segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Foto Memória da Mineração Amapaense: Laboratorista Hipólito Tomaz Vieira e família

Hoje publicamos em nosso blog uma foto compartilhada na Rede social pelo internauta Hilton Vieira, com data estimada de 1957/58.
Nela aparecem o Sr. Hipólito Tomaz Vieira (ex-funcionário da ICOMI), o Hilton ao seu lado, com as irmãs Maria Das Graças Vieira Martins, Bal Vieira, Inácia Maria Vieira, todas muito novas tendo à direita a mãe deles dona Hilda Carvalho Vieira.
O cearense Hipólito Tomaz Vieira, nasceu no dia 3 de novembro de 1916 em Sobral-CE. Ainda muito cedo deixou sua terra natal, o vilarejo denominado Sítio Norte, na Serra de Muruóca.
Andou por diversos Estados e desenvolveu uma série de ocupações que o levaram de simples mascate a comerciante estabelecido.
Em 1950, casou-se com Dona Hilda Carvalho Vieira, no Estado do Piauí. Desse enlace nasceram os seguintes filhos: Inácia Maria Vieira, Hilton José Carvalho Vieira, Maria das Graças Carvalho Vieira, Herivalda Carvalho  Vieira, Hipólito Haroldo Carvalho Vieira, Dario César Carvalho Vieira, Helda Cristina Carvalho Vieira  e Wellington Vieira.
Após o nascimento de sua filha Inácia Maria, Hipólito sentiu aumentar suas responsabilidades e a necessidade de garantir o futuro da família que começava a crescer.
Sabedor de que no Amapá uma grande empresa de mineração precisava de empregados, Hipólito não pensou duas vezes, vendeu tudo, arrumou as malas e partiu com os seus para Macapá, no ano de 1952. Data daí seu ingresso na ICOMI, como Auxiliar do então Departamento Médico. Ele recebeu a chapa nº 0685.
Inicialmente atuou como enfermeiro em apoio ao pessoal que trabalhava na construção da Estrada de Ferro do Amapá, num ambiente precário no que diz respeito à saúde dos trabalhadores, mormente pelo acometimento da famigerada malária.
Posteriormente se estabeleceu na Vila Terezinha atuando no Posto de Saúde da localidade, até a conclusão da Vila de Serra do Navio, em 1959.
Não demorou muito passou a Praticante de Enfermeiro, função pela qual demonstrou grande interesse e zelo.
Com a ampliação dos serviços assistenciais médico-hospitalares, o antigo Departamento foi transformado em Divisão de Saúde, e Hipólito por sua dedicação ao trabalho e pela confiança de que sempre se fizera merecedor, foi promovido a Atendente de Enfermagem, posto em que permaneceu até o fim de 1961.
Em 1962 – por méritos e por possuir o curso ginasial completo, (muito valorizado na época) - foi-lhe proporcionado fazer o curso de laboratório em análises clínicas em Belém do Pará, por um período de 6 meses, findo o qual Hipólito obteve menção honrosa e o direito de ingressar no quadro de funcionários especializados, como Laboratorista, fato que se concretizou em 12 de dezembro do mesmo ano.
Seu Hipólito trabalhou em Serra do Navio até 1965, sendo transferido para Santana, porque Inácia, sua filha mais velha, precisava fazer o curso ginasial e na  Serra não havia essa condição.
Trabalhou em Santana até dezembro de 1973, e por iniciativa própria pediu desligamento da Empresa, retornando com a família para Terezinha. Infelizmente lá chegando, encontrou uma realidade completamente diferente daquela que tinha se habituado a viver e resolveu voltar para Santana.
Procurou antigos colegas de trabalho na intenção de reaver o seu antigo emprego, mas, por uma política interna da Mineradora, não foi possível sua readmissão, pois a Empresa já havia promovido um outro auxiliar para o seu lugar.
Entretanto, os amigos se movimentaram e conseguiram uma colocação para ele numa empresa açucareira ligada ao Grupo CAEMI que estava sendo implantada no Amapá. Um projeto arrojado,  com grandes investimentos localizado no município de Porto Grande .
Contratado foi enviado para Alagoas, para fazer um curso de laboratório pelo período de uns 4/5 meses.
Infelizmente esse projeto surpreendente foi abortado e mais uma vez, fez prevalecer o seu bom conceito e consideração que todos nutriam por ele. Foi contratado pela empresa que assumiu o novo projeto,  a AMCEL, e nela trabalhou até se aposentar e ir residir em Fortaleza-CE, onde faleceu e foi sepultado em 03 de março de 1993.
Dois raros momentos reunidos com a família foram registrados em duas fotos que ilustram esta postagem.
Fontes: Revista ICOMI notícias, com atualizações e informações complementares de Hilton Vieira, filho do biografado.
Agradecemos o imprescindível apoio do amigo editor da página ICOMI - Portal do Altamir Guiomar, no Facebook.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Foto Memória de Macapá: Niná Nakanishi e as Irmãs Barreto

