domingo, 24 de julho de 2022

MEMÓRIAS DA MACAPÁ DE OUTRORA: NOVE SENHORAS MAIS ELEGANTES DE MACAPÁ

Esta foto (s/data) publicada na Rede Social por Wanke do Carmo, compartilhada pela Luz Marina Côrtes, filha do ex-prefeito de Macapá, João de Oliveira Côrtes (em memória), retrata as Nove Mais Elegantes Damas de Macapá à época. Eram apresentadas em um glamuroso baile, ou no Aeroclube ou Círculo Militar de Macapá, dois icônicos clubes de outrora.

Conseguimos identificar - com ajuda de pessoas amigas -  a maioria das senhoras que estão nas imagens, nesse evento realizado no Aeroclube de Macapá em companhia do saudoso jornalista, colunista social e desportista, Wilson Sena.

A partir da esquerda: Senhoras Guiomar Monteiro, Doralice Houat, Iracy Alcântara, Líbia Bessa de Castro, ao meio jornalista Wilson Sena; depois Sra. Alayna Côrtes; as duas ao lado dela não conseguimos identificar; depois Sra. Helita do Carmo e na ponta, à direita, Sra. Jacqueline Houat.

Dona Guiomar - esposo Luiz Monteiro (em memória)
Sra. Doralice Houat - esposo Abdalla Houat (em memória)
Sra. Iracy Alcântara - esposo Dr. Iacy Alcântara (em memória)
Dona Líbia Bessa de Castro - esposo - Genésio Antônio de Castro (em memória)
Sra. Alayna Cortes - esposo Capitão João de Oliveira Côrtes (em memória) - foi prefeito nomeado do Municipio de Macapá, no período de maio de 1969 a 31 de julho de 1972. (Wikipédia)
Sra. Helita do Carmo - esposo Walter do Carmo (em memória)
Sra. Jaqueline Houat - esposo Stephan Houat (em memória)

Foto: Luz Marina Côrtes (Arquivo Pessoal)
Via Facebook

sábado, 23 de julho de 2022

FOTO MEMÓRIA DE PIONEIROS DE MACAPÁ: BRAVOS HOMENS E SUAS MÁQUINAS DESBRAVADORAS

Wilma Santana, nora do pioneiro João Barbosa Ribeiro, compartilha na rede social, importante e raro registro histórico de uma equipe de homens que desenvolviam suas atividades com máquinas pesadas abrindo e desbravando caminhos do desenvolvimento,  no Amapá de outrora.

Sr. João Barbosa Ribeiro, pioneiro que chegou ao Amapá em 1947, contratado pelo governador do Território na função de mecânico de máquinas pesadas, residia com a família na Av. Feliciano Coelho, próximo à sede do Trem Desportivo Clube. Faleceu em 28 de fevereiro de 1982.

Via Facebook


sexta-feira, 22 de julho de 2022

MEMÓRIA HISTÓRICA DO AMAPÁ: DESBRAVADOR WALTER PEREIRA DO CARMO

Transcrevemos hoje para os leitores do blog Porta-Retrato – Macapá, matéria do Jornal Diário do Amapá, na Coluna NOTA 10 – publicada em 14/6/2015, que destaca com detalhes a bravura do pioneiro Walter Pereira do Carmo, no Amapá.

Walter do Carmo: a bravura de um pioneiro

Desbravar. Essa foi a essência do espírito de Walter do Carmo. Irrequieto, foi além – abriu praticamente todas as estradas que hoje o Amapá possui. Na área urbana, construiu escolas e clubes, entre outras obras. E ainda foi um exemplo de probidade. Eis a marca de um pioneiro.

Nascido em Prainha, no município de Monte Alegre, no estado do Pará, Walter Pereira do Carmo conhecia o recém criado território federal do Amapá por vir com os pais visitar parentes em Mazagão Velho. Aos 17 anos, já funcionário público com formação técnica em agrimensura, começou, sem saber, a traçar seu caminho para o Amapá. Dizem que sua vinda definitiva se deu ao cumprir uma missão da antiga Comissão de Rodagem do Pará, que depois seria transformada no DEER (Departamento Estadual de Estradas de Rodagem). A missão era, justamente, entregar o projeto da BR 156. Aí foi o começo do saudoso Walter do Carmo. Depois de marcante trajetória, ele morreu no dia 14 de junho de 2014.

