domingo, 31 de março de 2013

Casais Pioneiros do Amapá

Neste importante registro histórico, com data e local desconhecidos, estão reunidos, ao redor da mesa, os seguintes pioneiros:
Da esquerda para direita: Sr. Antônio Pires da Costa e sua esposa Dona Aurora; uma pessoa não identificada; Dona Romilda Correia, professora Maria Doroty Mendes de Souza e seu esposo José Ubirajara Lopes de Souza. 
Sr. Pires da Costa era funcionário do antigo Território Federal do Amapá e Sr. José Ubirajara foi um dos Comandantes da Guarda Territorial.
Foto: Cortesia/professora Maria das Dores Gomes Correia, via e-mail.

O pioneiro Raimundo das Mercês Franco

Raimundo das Mercês Franco era paraense. Nasceu em Cametá-PA, em 26 de maio de 1920. Foi para o Amapá, no finalzinho da década de 40.
Em Macapá, foi administrador da Olaria Territorial, no Governo de Janary Nunes.
Era casado com Dona (Lali) Maria de Lourdes Pantoja Franco com quem teve os três filhos: Haroldo José Pantoja Franco, José Maria Franco (ambos falecidos), e Olopércio Franco, ainda vivo e morando em Recife-PE.
Haroldo Franco era jornalista, José Maria Franco foi desportista e Olopércio, também foi administrador da Olaria Territorial, diretor da Escola Industrial de Macapá, entre outros.
Seu Franco, como era conhecido, faleceu em Macapá, ainda novo, com 49 anos, em 29 de novembro de 1969, e está sepultado no Cemitério N. Sra. da Conceição, no centro da cidade.
Fonte: Informações repassadas pela senhora Miranilde Souza, via  e-mail.

sábado, 30 de março de 2013

Hora do Lanche no IETA


Encontramos esta foto numa revista ICOMI-Notícias, edição de 1965. São alunos do Instituto de Educação do Território do Amapá - IETA, na hora do lanche. A importância histórica das imagens, é porque, entre eles estão dois velhos amigos dos bons tempos em que trabalhávamos em rádio, em Macapá.
Luiz Roberto da Mota Borges e Sérgio Menezes, dois grandes nomes da imprensa esportiva do Amapá. 
O menor, segundo à partir da direita com a garrafa na boca junto ao balcão, é o Luca Borges e o “Pitoca” está sugando o refrigerante ao lado dele, à direita de quem olha.
Ambos bem jovens. Boas lembranças!
Fonte: Revista ICOMI-Notícias

sexta-feira, 29 de março de 2013

Do Fundo do Baú: Raridade Histórica

Esta foto, que é um raro registro histórico, nos foi compartilhada pela senhora Miranilde Souza, viúva (segunda esposa) do desportista José Maria Franco.
Da esquerda pra direita: João Bolero Neto, Silvia Carlota (com um troféu na mão) e José Maria Franco.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Jovens amapaenses dançam marabaixo, em Brasília

Registro fotográfico de 1974, de uma apresentação de marabaixo, na capital federal, por ocasião da cerimônia de troca da Bandeira Nacional, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Dentre as jovens dançarinas, trajando saias floridas arrastando nos pés, reconhecemos as seguintes amapaenses, a partir da esquerda: a 2ª é Ivana Rovena Souza (filha do Sr. Alamiro Souza); a 3ª, 4ª e 5ª, na sequência, são as irmãs Regina Coeli, Luíza Helena e Heliana Cunha Craveiro (filhas do casal Olivar e Profª Elza Cunha Craveiro).
Nota do Editor: Fomos vizinhos da família Cunha Craveiro, quando moramos na Av. Presidente Vargas, em Macapá.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Festividade na Olaria Territorial


Nesta foto rara, dos anos 50,  vemos uma festividade no interior da Olaria Territorial.
As pessoas, reconhecidas nas imagens foram, a partir da esquerda, junto à mesa: Sr. Raimundo das Mercês Franco, administrador da Olaria;
No centro da imagem, (de bigodinho e braços cruzados) está o Sr. Israel Marques Sozinho, um dos pioneiros de Macapá;  ao lado dele, na mesma ordem, está o Sr. Heitor de Azevedo Picanço, que foi Prefeito Municipal de Macapá, em dois períodos: de agosto de 1951 a novembro de 1952 e de 1º de janeiro de 1957 a 30 de março de 1961. 
Do lado direito de quem olha está o Dr. João Telles, Promotor Público.

domingo, 24 de março de 2013

Divisão de Segurança e Guarda do Amapá - DSG

A Divisão de Segurança e Guarda Territorial do Amapá,  fazia parte da estrutura administrativa do recém criado Território Federal.
Seu primeiro diretor foi o Dr. Paulo Eleutério Cavalcante de Albuquerque(foto menor).

A sede da Divisão de Segurança e Guarda-DSG(foto acima) foi instalada no prédio onde funcionava antiga Delegacia de Polícia de Macapá(foto abaixo), que situava-se na Av. Presidente Vargas, em frente à praça da Matriz, atual Veiga Cabral. Em razão disso, houve uma grande reforma estrutural, para adaptá-lo às mínimas condições necessárias ao funcionamento do novo órgão público.
Fonte: Livro de Memórias - de Adamor de Sousa Oliveira - Fortaleza: Premius, 2013

sábado, 23 de março de 2013

Arlindo Eduardo Correia: O Último dos Coronéis


O pioneiro, Arlindo Eduardo Correia, chegou à cidade de Amapá, em 1921, já com a patente de Coronel da Guarda Nacional, levando em mãos uma carta de apresentação feita pelo Capitão Polidoro Rodrigues Coelho, endereçada ao Coronel João Franklin Távora, fazendeiro de centenas de cabeças de gado e chefe político do Município.

