sábado, 31 de outubro de 2015

Foto Memória Estudantil do Amapá: AMAPAENSES EM CONGRESSO E CAMPEONATO NACIONAIS NO RIO GRANDE DO SUL

Texto de Ernani Marinho
Nas comemorações de seu sesquicentenário, em 1962, a cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, sediou o Congresso Brasileiro de Estudantes Secundaristas, patrocinado pela UBES – União Brasileira de estudantes Secundários - com o Amapá fazendo-se representar por uma bancada de dez integrantes, constituída por cinco titulares (Luiz Messias Tavares, Guilherme Jarbas Santana, André Oliveira, Nestlerino Valente e Ernani Marinho) e cinco suplentes (Estácio Vidal Picanço, Gil Marques Reis, José Aldeobaldo Andrade, José Maria Farias e José Ribeiro da Conceição, o Ribeirinho), além de lideranças da UECSA e dos Grêmios estudantis a ela vinculados.
Foi um Congresso que, mesmo estudantil, ganhou destaque nacional, já que da sua abertura ou encerramento participaram grandes lideranças políticas brasileiras, como o Ministro da Casa Civil, Darcy Ribeiro, que representou o Presidente João Goulart; os Ministros Paulo de Tarso, da Educação, e Almino Afonso, do Trabalho; os governadores Leonel Brizola, do Rio Grande do Sul e Miguel Arraes, de Pernambuco, além do líder dos camponeses e deputado Francisco Julião.
No mesmo período, julho/1962, em Rio Grande, cidade vizinha, o Amapá participava do Campeonato Brasileiro de Basquetebol Juvenil, sob a liderança do prof. Alzir Maia, presidente da FAB - Federação Amapaense de Basquetebol, e de Demóstenes (Zamba) Dias, como técnico.
Na rota Macapá/Pelotas-Rio Grande houve uma parada em Porto Alegre para o cumprimento de uma audiência no Palácio do Piratini com o Governador do Rio Grande do Sul, agendada por Janary Nunes, à época candidato a deputado federal pelo Amapá. A audiência era para a UECSA, mas os atletas e dirigentes do basquetebol também foram.
Como o governador Leonel Brizola ficava em terras gaúchas só de segunda-feira até quarta-feira à noite, quando ia pra o Rio de Janeiro para a sua campanha para deputado federal pelo Estado da Guanabara (foi eleito com a maior votação proporcional da história do Brasil) e o seu vice havia se desincompatibilizado para concorrer ao Senado (o Brizola não precisou se desincompatibilizar porque concorria em outro Estado), no seu impedimento assumia o Governo do Estado o Deputado Gustavo Langsch, presidente da Assembleia Legislativa.
A foto registra o governador gaúcho, interino, Dep. Gustavo Langsch, recebendo os amapaenses, líderes estudantis e atletas juvenis de basquetebol, aparecendo ao centro ladeado por André Oliveira e Ernani Marinho, ambos da UECSA. Pelo lado esquerdo aparecem Roberto Bandeira, Ernesto Dias, Zamba (basquetebol), Guilherme Jarbas (UECSA) e Cláudio Vasques (basquetebol). Pela direita José Maria Farias (UECSA) e Alzir Maia (presidente da federação de basquetebol).
A delegação se completou com Sérgio Arruda, Felipe Gillet Filho e Carlos Nilson que auxiliava o Zamba.
Fonte: Facebook

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Foto Memória Estudantil: Estudantes em Férias, em Macapá

Esta foto de hoje, do Fundo do Baú de Lembranças do amigo jornalista João Silva, foi publicada em agosto passado, no Instituto Memorial Amapá.
Trata-se do encontro – ao final dos anos 60, num mês de férias celebrado com o retorno à Macapá, para alegria dos familiares e amigos - de estudantes amapaenses que cursavam faculdade em Belém do Pará.
Era um sufoco ir e voltar, pois muitos - os mais pobres -  viajavam de barco mesmo, outros de avião.
No registro feito no muro do Colégio Amapaense, pela General Rondon, nas imagens, da esquerda para a direita: Everaldo Fernandes (médico), Antônio Farias (biólogo), Guilherme Jarbas Santana, (professor e advogado); Jorge Armando Amaral(Jujuba), (geólogo); sentados, bem à vontade, Stélio Amaral, (médico), e Januário, (advogado).
A menininha não foi identificada.
Fonte: Facebook

Foto Memória da Aviação do Amapá: Piloto Juarez Monteiro - "grande profissional e leal companheiro"!

Juarez Monteiro, um dos primeiros aviadores do Território do Amapá, além de emérito desbravador, foi quem despertou em muitos jovens o interesse pela profissão. 
Aposentou-se pela DOCEGEO, pilotando helicóptero no CANADÁ. 
Além de grande profissional, era um leal companheiro e uma figura humana excepcional. 
Faleceu em acidente, quando fazia inspeção do linhão da Eletronorte no interior do Pará.

