sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Foto Memória de Macapá: Aniversário de Matrimônio dos amigos Urivino e Cléia Ribeiro

Nossas Fotos Memória de hoje, vêm do álbum de lembranças dos amigos Urivino (Cléia) Bandeira Ribeiro. 
Há exatos 48 anos era realizado o enlace matrimonial dos nubentes Urivino e Cléia Ribeiro, celebrado pelo Padre Vitório Galliani, dia 29 de dezembro de 1969, na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Vila Amazonas – Santana/AP.
- Urivino – nosso contemporâneo – é natural de Macapá/Ap, onde nasceu em 16 de março de 1948, filho do pioneiro João Barbosa Ribeiro e Dona Maria da Silva Ribeiro (ambos falecidos). Estudou em Macapá; fomos escoteiros da Tropa Veiga Cabral, na mesma época. Uma das atividades do Urivino foi na Empresa Mineradora ICOMI, em Santana/AP.
- Dona Cléia – com quem trabalhamos na Prefeitura de Macapá – nasceu em 29/01/49, na cidade de Itapipoca, Ceará, filha de João Evangelista Teixeira e Maria Rodrigues Teixeira (falecidos). Chegou em Macapá, com seus pais, no ano de 1953 com 4 anos de idade. Iniciou os estudos na Escola de Vila Amazônia e os concluiu em Macapá, no Colégio Amapaense.
(Foto - Reprodução / Facebook )
Ao fazermos esse registro, queremos prestar nossa homenagem ao simpático casal amigo - com quem temos estreitos laços de amizade duradoura - enviando votos de uma existência perene, com as bênçãos de Deus e felicidades mil!
- Grande Abraço!!!
(Joâo Lázaro)

domingo, 24 de dezembro de 2017

Foto Memória de Macapá: Time do Milan (Prelazia de Macapá)

Encontrei essa relíquia no Baú de Lembranças do amigo João Silva - compartilhada por ele no Facebook -  e estou trazendo para os leitores do blog, como a Foto Memória de hoje.
É um registro raro do comecinho da década de sessenta, no campinho do Largo da Matriz, do time do Milan, uma das tantas equipes que disputavam certames organizados anualmente pelos padres italianos ligados à Prelazia de Macapá.
Vamos a escalação, da esquerda para a direita, em pé: Lourenço Tavares (técnico), Beto, Olivar Bezerra, Zamba, Álvaro (Mascarado), João Leite, Marcos (Didi) e o Pe. Ângelo Biraghi; 
Agachados: Quarentinha, Palitinho, Vovô, Bianor Cascaes, Reginaldo Salazar e Pennafort (Macaco).
Fonte: Facebook

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

A História da Câmara Municipal de Macapá

"A Câmara Municipal de Macapá, nasceu dois dias antes da fundação da Vila de São José de Macapá. A história registra, mas poucos deram atenção a esse fato. Graças ao aguçado olhar do professor e historiador, Estácio Vidal Picanço, ao qual prestamos nossas homenagens póstumas, nos permite dar um passeio nessa história. Tudo começou no dia 02 de fevereiro de 1758. Foi criada a Intendência, depois transformada em Câmara Municipal.
Neste antigo prédio, que ficava localizado ao lado direito da Igreja Matriz de São José, de frente para o antigo Largo da Matriz, local hoje ocupado pela Biblioteca Pública Elcy Lacerda, funcionou a velha sede do Senado da Câmara, em Macapá.
O Ouvidor Geral, Pascoal Abranches Madeira Fernandes, empossou quatro membros da comunidade, para gerenciar e conduzir os destinos da futura vila. Eles seriam os responsáveis pela instalação da vila, dois dias depois. Mendonça Furtado ergueu o pelourinho, na Praça São Sebastião, atual Praça Veiga Cabral. Oficializou a vila e rumou para o Largo São José, atual Praça Barão do Rio Branco. Lá também foi erguido outro pelourinho e definido o local para a construção das primeiras casas da vila, destinadas aos administradores. Os vereadores eram quase vitalícios e quando substituídos, era por indicação dos demais membros da Câmara de Vereadores. A vila foi administrada pelos vereadores até 10 de março de 1890, quando por força do Decreto do Governo Provisório do Pará, dissolveu as câmaras através do Decreto número 89 e no mesmo dia, por meio do Decreto 90, criou o Conselho de Intendência.

