terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Especial: General Gurjão

(Imagem: Reprodução/blog do Edgar Rodrigues)
Hilário Maximiniano Gurjão, o General Gurjão
Hilário Maximiniano Antunes Gurjão nasceu em Belém do Pará, no dia 21 de fevereiro de 1820, e muito cedo ingressou no Exército brasileiro. Aos 14 anos de idade, já acompanhava seu pai ao lado dos legalistas, participando das lutas civis que ensanguentaram o Pará no ano de 1834. Aos 16 anos estava a bordo da escuna "Bela Maria", no bloqueio feito em 13 de maio de 1836, contra os cabanos comandados por Eduardo Angelim, que fugiu para o Município de Acará. Promovido a cadete em 1837 e, em 1838, alcançou a patente de l.P-Tenente. Em 28 de fevereiro de 1839, foi designado para o comando das tropas sediadas na fortaleza de São José de Macapá. Em Macapá, recebeu em 2 de dezembro desse mesmo ano a promoção de 2º Tenente. Retornou a Belém, onde cursou a Escola de Artilharia e, em 1841, foi promovido a Capitão, com apenas 21 anos de idade. Viajando para o Rio de Janeiro, matriculou-se na Escola Militar, bacharelando-se em Matemática, obtendo a classificação nas armas de artilharia.
Exerceu vários cargos militares no Pará e Amazonas com a missão de fortificar a região amazônica. Em 1857, atingiu o posto de Tenente-Coronel, quando inspecionou as fortalezas de Macapá, Gurupá e Óbidos. Retornando ao Rio de Janeiro, assumiu o comando do 3° Batalhão de Artilharia, onde recebeu a condecoração de Cavaleiro da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo e o hábito de São Bento de Aviz. Comandou a fortaleza de Santa Cruz e o 1º batalhão de infantaria sediado na corte. Em 1865, distinguiu-se na guerra do Paraguai com a  patente de Coronel; foi para o campo de batalha e dirigiu o bombardeio de Itapiru em 1866 e as ações de artilharia no Passo da Pátria em Tuiuti; comandou a guarnição de Corrientes e as forças do Chaco em ação combinada com a esquadra em 3 de setembro de 1867; desalojou os paraguaios de Sauce em 21 de março de 1868, obrigando-os a abandonar toda linha de fortificações próximas, inclusive a fortaleza de Curu e a se concentrarem em Humaitá. Seguindo para o Chaco, conseguiu estabelecer a comunicação entre a esquadra ancorada abaixo de Angustura e a que se achava em frente a Vileta. Em novembro foi designado pelo Duque de Caxias para comandar a artilharia do 2° Corpo do Exército sob a liderança do Marechal Argolo Ferrão e, graças à ação de Hilário Gurjão, efetuou-se em 5 de dezembro o desembarque do 2° Corpo em Santo Antônio. O combate foi terrível. O Marechal Argolo foi ferido e morreu, o Coronel Fernando Machado caiu na batalha. Essas duas baixas criam indecisão entre os oficiais e soldados. Vendo a gravidade da situação, o General Gurjão, Subcomandante da tropa, galopou sobre a ponte gritando ordens para atacar, sendo recebido por uma saraivada de balas. Tombou gravemente ferido na outra extremidade da ponte. Duque de Caxias chegou logo depois, e os paraguaios foram derrotados. Transportado para a cidade de Humaitá, veio a falecer no dia 17 de janeiro de 1869. Posteriormente, seus restos mortais foram transferidos para Belém e sepultados no cemitério da "Soledade". A Prefeitura de Macapá, para homenagear esse ilustre militar, comandante das tropas em Macapá, deu seu nome a uma das avenidas da cidade.
Fonte: Livro "Personagens Ilustres do Amapá Vol. II" - de Coaracy Barbosa

2 comentários:

  1. JOÃO!-SEMPRE LEIO AS SUAS POSTAGENS E AS ADMIRO.
    SERA QUE ESTE PERSONAGEM DA HISTORIA DO AMAPÁ NÃO NASCEU EM 1820?
    POIS CASO TENHA NASCIDO EM 1920 E MORADO PROXIMO AO BAIRRO DO LAGUINHO, EU O CONHECI.
    ABRAÇOS.
    LUIZ JORGE.

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  2. Meu caro Luiz Jorge, realmente havia engano. Já corrigi o texto. Obrigado por sua observação. Erro de digitação. Grande abraço.

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