Foto: Reprodução / Facebook |
Há exatos 95 anos, nascia em Alagoas, em 7 de outubro de
1922, o pioneiro Heráclito Juarez Filho, filho de Heráclito Juarez de Araújo e
Silva e Rosa Lima de Araújo e Silva; era o quarto filho de uma lista de oito, composta
por 5 homens e 3 mulheres.
No início do ano de 1944, construiu um pequeno abrigo, às
margens do rio Lipo-Lipo, afluente do rio Santana. Cinco anos depois, em 1949,
mudou-se para um local que permitia melhor calado para ancorar embarcações do
tipo regatão, comum naquela época.
No novo local, começou com a compra de borracha, na forma de
bolão e pele, além de sernambi, todos comercializados em Belém do Para.
No porto próprio que construíra, em uma espécie de troca de
mercadoria, embarcava castanha, abacaxi, ucuúba, entre outros, e em troca,
recebia produtos de estiva como: açúcar branco, açúcar moreno, sal, aguardente,
fósforo, entre outros que supriam as necessidades da família e de seus
fregueses. Também tinha compra regular de madeira, tipo dormente, juntados em
jangadas, para serem usados na construção, e depois manutenção da Estrada de
Ferro do Amapá.
Em 1954 mudou-se para a sede do município de Afuá, para dar
oportunidade ao primeiro filho, que precisava ir para a escola regular que só
era oferecido, naquela época, na sede do município.
Em 1959, depois da conclusão do Curso Primário do primeiro
filho mudou-se com toda a família para Macapá, tendo como principal motivação o
Exame de Admissão, pré-requisito para que houvesse o ingresso ao Curso
Ginasial. Chegou à cidade, na madrugada do dia 11 de dezembro de 1959, para
morar no bairro do Elesbão, onde hoje é a esquina da Avenida Pedro Baião com a
Rua São José, no começo do bairro Santa Inês.
Heráclito Juarez Filho sempre foi comerciante. Desde o
começo, na confluência do rio Lipo-Lipo com o rio Santana, em 1944, já usava
uma pequena montaria com motor de popa marca Penta, de 4 e ½ cavalos, que
depois foi trocado por um motor Johnson de 8 cavalos e, mais tarde por um Penta
de 12 cavalos, na poupa de uma “batelão” de madeira, com capacidade de uma
tonelada, para transportar os produtos da floresta para a cidade de Afuá e de
lá trazer, produtos de estivas para comercializar com os seus clientes,
fornecedores dos produtos da floresta e aqueles que eram catados nos rios, como
maracujá, camocim, xuru, juntamente como ucuúba, apanhado de paneirinho de
cabo.
Quando chegou à sede do município de Afuá alugou uma
embarcação de 12 toneladas a vela, de nome “Maria Santíssima”, com a qual
começou a fazer o regatão entre Belém e Afuá, e entre Macapá e Afuá. Mais tarde
comprou a referida embarcação, que foi substituída por outra maior, de 26
toneladas, na qual colocou o nome de “Iate Juarez”.
No começo de 1970, já com os três primeiros filhos
matriculados em cursos superiores em Belém do Pará, comprou uma casa que servia
de apoio aos filhos estudantes e à toda a família, na capital paraense.
Heráclito Juarez Filho morreu em Belém do Pará em 03 de
dezembro de 1973, aos 51 anos, depois de perder a luta contra uma
arteriosclerose que venceu também os médicos e paramédicos da Beneficente
Portuguesa, em Belém do Pará, deixando a esposa Raimunda Pureza Juarez e 12
filhos: 9 homens e 3 mulheres.
Seu corpo foi sepultado em Macapá no dia 6 de dezembro de
1973, e descansa em Paz no Cemitério de Nossa Senhora da Conceição, no centro
da cidade.
Texto de Rodolfo Juarez, adaptado ao Porta-Retrato.
Rodolfo é primogênito do biografado.
Rodolfo é primogênito do biografado.
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