O Primeiro Intendente de Macapá foi o coronel Coriolano Jucá (foto), que iniciou a construção do prédio, localizado na Alameda Mário Cruz, inaugurado em 15 de novembro de 1895.

A partir de 1930, Getúlio Vargas era quem nomeava os interventores, chamados de governadores e prefeitos. Marcadamente populista, Getúlio Vargas, decidiu democratizar o poder político. Marcou eleição para prefeito e vereadores, para o dia 03 de dezembro de 1935. As Câmaras Municipais deveriam substituir o Conselho de Intendência. O gestor eleito deixaria de ser Intendente para chamar-se Prefeito. A posse ocorreu na manhã do dia 16 de fevereiro de 1936, no salão nobre da antiga Intendência. O prefeito era Francisco Alves Soares. Em 10 de agosto de 1937, o sonho acabou. Getúlio Vargas aplicou o temível e fatal golpe do Estado Novo. Fechou o Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais. A censura só terminou em 1945. A Câmara de Macapá emudeceu durante 33 anos. Mesmo com o desmembramento do Amapá do Estado do Pará, em 13 de setembro de 1943, a eleição só foi permitida em 30 de novembro de 1969. A posse dos nove vereadores eleitos ocorreu no dia 07 de janeiro de 1970. A cerimônia foi numa sala anexa a Prefeitura de Macapá, na Av. Procópio Rola. O prefeito nomeado era João de Oliveira Cortes e o interventor, era o general Ivanhoé Gonçalves Martins. Nessa época, o vereador não tinha salário, mas possuía status e poder de decisão. Os prefeitos também eram nomeados."

Fonte: Édi Prado

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Foto Memória de Macapá: Um recital com a professora Altair Machado de Almeida e o violinista Hernani Victor Guedes

Na Foto Memória, de hoje - dos arquivos do casal Derossy & Lúcia Araújo - temos o registro de um recital com a professora Altair Machado de Almeida, ao piano, e o renomado violinista Hernani Victor Guedes, que aconteceu na década dos anos 1950, no Cine Teatro Territorial, em Macapá.
Professora Altair Machado de Almeida, foi uma consagrada pianista amazonense, com passagens marcantes pelos teatros da Amazônia e professora no Conservatório Amapaense de Música, por 25 anos, lamentavelmente já falecida. Era esposa do coronel Luiz Ribeiro de Almeida, que completou 100 anos dia 8 de dezembro, passado.
Ernani Vitor Guedes, viveu em Macapá até os 98 anos de idade, a maior parte deles, dedicados ao Amapá. O renomado músico, de muitos méritos, natural de Cametá - Pará, farmacêutico de profissão, chegou ao Amapá em 1950, aos 26 anos, para trabalhar no Hospital Geral de Macapá, carregando consigo seu inseparável violino. Nas horas de folga, ajudava seu pai - o farmaceutico Bruno - na Farmácia Macapá, localizada na rua São José, entre as avenidas Presidente Vargas e Coriolano Jucá.
Por volta de 1963, formou o grupo “Os Mocambos”. Em 1968 o grupo gravou um LP com 6 músicas autorais e 6 marabaixos.
Hernani Victor, foi integrante como primeiro violino da Orquestra Primavera e realizou apresentações em shows institucionais e particulares.
Hernani Victor Guedes, faleceu dia 31 de julho de 2022, em Belém do Pará. (Atualização em 01/08/2022)

domingo, 10 de dezembro de 2017

Foto Memória de Macapá: Dois craques do passado: Antônio Trevizani (Santana Esporte Clube) e Zico (Flamengo)