Foto do arquivo particular do mecânico de aeronaves Arlindo Oliveira (in memorian). 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Foto Memória de Macapá: Amapaenses no :Congresso Nacional de Municípios

A amiga Katia Mara Harb, filha do saudoso Pioneiro Stephan Houat, compartilha com o Porta-Retrato, uma foto em que o pai dela, quando Vereador, junto com outras autoridades, aparece integrando a Delegação do Amapá no 8º Congresso Nacional de Municípios, realizado em Guarapari, Estado do Espírito Santo, de 7 a 12 de agosto de 1972.
Nas imagens a partir da esquerda: Vereador Stephan Houat; Comandante João de Oliveira Côrtes – Prefeito de Macapá à época; Sr Rocque de Souza Pennafort – então Prefeito de Mazagão/AP; Sr. Walter Banhos de Araújo, Vereador de Macapá, tendo ao lado o Sr. Antônio Carlos Gerhardt Santos, governador do Espirito Santo à época.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Foto Memória de Macapá: Pioneiros - Entre "Comes e Bebes"

Do arquivo de Derossy e Lúcia, resgatamos o histórico registro de um encontro de Pioneiros, em uma residência, em Macapá.
Nas imagens o Coronel Janary(de costas) conversa com seu irmão Pauxy Nunes, tendo ao lado o Sr. Jacy Jucá; um pouco à direita o Dr. Armando Limeira Andrade e Stephan Houat.
À janela comes e bebes, entre estes, o gostoso Flip Guaraná, que "estava em todas"!
Fonte: Facebook

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Foto Memória Estudantil: Os Bons Tempos do GRUTA!

Durante os primeiros anos de criação do Território Federal do Amapá, os concluintes do curso secundário – que corresponde ao atual segundo segmento do ensino fundamental – tinham de ingressar nas faculdades de Belém, e outros centros mais adiantados, para continuar sua formação superior.
No início da década de 70, por necessidade de se sentirem agrupados e para não perderem a convivência vivida na época da faculdade, estudantes amapaenses, recém-formados, criaram o Grêmio Recreativo dos Universitários do Território do Amapá-GRUTA.
Os associados eram os de formação superior e os universitários.
A sede da entidade situava-se, às margens do igarapé Fortaleza, com entrada após o Marco Zero, à margem direita da Rodovia Macapá/Fazendinha.
O jornalista Ernani Marinho – atualmente domiciliado em Belém/PA - relembra, que aos sábados à tarde havia uma animada "pelada" e aos domingos pela manhã, um refrescante banho de igarapé e cerveja com amigos, como mostra a foto em que ele aparece ladeado pelos contemporâneos Ubiratan Silva e Lindoval Peres, ambos residindo em Macapá.
Os principais líderes do Gruta foram o Manoel Antônio Dias (Duca), Jurandil Juarez, Haroldo Vitor, Hercílio Mescouto, Ubiratan Silva, Lindoval Peres, Jocy Furtado de Oliveira, entre outros.

Fonte: Facebook: com informações de Ernani Marinho

domingo, 25 de outubro de 2015

Foto Memória de Macapá: Tal Pai, Tal Filho!

Entre inúmeras fotos que foram compartilhadas conosco pelo amigo Arlindo Oliveira, quando em vida, encontramos duas imagens semelhantes e de um valor sentimental imensurável para pai e filho.
O pai Lismar Cardoso, tirou uma primeira foto, sobre as asas de uma aeronave, junto com os filhos Emanuel, Lismar e Ismar, todos ainda muito crianças.
Eles cresceram e o Emanuel Queiroz Cardoso, tornou-se piloto de aeronaves.
Talvez, num gesto em homenagem ao pai, resolveu imitar a mesma foto de Lismar, de quando ele (filho)era criança. 
Adotou a mesma pose, e clicou para a posteridade o registro documentado nas imagens acima, desta feita com seus herdeiros Lismar, Emanuel Filho e Eduardo.
Emanuel Queiroz Cardoso, foi um dos pilotos do Serviço de Transportes Aéreos do ex-Território Federal do Amapá. 
Ambos falecidos.
Fonte: Arlindo Oliveira (mecânico de aeronaves, in memoriam)

sábado, 24 de outubro de 2015

Foto Memória da Macapá: Nos tempos da Panair...

Foto compartilhada por Raimundo Wilson, mostra imagens do tempo da segunda Guerra Mundial, no aeroporto da Panair do Brasil, em Macapá:
Anos 40 - Governador Janary Gentil Nunes,(de branco) entre populares, em frente a uma aeronave do Correio Aéreo Nacional na pista de pouso, da capital amapaense.
Fonte: Raimundo Wilson

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Foto Memória de Macapá: Trapiche Eliézer Levy

Nosso registro de Lembranças de Macapá, compartilhado pelo amigo Raimundo Wilson, trás imagem do Trapiche Eliezer Levy, clicado por lentes do Foto Cruz.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Foto Memória de Macapá: O Pioneiro Jeconias Alves de Araújo

