domingo, 30 de junho de 2024

MEMÓRIAS DA CIDADE DE MACAPÁ > DESPORTIVO SAÚDE

Trago hoje para os leitores do blog Porta-Retrato-Macapá, um registro fotográfico feito no campinho da praça da Matriz no dia 28 de outubro de 1963, em Macapá, época do extinto Território Federal do Amapá, diretamente do álbum de memórias do amigo Célio Paiva.

São imagens do time de Servidores do Hospital Geral de Macapá

Em pé da esquerda para direita: Marajó, Edésio Lobato, Célio Paiva, Manguinha, Manoel de Jesus e Cecílio. Agachados na mesma ordem: Camorim, Serrão, Bandeira, Jaime e Rosival Albuquerque.

sábado, 29 de junho de 2024

MEMÓRIAS DA AVIAÇÃO AMAPAENSE > COMANDANTE JOÃO OLIVEIRA (In memoriam)

Comandante João Oliveira - eletrotécnico, piloto e dono de garimpo, um dos pioneiros da aviação do Amapá - é o homenageado póstumo de hoje no blog Porta-Retrato – Macapá.

João Batista de Oliveira Costa, filho de Antônio Costa e Francisca Oliveira, nasceu na quinta-feira, 26 de junho de 1941, na cidade de Mazagão-AP. Estudou nos Colégios Barão do Rio Branco e Amapaense. Sempre sonhou em superar a pobreza dos retirantes que foram para a Amazônia no início do século XX. 

No início da década de 1960, vendeu uma oficina de conserto de vitrolas e sua lambreta para cursar o Aeroclube do Pará. Se sentia orgulhoso por ser um dos poucos estudantes pobres que se formaram com êxito, tendo sido escolhido como o aluno a realizar o voo de formatura com o capelão, que abençoou a turma. 

Calouro na aviação, foi realmente aprender a voar nos garimpos do Tapajós, onde o irmão Linésio de Oliveira Souza, ia atrás do eldorado amazônico e “bamburrou” no garimpo do patrocínio, enfrentando as pistas mais surreais que se possa imaginar. Foi Linésio que o ajudou a comprar o primeiro avião. Nessa aeronave, aliás, teve o primeiro acidente, enquanto carregava “balata” – (matéria-prima do chiclete Adam’s). Além destes, sofreu pelo menos mais outros quatro, sem nunca ter se ferido gravemente. Passou pelo Rio de Janeiro, sempre com a turma da empresa “Paraense” onde tirou o brevê de piloto comercial. Daí decidiu voltar a Macapá, onde queria seguir os caminhos do Comandante Juarez, a quem admirava por ser intrépido, ajudando na integração de um Amapá que não existe mais. 

Além da aviação, construindo, reformando e inaugurando pistas pelo interior do Amapá, mexeu com garimpos diversos, até um dia “bamburrar” ele próprio. Também foi homem entusiasta do turismo e orgulhava-se muito de ter recepcionado no Amapá a equipe do famoso oceanógrafo francês Jacques Cousteau, além do diretor de cinema de Hollywood David Linch. Casou-se no Afuá, com uma linda jovem cabocla, a quem dizia ser “a mais bonita do Marajó”, Arlete Pelaes. Com ela teve quatro filhos além de mais três de antes do casamento. Antes de falecer em 04 de março de 2001, o Comandante João Oliveira ficou internado cerca de 15 dias no Hospital Universitário, em Macapá. No início parecia bem, mas depois a COVID avançou. Ficou entubado 12 dias. Lutou bravamente, era um homem forte. Mas foi vencido pela doença. Deixou saudades, e o legado de um bom pai, excelente profissional, e um incansável desbravador da Amazônia. Seu corpo descansa em paz no Cemitério de N.S. da Conceição, no centro da cidade.

Nota do Editor: Agradecimentos ao Marco Antônio P. Costa,  filho do homenageado, por nos fornecer informações e fotos para montagem e ilustração desta biografia! (João Lázaro)

sexta-feira, 21 de junho de 2024

MEMÓRIA DO COMÉRCIO AMAPAENSE – COMERCIANTE JOSÉ JÚLIO FERREIRA – ALEMÃO

Urca Bar, foi um estabelecimento comercial montado nos anos 50, pelo comerciante Durval Alves de Melo, na esquina da Av. Feliciano Coelho com a Rua Eliezer Levy, no Bairro do Trem, que, anos mais tarde, foi repassado ao Sr. Alemão.
A eles nossas homenagens in memoriam.