Era o decisivo ano de 1951, e Walter, com 21 anos, foi convidado pelo então governador Janary Nunes para ficar no Amapá. Aceitou e começou a trabalhar como encarregado dos Serviços de Melhoramentos, Cortes e Aterros da Rodovia BR 15, atual BR 156. Construiu o ramal do Aporema com 14 quilômetros de extensão.

No dia 13 de outubro de 1951 iniciou a implantação pioneira do trecho Base Aérea de Amapá-Calçoene, numa extensão de 76 quilômetros.

Em 1952, durante o inverno, operou nas medições de volume das águas do rio Araguari, na Cachoeira do Paredão, onde seria construída a Hidrelétrica Coaracy Nunes. No dia 17 de setembro, concretizou a ligação do trecho Base Aérea de Amapá-Calçoene e imediatamente iniciou a construção do trecho Calçoene-Lourenço. Nesse mesmo ano efetuou os estudos para a ligação rodoviária Ferreira Gomes-Cachoeira do Paredão e iniciou o desmatamento para a construção do Porto de Santana.

De 1953 a 1955 concluiu o trecho Calçoene Lourenço, com 116 quilômetros. Construiu os ramais de Cachoeira Grande e Juncal e o campo de pouso de Calçoene. 

Na cidade de Amapá conheceu Helita Ferreira dos Santos, filha de um pecuarista, com quem casou seis meses depois, sendo o governador Janary Nunes um dos padrinhos. Dessa união nasceram sete filhos, Margareth, Walter Júnior, Waldenawer (Keky), Mariângela, Wank, Márcia e Walber.

Em 1956 executou para o governo do Amapá várias expedições de pesquisas minerais, destacando-se a prospecção de xisto betuminoso na região do rio Cajari, e bauxita e magnetita nas regiões do Jari, Tartarugal Grande, Tartarugalzinho e rio Cassiporé.

Em 1958 surgiu a oportunidade que mudaria o rumo de sua vida e dos amapaenses. 

Pauxy Nunes, irmão de Janary, assumiu o governo e priorizou a continuação da abertura da rodovia em direção ao Oiapoque, que passava em aldeias indígenas. 

O medo de enfrentar os índios, que tinham pouco contato com a civilização, dificultava a contratação de empresa. Sem dinheiro, mas muita vontade de começar o serviço, fundou a Construtora Comercial Carmo Ltda..

“Se aqui chegamos, muito mais longe iremos”

(Walter do Carmo, ao chegar em Oiapoque)

Em 1965 as máquinas pesadas, nunca antes vistas por aqui, chegaram via marítima, e o serviço começou. A estrada era aberta até Amapá, e a missão era chegar até à fronteira. Foram meses embrenhado nas matas com homens e equipamentos, abrindo o caminho que até então era percorrido por poucos. Entre Macapá e Amapá, já chefe de família, Walter do Carmo viveu todas as particularidades de um desbravador, quando o mundo oferecia poucos recursos para aventura, como a abraçada pelo então empreiteiro.

Nesse mesmo ano construiu o ramal Cupixi-rio Vila Nova, com 30 quilômetros de extensão e o campo de pouso da localidade de Gaivota, no rio Vila Nova. Construiu ainda a rodovia Macapá-Macacoari com 150 quilômetros de extensão.

“Nunca fui rico, apenas tinha crédito na praça”

(Walter do Carmo)

De 1966 a 1970 construiu o Ginásio Paulo Conrado, a Escola José de Alencar, um pavilhão do IETA, (Instituto de Educação do Amapá), Escola Princesa Isabel, Biblioteca Pública, hoje Biblioteca Elcy Lacerda, 17 casas para funcionários do governo, dois pavilhões do Grupo Escolar Alexandre Vaz Tavares, o Fórum da Justiça Federal, inaugurado pelo presidente Costa e Silva, 21 pontes de madeira sobre pilares de concreto ao longo da BR 156, no trecho Lourenço-Oiapoque, e melhoramentos em 200 quilômetros de caminho de serviço da rodovia e centenas de reformas em prédios públicos.

