AURÉLIO
TÁVORA BUARQUE - Foi o terceiro Promotor Público a integrar a Justiça do
Território Federal do Amapá, iniciando suas atividades em Mazagão. Quando a
Comarca foi instalada, a 8 de agosto de 1945, ele já residia na sede do
Município e, na data em referência, tomou posse em ato que também deu posse ao
Juiz de Direito Eduardo de Barros Falcão de Lacerda. Antes, atuara ao lado dos
Juizes de Direito José de Ribamar Hall de Moura, Manoel Cacela Neves e Hélio
Mendonça de Campos.
Rígido no seu mister, o Dr. Aurélio
Buarque conseguiu neutralizar, os abusos cometidos pelos gerentes das
propriedades do Coronel José Júlio Andrade, no Município de Mazagão,
principalmente na filial do rio Cajari. Participou intensamente da vida esportiva,
social e política de Mazagão. Em várias oportunidades o Promotor Público foi
escrivão ad hoc por ocasião de audiências públicas no Fórum de Mazagão.
O Dr.
Aurélio Távora Buarque desempenhou o papel de Promotor Público da Comarca de
Mazagão em duas oportunidades. A data da primeira posse está contida neste
texto. A segunda posse deu-se a 21 de março de 1952, três dias antes da posse
do Juiz de Direito Jarbas Amorim Cavalcanti. Quando, a 9 de dezembro de 1953, o
Juiz de Direito João Garcia tomou posse, o Dr. Aurélio Buarque ainda estava em
Mazagão. Ele deixou a Comarca de Mazagão em 19 de abril de 1955, quando o Dr.
Francisco Alfredo Pereira Viana foi substituí-lo. Entretanto, voltou em 1956.
A atuação do
Dr. Aurélio Buarque é bastante significativa. Participou dos trabalhos de
organização do Diretório Municipal do Partido Social Democrático, em Mazagão,
ocupando a primeira secretaria. A primeiro de maio de 1958, elegeu-se suplente
do Deputado Federal Amilcar da Silva Pereira, pela legenda do PSD. A mesma
chapa concorreu a 3 de outubro de 1958, obtendo a reeleição para um mandato
integral de 4 anos, visto que, o primeiro mandato foi tampão, devido o falecimento
do Deputado Coaracy Nunes e do Suplente Hildemar Maia. Em 1962, Amilcar Pereira
e Aurélio Buarque foram vencidos pelo Coronel Janary Nunes e Dalton Lima. Pouco
tempo depois ele deixou a Amapá.
Texto de
Edgar Rodrigues