Nossa Foto Memória foi compartilhada pelo Santana Esporte Clube.
Um raro registro fotográfico de 1976 de dois craques da época: Antônio Trevizani, do Santana Esporte Clube, do Amapá, e Zico, do Flamengo, no monumento do Marco Zero do Equador, em Macapá.
Fonte: Facebook

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Coronel Luiz Ribeiro de Almeida: Um Século de Vida

Há exatamente 100 anos nascia num sábado, 8 de dezembro de 1917, em Belém do Pará, LUIZ RIBEIRO DE ALMEIDA, filho de Luiz Pampolha de Almeida e Maria de Lourdes Ribeiro de Almeida. Fez o primário no Grupo Escolar Wenceslau Brás e o secundário no Ginásio Paes de Carvalho. Em 1935 ingressou na Faculdade Livre de Direito do Pará, bacharelando-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela turma de 1939, da qual foi orador oficial, com o discurso tese "O Direito e a Unidade dos Povos do Mundo". Simultaneamente, recebeu a espada de aspirante-a-oficial da reserva do Exército Nacional, pelo então CPOR/8ª Região Militar. Ocupou o cargo de Secretário Seccional do Recenseamento, região do Xingu, no período de 1940/41; foi designado Comissário Especial da Ordem Política e Social da Secretaria de Segurança Pública do Pará; coordenou junto ao governo do Estado e ao comando da 8ª RM o policiamento da costa da ilha de Marajó, visando a proteção da área contra a espionagem e sabotagem pelos estrangeiros. Em 1943, após o estágio regulamentar no 26 BC, foi convocado para a guerra, indo prestar serviços na 1ª Companhia de Metralhadoras Antiaéreas, sediada em Val-de-Cans. Comandando o 4° Núcleo e Oficial Instrutor; traduziu e adaptou manuais e regulamentos norte-americanos sobre Metralhadoras Browning calibre 30 e 50; reconhecimento de aviões. Já servindo no 27° BC, submeteu-se às provas de seleção para o curso de paraquedismo, aprovado, mas não efetivado em virtude do término da guerra. Na qualidade de Comandante da Companhia de Fronteiras, procedeu seu deslocamento de Belém para o Território do Amapá, instalando-a na "Rasa", Município de Amapá, em 1949. Como Subcomandante e Fiscal Administrativo, promoveu a extinção da 4ª Cia. de Fronteira e da 1ª Cia. de Metralhadoras Antiaéreas. Participou da intervenção do Estado de Alagoas no ano de 1950, por requisição do Poder Judiciário, cabendo-lhe a cobertura do Município de Anadia. Na área desportiva do Exército, destacou-se como campeão penta atleta no Norte por 3 anos; campeão olímpico de remo (patrão); participando das modalidades de atletismo, voleibol e basquetebol, foi considerado pelo comando como "oficial de excepcionais qualidades de atleta da região". 
Foi colocado à disposição do governo do Território Federal do Amapá no ano de 1953, aceitando o convite do Governador Janary Gentil Nunes, assumindo o cargo de Diretor da Divisão de Segurança e Guarda e Comandante da Guarda Territorial, permanecendo até 1960, sendo eleito em seguida, presidente da Companhia de Eletricidade do Amapá - CEA quando, então, se iniciavam as obras da Hidrelétrica Coaracy Nunes, na cachoeira do Paredão. Deu o parecer técnico jurídico no contrato de empreitada com a TECHINT, aprovado pelas partes. Retomou ao Exército passando a servir no Quartel-General da 8ª RM, no posto de Capitão. Enquanto serviu ao Exército, exerceu com destaque as mais variadas funções compatíveis com suas patentes, até a de Ajudante Geral da 8ª Região Militar (eventual), tendo em seu poder cerca de 35 elogios. Ao passar para a reserva no posto de Ten-cel, teve ligeiras, porém agitadas e produtivas passagens no Amapá; 