       Arlindo Eduardo Correia nasceu na cidade de Caucaia (antiga Souza) CE, em 13 de outubro de 1889. Cidadão trabalhador e cheio de vontade de vencer, solicitou a Franklin Távora que o apresentasse às autoridades do lugar, onde negociou a compra de um pedaço de terras na localidade Cruzeiro, dedicando-se ao plantio de cana de açúcar, verduras, legumes e árvores frutíferas. Um ano depois residia numa casa por ele construída, administrando o primeiro engenho de açúcar no Município. Em 1922 conheceu Romilda Gomes e com ela se casou no dia 15 de julho de 1923 e viveram juntos 53 anos, até que a morte os separou. Arlindo Correia investiu seus lucros na compra de terras no lugar Igarapé Novo e lá foi colocando as reses que adquiria. Chamou sua gente do Ceará e foi assentando nos "tesos"(1) existentes nos lagos da área de sua propriedade, dando a cada chefe de família algumas vacas e um touro para tomarem conta. Esses "retiros" foram prosperando, para satisfação de Arlindo Correia, que implantara o método de trabalho em parceria, doando, anualmente, um percentual por bezerros nascidos. A forma de tratar as pessoas, fossem familiares, empregados ou da comunidade, transformou-o num líder, passando a tomar parte nas decisões administrativas e políticas do Município. A sua participação na revolta contra as arbitrariedades praticadas pelo Juiz de Direito Dr. Leprout Brício e pelo Intendente Dr. Renato Savanah, foi decisiva.         O Coronel Arlindo reuniu com o Capitão Farias, Major Távora, Noé Andrade, o tabelião Ancelmo e decidiram escrever ao Coronel João Franklim Távora, já residindo em Belém, solicitando sua interferência junto ao Governador para solucionar o problema. Enquanto isso, a situação piorava em razão da denúncia feita por Ancelmo Vieira, publicada nos jornais "A Gazeta" e ''Província do Pará" contra as violências praticadas na qual dizia: "Esses senhores por serem contrários à política do Governador foram deportados para o Amapá e a reação deles é contra o povo que nada tem com isso. São uns doentes mentais". O Intendente mandou prender a ferros Ancelmo e Noé Andrade por reagir contra a prisão, desrespeitaram a família de Ancelmo. A resposta de Franklin Távora foi lacônica: "Não há interesse do Governador em trazer esses senhores para Belém. Só quero ver se não existem homens no Amapá ... “. Desta forma o Coronel Arlindo convocou todos os líderes em sua residência e decidiram tirar da prisão os senhores Noé Andrade e Ancelmo e, no dia 17 de dezembro de 1926, o Capitão Farias, fazendeiro; Martinho José Barreto, criador; João Anastácio dos Santos, dentista; Agripino Murta, ex-cabo do Exército; Júlio Pontes, criador, e diversos pequenos criadores e seus caseiros chegam à cidade, se dividem em grupos e, conforme o plano traçado, cercam as residências das autoridades enquanto Arlindo e seus caseiros invadem a cadeia e soltam os dois injustiçados Noé e Ancelmo e, no lugar deles, são colocados o Intendente, o Juiz, o Chefe de Polícia e o Tabelião Américo. O fazendeiro Noé Andrade recebeu a missão de levar ao Governador, através de carta assinada por Arlindo comunicando os fatos, alertando que qualquer reação armada do governo resultaria em sentença de morte dos prisioneiros e de centenas de amapaenses. O navio D. Pedro II chegou no Amapá no dia 9 de fevereiro e foi obrigado a lançar âncora abaixo do "encruzo". O comandante foi autorizado a desembarcar os representantes do governo, no total de cinco pessoas, entre os quais estavam Dr. Francisco Monteiro, major Nalasco e o tenente Machado.
     Após o encontro desses senhores com os líderes revolucionários, foram aceitas as propostas destes e embarcados os prisioneiros e familiares para Belém, assumindo a Intendência o Dr. Francisco Monteiro, o major Nolasco a Delegacia de Polícia e o tenente Machado passou a exercer as funções de tabelião. Os fazendeiros Coronel Arlindo Correia e o Capitão Farias comentaram desconfiados a facilidade com que foram aceitas as condições dos revoltosos. Isso tinha cheiro de traição, disse Arlindo a seu amigo Agripino Murta. As novas autoridades se aproximaram da população e começaram a adquirir confiança.
        Mesmo assim, quando Arlindo recebeu o convite do intendente para participar dos festejos do "Divino Espírito Santo", desculpou-se e mandou uma rês para o leilão. O Coronel soube que tinha chegado ao Amapá um grupo de homens da Polícia Militar do Pará e estava sempre desconfiado. O que Arlindo e Farias temiam, aconteceu.
     Durante a animação da festa regada de refrescos, bolos, "pinga" e a competição nos lances dos objetos leiloados, Dr. Francisco, Major Nolasco e Ten. Machado percorriam sorridentes, cumprimentando as famílias e, sem qualquer vislumbre de suspeita, convidavam para um licor e uma pequena ceia na casa do Major. Quando houve a demora de retorno ao arraial, para surpresa de todos, estavam os líderes aprisionados. Houve a tentativa de reação, mas o plano fora bem urdido. Precisavam dar uma lição nesses amapaenses de narizes arrebitados.         Agripino Murta conseguiu fugir, partindo em direção à casa do Coronel Arlindo, sugerindo que fugisse imediatamente, porque as autoridades consideravam-no o principal lider. Arlindo juntou seus homens de confiança, deu instruções para a guarda de sua família e a defesa da fazenda e partiu em direção ao Lourenço, acompanhado de seus empregados Lauriano de Moraes e Manoel Paulo. No dia 27 de maio de 1927, chega às terras do Coronel uma patrulha composta de 12 soldados, 7 cabos, 1 sargento, 1 tenente e 3 elementos da cidade considerados traidores. Não encontrando Arlindo, prenderam a sua esposa Dona Ronilda e suas filhas de criação Josefa da Silva Ferreira e Maria Gomes da Silva em um quarto, enquanto os soldados vasculhavam toda a casa em busca de riquezas e destruíram móveis e objetos de uso pessoal. A depredação continuou com a matança de reses, espancamento dos empregados e destruição de cercas. Após essa devastação, partiram no rastro do fugitivo. Não foi possível prendê-lo porque seus arrugos, liderados por Agripino, já se encontravam em Calçoene com um grupo de 26 homens e a francesa de Caiena Madame Olivia e sua empregada, que acompanharam o lider revolucionário até Lourenço, instalando-se no lugar denominado Lataia.
   Enquanto isso acontecia, os Tenentes-Coronéis Zacarias Limeira e Otavio Accioly Ramos, este exercendo o cargo de Intendente de Macapá, se juntaram a Franklim Távora e outros membros importantes da Guarda Nacional de Macapá e Belém, exigindo do Governador Camilo Salgado e, no mês de outubro de 1927, conseguiram terminar com as perseguições. Arlindo enviou Lauriano com instruções para Dona Romilda e iniciou a recuperação da fazenda e somente retomou no início do mês de dezembro, quando visitou a casa de todos os seus amigos que participaram de sua odisseia com valentia e lealdade, entre esses Lauriano Morais, Leovegildo Costa, os irmãos Raimundo e Francisco Camelo, Teodósio da Silva, Manoel Caxias, Domingos de Abreu e o velho Palmerim.
      Levou para residir na sua casa a francesa madame Olívia e sua empregada que lá permaneceu até seus últimos dias. Após cumprir todos esses compromissos, iniciou melhoria dos casos dos vaqueiros, dividiu em retiros e chamou os seus amigos Laureano, Leovegildo, Raimundo Camelo, Chico Camelo, Domingos de Abreu e Teodósio e entregou a cada um deles 10 vacas, 1 touro, 2 éguas, porcos, carneiros e aves para administrarem. Seu prestígio atravessou as fronteiras do Amapá e até mesmo o título de Coronel ele não perdeu quando o Presidente Marechal Hermes da Fonseca extinguiu a Guarda Nacional. Arlindo Correia a foi nomeado Prefeito de Amapá no período de 1930 a 1932, pelo Governador Coronel Magalhães Barata, tendo Agripino Murta como Secretário.
     Em 1950, visitando suas terras auríferas no Lataia, descobriu o filão "Escada de Ouro", entregando a administração a seu sobrinho Moacir Gadelha. Com a criação do Território do Amapá foi reconhecido como líder pelo Governador Janary Nunes, que levava a Arlindo todas as decisões tomadas que envolvessem o Amapá. A personalidade séria do Coronel Arlindo Eduardo Correia impunha respeito. Não era temido, era admirado. O casarão do Igarapé Novo, com Dona Romilda, seus filhos Edilson, Laércio, Maria das Dores, Delfina, EIson, Edson, Maria do Espírito Santo e Áurea, os caseiros, madame Olívia recebiam a todos que ali chegavam de braços abertos. Os prefeitos do Amapá tinham em Arlindo um conselheiro, e o Governador Janary, o deputado Coaracy, os Promotores João Telles e Hildemar Maia, os Juízes Uriel Sales, Jarbas Cavalcante e Aurélio Buarque dedicavam a maior estima ao "último dos coronéis". Em 1944, trouxe do Ceará o seu primo Francisco Francine Cavalcante que passou a colaborar na administração da fazenda. Adquiriu uma casa em Macapá para acomodação dos netos estudantes, de 2 filhas que já trabalhavam e para se hospedar quando vinha tratar de negócios.           
       Arlindo Correia faleceu no dia 5 de julho de 1986, com 97 anos, cercado da esposa, filhos, netos, bisnetos e centenas de amigos que foram dar o adeus a um dos mais ilustres personagens do Amapá: O último dos coronéis.