Nossa Foto Memória de hoje, é um raro registro das irmãs Barreto (Olinda, Carlinda e Lindalva), entre elas a artista plástica amapaense Niná Barreto Nakanishi, filhas do casal Luiz Gomes Barreto e Evença Gomes Barreto, entre outros.
O encontro aconteceu no interior da residência de Niná. 
A partir da esquerda vemos Niná (de sapatos brancos); ao lado dela duas senhoras não identificadas; em frente às três, vemos  a Sra. Olinda apresentando uma peça de arte, observada por Carlinda (de roupa clara) que mal aparece ao seu lado; atrás dela à direita da foto está Dona Dedith Barbosa Santana (mãe do professor Guilherme Jarbas Santana) seguida da Sra. Lindalva (com bolsa preta).
Apenas as irmãs Lindalva e Odete Barreto são vivas.
Dona Lindalva (viúva de Cláudio Souza Pinto) mora em Macapá.
Odete Barreto (que não aparece na foto), viúva, que foi professora de Niná, atualmente  reside em Manaus.
Niná Nakanishi faleceu em Macapá, em 20 de setembro de 2003.
Dona Dedith, (amiga da família Barreto), faleceu em 17 de março de 2014.
Fonte: Getúlio Barreto (fotógrafo)

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Foto Memória de Macapá: O amapaense Alberto Alcolumbre