Assessor Jurídico do governo Terêncio Furtado de Mendonça Porto, quando emitiu parecer sobre a reformulação do célebre contrato do manganês, reforçando suas bases essenciais de manutenção dos 20% de aplicação do seu lucro líquido e 10% de royalties para as obras do "Paredão"; Diretor Administrativo da CEA, quando teve participação ativa e efetiva nas gestões para elaboração e assinatura do contrato de aquisição dos equipamentos eletromecânicos de duas unidades geradoras, junto à empresa Marubemi-Ida de Tóquio, oriunda do Japão. No período de 1964 e 1970, transferiu-se para Belém, se dedicando à área de Direito e ao Magistério, ministrando sob a Cátedra do Dr. Daniel Coelho de Souza, a disciplina "Introdução à Ciência do Direito", sendo homenageado pela turma de Bacharéis de 1969. Em 1970 retomou ao Amapá, assumindo o cargo de Secretário Executivo da Superintendência das obras do Paredão, contratado pela Eletrobrás. Com o afastamento do Cel-Engº  Nélio Dacier Lobato, Superintendente das obras, Luiz Ribeiro afastou-se da empresa. Convidado pelo Prefeito Municipal de Macapá, comandante João de Oliveira Côrtes, assumiu a chefia do gabinete, passando também a ministrar aulas de "Sociologia Educacional" no IETA e "Organização Política e Social" pelo CADES; instalou o MOBRAL, assumindo a presidência da comissão municipal de Macapá e em seguida assumiu a Coordenação Territorial, cargo que exerceu por 17 anos, conseguindo colocar o Amapá em destaque nacional: melhor Índice da alfabetização entre todas as Unidades Federativas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com exceção de Brasília. No governo do General Ivanhoé Gonçalves Martins foi reconduzido à Diretoria Administrativa da CEA onde permaneceu cerca de um ano e meio. Exerceu, por delegação do Ministro do Interior e Justiça o cargo de Presidente do Conselho Territorial. 
Em 1975 foi nomeado Secretário de Educação, Cultura e Desporto pelo Governador Arthur de Azevedo Henning. Como rotariano recebeu a missão de reorganizá-lo, do qual foi Secretário e Presidente, tendo sido indicado governador do Distrito Rotário 449 por duas vezes. Fundou e instalou, juntamente com os tenentes José Alves Pessoa e Uadih Charone o Clube Militar de Macapá com sede na Fortaleza de São José de Macapá; reimplantou a APAE, proporcionando-lhe a instalação e operação; fundou a Casa do Lobinho Antônio Sérgio, regularizando o seu funcionamento e, mais tarde, foi um dos Diretores. Foi atleta de voleibol, basquetebol, Diretor de esportes do Amapá Clube no período de 1953/56; instalou o Tribunal de Justiça Esportiva na gestão do Presidente da Federação Amapaense de Desportos Uadih Charone; funcionou como Secretário Executivo no memorável "Congresso das Federações do Norte", sob a coordenação de Pauxy Gentil Nunes; presidiu a Federação de Desportos Aquáticos, quando o Amapá sagrou-se vice-campeão juvenil brasileiro; presidiu por vários períodos o Conselho Regional de Desportos, quando instalou novas federações (atletismo, ciclismo e box), instalou as Ligas Esportivas Municipais de Amapá, Calçoene, Oiapoque e Mazagão; foi representante da "A Gazeta Esportiva" do Estado de São Paulo por 8 anos, conseguindo enviar vários corredores para a "Corrida de São Silvestre". Casou-se com D. Altair Machado de Almeida, consagrada pianista amazonense, com passagens marcantes pelos teatros da Amazônia e professora