segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Lembranças da Professora Aracy Mont'Alverne

Foto reproduzida do Facebook do amigo Fernando Canto.
Lembranças...
Um registro histórico da saudosa professora Aracy Mont'Alverne, tendo aos braços seu filho Sebastião Mont'Alverne, ainda pequeno.
Fonte: Facebook do Fernando Canto.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Balsa sobre o Rio Araguari

O registro é de 1950. O Coronel Janary Gentil Nunes, então governador do Território Federal do Amapá, numa balsa que fazia a travessia do Rio Araguari.
Ele, todo de branco com chapéu,  tendo ao lado (*)Dom Arcangelo Cerqua, (cuja barba assemelhava-se a de Dom Aristides Piróvano, primeiro bispo prelado de Macapá).

Nota do Editor: Segundo o historiador Nilson Montoril,, "o Padre Aristides Piróvano era, em 1950, data da fotografia, o Superior dos Padres do PIME e Arcângelo Cerqua dirigia a Paróquia de São José. Aristides e Cerqua costumavam viajar para o interior dirigindo motos guzzi.  
"Desde o dia 1º de fevereiro de 1949, data da criação da Prelazia de Macapá, o PIME contava com 14 sacerdotes no Território do Amapá: Aristides Piróvano, Superior do Pime; Arcângelo Cerqua, vigário da Paróquia de São José; seus coadjutores eram os demais padres: Lino Simonelli, Luiz Voganó, Mário Limonta, Antônio Cocco, Simão Corridori, Ângelo Negri e Pedro Locati. Dando apoio a todos eles atuava o Irmão Leigo Francisco Mazzoleni, o popular Caterpillar. Em Oiapoque estavam Carlos Bassanini(vigário) e Vitório Galliani(coadjutor). Em Amapá trabalhavam: Jorge Basile(vigário) e Ângelo Bubani(coadjutor).
Os demais componentes da Comitiva, não foram identificados.
(*) Dom Arcângelo Cerqua nasceu em Giugliano, Província de Nápoles, Diocese de Avers, no dia 02 de janeiro de 1917. No dia 29 de maio de 1948, chegou a Macapá em companhia de Dom Anselmo Pietrulla, Bispo de Santarém e foi empossado vigário de Macapá.
Ao sair de Macapá tornou-se o primeiro bispo diocesano, de Parintins/AM.
Faleceu na Itália no dia 21 de fevereiro de 1990. (Fonte: Revista do Jubileu da Diocese de Parintins/AM)

(Post reeditado e republicado em 26/09/2014 por conter incorreções)

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Pioneiro de Macapá: Seu Abilio, e a Casa Chiadinho

