Data: 5 de dezembro de 1987
(Foto: Reprodução/Acervo da família)
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Há 23 anos..., o alegre Paulo do Espírito Santo Silva,- o "Paulão do Atabaque" - filho do "pioneiro" José Miguel da Silva - o "Alagoano" e de D. Mimi - passava "pro andar de cima".
(Foto: Reprodução/Acervo da família)
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(Contribuição da amiga Brenna Paula Tavares, filha de Paulão)
Parece que foi ontem...
Aos 33 anos de idade, Paulão deixou a todos os seus amigos e conhecidos, sua alegria e sua simpatia.
"Num dia de dezembro, cinco exatamente, Paulão viajou, sozinho e sem despedidas."
Um jovem, sorridente, que estava sempre... "de bem com a vida".
Oi, João.
ResponderExcluirConheci o Paulão através do Orivaldo, seu primo. Assim como nós, aluno do Colégio Amapaense e membros da banda marcial, no final dos anos 60. Ali na banda o Paulão iniciava seus contatos com os instrumentos de percussão. Se não me falha a memória, seu instrumento era o tarol.
Convivi pouco com o Paulão, mas recordo de algumas passagens dessa amizade. Lembro que ao iniciar meu contato com o violão, aprendendo a acompanhar, ele dizia:
- Cantuária (era assim que ele e dona Mimi me chamavam), solta a mão (e fazia o gesto, com a mão direita, fechando a mão e soltando os dedos). Algo como o som soando "bléim, bléim, bléim". Era engraçado. Mas valeu a sugestão, pois a partir daí me sentí mais à vontade com o violão.
Um dia, ainda no ensaio de marcha com a banda do colégio, num final de tarde, o Paulão anunciou para nós:
- Pessoal, agora nós vamos pra casa que hoje é meu aniversário, vão umas meninas e a mamãe preparou alguma coisa pra nós. E lá fomos nós direto para o endereço da Eliezer Levy com a Mendonça Furtado
Lá, a dona Mimi nos apresentou a um de tal de "Alexander", aquele famoso coquetel. Lembro que eu, o Orivaldo e o Américo tivemos muita dificuldade para subir depois a Mendonça Furtado em direção à Leopoldo Machado.
Num tempo em que diversão em Macapá se resumia a cinema, festas em aniversários e em clubes, lá íamos nós para a sede do Trem, da UBMA, e por aí vai. Não esqueço das gravatas de tiras (um fio que se amarrava ao pescoço, era moda) que o Paulão me emprestava para o reveillon na sede do Trem e festas que exigiam passeio completo.
Depois, cada um foi na sua direção, saí de Macapá (1976) para estudar em Belém, e anos depois fiquei sabendo da sua partida para o outro lado.
Em 1999 estive com a dona Mimi; havia ido a Macapá para o enterro de meu pai e aproveitei para visitá-la; ainda morava na Eliezer Levy. Sua saudade era enorme, apesar do tempo. Conversamos bastante, e ela me falou de coisas boas que ele fazia, principalmente nas viagens para o interior, e só ficou sabendo depois.
Dona Mimi me presenteou com um livro sobre o Paulão, escrito em 1990 pela saudosa professora Risalva Amaral: "Recordando Paulo". Nesse texto, além da apresentação pela professora Risalva, estão seus dados biográficos, seus pensamentos, depoimentos da dona Mimi e da Cleide (sua irmã), homenagens e recordações dos amigos.
Uma vida curta, mas vivida com intensidade.
Um abraço, extensivo à Brenna Paula, que me proporcionou a oportunidade de escrever essas linhas.
Aloisio Cantuária
Oi, João.
ResponderExcluirPermita uma retificação: o endereço do Paulão não era a Eliezer Levy e, sim, a Jovino Dinoá.
Ainda bem que a Alcinéa percebeu o equívoco.
Um abraço.