(*) Por Walter Jr do Carmo
O Aeroporto Internacional de Macapá recebeu o nome de um comerciante filho de pioneiros de Macapá.
Alberto Alcolumbre, era amapaense, descendente de judeus.
Teve como avós Salomão Peres e Syme Gabbay, oriundos de Tanger, cidade e porto do Marrocos, no Estreito de Gibraltar. Eles vieram para o Brasil junto com tantas outras famílias de várias origens nos meados de 1870 a 1910, motivados pela exploração da borracha que na época vivia um período de grande prosperidade. Vieram para Belém e de lá para o Amapá.
Salomão Peres iniciou sua vida no Amapá como carroceiro e por não ser alfabetizado, porém, ter grande força de vontade, aonde ia levava uma cartilha e uma tabuada. Muitas vezes tirava suas dúvidas com os transeuntes no caminho.
Com tanta perseverança consegue enveredar pelo caminho empresarial montando um armazém de secos e molhados, numa localidade chamada Padre Inácio.
Isaac e Syme tiveram nove filhos, entre eles: Alegria Gabbay Peres, nascida em 03 de janeiro de 1916. Era a sexta filha do casal. Posteriormente viria se chamar Alegria Peres Alcolumbre.
Em 1940 desembarcou em Macapá o jovem Isaac Menahem Alcolumbre, também judeu, filho de Alberto e Sarah Alcolumbre, vindo de Belém, depois de ter residido, em 1939, em Porto Velho, onde atuava no Serviço de Saúde Pública-SESP, como mata mosquito, na luta pela erradicação da malária. 
Isaac foi para Macapá para contrair núpcias com a jovem Alegria Gabbay Peres. O casamento foi realizado no Fórum da Comarca, que funcionava no prédio da Intendência Municipal, na época.
Após o casamento, as atividades comerciais que estavam com Dona Alegria passaram a ter como sócio Isaac Alcolumbre exercendo função de gerente.
Comunicativo e trabalhador, Isaac ganhou a amizade do povo amapaense. Foi o primeiro comerciante da cidade a sair do simples sistema de troca, comprando géneros inclusive ouro, prosperando com a criação do Território do Amapá, onde passou a ser conhecido como o Rei do ouro. Dona Alegria sempre companheira e trabalhadora, assumiu a gerência da loja na ausência do marido. Em 1946 a sociedade com Syme se desfez.
Isaac e Alegria tiveram onze filhos, entre eles Alberto Alcolumbre, o segundo filho e o primeiro descendente homem da família.
Seus outros irmãos são: Sarah, Ana, Salomão, Menahen, Nissim, José, Syme, Julia, Sonia e Pierre.
Alberto Alcolumbre – nascido em 19 de abril de 1943 - cresceu dentro do comercio, mas se formou em Contabilidade na Escola Técnica do Comercio do Amapá - ETCA. Foi para Porto Velho, onde trabalhou na Empresa Shell Billiton do Brasil. Com a morte do seu pai, em 11 de julho de 1971, Alberto volta para Macapá para assumir o comercio da família, junto com a sua mãe Alegria.
Alberto, com inteligência, espírito empreendedor e grande poder de comunicação, logo se destacou no mercado e pôde dar força a seus irmãos que ainda dependiam da mãe, dona Alegria, ou que estavam na luta pelo mercado de trabalho.
Homenageado Alberto Alcolumbre, faleceu em Macapá dia 11 de setembro de 2002, aos 60 anos, e está sepultado no Cemitério de Nossa Senhora da Conceição, no Centro da cidade.
Busto de Alberto Alcolumbre - Aeroporto de Macapá - Foto: Memorial Amapá
Seu busto tem lugar de destaque no hall do novo Aeroporto de Macapá.
(*)Jornalista/publicitário, fundador e primeiro presidente do Memorial Amapá - Instituto de Pesquisa e Ação pela História da Cultura do Amapá.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Foto Memória de Macapá: Cinco Pioneiros de Macapá

A amiga Alessandra Del Castillo compartilhou conosco uma foto do álbum de lembranças do pai dela, professor Lucimar Amoras Del Castillo.
O registro raro foi feito no tempo do antigo Território do Amapá, é nossa Foto Memória de hoje.
Nas imagens a partir da esquerda estão pioneiros de Macapá: Professor Lucimar, o empresário Jarbas Ferreira Gato; Dona Icília Gomes Barbosa (esposa do Dr. Barbosa); professor Raimundo Azevedo Costa e o médico Mário de Medeiros Barbosa.
Lucimar Del Castillo foi professor de matemática, administrador e político do Amapá; Jarbas Gato foi empresário, desportista e  presidente da Câmara de Vereadores de Macapá; Azevedo Costa, professor, político e primeiro prefeito eleito de Macapá; Dr. Barbosa, médico, administrador, ocupou diversos cargos importantes no Amapá, inclusive respondeu pelo governo do Amapá em setembro e outubro de 1961.
Prefeito Azevedo Costa, aposentado, mora em Macapá. Os demais pioneiros já são falecidos.