O português Abílio Pereira da Costa nasceu no dia 10 de setembro de 1901, na freguesia de Celorico de Basto, município de Braga, Portugal, onde residiam seus pais Joaquim Pereira da Costa e Emília Costa. Tinha sete irmãos: Albertina, Laurinda, Adelina, Emília, Antônio, Alfredo e Albano. O Abílio era o caçula dos homens. Seus três irmãos mais velhos, Antônio, Alfredo e Albano chegaram em Belém, em 1914, onde foram recebidos pelo tio português Joaquim Carvalho, proprietário do Armazém de Estivas ―Confiança‖, localizado na Rua XV de Novembro. Consta que seu avô paterno Joaquim mandou os três filhos para o Brasil com medo que eles pudessem ser mortos na Primeira Guerra Mundial. Pelo mesmo motivo, o caçula Abílio Pereira da Costa chegou a Belém, em 1918, com 17 anos de idade, sendo recebido pelo tio. Passou a trabalhar no ramo de comércio, juntamente com seus três irmãos. Depois de alguns anos trabalhando em Belém, os irmãos Alfredo, Albano e Abílio resolveram explorar, por conta própria, um bar na zona do Ver-o-Peso. Nessa época, seu irmão Antônio seguiu para a região noroeste do Estado do Pará, por recomendação de seu tio Joaquim Carvalho, chegando a morar, por pouco tempo, nos municípios de Macapá e Mazagão. Em 1928, os três irmãos desfizeram a sociedade, ocasião em que o Sr. Abílio optou pela atividade de caixeiro-viajante, muito em voga naquela época. Percorreu todo o baixo Amazonas e, com maior frequência, os interiores do Estado do Pará, sobretudo região noroeste, que viria mais tarde dar origem ao Território Federal do Amapá. Foi assim que, em 1931, chegou ao interior denominado Ajará, no município de Mazagão, depois de haver passado por Macapá. Nesse mesmo ano, conheceu outro português, Manoel Antônio da Costa, casado com Maria França da Costa, o qual era um próspero comerciante de Ajará. O Sr. Abílio pediu em casamento a filha caçula desse casal, a jovem Cacilda, cujo enlace ocorreu em Macapá, no dia 8 de fevereiro de 1932. Em 1933, mudou-se de Ajará para a localidade chamada Ipixuna, também no município de Mazagão, onde assentou um pequeno comércio, após abandonar a atividade de caixeiro-viajante. Em 1937, voltou a fixar residência em Ajará, continuando no ramo de comércio.
Pressionado pela esposa Cacilda veio para Macapá, capital do recém-criado Território Federal do Amapá construindo uma casa de comércio. Foi assim que surgiu a ― Casa Chiadinho, situada na então Rua Cel. José Serafim (hoje Rua Tiradentes), nº 752, esquina com a Rua General Gurjão, no bairro Alto, e inaugurada no início de 1945. A Casa Chiadinho era uma mercearia muito sortida, que vendia de tudo. O nome ― Chiadinho‖ teve sua origem em Portugal, significando um estabelecimento comercial que vende de tudo. Durante muitos anos, a Casa Chiadinho constituiu-se no terceiro mais forte comércio da praça de Macapá. Ao lado direito do comércio existia um grande depósito de madeira, onde era estocada a sacaria em geral (açúcar, feijão, arroz, farinha, milho, sal, etc.). Tornou-se tradição, durante muitos anos, a apresentação do ― Boi do Maçarico‖ em frente à ― Casa Chiadinho, que descia do bairro do Trem para exibir-se em frente ao ― Macapá Hotel, centro de todos os grandes acontecimentos sociais em Macapá. O Sr. Abílio possuía também um bar na esquina da Rua Tiradentes com a Rua General Gurjão, em frente à Casa Chiadinho. Esse bar, que nunca chegou a prosperar, foi inaugurado em 1950 e fechado em 1956, quando foi vendido. O dinheiro apurado nessa venda destinou-se ao pagamento de uma indenização vultosa, sentenciada pela Justiça (fato inédito em Macapá, àquela época), a título de seguro de vida para a viúva de um mestre de obras que falecera durante a construção de uma casa residencial de madeira, localizada na mesma Rua Tiradentes logo no início da ponte que interligava o bairro Alto com o bairro do Trem, alugada durante alguns anos. O Sr. Abílio possuía ainda uma embarcação de grande porte, para o transporte de mercadorias compradas em Belém, sinistrada em um naufrágio, com perda total. De sua união matrimonial com D. Cacilda Pereira da Costa nasceram doze filhos: Angelita (13/12/32), Alírio (18/12/34), Arlindo (30/10/36), Alfredo (28/10/38), Aurelina (24/07/40), Adede (17/07/42), Abelardo (14/12/44), Arlete (07/09/47), Adelvina (25/09/50), Anaide (19/04/55) e Adamor (15/01/58). O Sr. Abílio incentivou seu concunhado Antero Paulo da Costa, também português e domiciliado em Belém, a explorar a primeira linha de ônibus público que circulou em Macapá, com a denominação ―Viação Primazia ‖, constituída de três ônibus, inaugurada em 1949, cuja existência foi efêmera, motivada pela renda que era insuficiente para a manutenção da linha. Além do mais, em uma oportunidade um dos motoristas, de sobrenome Lobo, acidentou o ônibus que dirigia (capotou), causando enorme prejuízo para o proprietário. Depois de três anos de insucesso empresarial em Macapá, seu tio Antero resolveu retornar com seus ônibus para Belém. Depois de alguns grandes prejuízos, o seu comércio começou a entrar em processo de falência. Em maio de 1960, já com a Casa Chiadinho de prateleiras vazias, seu pai encerrou o comércio em Macapá, transferindo o domicílio para Belém. Faleceu na Capital paraense, em 18 de março de 1976, aos 74 anos de idade, vítima de (AVC) acidente vascular cerebral.
Fonte: Reprodução do livro Personagens Ilustres do Amapá. Vol. III. Coaracy S. Barbosa. Edição de Março 2002 (Não impressa).