JECONIAS ALVES DE ARAÚJO - carnavalesco, poeta e esportista, filho de Zacarias Alves de Araújo e Odália Vieira de Araújo, era paraense, natural de São Miguel do Guamá, onde nasceu a três de dezembro de 1941. Estava com seis anos de Idade quando seus pais decidiram mudar para Macapá. Seu Zacarias era correeiro(feitor de correias) de méritos inegáveis e estava encontrando dificuldades para desempenhar suas atividades de curtir couros bovinos em São Miguel do Guamá. A transferência da família aconteceu em 1947, ocasião em que os trabalhos de restauração da Fortaleza já estavam quase concluídos e diversas atividades governamentais eram desenvolvidas na fortificação. Foi em busca de melhores condições para sustentar a família. Sem ter onde morar ficou alojado em duas quartinas (casamatas) da Fortaleza São José. Ao lado do forte, entre os baluartes Madre de Deus e São Pedro funcionava o matadouro da cidade, local onde Seu Zacarias visitava frequentemente para recolher o couro das rezes abatidas a fim de curti-los. No citado monumento histórico estava instalada a oficina do Jornal Amapá, órgão de imprensa do Governo do Território Federal do Amapá. Ainda criança, Jeconias se encantou com as máquinas e com as atividades dos gráficos. Moleque esperto passou a prestar diversos serviços aos funcionários, de recados à compra de merenda. Ao completar 12 anos foi admitido como aprendiz e chegou ao posto de diretor, cargo no qual se aposentou. A família Alves de Araújo já residia perto da sede dos Escoteiros do Mar Marcilio Dias, no Trem, quando Jeconias ingressou no Atlético Latitude Zero, como goleiro.  Alto, mas desengonçado ganhou o apelido de Pintão (ou filhotão de pinto). Nem a tradição Pentecostal cultivada principalmente por sua genitora impediu que Jeconias gostasse dos folguedos populares, notadamente do carnaval. Seu nome é sinônimo de folia na Associação Piratas da Batucada. Excelente compositor contribuiu para que a escola sempre brilhasse em suas apresentações. Adorava fazer versos, entre eles os que relatam passagens marcantes de Macapá. Por recomendação médica precisou deixar de lado muitas das suas atividades e decidiu ir morar em Mazagão Velho. Na vila histórica do rio Mutuacá construiu uma nova casa. Ele foi o idealizador do prédio fez os primeiros tijolos de cimento e orientou os pedreiros a que sequenciassem a produção. Para poder tocar a obra estafante, Jeconias morava na casa do Cristiano Barreto, que foi juiz de futebol. No dia 20 de outubro de 2007, por volta das 12h15min, Jeconias partiu para a eternidade. Seu corpo foi velado na Capela Santa Rita e sepultado no Cemitério São José (Buritizal), após as 16 horas. Ele iria fazer 66 anos de idade. 
Texto de Nilson Montoril de Araújo, adaptado ao Porta-Retrato
Fonte: Facebook

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Foto Memória Estudantil: Formatura de Contabilistas do CCA

Foto do álbum de memórias de Derossy e Lúcia, compartilhado com o Porta-Retrato, trás imagens do registro clicado por ocasião da Missa de Formatura de Contabilistas do Colégio Comercial do Amapá – CCA, na porta da Igreja Matriz de São José, turma de 1963/64.
A partir da esquerda: o primeiro não lembramos o nome; depois Alfaia; Fukuoka; (por trás) Sr Aimoré; Ida Aimoré; José Santana; Derossy Araújo; Carlos Pontes; Sra. Raimunda Machado; Dona  Zilah, Marly e Sr. José. Todos da família Porpino.
Fonte: Márcio José Andrade da Silva

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Foto Memória de Macapá: Antiga Doca da Fortaleza

DOCA DA FORTALEZA
Foto publicada na Revista ICOMI-Notícias, de julho de 1964, tirada de uma das guaritas da Fortaleza de São José de Macapá, mostra ao fundo a antiga Doca da Fortaleza, área hoje totalmente aterrada.
Nesse local aportavam as embarcações que levavam produtos da região amazônica para a capital amapaense. Enquanto a maré estava baixa os canoeiros usavam a margem do igarapé, para o desembarque da carga.

Fonte: Revista ICOMI-Notícias julho/1964

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Foto Memória do Esporte Amapaense: CEA CLUBE