No dia 24 dezembro de 1970, em um pequeno Jeep, Walter do Carmo, na companhia de Zé Grande e do mestre Ouvídio, escoltados por uma Toyota dirigida por Vicente Cabraia, conseguiram chegar até ao Oiapoque

E após 16 anos, como foi acertado com Janary Nunes, a BR 156, que liga Macapá à fronteira, foi entregue ao então governador Ivanhoé Martins.

De 1971 a 1972 executou serviços de terraplanagem com equipamentos pesados no trecho Calçoene-Lourenço e consolidou o caminho de serviço no trecho Lourenço-Oiapoque, restaurou os ramais do Apuema e Tucunaré e fez o revestimento e obras de artes no trecho Ferreira Gomes-Amapá- Calçoene.

De 1973 a 1975 iniciou e desenvolveu a implantação básica da BR 156 no sentido Norte-Sul, trecho Oiapoque-rio Cassiporé, implantando toda a infraestrutura, incluindo porto para desembarque de equipamentos pesados, fábrica de manilhas de concreto armado; campo de pouso no km 64. 

Participou da construção dos primeiros seis quilômetros da rodovia Perimetral Norte em colaboração com a Construtora Mendes Júnior e hospedou na Fazenda Nossa Senhora do Carmo (105) toda a equipe responsável pela implantação da rodovia e a comitiva do presidente Emílio Garrastazu Medici, incluindo os ministros Mário Andreazza e Costa Cavalcante.

Em 1975, o governo do Amapá decidiu modificar o traçado da rodovia, abandonando 250 quilômetros já construídos. O contrato foi com a Construtora Carmo.

Além da BR 156, Walter do Carmo foi o responsável por levar o progresso para outros cantos do território. Foi ele quem abriu os ramais para que veículos entrassem mais facilmente nos municípios de Amapá e Calçoene, Base Aérea do Amapá e para a localidade Lourenço. Construiu ainda campos de pouso em Tartarugalzinho, Calçoene e Cunani.

Tudo corria bem até que o contrato com o governo foi rescindido na administração de Artur Azevedo Hening, em 1975, ignorando uma das cláusulas que previa o translado do maquinário para a capital. As máquinas utilizadas na construção da BR 156 ficaram abandonadas ao longo do primeiro traçado da estrada e jamais recuperadas. Pela quebra do acordo contratual foi movida uma ação contra o território, que foi vencida pelo empresário muitos anos depois, quando a Construtora Comercial Carmo Ltda. já estava fechada. O dinheiro serviu para pagamento de indenizações trabalhistas e multas do INSS.

Construtor, pioneiro, desbravador e aviador

Nos anos 70 Walter do Carmo construiu os clubes mais bem frequentados, Círculo Militar, Macapá e Amapá Clube. Além de desbravador e construtor, Walter gravou seu nome na história do Amapá como pioneiro, palavra que levava ao pé da letra. Foi um dos fundadores do Lions Clube, Maçonaria, Igreja Messiânica e sua paixão: o Aeroclube.

Realizou um sonho de infância em seus anos de ouro, quando se tornou aviador. Ao conhecer o boliviano capitão Belarmino Bravo, juntou seu desejo e espírito empreendedor à paixão do visitante, e juntos formaram a primeira turma de pilotos “brevetados” da cidade, e fundaram o Aeroclube de Macapá, em 1956. 

Na turma estava Hamilton Silva, que morreu em 1958, no acidente de avião em que também faleceram o deputado Coaracy Nunes e seu suplente Hildemar Maia. Diziam na época que estava prevista a ida de Walter do Carmo nessa viagem.

“Prefiro dormir sem ceia do que acordar com dívida” (Walter do Carmo)

Em 1985 o governador Jorge Nova da Costa, acreditando no potencial de Walter do Carmo, deixou sob sua responsabilidade o asfaltamento de 50 quilômetros da BR 156. Ele foi buscar no Paraná a empresa CR Almeida para o serviço. No ano de 2003 o governador Waldez Góes o nomeou assessor especial, como conselheiro da gestão, cargo com que sobreviveu até 2010. Ao morrer, dia 14 de junho de 2014, recebia apenas a pensão do INSS.

A ação de milhões ajuizada pelos associados e familiares do Aeroclube, por ter o governo do Amapá instalado órgãos públicos, hoje Centro Administrativo, na avenida FAB, sem desapropriar a área, ainda corre na Justiça do Amapá. Além dos sete filhos com Helita, entre eles o Keky, médico recém formado falecido há 28 anos, Walter deixou mais dois filhos, Walmir e João Vitor.