Fonte: Livro "Personagens Ilustres do Amapá,  Vol. 1" de Coaracy Sobreira Barbosa - Edição de 1997.
(1)  Parte elevada do terreno que, numa superfície inundada, fica acima do nível das águas

sexta-feira, 22 de março de 2013

Do Fundo do Baú: Família Gomes-Correia

Dois raríssimos e históricos registros fotográficos, mostram integrantes da Família Gomes-Correia, nos bons tempos do Território Federal do Amapá.
Da esquerda para direita: Elson Gomes Correia, Maria do Espirito Santo Gomes Correia (Sinoca), Dr. Antônio Tancredi(falecido) e esposa Delfina Correia Tancredi, Paulina Cardoso Correia, Edilson Gomes Correia (falecido),  Áurea Gomes Correia, Dr. Edson Gomes Correia(falecido), professora Maria das Dores Gomes Correia (Tia Dorica).
Sentados: Coronel Arlindo Eduardo Correia e Dona Romilda Gomes Correia(falecidos). 
Da esquerda pra direita: Dr. Antônio Tancredi(falecido) e sua esposa Delfina Tancredi, Áurea Correia, Dona Romilda Correia e Coronel Arlindo Eduardo Correia(falecidos), Iara Correia, Paulina Correia e Maria das Dores Gomes Correia.
Fotos enviadas pelo amigo Eduardo Cardoso Correia, gentilmente cedidas pela professora Maria das Dores Gomes Correia.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Alunas da Escola Normal concluem o Pedagógico

