quarta-feira, 29 de novembro de 2023

MEMÓRIA DA MACAPÁ DE OUTRORA - HISTÓRIA DA ONÇA PINTADA DA FORTALEZA

Um fato ocorrido nos idos dos anos de 1965 é lembrado e contado pelos Guardas Territoriais, com alguns desacordos, mas o acontecimento foi verídico, não sendo  “história de pescador”, muito menos “conversa pra boi dormir”. 

Por essa época, quando a cidade de Macapá ainda possuía muita vegetação em seu entorno, a presença de um felino não seria estranha, mas assustadora pela ferocidade do animal. Foi exatamente isso que ocorreu: uma onça pintada foi chegando de mansinho pela praia em frente à cidade de Macapá, capital do Amapá, numa manhã de sol brilhante, maré vazante e brisa suave. 


Foto meramente ilustrativa

Um senhor de nome Benjamim conhecido por "Beijoca", que havia chegado à noite em uma canoa de Afuá,  estava com uma diarreia daquelas e saiu da Doca da Fortaleza, pela praia, em busca de um local seguro onde pudesse fazer suas necessidades. Caminhou até a pedra do guindaste e quando estava concentrado "no serviço", percebeu um animal caminhando pela praia, vindo das bandas do Igarapé das Mulheres. A princípio, achou tratar-se de um cachorro... Já próximo, reconheceu que era uma onça, e das grandes. No desespero, Beijoca sai correndo, sem lembrar-se de limpar “suas partes” e vestir as calças. Encontra a porta de saída da fortaleza para o rio, adentra e pede ajuda. O Guarda Territorial, Orton Vieira de Castro, que estava de plantão, agarra seu fuzil e com um disparo certeiro, (aliás, na verdade foram três) abate a temida  onça pintada.

O episódio abalou a rotina dos Guardas Territoriais que estavam em serviço na fortaleza naquele dia.

A dita onça, empalhada pelo famoso e experiente taxidermista amapaense Newton Cardoso foi exposta à visitação pública, durante muitos anos no Museu da Fortaleza

Informados de que ela poderia estar em exposição no Museu Sacaca, mantivemos contato com Jade Rodrigues, bióloga da instituição, que gentilmente nos forneceu uma foto recente da onça empalhada. Comparando as fotos, não há dúvidas de que se trata mesmo da onça empalhada por Newton Cardoso.

Os Personagens:

O GT Orton Vieira de Castro, que era potiguar, natural do Rio Grande do Norte, já é falecido.

Beijoca, que contava para todos sua própria façanha, depois do incidente, trabalhou durante uns vinte anos como tripulante da canoa Paraense de propriedade do Sr. Alfredo Botelho, pai do empresário José Maria Botelho. Botelho confirmou que Beijoca faleceu em dezembro de 2022 aos 80 anos, quando já morava numa área de pontes no Igarapé da Fortaleza, na zona sul de Macapá, onde foi tirada esta foto.

Textos reproduzidos do livro Memória da Briosa Guarda Territorial do Amapá / Verônica Xavier Luna, Elke Daniela Rocha Nunes, Bruno Markus dos Santos de Sá. - Macapá: Editora UNIFAP, 2023. e da Rede Social do amigo empresário do Comércio amapaense e Agrônomo José Maria Botelho a quem foi contado o episódio repetidas vezes por Beijoca.

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Fonte: Facebook (https://encurtador.com.br/axzB7)

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

FOTO MEMÓRIA DA MACAPÁ ANTIGA – PRAÇA VEIGA CABRAL

Foto do acervo do fotógrafo Floriano Lima,  tirada a partir da Avenida General Gurjão no centro velho de Macapá, no início da década de 1970.

Casas ao fundo na rua Cândido Mendes.

Da esquerda para direita de quem olha: parte da sorveteira e residência do Sr João Arthur; passagem para antiga rua da praia rumo à Praça Zagury; prédio residência nos altos e, embaixo, loja de tecidos do senhor Abraão Peres, pai do Engenheiro Lindoval Peres; residência do Sr. Furtado pai do Odilon Furtado; residência do Senhor Claudomiro de Moraes ou Zito Moraes, pai do Euclides e Ilo Francisco; casa da Sra. Herotildes Peres (irmã de Alegria Peres Abrão Peres e Isaac Peres) que vendia vestidos das Lojas Katia; Farmácia Serrano, onde hoje passa a Alameda Serrano.

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

FOTO MEMÓRIA DA MACAPÁ ANTIGA – PRAÇA VEIGA CABRAL

 

Esta foto memória rara, de uma tarde de 1973, foi clicada pelo amigo Floriano Lima na Avenida Presidente Vargas, em Macapá, mostrando a velha calçada da Praça Veiga Cabral, que tentava lembrar o calçadão de Copacabana.

Com 11 anos de idade, Floriano fazia os primeiros ensaios com sua Yashica e com um filme de 36 poses, tentando seguir os passos do Seu Lima, pai dele, que além de comerciante era também fotógrafo.

Nas imagens ao fundo (puxando o zoom), residências de antigos moradores da Rua Cândido Mendes: Sr. Joãozinho Picanço, Professora Lindoca, Professora Orlandina Banhos “e tantos vizinhos pioneiros da velha Macapá...ainda não existia a Banca do Dorimar”...