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Foto Memória de Macapá: Exposição de Esculturas da artista plástica Niná Nakanishi

Nossa Foto Memória de hoje, é um raro registro do final dos anos 60 e início dos anos 70, da solenidade de abertura de uma Exposição de Peças de Escultura, habilmente confeccionadas pela artista plástica amapaense, Niná Nakanishi.
Nas imagens vê-se o professor Antônio Munhoz Lopes (terno escuro), lendo seu discurso, observado de perto por autoridades, convidados, populares e amigos.
À sua frente estão o General Ivanhoé Gonçalves Martins e o Secretário Geral Adálvaro Alves Cavalcante (ambos de branco); ao lado as senhoras, do Coronel Adálvaro e junto dela, Dona Irene Martins (de óculos e blusa, escuros), esposa do General Ivanhoé. A sra. alta, à direita, é Dona Aurora, esposa do Sr. Antônio Pires da Costa, pioneiro do Amapá.
Com exceção da esposa do Coronel Adálvaro, (que não temos informações), as demais pessoas citadas no post,  são falecidas.
Fonte: Fotógrafo Getúlio Barreto

domingo, 15 de dezembro de 2019

Foto Memória do Esporte Amapaense: Joaquim Neto, Antúzio e Gervásio Oliveira no Estádio Glycério Marques

Com essa Foto Memória de hoje, publicada na Rede Social pelo amigo João Silva, presto justa homenagem à memória de meu vizinho de Macapá, Joaquim Neto, grande repórter esportivo do rádio amapaense.
O registro é de um clássico noturno no Estádio Municipal Glycério Marques, em Macapá, finalzinho da década de 70 entre  Ypiranga x Amapá Clube.
Nas imagens, dois irmãos da família Oliveira: o grande centroavante da Zebra da Presidente Vargas Antúzio, e Gervásio, eficiente zagueiro do Ypiranga Clube, dão entrevista ao repórter da Rádio Educadora, Joaquim Neto, de saudosa memória.
Fonte: Facebook

sábado, 14 de dezembro de 2019

Foto Memória do Esporte Amapaense: Santana Esporte Clube

Nossa Foto Memória de hoje, publicada na Revista Icomi Notícias nº 5, de maio de 1964, traz o plantel vitorioso do Santana Esporte Clube.
Nas imagens a partir da esquerda, fila superior: Antônio Trevisani, presidente do Clube à época; Zé Maria, Moacir, Coroca, Edson, Acemir, Carlito, Esmaelino e Ruy Alves – secretário do clube;
Fila do meio: Michel Abraão – diretor de futebol; Agostinho, Carlos, Sabá, Palito, Dodoca, Mapinguary, Ruy P. Araújo – tesoureiro;
Fila inferior: Juarez Maués – técnico; Nena, Coco, Álvaro, Castanhal, Mundico Pereira e Odon Morales – vice-presidente.
Fonte: Icomi Notícias

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Foto Memória de Macapá: 13 de dezembro Dia do Marinheiro

Nosso registro histórico de hoje, tem exatos 48 anos: é uma Foto Memória do dia 13 de dezembro de 1971 na antiga Praça da Saudade (atual Praça da Bandeira), em Macapá, no dia do marinheiro.
Dia do Marinheiro, no Brasil, é celebrado no dia do nascimento de Joaquim Marques Lisboa, 13 de dezembro. O Marquês de Tamandaré.
Nesse dia costumam ocorrer formaturas, em cidades que sediam Organizações Militares da Marinha.
Nas imagens em primeiro plano Dr. José Clemenceau Pedrosa Maia, que ocupou o cargo de Juiz de Direito na Comarca de Macapá, no antigo Território Federal do Amapá, tendo ao lado o radialista José Barros Machado e ao fundo, os radialistas pioneiros da Rádio Difusora de Macapá, Benedito Andrade e Agostinho Souza além de um membro da Corporação em uniforme branco.
Dr. Clemenceau e os dois outros radialistas já são falecidos. José Machado, setentão, mora em Macapá, com sua família.
Fonte: José Machado

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Foto Memória de Santana: Desportistas Paulo Reis e Antônio Vilella