Texto da jornalista Marileia Maciel

O pioneiro Walter do Carmo, faleceu em Macapá, em 14 de junho de 2014, aos 84 anos.

Fonte: Memorial Amapá

Fotos: Acervo família Carmo

Via Facebook

quinta-feira, 21 de julho de 2022

PATRIMÔNIO HISTÓRICO: FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DE MACAPÁ

 A cisterna da Fortaleza

Reservatório de águas pluviais na praça principal da fortaleza - Foto: Tito Garcez

(*) Por Franck Coutinho.

Existe no centro da Fortaleza de São José de Macapá, uma cisterna de armazenamento de água potável, esse sistema foi arquitetado pelo engenheiro militar, Enrico Antônio Galluzzi. Ela foi construída por artífices que estavam a serviço da coroa portuguesa no Brasil, o que chama a atenção nessa construção é o estilo na qual foi construído, faz lembrar o tento do antigo panteão de Roma, Itália, esses detalhes só podem ser observados de dentro da cisterna.

Sabíamos da existência de material especial de construção que veio da Europa para a construção dessa cisterna, mais precisamente os tijolos que foram usados nela, lembrando que os demais tijolos da Fortaleza, foram confeccionados em Belém e a grande parte na Vila de São José do Macapá.  Se observa nos tijolos da cisterna duas marcas de tijolaria, sendo a Cacoalinho (Portugal) e Claytons Patent (Inglaterra).

Dentro existem dutos de água (encanamentos), construídos em pedra de cantaria, que levava água trazida do Rio das Amazonas para dentro da Fortaleza. Com o passar dos séculos, esses dutos entupiram com o barro do Amazonas.
Foto: Cortesia do GT Obdias Araújo]

Esta foto sem data, mostra uma reforma no Sistema de Captação Pluvial da Fortaleza de  Macapá, em cuja estrutura, ficam evidentes as  canaletas convergentes que levam as águas da chuva para a cisterna ao centro do Pavilhão e de lá são drenadas para o Rio Amazonas. (João Lázaro)

Existe uma lenda urbana que se propagou em Macapá, os antigos habitantes da cidade diziam que esse poço serviu para afogar escravos e índios rebeldes, no entanto não há nenhuma evidência histórica desses supostos fatos. Realmente se trata de uma das muitas urbanas da Fortaleza de São José de Macapá, a finalidade era o abastecimento de água para a guarnição militar dessa fortificação militar.

As fotos são do meu arquivo pessoal, registradas no ano de 2016, após a remoção do barro da cisterna, os tijolos da Cacoalinho e Claytons Patent vieram à tona novamente.  Essa é a uma das muitas partes da história do Amapá, Brasil que nunca foi ensinada nas escolas e universidades do estado do Amapá.

(*) Franck Coutinho, professor de história e historiador

Fotos: Franck Coutinho (arquivo pessoal)

Via Facebook

quarta-feira, 20 de julho de 2022

Memória da Cidade de Macapá: Desfiles dos Tecidos Bangu

 Nossa Foto Memória de hoje, apresenta dez elegantes senhoritas amapaenses que foram modelos em um desfile dos Tecidos Bangu, acontecido em Macapá, mais ou menos em 1958/59, nos salões de eventos da Piscina Territorial.

Com a ajuda da prof. Eunice Viana, identificamos as participantes daquele evento, em ordem a partir da esquerda: Maria Flávia Dias( in memoriam); Marize Pimentel; Maria do Socorro Benigno; Francisca Dias; Eunice Viana; Maria Façanha, Ilma Dias; Ida Aymoré (in memoriam); Izabel Carolina Coutinho e Lígia (não sabemos o sobrenome).

Foto: Arquivo de Wank Do Carmo

Via Facebook

terça-feira, 19 de julho de 2022

MEMÓRIA DA COMÉRCIO AMAPAENSE: CASA MORAES

CASA MORAES: UM SORTIDÃO QUE MARCOU ÉPOCA NA ANTIGA DOCA DA FORTALEZA

Casa Moraes - pintura com pigmentos de betume da judeia sobre tela, do artista plástico, Miguel Arcanjo - acervo da família Cardoso.