Ano 1963 - Nove alunas da Escola Normal de Macapá, concluíram o Curso Pedagógico. As solenidades de colação de grau aconteceram no dia 28 de dezembro. O local do juramento e entrega de diplomas, foi o Salão Nobre da Escola, na Presidente Vargas. As novas professoras escolheram para Patrono o professor Mário Luiz Barata, Prefeito Municipal de Macapá, na época. Para Paraninfo o escolhido foi o professor Antônio Munhoz Lopes, que era Chefe da Divisão de Educação do Território. A Oradora da Turma foi a professora Maria Helena Gonçalves da Silva.
As professoras que estão na foto a partir da esquerda, são: Maria Onilda dos Santos Dias, Maria do Carmo Bezerra,?, Francisca da Luz Dias, Heloisa Gazel Teixeira.
No degrau abaixo: Sônia Maria da Costa, Leonice da Silva e Souza, Maria Odete Guedes da Silva e Zilá Coelho da Maia.
Fonte: Revista Icomi
Se você conhecer as professoras, por favor, ratifique ou corrija os nomes e suas posições no grupo. Mande e-mail para jolasil@gmail.com, ou deixe um comentário.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Primeiro Helicóptero Oficial do Amapá

O General Luiz Mendes da Silva governou o Amapá de abril de 1964 a abril de 1967.
Durante esse período ele adquiriu uma aeronave, com o intuito de prestar socorro, em casos de emergência, aos moradores das regiões de difícil acesso do Território do Amapá.
Foto de 1967, mostra o helicóptero marca HUGHES 300 - prefixo PP-ENO, de propriedade do Governo do Amapá, sob o comando do piloto Juarez Monteiro, nas festividades na localidade de Macacoary, tendo a bordo o Prefeito Municipal de Macapá, Dr. Douglas Lobato Lopes.
Segundo informações do pioneiro Arlindo Oliveira - mecânico de aeronaves, na época, tratava-se de um  helicóptero marca HUGHES 300, prefixo PP-ENO, com capacidade para duas pessoas e autonomia de 3 horas de vôo e que poderia utilizar flutuadores(foto), que lhe possibilitavam o pouso em regiões alagadas. 
O citado helicóptero chegou à cidade encaixotado e foi montado lá mesmo em Macapá. Um coronel reformado do Exército ,foi designado para efetuar o treinamento dos primeiros pilotos. O piloto Juarez Monteiro, que foi treinado por ele, era o comandante da aeronave. Entretanto esse helicóptero nunca realizou qualquer missão de resgate nem de remoção de emergência.
Arlindo Oliveira, informou ainda que, com a saída de Luiz Mendes da Silva do governo do Amapá, o cargo foi ocupado pelo general Ivanhoé Gonçalves Martins, que achou o helicóptero muito dispendioso para a administração do Território. Diante disso,  em menos de seis meses passou o mesmo, em frente.

terça-feira, 19 de março de 2013

Beldades na Piscina Territorial, em Macapá

Beldades de Macapá, com graça, charme e muita simpatia na Piscina Territorial, ao final dos anos 50.
Na época, adolescentes, filhas de famílias tradicionais.
À beira da piscina, em trajes de banho, a partir da esquerda as senhoritas Irene Remedios(*), as irmãs Conceição e Marly Porpino, uma prima delas de nome Marisita Porpino, e a irmã Marísia Porpino.
Agora sentadas no trampolim, sempre a partir da esquerda, as mesmas, em ordem inversa:  Marisia, Marly, Marisita, Conceição e Irene.
 
Imagens do arquivo particular do  amigo empresário Fernando Remedios(*), via Facebook, gentilmente cedidas ao Porta-Retrato.
Fernando é Chef Gastronômico em Peruíbe - município da Região Metropolitana da Baixada Santista - SP.
Agradecimentos especiais às irmãs de Fernando - Irene e Josie Mengai - que nos auxiliaram na identificação das fotos.
(*) sobrenome Remedios - nome próprio, não é acentuado.
Nota do Editor: Para melhor informarmos aos nossos fiéis leitores, indagamos - via e-mail - ao amigo Marcelo Porpino, por onde estariam hoje as meninas da foto? E ele gentilmente nos respondeu conforme transcrevemos abaixo:
A Conceição mora em Belém, é mãe de um filho e trabalha como instrumentadora cirúrgica.
A Marísia (Maida) faleceu em 1980, em um trágico acidente de carro, a caminho do aeroporto de Belém. Tinha 39 anos à época e era professora universitária do curso de administração.
Marly, minha mãe, é irmã da Conceição e da Marísia (in Memorian).
A prima, não identificada na foto, é a Marisita Porpino, irmã da Isolina Porpino Serrano, viúva do Marlindo Serrano.
Marisita faleceu aproximadamente há uns cinco anos em Belém, vítima de câncer. Trabalhava na antiga Telepará.
O nosso informante - Marcelo Porpino - advogado em Macapá, é filho do casal Nino Aranha Nunes e Marly Porpino Nunes. Todos moram em Macapá.
(Post atualizado, reeditado e republicado por conter incorreções)

ESPECIAL: Claudomiro Moraes – Uma vida cheia de ideais

   Contam os mais antigos que, ao desembarcar no velho trapiche da cidade, a primeira pergunta do recém-chegado Intendente da Capitania dos Portos de Macapá foi dirigida a um velho marinheiro, tripulante da embarcação: Aqui tem governo? - Tem, respondeu o marujo. - Pois sou contra; disparou o mais novo habitante da cidade. Instituía-se então, ali,  naquele exato momento, a oposição no Amapá que, mais tarde, tomou abrigo sob a bandeira do Partido Trabalhista Brasileiro, o PTB de Vargas.