Recebemos de nosso leitor Riberto Pontes, via e-mail, uma foto da formação do CEA CLUBE, na década de 1960, no Estadio Glycério de Souza Marques, em Macapá.
Da esquerda para a direita, em pé: Guilherme, Carlos, Faustino, Armando, Cadico e Domingos.
No mesmo sentido, agachados: Maximino, Diquinho, Jangito, Perereca e Joãozinho.
O CEA Clube foi um clube brasileiro de futebol da cidade de Macapá, capital do estado do Amapá.  
Fundado em 1 de junho de 1958, por iniciativa de operários envolvidos na construção da Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes, manteve um dos clubes mais expressivos do Amapá no período da década de 1950 a 1960.
O clube pertencia à Companhia de Eletricidade do Amapá.
Suas cores eram vermelho, preto e branco. Fonte: Wikipédia

domingo, 18 de outubro de 2015

Foto Memória de Macapá: Religiosos da Igreja Católica, em Macapá

Nesta imagem de um recorte de jornal, vemos alguns religiosos da Igreja Católica do Amapá.
Irmãos Edino e Francisco; padres Rogério e Da Maren e irmãs Marchesi e Giocomina.
Registro feito n; Pe. Rogério; Pos corredores do hospital São Camilo e São Luis, em Macapá.
Esta foto ilustrou a matéria sobre o falecimento do Irmão Francisco. (não tenho a data) 

sábado, 17 de outubro de 2015

Foto Memória de Macapá: Mais uma lembrança da saudosa Chicona

Fomos buscar hoje,  mais uma lembrança no álbum da família do amigo Adriano Araújo Jorge.
Entre inúmeras fotos que ele nos compartilhou, escolhemos  esta, sem data, onde vemos nas imagens a saudosa Francisca Chagas Monteiro(Chicona) com a Sra Maridalva(viúva e segunda esposa do poeta Alcy Araújo), na escada do trampolim da antiga Piscina Territorial.
Fonte: Adriano Araújo Jorge via Facebook

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Foto Memória de Macapá: Antigo Relógio do Rotary Clube de Macapá

Imagens do arquivo de Derossy Araújo e Lúcia mostram hoje, no Porta-Retrato, registro da inauguração do Relógio do Rotary Clube, erguido na esquina da Rua Cândido Mendes com Av. Mário Cruz, em Macapá, ocorrida no início dos anos 70.
Na primeira foto, populares aglomeram-se em volta ao monumento, para acompanhar a cerimônia de instalação daquele logradouro público.
No segundo registro, imagens fotografadas por outro ângulo.

Passados os anos, o monumento, abandonado, acabou depredado por vândalos que inutilizaram e extraviaram todas as peças publicitárias, em acrílico. 
O vandalismo evidente no local obrigou a desinstalação do relógio, e, posteriormente, a remoção completa de seu pedestal.
Fonte: Facebook

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Foto Memória de Macapá: Reunião de Senhoras com a primeira dama

A foto(*) histórica de hoje, nos foi compartilhada  pela amiga Tânia Monteiro, filha do saudoso Luiz Monteiro(falecido) e de Dona Guiomar Monteiro.
São imagens de uma reunião na residência governamental, de senhoras de Macapá com a primeira dama, à época, Dona Irene Martins, esposa do General Ivanhoé  Gonçalves  Martins, segundo governador da ditadura militar, que esteve à frente do Governo do Amapá de Abril de 1967 a Novembro de 1972.
A partir da esquerda vemos: Dona Irene(falecida); Dona Guiomar Monteiro; Professora Aciné Garcia Lopes de Souza e Sra. Líbia Bessa de Castro.
(*) Imagem com qualidade comprometida

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Foto Memória Estudantil: Formandas de 1974, em Administração: Rosa Souza, Dayse Morales e Maria Dos Anjos

Foto de hoje, compartilhada por Leonice Santos, traz uma recordação de três Formandas de 1974, em Administração: Rosa Souza, Dayse Morales e Maria Dos Anjos. Colégio Comercial do Amapá.
Rosa e Dos Anjos, moram em Macapá e a Dayse Morales, reside em Belém/PA.
Fonte: Facebook

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Foto Memória de Macapá: Amigos, na Praça Veiga Cabral

Trazemos hoje, diretamente, do Baú de Lembranças do amigo João Silva,... imagens de rapazes da Casa dos Padres, paroquianos da Igreja de São José, todos ligados ao Juventus Esporte Clube curtindo um momento de descontração na Praça Veiga Cabral, logo após sua urbanização, acontecida em meados dos anos 60.
Em pé, da esquerda para a direita, Sabará (de óculos escuros), Haroldo Vitor (Tio Ponga) e o campeão Orlando Torres; Sentados: Edmar e J. Ney; percebe-se pelo traje de domingo da rapaziada que o registro foi feito após a missa das sete. 

Quem conhece Macapá de priscas eras, vai identificar o prédio das Casas Pernambucanas e perceber que a Praça tinha um visual descarregado de muitas coisas que se agregaram em seu entorno e interior mesmo, como lanchonetes, bancas de revista, parada de ônibus, etc; nem a estátua do Herói do Amapá estava ali ainda; as mangueiras, inclusive a que fica em frente a Banca do Dorimar, e a pedra de manganês (por trás do Sabará), sim, já estavam nos lugares em que estão até hoje...A pedra brilhando, ainda sem aquela mão de cal horrorosa que entrou para o folclore da cidade.(João Silva)
Fonte: Blog do João Silva

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Foto Memória Estudantil: Amigos reunidos na pracinha do antigo Macapá Hotel.

