segunda-feira, 16 de maio de 2022

MEMÓRIA DA NAVEGAÇÃO NO AMAPÁ - A IMPORTÂNCIA DA CRIAÇÃO DO MUSEU NÁUTICO DO ESTADO DO AMAPÁ

Li e gostei!

Encontrei na grande rede, sugestiva ideia do artista visual e produtor, Wagner Ribeiro sobre a criação do MUSEU NAUTICO DO AMAPÁ!

A brilhante sugestão desse grandioso projeto, vem repercutindo, favoravelmente, junto à maioria das pessoas, que tomam conhecimento de seu texto.

O blog Porta-Retrato Macapá, apoia e iniciativa e compartilha na íntegra a CRÔNICA desse conceituado artista plástico:

(*) Por Wagner Ribeiro

Estamos situados ao norte da maior floresta tropical do mundo que é a nossa impressionante Amazônia e também posicionados na foz da maior Bacia Hidrográfica do planeta. Da orla da capital do Amapá, podemos visualizar o maior arquipélago flúvio-marítimo do Brasil com aproximadamente 2.500 ilhas e ocupando uma área de 42 mil Km², que é o grandioso Marajó. É com esse pensamento que gostaríamos de provocar a criação de um Museu Náutico com o intuito de preservar a memória da história das embarcações da Amazônia que começa com as canoas e remos utilizados pelos índios, depois as canoas à vela aproximadamente na década de 40, em seguida os barcos de madeira com motor, as catraias muito utilizadas até hoje. Tem também as velozes rabetas, os barcos de ferro e até os navios de passageiros e de cargas que navegam pelos rios nessa imensa área verde.

Além de preservarmos essa história, será um item muito importante para o turismo e objeto de pesquisa para as escolas e universidades.

"Sou filho de ex-funcionário da Indústria de Comércio e Minério - ICOMI. nasci em 1959 no Município de Serra do Navio, dentro do projeto de exploração de manganês no Amapá que durou 50 anos. Sempre fui atento nos valores regionais como o paisagismo, costumes e tradições, principalmente nas construções artesanais de barcos e também por ter o dom da arte em diferentes áreas, desenho, pintura, escultura e confecção de maquetes, etc.".

Depois das canoas à vela, existiram os barcos que eram muito utilizados para subir os rios para venda e troca de mercadorias, chamados de Regatão. Temos registros fotográficos dos primeiros navios que surgiram a partir da década de 50 como o navio Amapá, navios do Governo do Estado do Amapá como: Comandante Solon, Comandante Idalino e comandante Pedro Seabra que faziam transportes de cargas e passageiros principalmente para Belém do Pará. Surgiram também empresários do ramo de transporte marítimo que faziam esta atividade como os barcos Silja Souza e Sonja Souza e assim foram surgindo os barcos como Cidade de Óbidos, Cidade de Gurupá, os barcos Ana Beatriz, Anna Karoline, o Novo Amapá que naufragou em 1981 no percurso entre Santana e Laranjal do Jari e considerada uma das maiores tragédias fluviais da Amazônia. Temos também outros registros de naufrágio como o Anna Karoline III e Sobral Santos II com centenas de mortos.

Subindo o rio Amazonas, podemos também lembrar dos Barcos Luan, Bruno que estão em plena atividade. Muitos barcos que fizeram e ainda fazem viagens para o Marajó, principalmente para os municípios de Breves, Muaná, Afuá, Portel, Chaves, etc. podemos citar dezenas dessas embarcações que podemos incluir nessa saga que conta a história da navegação da Amazônia e especificamente do Estado do Amapá.

Esse texto é apenas uma ideia. Será necessário reunir entidades, historiadores e artistas para que o projeto seja criado com sucesso.

(*) artista plástico amapaense

Fonte: Facebook

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