José Júlio Ferreira, mais conhecido como Alemão, filho de José Ferreira das Chagas e Maria Felina Lopes, nasceu em Itapagé, Ceara, em 23/04/1921. Filho de agricultor, exerceu a profissão de vaqueiro, ajudando seu pai a plantar, colher e criar gados de donos de fazendas na época. Na década de 1940, insatisfeito com a rotina do campo e para ter uma vida mais digna, decidiu abandonar tudo e se mudar para o norte do país, mais especificamente para Belém–PA. Lá foi para o garimpo, juntar economias e montar seu próprio negócio. Desiludido com a atividade de mineração, retornou a Belém, e começou a trabalhar como motorista de ônibus. Esteve por algum tempo nessa profissão e, por intermédio de seu cobrador, de nome Adriano, conheceu Elza Ludovina Tavares, em uma esquina onde ela e a mãe vendiam merendas diversificadas, no mesmo local o ônibus fazia paradas em cada trajeto percorrido. No dia 24/09/1949, casaram, e foram residir no bairro do Telégrafo. A partir de então, ela passou a se chamar Elza Ludovina Tavares Ferreira. No início dos anos 1950 foram para o Amapá e ele para a ICOMI, em Serra do Navio, onde trabalhou como motorista. Dois anos depois, pediu demissão da companhia e regressou a Macapá para tentar a sorte. Como seus planos não deram certo, voltou para Serra do Navio, onde permaneceu por mais dois anos, como operador de muck (caminhão), da mineradora.

Mesmo assim, não satisfeito, pediu demissão e foi para Macapá. Lá alugou o ponto do Urca Bar do Sr. Durval Melo. Na época o imóvel era de madeira, mas somente algum tempo depois ele adquiriu o terreno do Seu Durval, e realizou uma grande reforma, que o transformou num estabelecimento de alvenaria conhecido como Urca Bar, Sorveteria e Mercearia. O prédio foi construído sob a supervisão técnica do mestre Júlio Batista de Araújo, profissional da construção civil que atuava na Divisão de Obras do Governo Janary Nunes.  Durante os anos de 78 a 80 José Júlio desenvolveu um novo empreendimento ao lado da Sede do Trem denominado Casa Estrela. Em 1980 enfrentou uma doença grave que o obrigou a vender o Urca Bar para seu sobrinho Edimar, antecipar sua aposentadoria e retornar à capital paraense. Em Belém, o estabelecimento de comércio URCA foi adquirido por seu genro de nome Fernando, em 1982. José Júlio voltou ao Ceará, em janeiro de 1983, mais precisamente para a cidade de Itapagé, onde montou novamente um negócio, desta feita, uma churrascaria de nome URCA. Devido ao falecimento de Seu Antônio Ferreira Lopes, irmão mais velho dele, Zé Júlio voltou à Fortaleza, em 1984, e lá comprou uma casa, e na frente, montou um estabelecimento comercial de nome URCA BAR E MERCEARIA, que funcionou até seu falecimento. José Júlio Ferreira – o Alemão, faleceu em 26 de agosto de 1992, aos 71 anos, às 9h, em sua residência na Av. Abelardo Ferreira, em Fortaleza–CE, vítima de insuficiência cardiorrespiratória, trombose, cirrose hepática (diagnosticada quando ainda morava em Macapá). Seu sepultamento ocorreu dia 27, às 10h no Cemitério Jardim Metropolitano, em Fortaleza–CE. José Júlio Ferreira teve 13 filhos, sendo um fora do casamento e dois de criação. Três já são falecidos. Os outros moram em vários estados do Brasil: Macapá (02), Belém (02), João Pessoa (01), Fortaleza (03), Tianguá–CE (01) e Curitiba (01). Desses, sete nasceram em Belém, dois em Serra do Navio e quatro em Macapá.

Descendentes: Netos: 29, bisnetos: 32 e tataranetos 02.

Uma curiosidade: por que o nome URCA?