no Conservatório de Música do Amapá por 25 anos, lamentavelmente já falecida, e que lhe deu os filhos Vânia Maria, Luiz Filho, Maria Luiza, Marco Aurélio, Tereza Cristina, José Ronaldo e a filha de criação Maria Luiza Lacerda. Na área de Ciências e Letras possui ainda o curso de "Metodologia do Ensino Superior"; foi professor de "Estudo de Problemas Brasileiros" do Núcleo Universitário do Amapá" e do "Esquema Um" da Secretaria de Educação, sob o patrocínio da Universidade Rural do Rio de Janeiro; Curso de Administração e Técnica de Educação de Adultos; participou dos Seminários de "Desenvolvimento Organizacional - Processo DO", do "Latino-Americano de Alfabetização de Adultos" e de "Introdução ao Jornalismo". Exerceu o cargo de Secretário do "Conselho de Proteção ao Meio Ambiente - CONTERPRAM" e de Representante da SOPREM, por vários anos. Entre os muitos trabalhos elaborados se destacam: "Relatório Socioeconômico Estratégico-Militar da ilha de Marajó"; "Direito Internacional a Boca do Canhão"; "Emancipação política do Brasil" - conferência proferida na Loja Maçônica Duque de Caxias; "Parecer Técnico-Jurídico sobre o contrato do manganês"; 
"A implantação do Mobral no Amapá"; "MOBRAL - a árvore de mil raízes e milhões de frutos"; "Alfabetização e Desenvolvimento"; "Estratégia 78/80 - linhas gerais de ação para erradicação do analfabetismo no Amapá"; "O Espectro do Analfabetismo no Brasil". Luiz Ribeiro tem em seu poder títulos e condecorações: Medalha de Guerra concedida pelo Exército; Medalha Olímpica concedida pelo Departamento de Desportos do Exército; Medalha e Diploma de Serviço Amazônico, com passadeira de ouro concedida pelo Ministério do Exército; Diplomas de Honra ao Mérito concedidos pelo Mobral; pelo Grêmio Rui Barbosa; Legionário concedido pela LBA; Personalidade do Esporte ano 1974; administrador do ano 1974; exerceu também o cargo de Presidente do Conselho de Escotismo e Regional de Conselho Nacional do Escotismo, no Brasil; de Escotismo e Membro do Instituto Histórico do Amapá, ocupando a cadeira de Janary Gentil Nunes; membro do Conselho Consultivo da Câmara Internacional do Comércio do Amapá. Em 1989, por ocasião da comemoração do "cinquentenário" de formatura dos bacharéis de 1939, da Faculdade Livre de Direito do Pará, Ribeiro foi seu interprete através da oração: "Um reencontro de Homens Livres". 
Como Secretário de Educação, na gestão Gilton Garcia, 1989/90, coordenou e promoveu junto ao Ministério de Educação e Governo do Amapá, todas as gestões para a instalação definitiva da Universidade Federal do Amapá - UNIFAP, da qual foi, durante sua primeira fase, um dos membros do Conselho Universitário; participou com a equipe de educadores da UNESPA e do Amapá, sob a coordenação do professor Edson Franco, das gestões básicas para a futura instalação do Centro de Estudos Superiores do Amapá - CEAP e ministrou a aula inaugural na abertura dos Cursos de Direito e Ciências Contábeis. Hoje agraciado com o título de "Comendador da Ordem do Mérito Advocatício no grau ouro" concedido pela OAB - secção do Pará. 
Reprodução - Do grupo Memorial Amapá
Coronel Luiz Ribeiro de Almeida, que hoje completa um século de existência, ainda lúcido, reside atualmente com a família na capital paraense. É um dos “Personagens Ilustres do Amapá”.
Fonte: Do livro Personagens Ilustres do Amapá Volume II - de Coaracy Sobreira Barbosa - Imprensa Oficial – agosto de 1968 – Macapá-AP
(Última atualização às 14h15min)

