Morreu na tarde desta quarta-feira
(14), aos 87 anos, o jornalista e presidente da Rede Amazônica de Rádio e Televisão,
Phelippe Daou. O jornalista estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São
Paulo, para uma cirurgia. Ele morreu de falência múltipla dos órgãos.
O jornalista e empresário nasceu em
Manaus, no dia 15 de dezembro de 1928. Viúvo de Magdalena Arce Daou, é pai de
dois filhos Phelippe Daou Jr., e Cláudia Daou Paixão e Silva.
Filho do comerciante José Nagib
Daou e de Nazira Chamma Daou, fez seus primeiros estudos na Escola Progresso de
Manaus. Em seguida, ingressou no Colégio Estadual do Amazonas, onde concluiu o
secundário e científico.
Prestou vestibular para a Faculdade
de Direito do Amazonas, onde formou-se. Muito cedo ainda, iniciou no
jornalismo, como repórter do Jornal do Comércio, mas a ascensão na carreira
começaria um ano depois, com sua transferência para a empresa Archer Pinto,
proprietária, na época, de "O Jornal e Diário da Tarde", onde exerceu
diversas funções redacionais. Atuou ainda como redator da Rádio Rio Mar.
Em 1968, junto com Milton Cordeiro
e Joaquim Margarido, fundou a Amazonas Publicidade, embrião que deu origem à
Amazonas Distribuidora Ltda e Rádio TV do Amazonas S.A., que abrange, entre
outras emissoras, a Rede Amazônica de Televisão.
Phelippe Daou destacou-se como
defensor da Zona Franca de Manaus. Foi membro do Conselho Deliberativo dessa
instituição que por consenso representava toda a classe empresarial – a
Associação Amazonense de Imprensa e a Associação Comercial do Amazonas.
Em seu último discurso, o
empresário falou a funcionários durante missa de aniversário de 44 anos da Rede
Amazônica, em Manaus. O tom foi de despedida.
"Verdade, justiça e liberdade.
Isso não é negociável nunca. Nunca passe pela cabeça de vocês que serão os
nossos sucessores, pessoas que vão dar vida, e quem sabe dar maior dimensão à
Rede Amazônica, porque a Amazônia sem a Rede Amazônica, ela não será a grande
região que todos nós desejamos. Vocês veem as dificuldades que são opostas.
Vocês veem o combate que a gente faz diariamente em defesa da região. E é quase
que, verdadeiramente, a lágrimas de sangue, que a gente dá um passo à frente,
mas quando a gente consegue, é tão grande a nossa alegria, tão grande é o
resultado do esforço que a gente diz: valeu a pena", disse.
As condolências do blog aos
familiares, amigos, e integrantes da Rede Amazônica.
Fonte: G1 AM
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