O Macapá Hotel tornou-se um símbolo de uma arquitetura implantada no Amapá no seu primeiro governo.
Em frente ao prédio original construído ainda por Janary Nunes, existia a pracinha Tibúrcio Andrade, também demolida junto com o hotel. 
A insensatez desse ato eliminou a homenagem que se prestava ao pioneiro e pecuarista Tibúrcio Andrade, o nome da praça extinta.
Este registro fotográfico histórico foi feito entre 1959 e 1961, quando ainda existiam o hotel e a praça.
Os amigos se reuniam lá.
A partir da esquerda de quem olha a tela, sentados no encosto do banco: o primeiro não soubemos o nome; Ernani Marinho e Laércio Monteiro.
Sentados: no mesmo sentido, o primeiro não foi lembrado o nome, mas os outros três são Augusto Monte de Almeida (de óculos), Raimundo Souza de Oliveira (Camarão) e o Queiroz.
O jornalista Ernani Marinho, que compartilhou a foto, tem um detalhe curioso a ressaltar: “estão na foto três ex-presidentes do Grêmio Literário e Cívico Ruy Barbosa, do Colégio Amapaense: Augusto Monte, Raimundo Oliveira e Laércio Monteiro. E eu era o Secretário Geral da UECSA, presidida pelo Haroldo Franco”.
Fonte: Memorial Amapá

domingo, 11 de outubro de 2015

Foto Memória de Macapá: Círio de Macapá em outubro de 1960


No post de hoje, trago uma relíquia do acervo de Derossy Araújo e Lúcia, que nos foi compartilhado pelo filho do casal, Márcio José Andrade da Silva.
Trata-se de um registro fotográfico de outubro de 1960, com imagens dos fiéis, acompanhando o Círio de Nazaré, em Macapá, no momento em  que a procissão dobrava da Rua Cândido Mendes para a Av. Mário Cruz e chegava à igreja Matriz. É importante observar que ainda existia, na época, na Cândido Mendes, uma das seculares mangueiras, que originariamente faziam parte do cenário da antiga Praça da Matriz.
O Primeiro Círio em Macapá:
Detalhamento Histórico: A primeira procissão do Círio de Nazaré realizada em Macapá aconteceu em 1934, com o entusiasmo das religiosas da Congregação das Filhas do Coração Imaculado de Maria, ao comando da senhora Ester Benoniel Levy, esposa do então prefeito de Macapá, major Moisés Eliezer Levy. A pesar da cidade já ter seu padroeiro, São José, cuja festa é realizada todo dia 19 de março, a concentração de romeiros do Círio de Nazaré em Macapá consegue ultrapassar, em volume de massa, os penitentes do próprio padroeiro São José, crescendo a cada ano o número de fiéis.
A trasladação da festa foi realizada no sábado, três de novembro, saindo a imagem, às 20h30, da residência da família Serra e Silva, percorrendo a Travessa José Serafim, Largo dos Inocentes (atrás da área de Igreja de S. José), Rua Siqueira Campos (atual Mário Cruz), dobrando à direita da Rua Souza Franco, e depois av. Amazonas, chamada pelo povo de Rua da Praia, em direção à casa de Cesário dos Reis Cavalcante e de sua esposa Odete Góes Cavalcante, onde foi montada uma singela ermida, que acolheu a imagem até o dia seguinte.
No dia 4 de novembro, às seis da manhã, a população começou a se aglutinar em frente à casa onde estava a  imagem. O padre Filipe Blanc, vigário de Macapá, foi quem acompanhou a procissão, seguido do interventor do Pará Magalhães Barata, deputados do Pará Abel Chermont e Clementino de Almeida Lisboa, o prefeito Moisés Eliezer Levy, o médico e professor Acelino de Leão, o juiz de Direito João Gualberto Cruz, o tenente-coronel Jovino Dinoá, que era coletor federal e fundador do jornal Correio de Macapá, o comerciante e ex-prefeito Clodóvio Coelho, o segundo faroleiro de Macapá José Maria de Santana, o comerciante Vicente Ventura, o político Secundino Campos.
Como a matriz de São José não possuía imagem da Santa de Nazaré, o vigário solicitou a única existente na cidade, que pertencia à tradicional família Serra e Silva. Daí o Círio ter saído solenemente desta casa. Como berlinda foi usado um velho automóvel, devidamente adaptado.
A primeira romaria teve a presença destas autoridades e famílias, seguidos de um pequeno cortejo formado de 60 cavaleiros armados de lanças que, com clarins e fanfarras, anunciavam à população a passagem da procissão. Em seguida vinha o anjo Custódio, imagem colocada sobre o dorso de um boi manso chamado Beleza, seguido de uma corte de anjinhos, ricamente trajados. No primeiro Carro dos Milagres havia uma reprodução da imagem da Virgem, que salvou a vida de Fuás Roupinho.
Durante o percurso, uma pequena banda de música tocava hinos em louvor a Nossa Senhora. No fim da procissão houve uma missa e depois um leilão, repetido na segunda-feira (5), pela manhã. A festa durou apenas oito dias, com terços, ladainhas e cânticos. No arraial havia brincadeiras diversas, vendas de produtos da região e comidas típicas.
O dia 5 de novembro foi dedicado a São José. Historicamente têm-se cinco de novembro de 1934 como realização da primeira romaria do padroeiro, que é festejado no dia 19 de março. No dia 11, domingo, houve missa e Te Deum. À noite procissão em redor da Praça Capitão Assis de Vasconcellos (Veiga Cabral).
O recrio foi realizado na segunda-feira, 12, com a imagem retornando à casa da família Serra e Silva.
No Círio de 1937 a comunidade financiou a compra de outra imagem, colocando-a sob a guarda do padre Blanc. A compra foi feita em Belém, de onde veio também a berlinda.
No Estado ele segue a tradição do Pará, sendo realizada a festa sempre no segundo domingo de outubro.  Apesar do grande numero de romeiros em Macapá, o Círio é uma festa de paraenses. A presença da Virgem andando pelas ruas de Macapá nesse período é justificável historicamente. É que Macapá pertencia, juntamente com Mazagão, ao Estado do Pará até 1943, quando foi criado o Território Federal do Amapá.
A confecção da indumentária da santa foi, por alguns anos, obra de uma devota fiel, de nome Raimunda Mendes Coutinho, educadora da fase territorial do Amapá, já falecida, conhecida popularmente como professora Guita. Mas a exemplo das religiosas da congregação fundada pelo padre Júlio Maria Lombaerd, várias outras congregações como religiosas de Maria Menina (Bartoloméa) não mediram esforços para que a maior festa religiosa do Estado tivesse, ao longo dos tempos, um colorido maior.
Pesquisa e texto: Edgar Rodrigues

