O nosso homenageado de hoje é um Pioneiro da antiga
Escola Industrial de Macapá. Um dos maiores mestres de fundição amapaense e
apaixonado pela educação. Um dos artífices dos grandes desfiles cívicos da
Semana da Pátria e de 13 de setembro. Os carros alegóricos que homenageavam os
grandes feitos locais tinham seu traçado.
Ele é Frederico José dos Santos Netto - O meninão,
apelido dado pelos amigos íntimos, pois era um gigante em estrutura, porém um
menino no relacionamento.
Belenense nascido em 29 de fevereiro de 1936, que era um ano bissexto, isto é, aquele que possui um dia a mais do que os convencionais 365 dias. No calendário gregoriano, o dia extra é incluído a cada 4 anos. Isso era piada para ele que sempre repetia a idade dividida por quatro.
Belenense nascido em 29 de fevereiro de 1936, que era um ano bissexto, isto é, aquele que possui um dia a mais do que os convencionais 365 dias. No calendário gregoriano, o dia extra é incluído a cada 4 anos. Isso era piada para ele que sempre repetia a idade dividida por quatro.
Filho de Osvaldo José dos Santos e Iracema Gomes dos Santos, foi residir em
Macapá ainda criança. De acordo com seus filhos, Frederico, aos 12 anos de
idade, foi encaminhado junto com outros jovens para a capital federal, na
época, Rio de Janeiro, pelo então Deputado Federal pelo Amapá, Coaracy Nunes, para
estudarem no Colégio Interno Getúlio Vargas.
Ao retornar aos 17 anos para Macapá, foi servir o antigo Tiro de Guerra no Pará. Neste intervalo conheceu na Feira Agropecuária do antigo Território Federal do Amapá a jovem Delacy Gibson, com quem firmou noivado e que anos depois se tornou sua esposa. Desse longo matrimonio nasceram sete filhos: Nazaré, Margareth, Freddy, Elizabeth, Herculano, Adriana e Melissa. Hoje todos casados, geraram diversos netos e bisnetos.
Magistério - No dia 06 de junho de 1953, Frederico Netto adentrou uma oficina-sala-de-aula na antiga Escola Industrial de Macapá, com a formação exclusiva em Artes Industriais no período de 1950 a 1964. Logo em seguida, o colégio foi transformado em Ginásio de Macapá para o Trabalho, que passou a ofertar, além das Artes Industriais, outros cursos técnicos: Técnicas Agrícolas, Técnicas Comerciais e Administração para o lar, no período de 1965 a 1972. Vale ressaltar que nesse período o ensino era voltado exclusivamente para a formação de uma clientela masculina. Hoje se denomina E.E. Antônio Cordeiro Pontes.
Ao retornar aos 17 anos para Macapá, foi servir o antigo Tiro de Guerra no Pará. Neste intervalo conheceu na Feira Agropecuária do antigo Território Federal do Amapá a jovem Delacy Gibson, com quem firmou noivado e que anos depois se tornou sua esposa. Desse longo matrimonio nasceram sete filhos: Nazaré, Margareth, Freddy, Elizabeth, Herculano, Adriana e Melissa. Hoje todos casados, geraram diversos netos e bisnetos.
Magistério - No dia 06 de junho de 1953, Frederico Netto adentrou uma oficina-sala-de-aula na antiga Escola Industrial de Macapá, com a formação exclusiva em Artes Industriais no período de 1950 a 1964. Logo em seguida, o colégio foi transformado em Ginásio de Macapá para o Trabalho, que passou a ofertar, além das Artes Industriais, outros cursos técnicos: Técnicas Agrícolas, Técnicas Comerciais e Administração para o lar, no período de 1965 a 1972. Vale ressaltar que nesse período o ensino era voltado exclusivamente para a formação de uma clientela masculina. Hoje se denomina E.E. Antônio Cordeiro Pontes.
Frederico
tinha um amor imensurável pelo GM, sempre fazia questão que sua escola
brilhasse nos desfiles. Muito antes do 13 de setembro, ele ia para prancheta
desenhar os carros alegóricos, com engrenagens e, durante a montagem, supervisionava
e acompanhava na AV FAB. Ele antecipou, o que é feito hoje nos grandes desfiles
de carnaval. Ele foi o precursor, no Amapá, dos desfiles com efeitos especiais.
Sempre
preocupado em manter-se atualizado, Frederico Netto, em 1958, viajou para o
Paraná onde cursou a Escola Técnica de Fundição, em Curitiba, se especializando
nessa arte milenar.