Cópia digital, cedida ao editor do blog Porta-Retrato. por Paulo Tarso Barros Presidente da Associação Amapaense de Escritores-APES, com autorização para publicação, sem fins lucrativos, somente de caráter informativo/histórico-cultural.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Bandeirantes: "Semper Parata"

(Reprodução)
Ano 1959 - Um grupo de Meninas Bandeirantes de Macapá fazendo a saudação do movimento em um evento, na Fazendinha.

Bandeirantismo em Macapá - Em 23 de setembro de 1945, o movimento das Bandeirantes passa a existir oficialmente em Macapá, com a instalação das companhias Ana Nery e Anita Garibaldi. chefiadas pelas professoras Edith Pennafort e Wanda Jucá. O movimento das bandeirantes surgiu na Inglaterra, em 1909, por iniciativa de Robert Baden Powel, o pai do escotismo.Ele contou com a ajuda da irmã Agnes Baden Powel e de sua esposa Olave. Em maio de 1919, o movimento chegou ao Brasil. Escoteiros e Bandeirantes não prestam continência. Fazem saudação, com os dedos indicador,maior de todos e anelar unidos e esticados para cima. Ficam dobrados no sentido do centro da palma da mão direita os dedos mindinho e o polegar, este sobre aquele. Significa que o mais forte protege o mais fraco. No escotismo, a saudação é Sempre Alerta.No Bandeirantismo, se diz Semper Parata(do latim). Esta saudação das bandeirantes evidencia que elas "estão sempre prontas a ajudar". A saudação é prova de amizade e respeito. Tanto a saudação dos escoteiros como a das bandeirantes, os dedos estendidos lembram os três artigos da promessa escoteira e do código bandeirante. (Nilson Montoril)

Fonte: Texto reproduzido do Facebook do historiador
Post reeditado e repaginado em 23/09/2014

domingo, 21 de setembro de 2014

O Pioneiro Francisco Miccione

Hoje, o "Porta-Retrato" presta uma justa homenagem póstuma ao Sr. Francisco Miccione, um dos pioneiros que muito contribuiu com o progresso do Amapá.
Francisco Miccione, Italiano que adotou o Brasil como pátria e o Amapá como lugar para morar por toda a vida. Nascido em 13 de março de 1929, em Bitonto, chegou ao Brasil em 1951, trabalhou na ICOMI (Indústria e Comércio de Minérios).
Em junho de 1957, inicia suas atividades como autônomo, com incentivo e apoio do amigo e também italiano, o Bispo D. Aristides Piróvano, nasce a Mecânica Miccione, a primeira do Amapá, com serviços de solda, torno e mecânica em geral, com a qual passa a manter a família, sempre com a presença constante da companheira de todas as horas, a esposa Odette Góes Miccione. Eles contraíram núpcias, e o oficiante do casamento foi o padre Antonio Cocco.
Tiveram cinco filhos, Emília (Licenciatura em Letra), Domênico, (Licenciatura em Matemática), Francisco (Cirurgião Dentista), Sidou (Advogado) e Aristides (Administrador).
Miccione teve várias alegrias na vida, uma delas, foi quando recebeu, em 12 de setembro de 1978, o certificado de naturalização de brasileiro. O evento aconteceu em clima de solenidade, no Fórum de Macapá.
A maior de todas as alegrias foi conseguir e participar das formaturas de todos os filhos.
Ampliou a oficina, passando a fabricar, hélices e eixos para embarcações, engrenagens e muitas outras peças, contribuindo para o desenvolvimento do Estado, pois era praticamente impossível na época adquirir estes produtos fora do Estado.
Miccione exerceu sua profissão com dedicação, um perfeccionista, ensinou tudo que sabia aos seus funcionários, fez escola...
Por três vezes foi presidente do Rotary Clube de Macapá, às quartas feiras sempre presente nas reuniões às 20h, na sede do Esporte Clube Macapá.
Foi Maçon, da loja Duque de Caxias, onde seu corpo foi velado no dia do seu aniversário, 13 de março de 1990.