sábado, 10 de outubro de 2015

Foto Memória da Educação do Amapá: Apresentação de educação física no Estádio Glycério Marques

Outra foto de Osmar Marinho, publicada na Enciclopédia da Amazônia, compartilhada por Leonice Santos, lembra os bons tempos do ex-Território Federal do Amapá.
Imagens registram demonstração de educação física, no Estádio Glycério Marques, por alunos da rede territorial de ensino.
Essas apresentações, faziam parte de um programa anual de preparação, pelos professores de educação física dos principais estabelecimentos de ensino de Macapá.
Tradicionalmente, essas evoluções dos estudantes, aconteciam nas tardes dos dias 13 de setembro, com portões abertos para a população, que abrilhantava e aplaudia o belíssimo trabalho de instrutores e alunos. 
Pelas manhãs, as escolas se apresentavam na Av. FAB, num concorrido desfile esportivo, com direito a alegorias e tudo. 
Quantas lembranças! 
Fonte: Facebook

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Do Fundo do Baú: Pra matar saudades!

Amiga Leonice Santos, lembrando os bons tempos do ex-Território Federal do Amapá, compartilhou uma foto de Osmar Marinho, publicada na Enciclopédia da Amazônia.

Imagens registram uma solenidade cívica, realizada na antiga praça em frente ao Colégio Amapaense, no centro de Macapá.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Foto Memória de Macapá: Aniversário em Família

Esta foto foi recortada de um jornal de Macapá.
De primeira, vimos que se tratava de uma festa na família do pioneiro Walter do Carmo. E ninguém melhor do que o Walter Jr. para nos contar a história dessa relíquia:
“Lázaro, essa foto foi tirada no dia 17 de abril de 1971, na Fazenda Nossa Senhora do Carmo que era conhecida como 105. Era o aniversário do meu pai Walter do Carmo: 41 anos.
Na foto estão: Margarida Leite, cunhada; eu Walter Jr.; atrás de mim a Olga Cavalcante, filha do Cel. Adálvaro, à época secretário geral do antigo Território do Amapá; Graça Chagas, cunhada; meu pai Walter do Carmo; minha mãe Helita, à época esperando o caçula Walber que nasceria em maio; atrás dela, o cunhado Alberto Lima e atrás do rapaz que olha um LP, o Capitão Fernando Cavalcante, à época comandante do 34 Batalhão de Infantaria de Selva.
Observe o detalhe: sobre a mesa uma vitrola portátil. A tampa era a caixa de 'som'.” (Walter Jr.)
(informações de Walter Jr.)
O pioneiro Walter Pereira do Carmo, além de desbravador e construtor, gravou seu nome na história do Amapá como pioneiro. Foi um dos fundadores do Lions Clube, Maçonaria, Igreja Messiânica, e sua paixão: o Aeroclube.
Faleceu em Macapá, em 13 de junho de 2014, aos 84 anos.