A Foto Memória de hoje, postada por Altamir Guiomar na Rede Social, traz imagens de dois grandes nomes do esporte do Porto, ao lado de um ônibus escolar da Mineradora ICOMI, na Vila Amazonas.
Sr. Paulo Reis, foi treinador e diretor do Santana Esporte Clube e Sr. Antônio Vilella, foi Presidente do Independente Esporte Clube – o Carcará da Vila Maia. Ele administrava a Lavanderia de Santana.
Fonte: Facebook

domingo, 8 de dezembro de 2019

Foto Memória de Macapá: Antigo Casarão da Senhora Sofia Mendes Coutinho

O casarão do casal João de Azevedo Coutinho e Sofia Mendes Coutinho, edificado na esquina da Avenida General Maximiano Antunes Gurjão e a Rua São José era o prédio particular mais bonito da velha cidade de Macapá.
Seus proprietários integravam famílias tradicionalíssimas e de elevado conceito. João de Azevedo Coutinho descendia do clã liderado pelo Coronel Matheus de Azevedo Coutinho e dona Sofia provinha do tronco familiar cuja figura maior era o Coronel Manuel Theodoro Mendes, cidadão que comandou a guarnição da Fortaleza São José, foi um dos mais destacados Intendentes do município paraense de Macapá e destacou-se como pecuarista na região do Rio Macacoary.
O casarão foi demolido no final do ano de 1970, desapropriado pelo governo do Território Federal do Amapá para permitir a modernização urbanística do centro de Macapá. O terreno se estendia desde a Rua São José até a antiga Rua dos Inocentes, atual Passagem Rio Branco, que liga a Rua General Gurjão ao propalado Largo do Formigueiro. Era mais comprido do que largo.
De frente para o velho Largo da Matriz, à margem da Rua São José, tinha à sua esquerda uma área anexa ao Senado da Câmara, que abrigou por pouco tempo a sede do Panair Esporte Clube, mas atualmente pertence à Telefônica OI.
O majestoso imóvel, edificado em taipa de pilão, possuía cômodos amplos, um deles alugado à Prefeitura Municipal para acomodar a Escola Primária da cidade de Macapá. Em meados da década de 1950, o citado ambiente passou a abrigar a Secretaria do Colégio Amapaense, cujo prédio ainda estava em construção. Esta ampla sala ficava à esquerda da entrada do casarão, tinha instalações sanitárias e acesso para a Avenida General Gurjão. No lado direito de quem ingressava na “Casa da Tia Sofia” ficavam os quartos, copa, cozinha, dispensa para gêneros alimentícios, depósito para lenha e carvão, forno e galinheiro.
O vasto quintal tinha inúmeras árvores frutíferas, plantas medicinais e decorativas, além de um poço com sarilho. Havia um portão existente no cercado paralelo à Rua General Gurjão, posicionado de frente para a casa dos pais do historiador Nilson Montoril.  Dona Sofia costumava ficar sentada na sacada do seu quarto observando tudo que acontecia na área que hoje abriga o Teatro das Bacabeiras, onde havia um campo de futebol.
Ali, os garotos da época, passavam a tarde jogando bola, empinando papagaio e disputando peteca.
Uma das especializações de Dona Sofia era preparar um delicioso licor de jenipapo.
A cerca do terreno era de hastes de acapu, madeira super-resistente, que ainda estava bem conservada quando ocorreu a desapropriação da área.
Ao longo dela, pelo lado externo, havia melões de São Caetano e muito gengibre. Os vizinhos que participavam das festas do Marabaixo colhiam à vontade para o preparo da gengibirra. No terreno da propriedade havia árvores de goiabas, mamões e cajus.
Dona Sofia e Seu João Coutinho geraram três excelentes criaturas: Raimunda Mendes Coutinho, a Professora Guita; José Mendes Coutinho e Palmira Mendes Coutinho. Dos seus familiares, apenas o neto Círio de Nazaré Menezes Coutinho recebeu da avó a autorização para construir sua residência na nobre área, onde sua viúva ainda mora. No restante do espaço há um prédio das Lojas Kennedy e da Telefônica OI."
(Texto original do historiador Nilson Montoril, sob o título: Recordações da minha infância – o casarão de Sofia Mendes, publicado em 06/08/2016, no jornal “Diário do Amapá”)

