As fotos seguintes -
verdadeiras raridades históricas - foram gentilmente compartilhadas com o blog
Porta-Retrato, pelo Sr. Raimundo Wilson, filho de Emanuel Tarcilo Duarte Moraes,
que se vivo fosse, teria completado 100 anos no dia 09 de agosto de 2013, mas,
infelizmente, ele faleceu no ano passado.
Emanuel Tarcilo Duarte
Moraes foi o primeiro encarregado do Aeroporto de Macapá, durante os três
primeiros anos de existência do Território Federal do Amapá, como unidade federativa. Ele viveu em Macapá de 1941 até 1945, em plena 2ª Guerra Mundial. Antes de ir para Macapá, Duarte serviu em Belém, Porto-Velho, Manaus, Santarém,
Camocim e Fortaleza. Moreno, baixo, franzino, extremamente discreto. Foi um incansável batalhador que enfrentava todas
as intempéries da região.
Duarte era o homem dos sete instrumentos, um amigo prestativo e dedicado. "Ele soube interpretar no mais alto grau o espírito de cooperação e prestimosidade que a Panair adotou como lema"."Era um funcionário cem por cento", e "podia ser apontado como um exemplo digno de imitação". "Ao deixar Macapá - para continuar prestando serviço em outra base da empresa - levou em documento assinado pelo Governador Capitão Janary Nunes, os elogios mais honrosos que alguém poderia ambicionar".
Um artigo da "Panair em Revista" de fevereiro de 1945 sobre o Aeroporto de Macapá em reportagem assinada por Arthur de Miranda Bastos, diretor do Departamento de Produção e Pesquisas do governo do Amapá, ressalta com destaque as qualidades de Emanuel Duarte Moraes.
O artigo intitulava-se "Assim se ganham elogios", escrito como homenagem a Duarte, por ocasião da despedida dele, por ter sido transferido de Macapá para outras funções na Panair do Brasil, S. A.
Duarte era o homem dos sete instrumentos, um amigo prestativo e dedicado. "Ele soube interpretar no mais alto grau o espírito de cooperação e prestimosidade que a Panair adotou como lema"."Era um funcionário cem por cento", e "podia ser apontado como um exemplo digno de imitação". "Ao deixar Macapá - para continuar prestando serviço em outra base da empresa - levou em documento assinado pelo Governador Capitão Janary Nunes, os elogios mais honrosos que alguém poderia ambicionar".
Um artigo da "Panair em Revista" de fevereiro de 1945 sobre o Aeroporto de Macapá em reportagem assinada por Arthur de Miranda Bastos, diretor do Departamento de Produção e Pesquisas do governo do Amapá, ressalta com destaque as qualidades de Emanuel Duarte Moraes.
O artigo intitulava-se "Assim se ganham elogios", escrito como homenagem a Duarte, por ocasião da despedida dele, por ter sido transferido de Macapá para outras funções na Panair do Brasil, S. A.
Emanuel Tarcilo Duarte Moraes foi o idealizador do "Panair Sport Clube" fundado em Macapá, em 7 de setembro de 1940.
Time da Panair do Brasil na Praça Veiga Cabral, em Macapá.
AEROPORTO DE MACAPÁ - Primitivamente,
Macapá possuía apenas uma pista de 800 metros de comprimento, construída pela
Prefeitura local, para os aviões do Correio Aéreo Nacional. Ao planejar porém
as viagens noturnas, entre os portos brasileiros como entre estes e os Estados
Unidos, a Panair, em combinação com Pan American Airways, resolveu estabelecer em Macapá um
verdadeiro aeroporto de emergência e, em junho de 1940, deu início a sua
construção sob a responsabilidade do engenheiro Alexandre Derfelden, que foi do
Rio de Janeiro, especialmente para esse fim. No mês de setembro daquele ano o
aeroporto já estava em condições de funcionar. Em 30 de abril de 1941, ultimados
todos os detalhes, o engenheiro
Alexander Derfelden pode retornar ao Rio de Janeiro, deixando em Macapá, como
encarregado dos serviços de administração, manutenção e operações o Sr. Loadyr Rodrigues, admitido em Belém,
especialmente para esse trabalho.
