domingo, 4 de setembro de 2016

Foto Memória da Mineração Amapaense: Chegada e desembarque dos equipamentos da ICOMI, em Santana/AP

"Esses, foram os primeiros equipamentos da ICOMI, chegados no final de 1953, em barcaças vindas de Belém.
Ficaram estacionados no pátio em Santana: 05 tratores Caterpillar D8A, 04 moto niveladoras Caterpillar modelo 12E, 02 compressores de ar Ingersoll Rand, 06 automóveis Chevrolet: 02 station wagon e 04 sedans e dois caminhões GMC. Depois, viriam os outros equipamentos para a ferrovia e para a mineração."
“No início de 1954 o navio da Moore McCormak avança pelo estuário do Rio Amazonas trazendo, dos Estados Unidos, os primeiros equipamentos para a construção das obras da mineração. Com ele vieram equipamentos da terraplanagem da ferrovia."
"Observa-se o navio a mais de duzentos metros da margem do Amazonas, pois nessa época a limpeza do rio ainda não havia sido feita, mesmo no trecho onde as margens são mais profundas. O navio teve que ficar ancorado no meio do canal, onde a profundidade média estava em torno de 18 metros."
Esse local era em frente à localidade de Santana, "onde começariam as obras para a instalação do píer. Para o desembarque dos equipamentos foram usados os guindastes do próprio navio, que tinham capacidade de descarregar até 40 toneladas”.
 “Os equipamentos desciam presos em cabos de aço e eram colocados em barcaças tipo balsas ancoradas lateralmente ao casco. As barcaças eram da própria MCComark, que as usava para o translado do material do navio para a terra.
Em terra, os equipamentos eram novamente içados e descarregados em solo firme. Para as máquinas de terraplanagem e os veículos, a balsa encostava-se ao píer improvisado e era ancorada por cabos de aço.
Eles desciam direto, passando do fundo chato da balsa para o píer. As balsas eram manobradas por rebocadores que traziam o material do navio até o píer. Do pátio, após a conferência, cada uma seguia o seu destino: para as obras do porto, da ferrovia ou da mineração. ”
Todo o equipamento veio importado dos Estados Unidos, pois a indústria brasileira nesse tempo não conseguia suprir toda a necessidade do projeto e o fornecimento de materiais americanos era um interesse contratual. ”
"Como não havia sido feita a dragagem de limpeza das margens do canal, o navio permaneceu no meio do rio e os equipamentos eram descarregados em uma balsa manobrada por dois rebocadores; um deles cedido pelas forças armadas, próprio para desembarque de equipamentos pesados em operações de guerra. 
"Esta foto é do braço norte próximo ao local onde depois foi montado o porto flutuante, em frente à ilha de Santana."
Fonte consultada: Estrada Ferro Amapá - História da EFA by Sergio Ransel Silva de Almeida on Scribd.

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