido de um derrame cerebral (AVC) no dia 18 de maio de 1996 e continuou enfermo numa cadeira de rodas, assistindo seus filhos desenvolverem o trabalho que iniciou em Macapá, no ano de 1952. Homem experiente e inteligente, sério, dedicou sua vida ao trabalho e à família, sem ter tempo de se envolver na política, de participar da vida social, do esporte e da religião, apesar de  ter apoiado os candidatos de sua simpatia, de colaborar nos eventos sociais, de torcer pelo seu clube e de ir à missa domingueira. Essa é a biografia de um homem de bem que contribuiu com a criação do Estado do Amapá. Os amapaenses agradecem, pelo que fez, por tudo que realizou junto com sua esposa, a dinâmica e sorridente, Maria Souza, ou Dona Silda.
Fonte:  O Livro “Personagens Ilustres do Amapá”, vol. II, de Coaracy Sobreira Barbosa.