    E lá se vão mais de setenta anos desde o dia em que Claudomiro Moraes ancorou seus sonhos na terra dos Tucujus. “Seu Zito Moraes”, como passou a ser conhecido pela gente do lugar, era uma pessoa carismática. Afável, bem humorado, amigo de um bom papo, instrução básica. Um autodidata e boêmio emérito, não dispensando nunca uma ou outra rodada da boa pinga nos botecos da moda, com preferência aos mais democráticos onde a frequência permitisse confraternizar, sem discriminação, com todos os níveis da representatividade social, política e econômica da época.
   Foi assim que Zito Moraes construiu sólida liderança na pequena cidade onde capitaneou dezenas de campanhas políticas e amargou igual número de memoráveis derrotas, por conta dos bizarros expedientes eleitorais praticados à época pelos donos do poder que, entre a violência e o terror, “emprenhavam” urnas substituindo as cédulas da oposição por votos de seu interesse. Era assim que funcionava. A oposição nunca saia vitoriosa. Nunca.
   Assim, sucessivamente derrotado nas contendas eleitorais, Zito Moraes passou por humilhações terríveis, entre prisões gratuitas, perseguições inomináveis e até apedrejamento de sua própria casa.
  Antes, próspero comerciante, Zito Moraes morreu dignamente pobre. No último leito não lhe faltou o afago das mãos enrugadas de Dona Dica, sua mulher, que, altiva, resistiu e sobreviveu a tudo com a dignidade das grandes mulheres que comungam dos ideais de seus homens e com eles compartilham os bons e maus momentos “até que a morte os separe”.
  Foi uma vida inteira perseguindo os ideais das mudanças, da democracia, da liberdade, da cidadania e da alternância do poder que não viu acontecer. A morte chegou antes.
   Em 1970 articulou, já no MDB, o lançamento de uma força jovem para enfrentar o todo poderoso caudilho Janary Nunes - velha raposa política que dominou por longas décadas com a família os destinos do então Território do Amapá.
   O MDB ganhou as eleições e Antônio Pontes, o candidato, entrou para a história como o primeiro político a vencer a oligarquia Nunes no Amapá.
   Mas Zito Moraes não comemorou essa lendária vitória e nem foi às urnas nas eleição que enfim venceria. Morreu dia trinta de outubro, dezesseis dias antes do pleito.
   Consta que, no fervilhar da campanha eleitoral, Zito Moraes, já internado no Hospital Geral de Belém, no Pará, enfermo e privado de quase todos os seus sentidos, apenas falando e ouvindo com dificuldade, chamou o filho mais novo e, sussurrando, pediu-lhe notícias da campanha: se seu partido e seu candidato ganhariam ou não as eleições.  A resposta foi um entusiasmado SIM. Nesse instante foi possível perceber naqueles lábios contraídos pela dor da enfermidade um enigmático e derradeiro sorriso. Esse foi o último ato político de Claudomiro (Zito) Moraes.
   Zito Moraes não viu nem festejou a vitória dos seus ideais, é verdade. Mas é verdade também que, partindo prematuramente, pelo menos se privou de frustrações maiores, como a de assistir aos descaminhos dos interesses que hoje pontificam o exercício na política no país e no Amapá, onde a honra, a seriedade e o compromisso com os interesses comuns são cada vez mais raros.
   E hoje fico imaginando seu Zito Moraes, depois de sua grande e última viagem, aportando no cais do Paraíso e  perguntando a Pedro: Aqui tem governo? (Euclídes Moraes)

Nota do Editor: Texto escrito há 8 anos (mais ou menos) pelo radialista/jornalista amapaense Euclídes Campos de Moraes, sobre seu pai Claudomiro Moraes, que foi Prefeito Municipal de Macapá em dois períodos: o primeiro de março a agosto de 1951 e o segundo de novembro de 1952 a 31 de dezembro de 1954.  
O Mercado Central foi construído na gestão dele, em 1952.