Seu Alemão dizia que o nome URCA, utilizado em seus empreendimentos, se referia a uma embarcação bastante utilizada pelos portugueses em suas viagens pelo oceano, típica do século XVII. Além disso, o seu sogro, João Marques Tavares, que era descendente de portugueses, representava uma importância significativa para ele. Outro detalhe relevante é que o nome "URCA" sempre lhe deu muita sorte.

Segundo o dicionário Aurélio, Urca: Embarcação do século XVII, de dois ou três mastros, de velas redondas ou latinas, com um grande porão para transporte de carga, e que passou, com o tempo, a chamar-se charrua. “Trazia-os a seu bordo a urca flamenga que dava pelo nome romanesco de ‘Grifo Dourado’, e teve o mau gosto de naufragar junto do porto de chegada.” (Afonso Arinos, Lendas e Tradições Brasileiras, p. 74.)

Nota do Editor: Agradecimentos ao Sr. Adriano Tavares Ferreira,  filho do biografado, por nos fornecer informações e fotos para montagem e ilustração desta biografia! (João Lázaro) 

quarta-feira, 19 de junho de 2024

MEMÓRIA DO FLIP GUARANÁ

O amigo Leão Zagury nos envia esta rara recordação de 2009, quando esteve em Macapá, hospedado no Macapá-Hotel, e recebeu a visita de um jovem amapaense que o presenteou com uma garrafa do Flip Guaraná, que guardou por muitos anos. 

O jovem amigo era o saudoso Norberto Tavares de Araújo Neto, grande astro do futebol amapaense. 

Leão guardou e, agora, compartilha com o blog Porta-Retrato-Macapá, a imagem que dedicava à memória desse refrigerante que era motivo de orgulho para o pai. Norberto, que faleceu em 18 de fevereiro de 2014, era filho de Wenceslau do Espírito Santo (o famoso desportista "16") e Dona Guíta Preta (dançadora de marabaixo), ambos falecidos.

Foto: Leão Zagury (Arquivo pessoal)

terça-feira, 18 de junho de 2024

MEMÓRIA DO RÁDIO AMAPAENSE > DEZOITO ANOS SEM BONIFÁCIO ALVES

Por José Machado (*)

Há 18 anos nesta data, aos 57 anos de idade, Bonifácio Mourão Alves nos deixava. B.Alves como ficou conhecido através do Rádio, era amazonense e migrou com os pais para Macapá em meados dos anos 50 numa idade tenra. Iniciou sua carreira profissional aos 17 anos.  Adolescente, mas sua voz grave, despertou atenção de alguns donos de aparelhagens que o chamaram para atuar como locutor. Assim, B.Alves, que até então desenvolvia outras atividades foi se enredando com o meio artístico. Iniciou pelo “Sonoros “Eletrônicos” de (Lindomar Negry) à época uma das melhores aparelhagens de Macapá – Sonoros “Marítimos” de Raimundo Praxedes; Sonoros “Asa” de Antônio Picanço – serviço de alto-falantes “5ª Estrela” de Othon Pinheiro, bairro da CEA (atual santa Rita) e serviço de alto-falantes da Casa Ribamar de Inácio Serra, na Cândido Mendes. Meados de 1967, Mourão Alves iniciava na Rádio Difusora de Macapá, levado pelo companheiro Benedito Andrade. Apresentou os principais programas como: Jornal falado E-2, Carnet Social, e nos últimos anos de suas atividades, em função da compra de um táxi para aumentar a rentabilidade da família, por opção dedicou-se a apresentar “Nos braços da Saudade” o derradeiro programa da noite – de 22h a 0h. Problemas de saúde levaram B.Alves a optar pela aposentadoria em 1990 à época de nosso retorno à direção da RDMBonifácio Mourão Alves, era manauara e se sentia muito orgulhoso de sua cidadania. Nasceu em 14 de maio de 1949 e deixou 10 filhos. Boni, como era tratado entre amigos, faleceu dia 18 de junho de 2006 por insuficiência respiratória.

B.Alves, figura entre aqueles que com talento e profissionalismo, ajudaram a escrever a história, da pioneira da radiofonia amapaense. Seu contributo foi imensurável para a trajetória de sucesso da RDM.

(*) radialista e jornalista amapaense

segunda-feira, 17 de junho de 2024

MEMÓRIAS DA MACAPÁ DE OUTRORA > DOS BONS TEMPOS DA FAZENDINHA

Nossa foto memória de hoje, vem do Baú de Lembranças do amigo e parceiro João Silva.