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Foto Memória de Macapá: Estúdio da Rádio Difusora de Macapá

Nossa Foto Memória de hoje, vem do álbum de lembranças do veterano amigo  radialista e jornalista dos bons tempos da Rádio Difusora de Macapá, José Barros Machado.
É um raro registro feito há 46 anos - em dezembro de 1973 - quando da despedida da radialista Terezinha Fernandes, que estava deixando Macapá e, obviamente a Difusora, para residir em Belém. 
Depois de algum tempo ela voltou, continua morando na cidade e sempre apresentando seu programa semanal na Difusora: o “Ponte Aérea”.
Nas imagens a partir da esquerda, sentado: o João da Costa Moreira, (Jango, irmão do Humberto Moreira); em pé, a Terezinha Fernandes (Teca); o Geovani Brito (conhecido por Jovico já falecido); depois dele o Jackson Benedito Gomes (falecido – irmão do adv. Wagner Gomes) e à direita o Carlos Lins Côrte (baião caçula - falecido), operador de som da Rádio Difusora de Macapá.
Fonte: José Machado

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Foto Memória de Macapá: Dr. Amiraldo Elleres Nunes - Um dos primeiros dentistas da cidade

Nossa Foto Memória de hoje, homenageia um dos pioneiros do Amapá, que por lá passaram no início do Território Federal.
Trata-se do Dr. Amiraldo Elleres Nunes, um profissional da saúde, que tive o prazer de conhecer e até ser atendido por ele, em seu consultório particular.
O historiador Nilson Montoril assim descreve nosso grande homenageado:
Amiraldo Elleres Nunes era odontólogo e desempenhou relevantes funções públicas no Território do Amapá. Era primo do governador Janary Gentil Nunes e portava-se com relativa simplicidade em relação aos amigos menos aquinhoados financeiramente. Junto com o Bispo Aristides Piróvano e Juvenal Salgado Canto integrou o primeiro Conselho Fiscal da União Beneficente dos Motoristas do Amapá. Deixou Macapá após a revolução militar de 31 de março, indo fixar residência em Belém. Já não integra o mundo dos vivos. (Nilson Montoril)
Fonte: Blog Arambaé

