O pioneiro José Maria Chaves, paraense de Cametá, um dos primeiros
moradores do Formigueiro, chegou ao Amapá em 1945, com 20 anos de idade,
convidado pelo primeiro governador do extinto Território Federal do Amapá,
Janary Gentil Nunes. Na época era soldado do Exército Brasileiro e servia em
Val de Cães, na base de artilharia antiaérea. Foi nomeado por decreto assinado
pelo governador Janary no dia 19 de abril de 1952 como
extranumerário-mensalista, referência 19, para desempenhar a função de guarda,
lotado na Divisão de Segurança e Guarda do Território do Amapá, com salário de
1.440,00 mil réis. Nessa época só entrava para a Polícia quem era reservista.
Com tal salário comprou sua casa, na Mendonça Furtado, por hum mil réis. Por
quatro vezes serviu como mordomo na residência governamental. Depois, por
longos anos, trabalhou como sapateiro. (Fonte: Governo do Amapá)
“José Maria Chaves, um dos maiores craques do
futebol amapaense, foi trompetista do primeiro conjunto musical de Macapá. Foi
também bombeiro, marítimo, guarda de trânsito, guarda territorial e mordomo.
Mas o que mais gostava de fazer era jogar futebol e consertar sapatos.
Como jogador foi quatro vezes campeão pelo
Amapá Clube.
Como sapateiro, conquistou o coração de
Berlenites com quem foi casado há várias
décadas.
Aprendeu o ofício de sapateiro com um italiano
em Belém. Sozinho aprendeu a tocar. Talento que seus irmãos também tinham e
assim, junto com os irmãos, formou a Jazz Band Poeira – o primeiro conjunto
musical do Amapá.
A história de Zé Maria Chaves se confunde com a
história do Amapá. Ele viu Macapá crescer, viu as casas de barro e miriti serem
substituídas pelas de madeira e depois de alvenaria, foi amigo de Mãe Luzia,
participou da inauguração do Glycério Marques e viu o surgimento dos primeiros
prédios públicos do Amapá, a abertura das ruas, a inauguração das primeiras
escolas… (Alcinéa Cavalcante - 02/08/2010)
“José Maria Chaves, viúvo, hoje, com 93 anos de vida, tem dificuldade de
locomoção, pois não anda, pela rótula que fraturou quando tirava um plantão no
Estádio Glycério Marques. Continua Lúcido, falante, mas... às vezes falta-lhe
a memória, pela idade avançada, e os
problemas de saúde que adquiriu ao longo dos anos!
Mora atualmente no Bairro Universidade, em Macapá, com a nova companheira e o
filho dessa união.” (Informações de sua filha Jennifer Picanço
Chaves Nazaré)
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