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Memória do Rádio Amapaense: Johnny Hallyday: ele passou pelo Amapá

Por José Machado (*)
Morreu ontem o cantor e ator francês Johnny Hallyday. O artista há muito estava com a saúde fragilizada. Em 2009, passou por uma cirurgia de hérnia de disco em Los Angeles tendo sido hospitalizado. Três anos depois, sofreu um infarto do miocárdio, na ilha caribenha de Guadalupe.
Reprodução
Johnny Hallyday, cujo verdadeiro nome é Jean-Philippe Smet, com 74 anos de idade, à época, chegou a anunciar o encerramento de sua carreira artística, através de seu site oficial. Ainda assim, continuou realizando shows, pois segundo o próprio, cantar, era uma das coisas gostava de fazer.
O sucesso que teve até ontem quando nos deixou, ao som das suas belíssimas canções não só em discos, mas na vida que nos resta, continuará embalando nossos sonhos. Ao comentar sobre sua vida fecunda, nos remete a uma manhã do ano de 1965 quando tínhamos iniciado em rádio.
O João Lázaro (Janjão), chegou eufórico na Difusora, com um exemplar do CORREIO DA MANHÃ, que trazia uma valiosa informação – um grande furo jornalístico: 
Paris Match - Reprodução
O cantor francês JOHNNY HALLIDAY, comparado pelos europeus com Elvis Presley, acompanhado da esposa a cantora  SYLVIE VARTAN (divorciados há 30 anos) e seu conjunto, famosíssimos mundialmente como grandes ídolos  do yé-yé, fariam na tarde daquele dia, uma escala no aeroporto de Macapá, para reabastecimento da aeronave, que seguiria para as Guianas para um grande show.
Iniciamos toda a logística para entrevistá-los. Autorização do comando da COMARA -Companhia Administradora de Aeroportos -subsidiária da Aeronáutica (não existia a Infraero), para acesso à pista -  localização do francês há muito radicado em Macapá Paul Leraut, que serviria como intérprete.
Na medida que as horas avançavam, aumentava nossa ansiedade e angústia, pois apesar dos esforços não havíamos localizado o velho gaulês, que normalmente cruzávamos com ele pedalando pelas ruas da cidade.
Aproximadamente as 15h, com alguns minutos de atraso, a pequena aeronave começou a taxiar na pista até a pequena estação de passageiros, onde eu e o Lázaro, assistíamos ao desembarque dos passageiros vips, que aguardariam o reabastecimento do avião. Fizemos Flashs noticiosos para a emissora ainda assim, ficamos com a sensação de dívida com o ouvinte, por não havermos feito a entrevista.
Anos mais tarde comentando o episódio, ficou uma certa frustração de não havermos documentado o evento. À época, ambos adolescentes, não tínhamos naquela altura, a noção exata da dimensão do fato, senão teríamos feito várias fotos com os grandes ídolos, que estariam aqui ilustrando a matéria.
O lado bom dessa história, é que Macapá foi a primeira cidade brasileira visitada pelo   grande roqueiro francês. Ainda que a visita tenha sido somente ao aeroporto.
Confira alguns números impressionantes da carreira desse grande astro: 80 milhões de discos vendidos; 900 músicas, 150 excursões, 18 discos de platina, 25 discos de ouro e 17 milhões de espectadores em seus shows.
(*) jornalista e radialista amapaense
Esse foi um de seus sucessos: 

Fonte: Le site de Toutes vos stars et célébrités (Estrelas e Celebridades ).

domingo, 3 de dezembro de 2017

Memória da Cidade: Por que “Pedra do Guindaste”?

