quinta-feira, 29 de abril de 2021

HISTÓRIA E MEMÓRIA DO AMAPÁ: FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DE MACAPÁ – “Baluarte da luta contra piratas e salteadores”

A reportagem "Baluarte da luta contra piratas e salteadores", publicada na Revista O Cruzeiro – edição de 04 de novembro de 1950, relata a importância histórica da Fortaleza de São José de Macapá, a mais imponente e preservada fortificação da presença portuguesa na Amazônia no período colonial.

Um importante registro fotográfico que, através da extinta Guarda Territorial do Amapá, faz uma reconstituição de como era a rotina dos soldados na vigilância da fortificação e região. Essas cenas nos reportam aos idos do século 18.

A FORTALEZA DE SÃO JOSÉ DE MACAPÁ, imponente obra de Portugal na Amazônia, foi inaugurada em 04/02/1782, dezoito anos depois de iniciada a sua construção, que obedeceu ao sistema do famoso marechal francês Vauban. Notem o quadrilátero central com os baluartes se projetando agressivamente nas quinas.

 

A largura da muralha é fabulosa: 7 homens de braços abertos.

Portão de entrada

Do lado de dentro, a guarnição portuguesa defendia o local.

Naquele tempo, fazia-se diariamente a ronda extramuros, para evitar surpresas funestas.

O soldado colonial usava farda semelhante a esta, que envergou também a Guarda Territorial do Amapá, nos dias de festas especiais.

Portões de ferro como esse eram usados na defesa interna, isolando os baluartes.

A bandeira colonial subia aos céus na ponta do baluarte que dominava sobranceiro o rio Amazonas.

Sentinelas postadas nas guaritas dos baluartes velavam pela segurança da Fortaleza Real de Macapá.

O canhão pronto para abrir fogo, os artilheiros se punham a postos, cada um a cargo de uma operação.

Munição para os canhões da Fortaleza de Macapá: petardos redondos de ferro.

O municiador trazia a bala, amontoada com outras por detrás dos canhões, e colocava-a no cano.

O socador, manejado com habilidade e precisão por um dos homens, empurrava carga e bala cano abaixo. 

O estopim aceso era levado à mecha da espoleta que ia deflagrar a carga, lançando o projétil.

Afastavam-se então os artilheiros para evitar o choque do recuo do canhão no momento da explosão.

O atirador, porém, permanecia em seu posto. A carga se incendiava em meio a grande fumaceira.


Atenção! Lá vai bala!

Conversa de soldados, à sombra protetora das velhas muralhas, um dos bastiões da nossa integridade.

Texto da reportagem na íntegra:


Texto de Jorge Ferreira e fotos de Roberto Maia.

Fonte: Blog Amapá, Minha amada terra!

(Última atualização: 22h10m - 29/04/2021)

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