sábado, 3 de outubro de 2015

Missa de 7º dia de Guilherme Rolla Soares

Completam-se neste sábado (03/10), sete dias de falecimento de GUILHERME ROLA SOARES, um dos filhos do casal de Pioneiros amapaenses João Soares Filho e Neyde Rolla Soares.
Guilherme faleceu aos 61 anos de idade, às 18h45min do domingo, 27/09/2015.
Deixa esposa Rosilene Soares e três filhos menores: Mateus, Marjorie e Maitê e três do primeiro casamento (todos maiores) Téo, Lívio e Laura.
Seu corpo está sepultado no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, no Centro da cidade.
A missa de sétimo dia será celebrada na Igreja Jesus de Nazaré, às 19h, deste sábado, em Macapá.
Guilherme Rolla Soares nasceu em Macapá, em 25/06/1954.
Fez seus estudos na Escola Paroquial São José e Escola Industrial de Macapá. Concluiu o segundo grau no Colégio Amapaense. Fez o curso de CADES. Atuou como professor do Município de Macapá e do Estado, com as disciplinas História e Geografia.
Desde muito jovem gostou de música. O primeiro conjunto que organizou foi na Serra do Navio, chamado OS ZIMAS e depois THE TRAMPS. Sempre foi baterista até o acidente de carro, em 02/11/1974, quando veio a perder o braço direito.  Dai então fez uma adaptação em um contrabaixo e passou a ser um grande e admirado contrabaixista.
Há cinco anos vinha sofrendo com um câncer (mieloma múltiplo); chegou a fazer há quatro anos, em SP, transplante medular.
O primeiro irmão de Guilherme - João Soares Jr. - morreu muito pequeno num lugarejo próximo à Serra do Navio, alto Amapari, chamado Villaje Pannel, onde seus pais foram morar logo que casaram (1941), e onde nasceram Emídio (falecido) e Déa Soares.
Um detalhe importante: O Sr João Soares, contraiu matrimônio pela primeira vez, em Belém-PA, porém ficou viúvo logo após o nascimento de seu primeiro filho, Leonardo Soares, que reside em São Paulo. 
Por ter ficado órfão muito pequeno, o garoto foi criado pela mãe de Guilherme, junto com os outros irmãos do segundo matrimônio.
A matriarca Neyde Rolla Soares, com 94 anos, em plena lucidez, vive com os filhos Déa, Gilka, Miguel e Sérvula, em Macapá.
Fonte: Foto e informações de Gilka Soares
(Atualizado às 02h13m, de 04/10/2015)

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

De Igarapé Açu até o Amapá: A Saga de um Pioneiro - Raimundo Cardoso Rodrigues (Badico)

O pioneiro Raimundo Cardoso Rodrigues nasceu em 29 de janeiro de 1926, em Igarapé Açu/PA, filho de Teófila Maria de Lima e José Rodrigues de Lima. Desde a infância ganhou o apelido de “Badico”. 
Sua profissão foi ourives, artesão que trabalha na fabricação, limpeza e conserto de joias. Desde cedo ele começou a trabalhar na profissão, tendo sido aprendiz de um garimpeiro e ourives, amigo da família, que veio do Nordeste.
O primeiro casamento aconteceu aos 19 anos em Belém, quando saiu da pequena “Igarapé Açu” para tentar o mercado da capital do Pará. Depois de alguns anos, se separou da primeira esposa, com quem teve três filhos: Odaisa, Osmar e Carmen. 
Nas idas e vindas para a região de garimpo, voltou a “Igarapé Açu”, morando na casa de tios, entre eles Irineu de Paula e Maria do Carmo Paula (dona Maroca), e aí surge uma linda história de amor entre uma prima, de nome Maria de Lourdes Paula, mais conhecida como Lourdes. Por serem primos legítimos, a família não apoiava a união deles. Depois de muita insistência, e após a morte do tio Irineu, de complicações sérias de saúde, e em razão deles estarem sempre se encontrando às escuras, a tia Maroca, mãe de Lourdes, resolveu aceitar. Assim, Badico e Lourdes passaram a constituir uma família.

Em 1953, chegaram ao Território do Amapá,  fixando-se na região de garimpo, entre os municípios de Amapá e Calçoene. A primeira filha do casal a nascer foi Dinair, no município de Amapá, em janeiro de 1954. Após dois anos, resolvem fixar residência em Calçoene, e tentam legalizar o casamento, mas a Igreja Católica (assim como acontece até hoje) não permitiu. Em 1955 nasce seu segundo filho: Edgar. Em 1957 nasce o Mair, e dois anos depois, cansados de ganhar a vida (ele em consertos de joias e ela em corte e costura) no interior, resolvem ir para a capital, Macapá, a convite de um abastado comerciante, na época, chamado Abraão Peres, dono de um casarão que ficava situado na Rua São José entre as avenidas Presidente Vargas e Coriolano Jucá. Assim começou a terceira fase de suas vidas.
Neste endereço, que dividia entre residência e ourivesaria, ao lado de um escritório de contabilidade do Sr. Wilson Carvalho, a família De Paula Rodrigues começou, a partir de 1959. Montada a ourivesaria, por sinal bem localizada na Praça Veiga Cabral, as crianças foram crescendo, matricularam-se na Escola Paroquial São José, e assim dividiam a vida entre trabalho, obrigações religiosas na Igreja Matriz de São José, onde até 1963 o padre ficava de costas, e a missa era celebrada em latim.