Por: Wanke Do Carmo

Fundada em março de 1959 pelo senhor Antônio Moraes Cardoso ( Seu Antonico ), juntamente com a sua esposa, Augusta Pereira Cardoso, casal proveniente de Breves-PA.

A Casa Moraes localizava-se na antiga doca da Fortaleza de São José, que muitos chamavam de "beira", quase encostada em suas seculares muralhas.

O estabelecimento era uma festa para os olhos pela variedade de gêneros alimentícios e produtos diversos espalhados por todo seu interior e área externa. O forte da casa eram os secos e molhados que incluía o tradicional Jabá em fardo (charque), açúcar, café,  feijão, tabaco em rolo, manteiga em latões, o mel de cana em pote de Abaetetuba-PA, coberto com folha de sororoca, e o delicioso mapará seco de Cametá-PA. Era local de encontro dos embarcadiços e canoeiros que depois de uma longa viagem de barco ou nas valentes canoas à vela, provenientes das ilhas do Pará, faziam sua confraternização regada com a velha e boa cachaça Alvorada, aquela do rótulo com um galo colorido. Outros famosos frequentadores foram os briosos guardas territoriais que saídos do plantão na Fortaleza de São José, aproveitavam para tomar um delicioso caldo de cana acompanhado de uma saborosa donzela (biscoito de trigo com açúcar cristal). Aos clientes mais chegados do seu Antonico era ofertado um molhe de tabaco para ser mascado ou fumado de acordo com o gosto do freguês. O crediário aos clientes de confiança era anotado no famoso caderninho de despesas e compras, era uma espécie de cartão de crédito da mercearia mais popular da antiga doca da Fortaleza nos idos dos anos 60 e 70.

Ainda eram ofertados os artigos de caça e pesca: malhadeiras, anzóis, querosene, lamparina, farol para embarcações e corda de sisal.

À época do Carnaval, os sócios do memorável Saci Clube, que depois virou Círculo Militar, paravam na Casa Moraes com seu Antonico para fazer o "aquecimento" com a saborosa batida de limão.

Um dos grandes orgulhos do seu Antônio Moraes (Antonico) era falar aos amigos que criou e formou os 10 filhos, entre eles advogados, professores e administradores, com a renda proveniente desse pioneiro estabelecimento que marcou época na Macapá do tempo do TFA. Boas lembranças do comércio pioneiro da nossa cidade.

Nota do Editor

Nas fotos que ilustram essa matéria, podemos ver claramente, em tomada aérea e posições diferentes, o local exato onde ficava situada a Casa Moraes, à beira do Igarapé da Fortaleza, bem próximo ao baluarte São José, que nos dias de hoje, fica voltado para à agência do Banco do Brasil.

Via Facebook

segunda-feira, 18 de julho de 2022

MEMÓRIA DO ESPORTE AMAPAENSE: MUDANÇA DE NOME DE PANAIR PARA ESPORTE CLUBE MACAPÁ

O Panair (Paner)Sport Club, embrião do Esporte Clube Macapá, foi fundado no dia 7 de setembro de 1940. Era o clube dos funcionários da Panair do Brasil, empresa aérea da época que depois foi substituída pela ”Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul”.

A mudança de nome do azulino amapaense de Panair Club para Esporte Clube Macapá, aconteceu em reunião de Assembleia Geral, realizada na sede do Panair Sport Club, situada à Rua São José, na antiga Praça Capitão Augusto Assis de Vasconcelos (atual Veiga Cabral), no dia 18 de julho de 1945, quarta-feira. Matéria referente a este fato foi publicada na edição número 20, ano 1, do Jornal AMAPÁ, órgão do governo territorial, que circulou no dia 4 de agosto, na terceira página. 

A solenidade foi presidida pelo desportista Acésio Guedes. A diretoria azulina ficou sob a presidência de Paulo Moacyr de Carvalho, tendo como vice o secretário-contador da Prefeitura de Macapá, Jacy Barata Jucá.

Informações do historiador Nilson Montoril de Araújo.

