(Foto: Reprodução de arquivo)
Vista aérea da Fortaleza de São José, em Macapá
Sempre que te desnudas para às águas do Amazonas te banhar,que só se cobre quando o cetim transparente da noite vem te agasalhar,
és a única capital neste país imenso de ocorrências e lugares tantos,
a ser banhada pelo lindo, majestoso e caudaloso rio mar!
Divina porque pura, em eterna adolescência sem se macular,
mesmo virgem a nossos olhos, andas filhos muitos a gerar,
mas nem parece, és sempre a paixão desde a infância a demonstrar,
nossa adoração por ti, mesmo a timidez nos evite, às vezes declarar!
Duzentos e cinquenta e quatro anos que podem até parecer muito,
mais de duas centenas e meia de loiros com vida perene e eternae basta aí chegar e olhar para notar o óbvio com qualquer intuito,
pra redescobrir-te como eras e é, virgem, bonita e hoje moderna.
Estão por fim a dar-te banho de loja, e de muito bom gosto,
já vislumbramos até o quanto mais linda e cobiçada vais ficar,não precisas de maquíagem, basta um retoque sutil em teu lindo rosto,
para deslumbrares quem aí vive ou for para rever-te ou visitar!
Quero te amar enquanto vida e lucidez Deus me conceder,
mesmo o destino me pondo distante em outro estado residindo,louvar e bendizer teu nome, minha querida, enquanto viver,
mesmo sofrendo tua falta, mas por ti morrer sorrindo!
Apesar dos maus-tratos de alguns passantes de mando que
por aí estiveram,e não tenham te dado o cuidado e o respeito que te deveriam dar,
tu resististe intocável e brava, altaneira e hoje remoçada estás,
Diva do Norte, cidade do forte, amante de quem te ama, meu
amor, Macapá.
Poesia de Amiraldo Pereira Bezerra, publicada em seu novo livro: Pétalas sobre Macapá".
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