Bairrista - O meninão era bairrista, defendia com unhas e dentes o Ginásio de Macapá (GM) onde formou muitas gerações, pois trabalhou 38 anos na escola. O aprendizado de fundição ele não executou somente em sala de aula. Morador do recém-criado Bairro Santa Rita, onde a molecada fervilhava nas ruas sem nada pra fazer - jogando peladas na piçarra e passarinhando - Frederico passou a levá-los para uma oficina construída em um barracão atrás da residência dele, onde ensina os princípios da fundição.
Bairrista - O meninão era bairrista, defendia com unhas e dentes o Ginásio de Macapá (GM) onde formou muitas gerações, pois trabalhou 38 anos na escola. O aprendizado de fundição ele não executou somente em sala de aula. Morador do recém-criado Bairro Santa Rita, onde a molecada fervilhava nas ruas sem nada pra fazer - jogando peladas na piçarra e passarinhando - Frederico passou a levá-los para uma oficina construída em um barracão atrás da residência dele, onde ensina os princípios da fundição.
Flamenguista
inveterado, fanático por futebol, passou a organizar as peladas de rua, que aconteciam todos os dias na Avenida
Euclides da Cunha, local de sua residência. "Quando ele chegava ao fim da
tarde da escola, a molecada estava concentrada em frente de casa aguardando por
ele. Os jogadores eram o Roberto Gato, Humberto(radialista), Jango e Carlinhos
Moreira entre outros. Ele entrava em casa, jogava a bola para rua enquanto trocava
de roupa, e a pelada terminava somente à noitinha", conta Dona
Delacy.
O meninão fez muitos amigos, entre eles o Mestre Oscar Santos e Professor Tostes; o mais querido, por ser amigo de infância, foi o Sacaca, na época Rei Momo do Carnaval Amapaense. "A chave do Rei Momo amapaense era ele que fazia na sua fundição no fundo do quintal", relembra Delacy Gibson.
Muitas dessas obras de arte ambulantes marcaram época.
Aposentadoria - A aposentadoria da escola, o levou a continuar na pequena fundição de fundo de quintal, onde fabricava placas de carro, motos e placas de inauguração de prédios oficiais, em alumínio.Meninão deixou esse plano há 15 anos, no dia 23 de fevereiro de 1999, às vésperas de seu natalício de 63 anos, vitima de um infarto. Frederico, três anos antes, havia sofrido um AVC que lhe deixou sem os movimentos dos membros inferiores e utilizava uma cadeira de roda. "A nossa família perdeu seu patriarca, um bom marido, um pai amoroso e um amigo excelente, que vivia brincado com todos, e esse foi o motivo do apelido MENINÃO"
O meninão fez muitos amigos, entre eles o Mestre Oscar Santos e Professor Tostes; o mais querido, por ser amigo de infância, foi o Sacaca, na época Rei Momo do Carnaval Amapaense. "A chave do Rei Momo amapaense era ele que fazia na sua fundição no fundo do quintal", relembra Delacy Gibson.
Muitas dessas obras de arte ambulantes marcaram época.
Uma criação de Meninão num desfile de 13 de setembro, na Av. FAB
Um deles foi da
Fortaleza de São José de Macapá; A Bola da Copa do Mundo girando com um rapaz
negro, personificando o Rei Pelé. Colocou um foguete em frente ao palanque
das autoridades em posição de voou e ao ser disparado soltou fumaça e pelo bico
saia a bandeira da Escola.Aposentadoria - A aposentadoria da escola, o levou a continuar na pequena fundição de fundo de quintal, onde fabricava placas de carro, motos e placas de inauguração de prédios oficiais, em alumínio.Meninão deixou esse plano há 15 anos, no dia 23 de fevereiro de 1999, às vésperas de seu natalício de 63 anos, vitima de um infarto. Frederico, três anos antes, havia sofrido um AVC que lhe deixou sem os movimentos dos membros inferiores e utilizava uma cadeira de roda. "A nossa família perdeu seu patriarca, um bom marido, um pai amoroso e um amigo excelente, que vivia brincado com todos, e esse foi o motivo do apelido MENINÃO"
Fonte: Jornal Tribuna Amapaense: Texto(*) e fotos, de Reinaldo Coelho, da Reportagem.
(*)
adaptado e atualizado para o Porta-Retrato.
MEU PAI ZACARIAS ALVES DE ARAÚJO FAZIA PARTE DAS ALEGORIAS E MÁSCARAS DE PERSONAGEM EM PAPEL MARCHÊ. (OBDIAS)
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