Encontro de Pioneiros do Amapá


Foto, presumivelmente, dos anos 50, registra o encontro em uma procissão, do Dr. Amilcar da Silva Pereira e do Sr. João Batista de Azevedo Picanço, mais conhecido na cidade como "Tio Joãozinho".
O Dr. Amilcar da Silva Pereira exerceu inúmeras funções desde que chegou ao Amapá em 1946, foi Diretor do Posto Médico do Município de Oiapoque.
No ano seguinte, transferiu-se para Macapá, passando a exercer a Medicina nas diversas áreas da antiga Divisão de Saúde, destacando-se como: Chefe de Serviço de Pediatria do Hospital Geral de Macapá; Diretor do Posto de Puericultura Iracema Carvão Nunes; Professor no Colégio Amapaense, exercendo posteriormente o cargo de Diretor do Colégio; participou da fundação do Centro de Estudos Dr. Lélio Silva, órgão oficial da Sociedade Médica do Território do Amapá; integrou a Comissão Científica, na condição de Presidente, tendo como membros os doutores Mário Medeiros Barbosa e Carlos Alclepíades de Lima. 
Em 1954, respondeu pelo cargo de Secretário Geral, ratificado em 10 de julho do mesmo ano. Assumiu o cargo de Governador do Território em 2 de fevereiro de 1956, substituindo o Capitão Janary Gentil Nunes, nomeado para a Presidência da Petrobrás, tendo como Secretário o Sr. Pauxy Gentil Nunes.
Em 1958 foi eleito Deputado Federal pelo Amapá.
Representou o Amapá de 1958 a 1962 e, ao término de seu mandato, solicitou sua remoção para o Ministério da Saúde, não mais retornando ao Amapá. 

Dr. Amilcar da Silva Pereira faleceu no dia 27 de fevereiro de 2012, às 11h50min, na cidade do Rio de Janeiro.

O Sr. Joãozinho Picanço foi o primeiro Tesoureiro do ex-Território Federal do Amapá, função essa que corresponderia hoje ao de Secretário de Estado de Finanças.
Foi também Vereador, e Tesoureiro da Prefeitura de Macapá na gestão do major Moisés EIiezer Levy.
"Tio Joãozinho" teve uma participação importante na construção do Estado do Amapá e faz parte da galeria dos homens ilustres daquela unidade da Federação Brasileira.
(Foto gentilmente cedida pelo amigo Paulo Tarso Barros)

domingo, 17 de março de 2013

Do Baú do João Silva: Um Baile de Antigamente


Trinta, quarenta, cinquenta anos atrás, tempo em que os clubes de Macapá tinham sede e  vida social, havia programação voltada para o quadro de sócio e a vida social era intensa, com destaque para os bailes de gala, os bailes de formatura e os bailes de carnaval, que aconteciam também nos salões do Macapá Hotel e do Aeroclube, que depois transformou-se na Assembleia Amapaense e ficava mais ou menos nas mediações do prédio da Secretaria de Infraestrutura do Governo do Amapá, em área outrora ocupada pelo primeiro aeroporto de Macapá.
O registro da década de sessenta mostra concorrido baile de gala realizado na Assembleia Amapaense ao som do grupo Os Cometas; na foto, tanto no palco quanto no salão, podemos ver figuras conhecidas da sociedade amapaense: no salão, dançando, pode-se ver Amujaci, Meton Jucá, Joacy Mont'Alverne, Eduardo Galinha, Lucas, Carlos Nilson; no palco, fazendo parte de Os Cometas, Espíndola (no sax no centro), Muscula, Sabá Mont'Alverne (no violão à direita), Walfredo, entre outros. O traje era passeio completo e as damas, todas de costa para o clic do fotógrafo, usavam vestido longo, chamado traje fino. O Conjunto Os Cometas, para variar, também caprichou no traje, como seus componentes faziam por ocasião das apresentações de gala, nos bons tempos que lá se vão... (João Silva)
Nota do editor: Com a devida anuência do amigo João Silva, permito-me fazer algumas observações no histórico texto do nobre escriba amapaense, com o único propósito de valorizá-lo ainda mais. Ao invés de Joacy Mont'Alverne (que está no palco com os Cometas) quem aparece nas imagens, no salão dançando, é o irmão dele Jorge Mont'Alverne, que foi meu colega de turma nos tempos de ginásio, na Escola Normal de Macapá, e hoje é um conceituado profissional da saúde, na capital paulista.
Um outro detalhe que observei na ornamentação do recinto, foram as figuras que lembram o mitológico Saci-Pererê [vejam na parede o píleo (gorro), os olhos grandes e o cachimbo do negrinho] o que nos induzem a imaginar que o evento poderia ser uma promoção do Saci-Clube (clube de jovens da época). (João Lázaro)

Agentes da Segurança Pública do Amapá

Três baluartes,  pioneiros da Segurança Pública do Amapá.
Dornellas Silva era Agente de Polícia; João Bolero Neto - filho de Dornellas, foi Escrivão de Polícia e Feliciano Perez era Guarda Territorial; todos trabalhavam na Segurança Pública, no tempo do ex-Território Federal do Amapá. Bolero, depois de aposentado, virou repórter policial e edita um blog sobre essa área.
Dornellas Silva e Feliciano Perez, já são falecidos. 
Fonte: Informações do livro "Tesouros de Memórias", de Adamor de Sousa Oliveira.
(Atualizado em 18/03/2013)

sábado, 16 de março de 2013

Pioneiros da Segurança Pública


Lazer é uma necessidade humana e dimensão da cultura caracterizada pela vivência lúdica de manifestações culturais no tempo/espaço social. (Wikipédia)
Agentes de Segurança são seres humanos e necessitam de momentos de lazer, para manter uma qualidade de vida e saúde.
Na foto, três amigos pioneiros da segurança pública do ex-Territorio Federal do Amapá, em momentos de folga e descontração. 
São eles, a partir da esquerda: Mamédio Amaral, Mathias Rabelo (ao centro) e Ítalo Picanço, (de branco) à direita, na mesa. Eles bebiam Coca Cola.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Esportes: Jogos Secundaristas Amapaenses