Fonte: Texto de Francisco Miccione Filho.
Foto colorida: Arquivo da família
Fotos em preto e branco: Arquivos do blog

sábado, 20 de setembro de 2014

A Pioneira Francisca Chagas de Araújo Monteiro - Chicona

O Porta-Retrato, presta uma homenagem póstuma à Pioneira Francisca Chagas de Araújo Monteiro; falando assim ninguém a conhece, mas se disser que ela é a Chicona, todo mundo se lembra da boneca da banda, que foi criada para homenageá-la.


Francisca Chagas de Araújo Monteiro - A Chicona -  filha de Teodorico da Silva Monteiro e Jesuína de Araújo Monteiro, nasceu no dia 15/12/1938, na localidade de Itatupan, (Moura Sacramento) Muncipio de Gurupá-PA.
Trabalhou desde 17 anos (1955) no Hospital Geral de Macapá.
Faleceu dia 14/09/1999, aos 61 anos de idade, e foi sepultada no Cemitério N. S. da Conceição, no Centro de Macapá.
Fonte: Informações repassadas por seu filho Adriano Araújo Jorge, via Facebook.
Fotos do acervo da família.







sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Time de FUTSAL dos funcionários da BRUMASA

Esta foto, foi compartilhada conosco pelo amigo Teodorico Chagas.
São imagens dos anos 1969/70, do time de futebol de salão dos funcionários da BRUMASA, na quadra do estádio Augusto Antunes, em STN.
Em pé a partir da esquerda: José Maria Farias (Técnico), Domício, Waldir Queiroz (goleiro), Teodorico Chagas e Pedro Ivan.
Agachados: Wesley Vilhena, Damião Baia e Valdo Vilhena.
Fonte: (Foto compartilhada por Teodorico Chagas e recuperada pelo blog)

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

OS TRES DELEGADOS, JUNTOS

Esta foto, sem data, foi compartilhada com o blog Porta-Retrato, pela amiga Rosa Souza, filha do Delegado Teobaldo.
Um registro histórico em que aparecem, nas imagens, os tres delegados juntos. Delegados Espindola Tavares, Oscar e  Teobaldo Souza.
À esquerda, Delegado Espíndola (de branco) e Delegado Oscar (ao lado dele - só aparece o rosto) com a esposa Nairza. Junto à parede (atrás da mesa) dona Zezinha e Delegado Teobaldo; à frente (de roupa escura) Raimundo Nonato Silva Souza, um dos filhos do casal. Na outra mesa as irmãs Ivone e Rosa Souza, a prima delas, Janete Pinto, e à direita, a "irmã do coração" Catarina Mira
O rapaz que está por trás, não foi identificado.
 Fonte: Foto compartilhada pela amiga Rosa Souza, via Facebook.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Passagem do neto de Joaquim Caetano da Silva, por Macapá

Esta foto, compartilhada pelo amigo José Façanha, registra a passagem do neto de Joaquim Caetano da Silva por Macapá, em 1953, acompanhando os restos mortais de seu avô, trazidos de Jaguarão/RS,...
...que hoje estão no museu que tem o nome desse ilustre brasileiro. 
Pela ordem, da esquerda para a direita: Roque Penafort, Lourenço Façanha, o neto de Joaquim Caetano, Silvio Santos e outro que não soubemos
Os três primeiros foram prefeitos de Oiapoque, Amapá e Mazagão, respectivamente.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

