quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Memórias da Cidade de Macapá: PRIMEIRO CAMPEONATO AMAPAENSE DE FUTEBOL.

Antes da criação do Território Federal do Amapá, em 1943, os poucos habitantes da cidade de Macapá - até então pertencente ao estado do Pará - brincavam suas peladas num campinho situado ao norte no antigo Largo da Matriz, tendo ao centro a Travessa Siqueira Campos (atual Mário Cruz), em direção ao Rio Amazonas.
Com o advento do Território, o local passou a ser palco de jogos dos primeiros times formados na cidade, antes da fundação do Estádio Glycério Marques, em 1950.
Na parte sul da área - onde hoje está erguido o Teatro das Bacabeiras - existia um outro campinho de pelada dos garotos.
Nilson Montoril, conta detalhes da movimentação esportiva daquela época:
”O primeiro Campeonato Amapaense de Futebol, organizado pela Federação de Desportos do Amapá foi realizado a partir de novembro de 1947, contando com a participação do Esporte Clube Macapá, Amapá Clube, Cumau Esporte Clube e Construção Esporte Clube (congregava operários das obras governamentais). O Macapá conquistou o título. Quando foi criado o Território Federal do Amapá, a 13 de setembro de 1943, só havia dois times de futebol em Macapá: Panair Esporte Clube e Serviço Especial de Saúde Pública-SESP, do qual se originou o Amapá Esporte Club, mais tarde Amapá Clube. 
A Federação de Desportos do Amapá foi fundada em 1945, mas custou a organizar-se. Os clubes não tinham plantéis registrados. Os jogadores atuavam por mais de dois times, principalmente os que formavam no Construção. 
O campo da praça Capitão Augusto Assis de Vasconcelos (Veiga Cabral), não tinha as medidas oficiais, cercado e arquibancadas amplas. Nem sempre havia redes nas balizas. O time do Macapá era o mais entrosado. A maioria dos atletas veio de Belém mediante oferta de emprego. O primeiro campeão da era Estádio Municipal/Glycério Marques (denominação a partir de janeiro de 1956) foi o Amapá Clube.”
 Fonte:Facebook

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Memórias de Macapá: O Memorável Bar Lennon

(Foto: Daniel Andrade)

O Lennon foi um bar que funcionou por muitos anos na esquina da rua General Rondon com a Av. Iracema Carvão Nunes, em frente à Praça da Bandeira, no centro de Macapá. Era administrado/arrendado, inicialmente, pelo economista Jurandil Juarez e pela Suelly Cavalcante.
Um dos poucos, nos anos 80, onde se ouvia MPB de qualidade; local onde artistas da terra se apresentavam sem compromisso. Na foto acima, Vanildon Leal e Amadeu Cavalcante no palco.
Do lado oposto ficava o Bar Xodó, do “seu” Albino.
Encontrei esse registro, no Blog da Alcilene: “Realmente o Lennon representou o ponto de encontro de uma geração que vivia intensa e emocionalmente o Amapá. Sem contar que lá estimulava-se expectativas não somente das noitadas que foram ma-ra-vi-lho-sas, mas também de mudanças comportamentais, não foi? E o mais importante ‘é que nossas emoções sobrevivam’”.
Concordo, Irani!
A foto do acervo de Fernando Canto, mostra os músicos Vanildon Leal ao violão, Amadeu Cavalcante no vocal, Gogô na bateria e Espíndola no Sax, numa das noites com música ao vivo.
O Bar Lennon foi, por muitos anos, o point da cidade.

sábado, 19 de janeiro de 2019

Foto Memória do Esporte Amapaense: Time do Colégio Amapaense

Nos anos 60 foram realizados em Macapá, os "Jogos Ginásio-Colegiais do Amapá”, numa promoção do Departamento Esportivo da UECSA - União dos Estudantes Secundaristas do Amapá, com apoio dos governos territorial e municipal e da empresa ICOMI.
Participaram das competições equipes do Colégio Amapaense, Colégio Comercial do Amapá, Escola Industrial e Escola Normal de Macapá, sempre com o apoio de calorosas torcidas organizadas.
A postagem de hoje, vem do Baú de Lembranças do amigo João Silva.
É um registro raro dos Jogos Escolares de 1968, no Estádio Municipal Glycério Marques, que completou, agora em 2019, 69 anos de inauguração.
Time do İnstituto de Educação do Território do Amapá - IETA, com a seguinte formação: em pé, da esquerda para a direita, Edésio (técnico), Zé Maria Franco, Rui Apolônio, Paulo Roberto, Horácio Marinho, Antoninho Costa e Marco Antônio; agachados: Cazé, Carrapeta, Ubiraci, Roberto, Pennafort, popular Macaco, e Heitorzinho, cartola.
Fonte: Facebook

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Foto Memória de Macapá: “Boca Rica”, o primeiro relojoeiro da cidade!

Edgar Ferreira de Almeida, paraense, natural de Soure/PA, nascido em 10/06/1914, foi o primeiro relojoeiro da cidade, conhecido como “Boca Rica”, em razão dos dentes de ouro que ostentava, coisa fina de época.
Era carpinteiro e pedreiro, mas foi para o Amapá para trabalhar como relojoeiro, abrindo a “Relojoaria Volante”, localizada na Av. General Gurjão, próxima à Rua São José.
Casou no final dos anos 40, com Diva Pereira Maciel, amapaense, atualmente com 81 anos.
Ganhou duas vezes na loteria, empreendendo o ganho na compra de sua residência e tratamento do câncer (pulmão) em Belém, razão pela qual veio a falecer em 1971. Fonte: Rogério Castelo SEMA/AP
Segundo o jornalista João Silva, "a "Relojoaria Volante" ficava  em uma ou duas portas de uma casa enorme de paredes grossas feitas de pedra, na General Gurjão, esquina com a São José, onde morava uma velhinha que se chamava Mariinha, pegada à casa do pessoal do Sr. João Barca," bem ao lado do antigo casarão da Dona Sophia Mendes Coutinho, mãe da professora Guita.
O historiador Nilson Montoril, também conta que “Seu Edgar, popularmente conhecido como "Boca Rica" exercia a profissão de relojoeiro e residiu à Avenida General Gurjão, trecho compreendido entre as Ruas São José e Coronel José Serafim (depois Tiradentes) ocupando cômodos de um velho casarão que funcionou como cadeia pública de Macapá por muito tempo. Era um cidadão de hábitos simples e gostava de conversar sobre política e futebol. Vibrava com os feitos do Paysandu Sport Clube. Durante alguns anos foi submetido a tratamento de uma pertinaz tuberculose havendo necessidade de ficar internado no Hospital dos Servidores Públicos, no Rio de Janeiro. Recuperado da doença retornou à Macapá. Consertava qualquer tipo de relógio. Sua vida foi devotada à profissão já mencionada. Foi nosso vizinho.”
Fotos: Do acervo pessoal e do João Silva.
(Post reeditado e atualizado em 18/01/2019)