(Reprodução / Recorte de jornal)
Ano 1968 - A aluna Maria Ivanilde Souza, da 4ª série do Instituto de Educação do Território do Amapá - IETA, profere o "Juramento do Atleta" aos estudantes participantes dos "II Jogos Secundaristas".
Nas imagens aparecem dois profissionais da comunicação do Amapá. 
Em primeiro plano - de terno e óculos escuros - o jornalista Carlos Cordeiro Gomes, e por trás da atleta, o técnico de som(controlista, na época), Carlos Lins Côrte (Baião Caçula), ambos falecidos. 
O evento estava sendo transmitido pela Rádio Difusora de Macapá, onde os dois trabalhavam. 
Coincidências à parte, a atleta estudante,  é filha do saudoso radialista Agostinho Nogueira de Souza, um dos pioneiros do Amapá.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Do Fundo do Baú: Boró e seus colegas de trabalho da Farmácia do Hospital Geral de Macapá


Encontrei este registro raro, tirado nos anos 70, na Galeria de fotos do amigo desportista João Pignataro - o Boró - que está publicado em seu blog.
Trata-se de um grupo de funcionários da farmácia do antigo Hospital Geral de Macapá. O local foi a antiga pracinha que existia em frente àquela unidade de saúde de Macapá.
Dentre eles conseguimos identificar o Sr. Miranda (de camisa branca, no centro da imagem), Geraldo (galo) e o próprio Boró que é o 2º a partir da direita de quem olha, e o Jesus Figueira (de roupa escura e braços cruzados).
Boró, que se destacou como excelente craque de futebol, foi também discípulo do farmacêutico Rubim Brito Aronovitch, com o qual aprendeu a manusear as fórmulas farmacêuticas de muitos medicamentos, que eram distribuídos no Hospital Geral de Macapá, tais como mercúrio cromo e a famosa Fórmula 26, eficiente contra micoses.
Boró, hoje aposentado, com 84 anos, vive com a família, firme e forte, em Macapá.
Nota do Blog: 
Quem conhecer os demais integrantes e puder nos ajudar a completar a legenda, favor nos informar pelo e-mail jolasil@gmail.com, ou deixar algum comentário.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Professor Leonil Pena Amanajás: Uma Vida Dedicada à Formação Educacional da Juventude

(Foto: Reprodução / Portal Assembleia - AP)
        O Pioneiro Leonil Aquino Pena Amanajás, nasceu no dia 9 de maio de 1937, na Região do Bailique. 
     É filho de Alarico Pena Amanajás e Raimunda Pena Amanajás. Passou quase toda a juventude no interior. Depois de dez anos lecionando no interior como professor leigo, foi para Macapá, onde fez o curso pedagógico, concluiu o Curso de Letras, Administração e o de especialização em metodologia em ensino superior. Formou-se pelo Núcleo de Educação do Amapá, da UFPA, hoje UNIFAP. É um atleta nato. Praticou salto livre, futebol, voleibol, e sempre que pode bate uma bolinha.
    Quando ingressou no magistério em 1954, tinha um sonho de ter um complexo que tivesse da pré-escola até o 3º grau. Passou 34 anos como funcionário público, exercendo as funções de diretor de escola, professor, chefe de gabinete, secretário substituto, chefe de departamentos e outras mais, quando aposentou-se. Nessa época fundou a  pré-escola, o 1º e 2º graus, por etapa. Foi quando surgiu a Associação Amapaense de Ensino e Cultura, que é mantenedora do Centro de Ensino Superior do Amapá (CEAP). Foi convidado pelo grupo de professores de Belém, através de Edson Franco, diretor da Universidade da Amazônia (UNAMA) para fazer parte dessa Associação. Aceitou e está desde 1992, quando começou a funcionar. A fundação da Faculdade, se deu em 11 de novembro de 1980, e no dia 26 de novembro, do mesmo ano, foi registrada no Cartório de Ofícios e Notas da Comarca de Macapá. Desde o primeiro curso de ciências contábeis, em janeiro de 1990, muitos outros vieram. Hoje conta com novo campo numa área nobre do bairro Santa Rita.
    Leonil Amanajás é casado com a também professora e educadora Ana Delsa Pereira Amanajás, pai de quatro filhos: Viviane, Daniele, Luiz Cláudio e Isabele. Tem preferência por pescaria, bolero, samba-canção e músicas boêmias da velha-guarda, sem deixar de gostar de boas canções da nova geração. É católico praticante e tem a educação como meta, e, apesar de seus 75 anos de vida, continua se dedicando, diuturnamente, à formação educacional da juventude.
Fonte: Revista "Perfil do Amapá"
      Homenagem do Legislativo ao ilustre Pioneiro: 
     Em sessão solene a ser realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (ALAP), com data ainda a ser definida, o professor Leonil Aquino Pena Amanajás, será agraciado com o Título de Mérito Legislativo em Educação, pelo seu relevante papel como educador e empresário no ramo da educação, contribuindo para o crescimento e a amplitude desta no Amapá. O reconhecimento partiu do deputado Michel JK (PSDB), através do projeto de Decreto Legislativo, lido na sessão de 27 de fevereiro. (Fonte: Portal da Assembleia Legislativa do Amapá)

terça-feira, 12 de março de 2013

ESPECIAL: ESQUADRÃO TRICOLOR ANOS 60

O São José montou grandes equipes a partir dos anos 60.
elenco que vemos na foto abaixo, fez muito  sucesso nos campeonatos da época.
A partir da esquerda, estão em pé: Adelson (Cacú), Zé Buchinha (falecido), Vanderlei (falecido), Antoninho Costa, Alceu Ramos, Odilon, Orlando Cardoso, Simões, Orlando Torres e Penafort. 
Agachados: Ubiraci Souza, Antoninho Amaral, Coutinho, Deomir, Cadico (falecido), Timbó, Piraca e Moacir Banhos.
Texto: Humberto Moreira
Fonte: Blog Camisa 10

segunda-feira, 11 de março de 2013

BORÓ - Uma "lenda viva" do Futebol Amapaense

(Foto: Reprodução / arquivo particular  do Boró)
Seu nome de batismo é João Pignataro. No mundo do futebol, é o conhecidíssimo  Boró. 
       