A jovem e a VESPA

Pegando carona na onda da lambreta, trazemos hoje uma foto histórica compartilhada, via e-mail, pela amiga Josie Remedios, que mora em Campinas-SP.
Seu  Henrique, pai de Josie, foi auditor interno na Icomi, em Santana/AP, onde trabalhou por alguns anos.
Ele e dona Etelvina, que eram de origem chinesa, tiveram quatro filhos: Manoel, Fernando, Irene e Josie, que são da mesma nacionalidade.
Manoel e Fernando adquiriram uma VESPA - a principal concorrente da lambretta, naquela época - mostrada por Irene, na foto abaixo:
O clique aconteceu em 1963, em frente à casa da família, em Vila Amazonas/AP. 
Irene, serviu de modelo e posou ao lado da Vespa, e agora nos brinda neste registro histórico, aqui no Porta-Retrato.
Irene Remédios, reside com sua família em Natal/RN.

Contexto histórico - A Vespa foi criada em 1946 pela Piaggio, fabricante italiana que também produz carros de passeio e aviões, foi apresentada no Clube de Golfe de Roma. Após a Segunda Guerra Mundial, Enrico Piaggio (fundador da marca) pressentiu que um veículo pequeno e ágil seria ideal para transitar pelas grandes cidades. O projeto de Piaggio era ambicioso. O primeiro esboço tinha o nome de Paperino (pato, em italiano, mas só 100 unidades foram produzidas). Aproveitando-se dos seus conhecimentos em aeronaves, decidiu que a roda traseira funcionaria como um trem de pouso, acoplando-se ao motor. Quando viu o protótipo, Piaggio teria dito que a frente do veículo lembrava um inseto, mais especificamente uma vespa, devido ao desenho dos retrovisores lembrarem antenas. O ronco do motor também lembrava o das asas da vespa batendo.
O motor das primeiras Vespas era de dois cilindros, com potência de 3,5 cavalos e velocidade máxima de 60 km/h. Três anos depois de seu lançamento, estima-se que aproximadamente 35 mil unidades foram vendidas em toda a Europa.
Em 1954 tem-se o primeiro registro de uma Vespa em território brasileiro. Quatro anos depois a mística scooter começou a ser fabricada no Brasil, no Rio de Janeiro, através de uma subsidiária da Piaggio. Em 1960 é lançado a Vespacar, um modelo com baú e outro com furgão, este último foi muito utilizado pelos Correios.
Em 1971 a Panauto, primeira fabricante da scooter no Brasil, fechou as portas. A produção da Vespa em solo brasileiro voltou em 1974 e durou até 1981, pela Barra Forte, de Manaus.
Uma joint-venture (empreendimento conjunto) entre a Piaggio, Barra Forte e Caloi permitiu que a Vespa continuasse a existir no Brasil. Esta união durou de 1985 a 1990. No auge do Plano Cruzado, a Vespa se tornou a moto mais vendida do país, superando a Honda CG 125.
A Vespa voltou ao Brasil através de importação independente, de 1994 a 2000. A Piaggio continua fabricando a Vespa, com praticamente o mesmo design de seu lançamento, há quase 70 anos. (Fonte: Tudo de Carro)