domingo, 1 de dezembro de 2019

Foto Memória Histórica: O Amapá na História - Os 119 anos do Laudo Suíço

Walter Hauser
(Reprodução - Wikipédia)
HISTÓRIA - 01 de dezembro de 1900 - O presidente da Suíça (Confederação Helvética), Walter Hauser, expede o Laudo Suíço dando ganho de causa ao Brasil da Questão do Contestado Franco-Brasileiro.
Há 119 anos – em 1º de dezembro de 1900 - o Barão do Rio Branco, ministro das Relações Exteriores, conseguiu que fossem estabelecidos os limites territoriais, demarcando a fronteira entre o Oiapoque e a Guiana Francesa. A demarcação das terras, porém, não significou a separação dos povos que continuaram se relacionando amistosamente.
A data foi comemorada em Macapá em 1949.
O historiador Nilson Montoril, conta detalhes dessas comemorações:
“No dia 1º de dezembro de 1949, ocorreram em Macapá as cerimônias alusivas à data de assinatura do Laudo de Berna, assim chamada a decisão arbitral do presidente da Confederação Helvética, tomada há 49 anos, que assegurou ao Brasil os direitos sobre as terras compreendidas entre a margem esquerda do Rio Araguary e a margem direita do rio Oiapoque, que a França teimava em dizer que lhes pertenciam. 
Às 7h:30min foi rezada missa na Igreja de São José. 
Às 8 horas, no parque esportivo da praça capitão Augusto Assis de Vasconcelos (Veiga Cabral), houve demonstração de Educação Física, realizada pelos alunos e alunas do Grupo Escolar Barão do Rio Branco, sob a direção do então sargento Irineu da Gama Paes e da professora Wanda de Abreu Lima, instrutores de cultura física de nossos estudantes.
A exibição de ginástica rítmica compreendeu números de sueca e exercícios de bastão, tudo feito com a máxima precisão. 
Terminada a demonstração de educação física, as pessoas presentes foram convidadas a se dirigirem ao prédio do Grupo Escolar Barão do Rio Branco, onde seria realizada a exposição de prendas e trabalhos manuais dos alunos do citado educandário. 
Às 9 horas o governador do Território Federal do Amapá, Raul Montero Valdez cortou a fita simbólica que vedava a entrada da sala de aula onde os trabalhos estavam expostos, franqueando a visitação pública. A diretora do Grupo Escolar, professora Maria Lúcia Brasil e o Dr. Marcilio Felgueiras Vianna, Diretor da Divisão de Educação, foram bastante cumprimentados pela bela iniciativa. As professoras de prendas Clarisse Lobo e Iza Pinto de Almeida receberam calorosas saudações dos convidados e estudantes. 
Em seguida à visitação aos trabalhos da Exposição de Prendas, o governador convidou a todos para dirigirem-se ao Cine Teatro Territorial onde haveria uma solenidade para premiar os melhores alunos do Grupo Escolar.
A cerimônia foi conduzida por uma mesa diretora composta pelo governador Raul Montero Valdez; dr. Jarbas Amorim Cavalcanti, Juiz de Direito da Comarca de Macapá; dr. Marcilio Felgueiras Vianna, Diretor da Divisão de Educação; professora Maria Lucia Sampaio Brasil, diretora do Grupo Barão do Rio Branco; Sr. Mário Dias Teixeira, chefe do Serviço de Fomento Animal da Divisão de Produção e Pesquisa; Sr. Felipe Gillet, chefe do Serviço de Fomento Vegetal da mesma Divisão de Produção, representando o diretor do órgão e o Sr. José Serra e Silva, Prefeito Municipal de Macapá. Inicialmente foi realizada a entrega de prêmios aos alunos que lograram maiores médias nos exames finais: Pedro Maurício Naice Córdoba, do Jardim de Infância, com a média 70; Maria Duarte da Costa, da Alfabetização, com média 100; Fernando Dias Maciel, da 1ª série primária, com média 90; Maria de Nazaré Cunha,da 2ª série primária, com a média 75; Raimundo Amanajás de Brito, da 3ª série primária, com a média 85; Maria Stela Barbosa da Silva, da 4ª série primária, com a média 77;Regina Coeli Barriga Brito, da 5ª série, com média 71. Depois passou a ser feita a entrega dos boletins escolares, destacando-se os primeiros lugares obtidos nas diversas séries, com citação de suas professoras: Na época, havia 10 turmas de alfabetização funcionando no Grupo Escolar Barão do Rio Branco.
Os alunos com maior aproveitamento escolar durante o ano letivo de 1949, foram os seguintes: Antônio Almeida dos Anjos, média 76, professora Raimunda da Silva Virgolino; Sara Antônio Tito, média 94, professora Oscarina Santos; Getúlio do Espírito Santo Mota, média 86, professora Margarida Marques da Silva; Lúcia Tavares Souza, média 98, professora Elizete Aymoré; Domitila Eufrásia dos Santos, média 87, professora Maria Cristina Botelho; Maria José dos Santos, média 87, professora Maria Nazaré Pinheiro; João dos Santos Nascimento, média 98, professora Elza Cunha; Francisco de Lima Soares, média 91, professora Raimunda Mendes Coutinho; Aurelinda Pereira da Costa e Amiraldo Elleres Nunes Filho, média 90, professora Odila Praxedes; Ivone Cruz da Silva, média 91, professora Maria Doroty Souza.
Texto de Nilson Montoril, publicado originalmente no Jornal Diário do Amapá,edição do dia 30/11/2019   sob o título: Festa Cívica no dia do Laudo Suíço – 1ª parte.
Fonte: Diário do Amapá