O registro do finalzinho dos anos 60 mostra imagens de um grupo de amigos - vizinhos da Av. Coriolano Jucá – pegando um bronze naquele verão tropical.

Sentados na areia a partir da esquerda: (o primeiro não conseguimos identificar); o segundo é o Newton Cardoso Filho, o popular Nenê (administrador de empresas); depois Seu Mundoca Bezerra (de óculos escuros e camisa branca); o Antônio Luiz Cardoso, (médico); Amiraldo Bezerra (escritor)  e um ex-funcionário da ICOMI conhecido como Charanga (não sabemos o nome).

O Newton Filho e o Antônio Luiz, filhos do pioneiro Newton Cardoso.

Foto: Do acervo do João Silva

domingo, 16 de junho de 2024

MEMÓRIA ESTUDANTIL DOS AMAPAENSES: Simão Pecher, Leão e Abraham Zagury

Amigo Simão Pecher, filho do Seu Nathan, do bar Continental, envia para o blog Porta-Retrato-Macapá, uma lembrança de 1951, do primeiro dia de aula do ensino primário no Grupo Escolar Barão do Rio Branco/AP, dele e dos primos também amapaenses. 

Abraham Zagury (engenheiro); Leão Zagury (médico endocrinologista), ambos no Rio, e Simão Arão Pecher (médico alergista e dermatologista), em Manaus AM.

Foto: Simão Pecher (Cortesia)

sábado, 15 de junho de 2024

MEMÓRIA DA CIDADE DE MACAPÁ > CASA LEÃO DO NORTE



Dona Sarah Roffé Zagury e seus filhos fundaram a primeira empresa legalmente constituída da cidade, a Casa Leão do Norte, que vendia produtos como presentes, sabonetes, tecidos e mercearia. Uma loja sofisticada, com rendas francesas, sedas, camisolas de seda e outros tecidos de alta qualidade. 

Uma construção bastante antiga, do tempo em que Macapá era uma cidade que pertencia ao estado do Pará. Situava-se na esquina da Avenida Presidente Vargas com a rua à beira-rio, às margens do caudaloso rio Amazonas.

Foto: Cortesia Família Zagury

domingo, 9 de junho de 2024

MEMÓRIA DA MACAPÁ DE OUTRORA > ÉPOCA DO AEROCLUBE DE MACAPÁ

Segundo a amiga Josie Mengai, este é o registro de um evento realizado no Aeroclube de Macapá em 1968: Desfile de Jovens Elegantes daquela época.

Infelizmente, não conseguimos identificar todos os nomes das participantes.

A partir da esquerda: 1.Nazaré Bessa, 2.Josie Mengai; 4.Lourdinha Telles; 5.Nancy Bandeira; 6.Wanda Ribeiro; 8.Virgínia Crispo...

Foto: Josie Mengai

sábado, 8 de junho de 2024

MEMÓRIAS DE MACAPÁ – NOS BONS TEMPOS DO CÍRCULO MILITAR

Mais um registro memorável da década de 60, realizado por amigos de Macapá, nos bons tempos do Círculo Militar de Macapá, instalado atrás da Fortaleza de São José de Macapá, para matar a saudade dos leitores do blog Porta-Retrato.

Nas imagens da esquerda para a direita: Marilene e Raimundo Anaice; Sr. Mair Bemergui; Parady e Rui Menezes; Romeo e Kátia Harb.

Foto: Leão Zagury    (cortesia)

sábado, 1 de junho de 2024

MEMÓRIAS DE MACAPÁ: COMERCIANTES PIONEIROS DO AMAPÁ

Histórico registro fotográfico, sem data, de um evento ocorrido no passado, provavelmente realizado no Aeroclube de Macapá. Simpáticos pioneiros do comércio amapaense, Abdalla Houat e sua esposa Doralice, à frente, e Stephan Houat e sua esposa Jaqueline, sorridentes e felizes, apreciam um bom uísque com o saboroso FLIP GUARANÁ, que não podia faltar à mesa dos amapaenses, na época do extinto Território Federal do Amapá. É mais uma significativa contribuição ao blog Porta-Retrato-Macapá, do nosso colaborador Leão Zagury.