De repente chegam o pai de Badico e sua mãe, do Pará, para morar com ele, e em seguida seu avô, Zacarias Rodrigues Teixeira, que estava só em Uruburetama, no Ceará, e com idade avançada, foi morar com o neto. Em 1964 eclode no Brasil o sangrento Golpe Militar, com perseguições aos opositores, e no Amapá não poderia ser diferente. 
A região entre a Praça Veiga Cabral e a Fortaleza de São José era sempre palco de prisões de cidadãos, uns sendo confinados na antiga cadeia, na Av. Presidente Vargas perto da ourivesaria do Sr. Badico,...
Imagem meramente ilustrativa
...outros nos porões da Fortaleza de São José, e outros declarados “inimigos contumazes da Revolução”, sendo transferidos para Belém, para submeter-se a seções de torturas. 

Um pouco preocupado com esse quadro todo, Badico é aconselhado, por um de seus primos, a passar uma temporada em Santarém; pegou toda a família e resolveu se mudar para uma casa próxima à Igreja de São Raimundo Nonato; mas dona Lourdes não se acostumou, e pediu peremptoriamente para voltar para a casa. Nesse tempo, um rapaz, aprendiz do Sr. Badico, de inteira confiança, chamado Manassés Viterbino (futuro pai do Eliezer Viterbino, proprietário da Benoliel), resolve ficar um pouco com o seu “patrão” em Santarém, e dona Lourdes volta à sua Macapá querida, com todos os seus filhos. Mas não demorou muito para que o “chefe da família” retornasse, com saudades de seu lindo amor. Assim retornam ele e Manassés.
Em agosto de 1967 Badico consegue um local, na Rua Candido Mendes, em frente a uma sorveteria do Sr. Pinho, e ao lado do armazém do empresário Lavoura e da loja Flor da Síria, de  Rafik Char, de nacionalidade libanesa. 
Em 29 de novembro desse mesmo ano, após ser comemorado o aniversário da dona Lourdes, todos foram dormir, e se acordaram na madrugada com toda a quadra da rua pegando fogo. 
Toda a família saiu com a roupa do corpo, e o que puderam salvar, os saqueadores de plantão levaram. 
Novamente a família De Paula Rodrigues passou por grandes apertos, e o Rotary Clube, na época, sob a direção do Casal Genésio e Líbia de Castro, resolveu fazer uma tarde dançante na então Piscina Territorial, para conseguir verbas com fins a comprar todo o material de ourivesaria do “seu Badico”. Assim a família, também amparada pela comunidade de Macapá e pela Associação Comercial, tendo como líder o empresário Stephan Houat, conseguiu se recuperar de mais dessa. Assim os anos foram passando, e os filhos chegaram ao numero de 8: Dinair, Edgar, Mair, Pedro, Ray, Aldemir, Suely e Claudemir. 

Em 1974, cansada de tanto pagar aluguel, dona Lourdes, reúne os filhos para cada um colaborar na construção da casa. A filha mais velha, Dinair, consegue na Prefeitura de Macapá uma documentação provisória, comprando, a duras prestações, madeira e material de construção numa madeireira conhecida em Macapá. Apesar das dificuldades, a casa foi construída, cada um ficou com seu quarto, e o terreno documentado. E aos poucos, a vida ficou um pouco mais folgada. Em 1989 mais uma tragédia atingiu a família: a morte do caçulinha Claudemir Rodrigues, aos 21 anos, e muito querido por seus colegas policiais. Depois de sucessivos AVCs, e de um enfisema pulmonar provocado pelo vicio compulsivo do cigarro e pela utilização inadequada, desde os 18 anos, de ácidos corrosivos que eram utilizados na limpeza de joias sem máscaras e gorros, o chefe de família é declarado incapaz e os filhos assumem os destinos da casa. A morte do “seu Badico” ocorreu em 14 de fevereiro de 2000, por várias complicações, aliadas ao enfisema pulmonar e ao Mal de Alzheimer, chegando a ter vários AVCs (Derrames cerebrais). Dona Lourdes, que também padecia de dois AVCs e do enfisema, não aguentando a solidão provocada pela saudade do marido, veio a falecer dois meses depois, em 14 de abril.

Guerreiro, superprotetor dos filhos, e trabalhador incansável, “seu Badico”, diante dos limites que a vida lhe impunha, conseguiu criar toda a prole. A comunidade sempre o respeitou pela sua profissão, e pelos bons exemplos que dava à manutenção da família. No momento ele descansa, no “andar de cima”, juntamente com a “dona Lourdes”, mas seus exemplos permaneceram nos filhos, que hoje, a maioria, entrega também o comando à terceira geração. Dos oito filhos, dois já partiram também (Claudemir e Aldemir) e estão vivos: Dinair, Edgar, Mair, Pedro, Ray e Suely).

Portanto, essa é a Saga de seu “Badico”!

Texto de Edgar Rodrigues, com adaptações para o Porta-Retrato.
Fonte: Imagem Tripadivisor