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Jovens na lambreta

Encontrei esta relíquia histórica no baú de lembranças do meu amigo João Silva.
Ele divulgou em seu Facebook esta foto de Antônio Trevizani (de óculos) e José Pastana (usando topete) sobre uma lambreta, que foi a coqueluche na época do ex-Território do Amapá.
João lembra muito bem que "circular numa lambreta dava muito tesão e fazia um sucesso danado por estas bandas nas décadas de sessenta e setenta. Eu tinha um amigo, aliás acho que ainda tenho, chamado José Fontoura, que ganhava preferência das moçoilas daquela época quando chegava montado em uma lambreta novinha em folha na frente da sede do Trem. Em Santana, em Vila Amazonas, lambreta também fazia sucesso e mexia com a imaginação das garotinhas. Um dia o Trevizani montou uma lambreta e convidou o Pastana pra dar uma volta pela frente da casa das gatinhas de Vila Amazonas antes do treino do Santaninha, onde os dois começaram a jogar futebol e o Antônio era o craque do time no finalzinho da década de sessenta, antes de ser promovido à equipe titular do Canário Milionário."(João Silva)
Fonte: Facebook
Contexto histórico - A Lambretta foi um modelo de motoneta produzido pela Innocenti entre 1947 e 1971.
Ferdinando Innocenti tinha uma fábrica de tubos de aço em Milão, e após o bombardeio na Segunda Guerra, aceitou o desafio e reconstruiu sua empresa, desta vez investindo em um novo produto. Ao lado do engenheiro Pierluigi Torre, criaram um veículo pequeno e ágil. A produção iniciou em 1947. A carroceria tubular permitia ao condutor manter as pernas “dentro” da scooter. O motor de dois tempos e um cilindro chegava a 53 km/h. O nome Lambretta vem do rio Lambro, que passava próximo à fábrica de Innocenti. Foi produzida até 1972.
No Brasil, a Lambretta começou a ser produzida em 1958, em São Paulo. Primeiramente, a versão ofertada era de 125 cc, e logo depois, 175 cc. A Brumana & Pugliesi (representante da Innocenti no Brasil) lançou em 1971 um híbrido de moto e scooter, chamada Xispa, que foi fabricada até 1979. A produção da Lambretta durou até 1982, quando não suportou à concorrência da Honda e da Yamaha, que já produziam motos de 125 cc. (Fonte: Tudo de Carro)

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Os meninos e o Rio Amazonas

Registro dos anos 60 da orla do Rio Amazonas, em frente à cidade de Macapá. 
Em primeiro plano dois meninos brincam à beira, enquanto as águas estão agitadas. 
Ao fundo o trapiche Eliezer Levy, com inúmeras embarcações do governo do Amapá, ali atracadas.
O amigo Heraldo Amoras, nos conta a história desta foto:
"A cena mostra meu irmão Herivelto Amoras (com a mão no rosto) com 8 anos, hoje com 56 anos; o garoto à frente é meu saudoso amiguinho Geferson mais conhecido na nossa roda de amigos como Lêgo (irmão do meu amigo José Paulo, guitarrista da banda de Macapá OS COMETAS); A foto original desta cena foi publicada na revista da ICOMI Notícias." (Heraldo Amoras-Monte Dourado-PA)

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Atletas pioneiros do Esporte Clube Macapá

O registro é dos anos 50.
Lançamento dos alicerces do Esporte Clube Macapá.
Da esquerda para a direita: 1º Isaac Elgabry; 2º Wilson Sena; 3º Moringueira; 4º Amujacy(falecido), 5º Roxinho; 6º Dedeco; 7º Aristeu: 8º Avertino Ramos; 9º Aracati: 10º Sabá; 11º Epifânio Martins(Pigmeu); 12º Setenta e cinco;  13º Aracatizinho.
Comentário do amigo/historiador Nilson Montoril sobre a foto histórica, no Facebook:
"Eu os classifico como atletas do Esporte Clube Macapá e não fundadores. A agremiação tomou esse nome a 18 de julho de 1945, deixando de ser Panair Esporte Clube, haja vista que a empresa de aviação já não estava entre nos e tinha sido substituída pelos Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul S.A. O Panair (Paner) foi fundado no dia 7 de setembro de 1940. Em 1944. ainda prevalecia o nome Panair. O Macapá passou a comemorar a data de 18 de julho de 1945 e não 1944. Jacy Barata Jucá, meu tio que você conheceu foi o primeiro presidente azulino. O Isaac Elgrably, técnico da equipe, tinha parentesco com os Peres/Alcolumbre e veio de Belém, onde atuou como goleiro do Clube do Remo. Era pai do Salomão, aquele engenheiro baixinho que trabalhou na Secretaria de Obras e também exerceu o magistério". (Nilson Montoril)
O jornalista Ernani Marinho deixou o comentário informando que "a  foto é de meados da década de 50, quando foi iniciada a construção da sede do Esporte Clube Macapá, na Raimundo Álvares da Costa com a Tiradentes, cenário do registro fotográfico.
Hernani complementa a informação dizendo que "as obras foram iniciadas mas não concluídas, visto que, o prédio foi vendido, antes disso, para os empresários Guilherme Cruz e João Vieira de Assis para a implantação do Cine Macapá."
"O Macapá, à época, tinha a seguinte formação: Aristeu; 75 (Sabá) e Amujacy; Roxinho, Moringueira e Wilson; Aracatizinho, Dedeco, Aracaty, Pigmeu e Avertino. O Isaac era o técnico, acumulando com a condição de goleiro reserva. Todos estão na foto.
Na primeira metade da década de 50 o Aristeu e o Wilson ainda pertenciam ao Amapá Clube, por onde foram campeões, só depois transferiram-se para o Macapá. Igualmente o 75 só depois que foi campeão pelo Trem, também na primeira metade da década de 50, passou para o azulino.
É óbvio, pois, que a foto não é da década de 40 e os que nela aparecem não são fundadores do clube, mas atletas do mesmo
."
(Ernani Marinho)