       Com esse apelido tornou-se conhecido no mundo do futebol amapaense e no norte do país. Ele é primo legítimo de outro Boró, um dos maiores pontas esquerdas do futebol do Pará, que vestiu a camisa azul-marinho do clube do Remo. Portanto, Boró é marca de família.
            João Pignataro, nasceu em Belém do Pará, no dia 16 de Abril de 1928. Este ano completará 85 anos de vida. Seu pai era João Pignataro e a mãe Joana Chaves Pignataro, ambos genuínos italianos. Boró cresceu no entorno do bairro Batista Campos, em Belém, comendo macarrão produzido em casa mesmo e aprendendo palavras em italiano. Nas proximidades de sua residência existia o Liberto, clube de futebol suburbano onde deu seus primeiros chutes na bola.
        Em 1948, chegou então ao Território Federal do Amapá, levado por Cabeça, excelente jogador do Amapá Clube, morador de Batista Campos que fora ao bairro, de férias. Foi convencido na conversa e pediu um emprego para ir ao Amapá. E naquela época já trabalhava em farmácias em Belém.
           Pedido feito, mudou-se para Macapá a bordo de um barco a motor juntamente com Caju, goleiro libertino. Começava assim a trajetória de Boró no futebol amapaense. Chegando em Macapá, foi empregado imediatamente pelo Governo do Território na área da saúde, passando a trabalhar na farmácia do Hospital Geral. Seu chefe imediato era o Farmacêutico Rubim Aronovith. No Hospital produzia Iodo, Mercúrio Cromo e a famosa Fórmula 26, eficiente contra micoses.
No Amapá Clube encontrou 91, Aristeu, Raimundinho, José Maria Chaves, Assis, Major, Cabral, Azamor, Luiz Melo, Wilson Sena, Marituba, Genésio, Adãozinho e, claro, Cabeça, além de outros jogadores menos conhecidos.
  Detalhes: os jogos do campeonato amapaense eram disputados no campo da Praça da Matriz de São José. Existiam Amapá Clube, Esporte Clube Macapá e São José.
     Em 1950, dois acontecimentos agitaram o mundo do futebol amapaense: inauguração do Estádio Glycério de Sousa Marques e a realização do campeonato brasileiro de seleções estaduais. O Governador da época, Janary Nunes, trabalhou para inaugurar o estádio no jogo entre o selecionado amapaense e a seleção paraense.
    Pelos amapaenses Lavareda (Goleiro), Raimundinho, Dedeco, Major Cabral, 75, Suzete, Luiz Melo, José Maria Chaves, Adãozinho e Boró, mais Aristeu (Goleiro), Alves, Wilson Sena.
   Do lado paraense, Cassetão, Muniz, Dodó Goleiro), Sabá, Bereco, Biroba. O jogo ficou 1 X 0 para os paraenses. Partida de volta em Belém no Estádio Evandro Almeida. Pará 2 X 1 Amapá.
 Ainda em 1950, Boró foi campeão pelo Amapá Clube, único time que defendeu durante toda a sua jornada pelos gramados. Além do Amapá Clube, vestiu somente a camisa da seleção amapaense em jogos interestaduais.
 As principais características do jogador Boró eram; a velocidade, o bom domínio de bola e o chute forte da perna esquerda. Ele lembra do jogo contra o Sampaio Corrêa do Maranhão, quando a certa altura tabelou com Adãozinho e recebeu a bola enfiada na meia-esquerda. Chutou forte no ângulo superior do goleiro maranhense, marcando o terceiro gol da vitória do time zebrado da Presidente Vargas.
 Boró jogou contra o Clube do Remo e Paissandu de Belém do Pará. Da partida contra o Alvi-Azul, lembra um lance no segundo tempo, em que o goleiro adversário Dodó, disputou a bola no alto com o atacante Dezesseis, sobrando para ele Boró, na meia-esquerda. Veio o chute forte de canhota, mais o goleiro do Papão conseguiu desviar a bola para a linha de fundo, salvando um gol certo.
 Outro jogo marcante na carreira de Boró foi contra o Clube de Regatas Flamengo do Rio de Janeiro. Placar 9 X 2 para os cariocas. Os gols amapaenses foram marcados por José Maria Chaves e Boró.
 Devido a uma lesão no joelho esquerdo, o atleta Boró parou de jogar cedo. Seus maiores momentos foram atuando contra o selecionado paraense e contra o Flamengo. Em sua opinião, o melhor jogador daquela época foi Adãozinho, meia-armador que chutava bem com as duas pernas.
Mas, apesar de ter parado cedo de jogar, continuou ativo atuando como Técnico do Clube do qual vestia a camisa, o Amapá Clube, onde hoje é Sócio- Proprietário.
João Pignataro, casou-se em 15 de maio de 1957, com a jovem Maria de Souza, com quem  teve, mais tarde, duas filhas: Marly e Margareth.
Até  hoje, aos 84 anos, Boró vive e respira futebol!