Via Facebook

quarta-feira, 13 de julho de 2022

MEMÓRIAS DA MACAPÁ DE OUTRORA: CASAL DE PIONEIROS DEL. TEOBALDO E D. JOSEFA

Leonice Santos publicou na Rede Social foto dos pais dela, na Macapá de outrora, tendo como cenário o lendário Rio Amazonas e ao fundo o antigo trapiche Eliézer Levy, original, em madeira.

Segundo observação do historiador Nilson Montoril, na área onde o casal Teobaldo e Josefa Souza pousou para esta fotografia foi construído o Estaleiro Naval do Governo do Território Federal do Amapá. Observem que o nível do terreno é mais baixo do que o platô por trás do casal.

Data presumível do registro fotográfico entre os anos 1948 e 1950.

Fonte: Facebook

Foto: arquivo pessoal

terça-feira, 12 de julho de 2022

MEMÓRIA DE MACAPÁ: BRINDES: “LEMBRANÇAS INESQUECÍVEIS DE UMA ÉPOCA”!

A amiga Eloísa Cavalcante – filha do Dr. Douglas Lobato Lopes, pioneiro do Amapá – publicou na rede social fotos raras de brindes que eram presenteados aos fregueses da "CASA LEÃO DO NORTE".

No texto ela conta que a CASA LEÃO DO NORTE, “era a loja mais chique de Macapá, onde se encontravam rendas francesas, sedas, lindas camisolas de seda e outros tecidos finos. Eu frequentava muito com minha mãe Edna

Eu admirava a D. Clemência pela simpatia e sempre ganhava um presente dela. Também era tradicional o cafezinho servido na bandeja com bolachas.”

“Como recordação minha mãe tinha essas duas xícaras e guardava com todo carinho”.

Na mesma área do complexo funcionavam uma loja de autopeças e a fábrica de refrigerantes, aos fundos.

Também eram distribuídos brindes do FLIP GUARANÁ.

Fonte: Facebook

sexta-feira, 1 de julho de 2022

MORRE, EM FORTALEZA, MARLÚCIO SERRANO

O empresário do ramo de medicamentos Marlúcio Martins Serrano, 82 anos, faleceu na madrugada da quinta-feira 30 de junho de 2022, em Fortaleza/CE, onde residia atualmente com sua esposa.

De acordo com informações dos familiares Serrano estava muito bem de saúde, mas sentiu um mal-estar, procurou atendimento médico e faleceu no hospital.

MARLÚCIO MARTINS SERRANO, nasceu em 20 de setembro de 1940. Era irmão de Zilda, Bivar, Willivaldo, Francisco Filho, Luis Serrano, Omair, Marlindo, Omaise e Isimar. 

Seus pais, Francisco Serrano e Zilda Martins Serrano, instalaram a Farmácia São José, em Macapá, à Rua 24 de Outubro, mais conhecida como Rua da Praia.

Após a instalação do Território Federal do Amapá passaram a ocupar um imóvel construído em taipa de pilão, na Rua Cândido Mendes de Almeida, canto com a Passagem Carlos Novais, que ficou conhecida como "Beco do Serrano", uma rua estreita e curta, que não permitia a passagem de veículos, e saia atrás do Macapá Hotel. Antes disso, o imóvel abrigou um outro estabelecimento comercial, intitulado "A Protetora", que pertencia ao Senhor Alexandre Ferreira. Francisco Serrano foi um grande empreendedor de Macapá. Além de possuir a Farmácia São José, que o povo chamava Farmácia Serrano, também foi pioneiro no serviço de aluguel de carro usando uma caminhonete Ford, ano 1946; instalou a fábrica do "Super Guaraná"  que funcionou na parte detrás do antigo prédio da farmácia, e auxiliou os filhos na montagem de seus próprios negócios comerciais. Marlúcio atuava há muitos anos como dono de uma farmácia na Cidade das Mangueiras. Foi casado com a Carmem Serrano, filha da Maria Célia Jucá, a última filha do Coronel Coriolano Finéas Jucá. Enquanto Maria Célia viveu, o casal residiu em um apartamento edificado na Av. Presidente Vargas, na capital paraense. Após a morte de Maria Célia, ocorreu a mudança para Fortaleza. Muito comunicativo, Marlúcio tinha um vasto círculo de amigos e também foi sócio de jornais impressos em Macapá.

Fonte: Memorial Amapá

(Informações de Nilson Montoril via Facebook)