Post reeditado e republicado com correções e atualizações

ACADEMIA DE MÚSICA "OSCAR SANTOS"

Mestre Oscar Santos, foi o idealizador da Academia de Música "Oscar Santos", responsável pela preparação de muitas gerações de músicos do Amapá.
Abaixo uma das formações de alunos da Academia:
Registro histórico fotográfico de maio de 1964, apresenta imagens dos Alunos da Academia de Música  "Oscar Santos"  reunidos na casa de mestre Oscar.
Da esquerda para direita, em pé: 1º e 2º não identificados; 3º José Maria Santos (JOMASAN); 4º Braulino de Souza Pimentel (médico - falecido); 5º mestre Oscar Santos (falecido); 6º Afonso (cunhado de Oscar Santos - falecido) 7º desconhecido; 8º Martinho Mota Dias e o 9º o pistonista  José Assunção (neto de Mestre Oscar - falecido). Os três garotos, na frente deles, não foram identificados.
Da orquestra Oscar Santos saíram os primeiros grupos musicais do Amapá, entre eles Os Cometas.

Oscar Santos, também formou um conjunto feminino só de acordeons e percussão. (foto acima)

Mestre Oscar  faleceu no dia 25 de março de 1976, tendo o seu corpo sepultado no cemitério de Nossa Senhora da Conceição, no centro de Macapá.


Fonte: overblog

sábado, 6 de setembro de 2014

Foto Memória - em familia

Fui buscar a Foto Memória de hoje, no fundo do baú de lembranças da amiga Alcilene Cavalcante, resgatando imagem do casal Alcy Araújo e Delzuite Cavalcante, numa mesa num antigo arraial de São José, em Macapá. O garotinho com eles é o (atual) engenheiro florestal Alcione Cavalcante. 
Um abraço ao amigo Alcione e a suas irmãs blogueiras, Alcilene e Alcinéa Cavalcante. 
Alcy Araújo Cavalcante, era poeta, jornalista, compositor, e também um qualificado técnico do governo do Território Federal do Amapá. Delzuite Cavalcante, uma pioneira da educação no Amapá, foi conceituada professora do magistério amapaense, com muitos anos de serviços prestados à clientela estudantil amapaense.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A história do Saci Clube, de Macapá

O Artista Plástico e Professor aposentado  Carlos Nilson da Costa, conta, com exclusividade ao Porta-Retrato, com riqueza de detalhes, a história desse clube de jovens que surgiu no Amapá nos anos 60, o Saci Clube:


"Corria o início da década de sessenta quando fui eleito a primeira vez presidente do Saci, em uma renhida disputa com o amigo Olivar Bezerra. No início  eram as manifestações de cunho somente social.
Solicitamos e conseguimos aquela área de fora da Fortaleza de São José(foto). Lá construímos nossa sede. Era um ambiente muito bonito.
Foto de 1964 mostra um baile de Carnaval do Saci Clube, no Círculo Militar de Macapá. 
Estão na foto a partir da esquerda: Ubimar, Neuracy (Santos) Jucpá, Hector Santos (ao fundo), Maria Façanha e Amujacy.
O Saci começou então se politizar, pela razão de eu pertencer a política estudantil e aí sobressaiam Sebastião Cunha, José Maria Cunha, Oseías, Conceição e  suas irmãs muito queridas, o sócio Derossy no Banco do  Brasil, além de simpatizantes como  a top D. Diva Façanha, Seu Jacy e D. Alice Jucá,  Dr. Barbosa e a esposa D. Ercília, Moisés Zagury e esposa, Abdallah Houat (desculpe os esquecimentos que com certeza aconteceram), davam apoio e o Saci começou a fazer promoções culturais. Nesse ponto foram importantes o grande Alcy Araújo, Elson Martins, Arthur Rafael, Isnard Lima com muito incentivo entre outros. Promovemos um baile, até hoje o único, totalmente com música clássica (erudita). Contratamos uma grande orquestra em São Paulo, a orquestra Tobias Troisi, que só de violino tinha oito, fora os demais componentes. Houve colaboração da Icomi através do Freire. 
Foi um sucesso total no antigo Aeroclube.
Fervilhava a política nacional e o Amapá sem jornal bem atualizado, só com uma rádio, a Difusora e, lógico sem TV. Notícias mesmo era o jornal da semana nos cinemas. Íamos mais no achismo. Crescia a onda contra o Jango e aqui pedíamos a encampação da ICOMI. Nesse ponto agia muito o Isnard, que nem sócio era. Na sexta, 13 de março fizemos uma vigília SACI e CA na Piscina Territorial, onde fiz um pronunciamento favorável à estatização da ICOMI, que me custou uma detenção após 31 de março, lá pro fim do ano. Fui defendido pelo Bispo D. Aristides Piróvano e Pe. Caetano Maielo. Foi quando instituímos a camisa do Saci. A cor escolhida era o vermelho, que era pintado por mim e o Ronaldo Bandeira.
Em fins de 64 e 65 o Saci, em ação paralela começamos a pintar os muros contra o governo da ditadura. Reuníamos em casa com vários sócios e colaboração do Lucas, Ribeirinho, Rafael, Isnard, Carlos Teixeira, Gil Platon, Sérgio Arruda e outros. A tinta eram restos de velas da Igreja derretidas e misturadas com anelina colorida. As pinturas eram feitas de madrugada.
Nós éramos chamados de comunistas, inclusive pela cor das camisas.
No aspecto cultural mandamos buscar o elenco do Teatro de Amadores do Amazonas, para exibirem as peças "Judas no Tribunal" e" Prostituta Respeitosa ". Esta de Paul Sartre, que trata da discriminação da mulher e do negro nos EUA. O governador Gal. Luiz Mendes estava presente. Ao término da exibição perguntei ao Gal se o governo ajudaria o SACI, patrocinando um espetáculo. Aí ele disse: você está preso. Ação contínua, me pegou pelo braço, subiu no palco desandou em impropérios e mandou prender todo o elenco. 
Fomos conduzidos para o prédio (foto acima) onde hoje é a Delegacia do Ministério da Agricultura, na Coriolano Jucá. De manhã invadiram minha casa para saber de quem era uma bandeira que eles não sabiam. 
A bandeira era do Estado do Amazonas, que eu tinha ganho.
Esse fato desandou em outros que não é o caso agora, inclusive repercutiu em todo país, até na Academia Brasileira de Letras, que na ocasião recebia a visita de Leopoldo Señor, presidente do Senegal, país de língua francesa "que tinha sido desrespeitada no Amapá" (Sartre era Francês), disse Austregésilo de Athaíde.
Alguns meses depois nos tomaram a sede da Fortaleza, alegaram não ser possível um clube numa praça de guerra. Hoje é só lembrança." (Carlos Nilson, via e-mail)