Como encarregado dos serviços de rádio,
eletricidade e outros, ficou o Sr. Duarte Moraes, que desde 1937, entrara para
o quadro de funcionários da Panair do Brasil.
Em 1958 ocorreu a transferência das atividades aeroportuárias do Campo de Pouso da Avenida FAB para a atual base do Aeroporto Internacional de Macapá.
Fonte: Pesquisa com dados extraídos da "Panair em Revista" - páginas 17, 18 e 19 publicada em março de 1945; fotos reproduzidas a partir de cópias enviadas gentilmente pelo Sr. Raimundo Wilson, filho de Emanuel Tarcilo Duarte Moraes. Legendas montadas com base em observações registradas pelo administrador Emanuel, no verso das fotografias.
Vista pela frente
Vista dos Fundos
Compreendia então o aeroporto,
além de suas grandes pistas, um imóvel principal, em madeira, com 25 metros de
comprimento, todo telado, coberto com telhas tipo Marselha, destinado a servir
como estação de passageiros, estação de rádio, residência de passageiros, em
casos de emergência; uma casa para escritório da gerência e depósito da
manutenção;
Casa de Meteorologia
uma casa de meteorologia e depósito de equipamentos; um depósito de
combustíveis e lubrificantes; uma estação transmissora de rádio,
Casa de força e Luz
uma usina
elétrica com equipamento de força e luz efetivo e um outro, sobressalente; um
poço sob coberta fechado por todos os lados, com a respectiva bomba elevatória
e tanque de distribuição com capacidade para 4.000 litros. Em 1958 ocorreu a transferência das atividades aeroportuárias do Campo de Pouso da Avenida FAB para a atual base do Aeroporto Internacional de Macapá.
Fonte: Pesquisa com dados extraídos da "Panair em Revista" - páginas 17, 18 e 19 publicada em março de 1945; fotos reproduzidas a partir de cópias enviadas gentilmente pelo Sr. Raimundo Wilson, filho de Emanuel Tarcilo Duarte Moraes. Legendas montadas com base em observações registradas pelo administrador Emanuel, no verso das fotografias.
(Post republicado com atualizações em 3 de maio de 2015)
Meu caro João Lázaro, agradeço a gentileza da publicação e me coloco à disposição dos eventuais pesquisadores interessados em resgatar essas memórias. Caso alguém tenha acesso a documentos e arquivos oficiais do Estado do Amapá, fotos, etc., peço que entrem em contato comigo, pois meu pai deixou muitos documentos (com data) e muitas fotos (sem data), que eu gostaria de organizar, para conhecimento público. Meu pai morou em Macapá de 1941 (antes da criação do Território Federal) e saiu de lá em 10/01/1945. Um abraço do Raimundo Wilson
ResponderExcluirwilsonraimundo2@hotmail.com
Édi Prado - Esta história precisa ser definitivamente esclarecida. A FAB nunca poderia ser pista de pouso e decolagem. A posição de vento é de leste para oeste. Os pilotos sabem que não é esta a situação favorável para realizar essas manobras. E depois a Av. FAB de 1948 , ainda sem batismo, terminava onde hoje é o GM ou Escola Integrada de Macapá ou Prof. Antonio Pontes. A FAB foi batizado em 13 de setembro de 1957, quando da formatura da 1ª turma de pilotos, formado pelo Aero clube de Macapá. Os alunos desfilaram nos paulistinhas na pista que hoje é a FAB e grande parte dela era de piçarra. Os ´pilotos aceleraram e fizeram um "cavalo de pau" quando chegaram na hoje Gal. Rondon e levantaram um poeiral. Vendo aquela 'arrumação', Janary Gentil Nunes batizou a via de FAB em homenagem a esses pilotos. O depoimento é do Sr. Arlindo Oliveira, mecânico de aeronave, que estava presente neste dia histórico e testemunha ocular deste fato. Grande parte da estrutura operacional ficava na atual FAB , mas a pista não. Este é o clássico exemplo de que uma mentira repetida várias vezes se torna uma verdade mentirosa.
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