A tão falada Pedra do Guindaste, era apenas uma pedra, com a mesma matéria encontrada nas falésias do platô da Fortaleza de Macapá. 
Foto do Trapiche de Macapá com a Pedra do Guindaste, 
antes da homenagem a São José, do acervo do memorialista Gil Reis, 
publicada por Walter Jr. do Carmo, extraída do site Pinterest.com
Ela ornou a praia de Macapá até setembro de 1973. Desde 1970 existiu sobre ela uma imagem de São José, esposa de Maria e pai putativo de Jesus Cristo.
A importante escultura foi feita pelo luso-brasileiro Antônio Pereira da Costa, (foto menor) natural da Freguesia de Valadares, Conselho Vila Nova de Gaia, Distrito do Porto, em Portugal. Na comunidade de Valadares as atividades principais concentravam-se na agricultura e na produção de cerâmicas. Antônio Pereira da Costa e seu pai eram ceramistas e escultores de inegáveis méritos, com importantes obras realizadas no Rio de Janeiro, em São Luiz do Maranhão, Belém do Pará e em Macapá.
Na então capital do ex-Território Federal do Amapá, Seu Antônio Costa instalou sua oficina de trabalho no quintal da Augusta e Respeitável Loja Maçônica Duque de Caxias tendo recebido especial autorização de seus irmãos, que sempre o distinguiram como um invulgar “obreiro da paz”. Muitas das suas obras ainda são vistas e admiradas nas cidades de Macapá e Amapá: Grupo Escolar Barão do Rio Branco, Hospital Geral de Macapá, Maternidade Mãe Luzia, Fórum de Macapá, que hoje abriga a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, os Leões assentados na frente do citado prédio, a Estátua de Francisco Xavier da Veiga Cabral, em Amapá, o Busto de Tiradentes, o busto do Deputado Federal Coaracy Nunes, na Praça do Aeroporto Internacional Alberto Alcolumbre, o Tempo da Loja Duque de Caxias e a Imagem de São José que ainda permanece sobre um pilar de concreto ereto sobre as pedras menores da antiga formação rochosa derrubada pelo navio Antônio Assmar, em setembro de 1973. Outro leão esculpido pelo Senhor Antônio Pereira da Costa foi encomendado pelo comerciante Hermano Jucá Araújo, tio paterno de Nilson Montoril e torcedor apaixonado do Clube do Remo. Pintada de azul, a escultura foi mandada para Belém e instalada no Estádio Evandro Almeida.
Em setembro de 1931, estando exercendo suas atividades na Promotoria Pública do Pará, o Dr. Otávio Meira foi designado para vistoriar todos os cartórios, juizados e prefeituras de Belém até Mazaganópolis, sede do município de Mazagão. Os municípios de Macapá e Mazaganópolis estavam sob jurisdição do Estado do Pará. É bem pitoresca sua narrativa sobre desembarque e embarque de cargas e passageiros em Macapá, pois ainda não havia sido construído o trapiche da cidade. Segundo o Dr. Otávio Meira, na maré alta, os barcos com menor calado podiam entrar no Igarapé do Igapó ou Bacaba, mas o mesmo não acontecia com os navios, que fundeavam e ficavam ao sabor das ondas. Tornava-se mais prático aguardar a maré baixa, que deixava inteiramente à mostra a Pedra do Guindaste. Em algumas oportunidades, quando a maré estava alta e as águas calmas, usava-se uma embarcação tipo barcaça para receber as cargas dos navios. Neste caso, elas permaneciam fundeadas próximo à pedra, sobre a qual, uma engenhoca tipo bate-estacas, equipada com moitão/roldana e corda fazia o papel de um guindaste, daí o nome atribuído à formação rochosa. Para vencer o estirão da praia era usado um carro puxado por dois bois. Foi graças aos termos do seu relatório, que o Interventor Federal Magalhães Barata liberou verbas para a construção do primeiro trapiche de Macapá.
O Intendente Municipal era o Major Eliezer Levy e a obra teve início em 1932. Tiveram início em 1969, as entabulações para a concepção de uma imagem de São José, padroeiro de Macapá e seu assentamento na Pedra do Guindaste. Sem alardes, as partes interessadas, envolvendo Dom José Maritano, Bispo Prelado de Macapá e o Governador do Amapá, General Ivanhoé Gonçalves Martins, tomaram todas as providências cabíveis. Ninguém contestou o fato de a imagem não carregar o Menino Jesus nos braços e ficar de frente para o rio mais caudaloso do globo terrestre. Devidamente iluminado, a imagem de São José não recebeu a missão de proteger a cidade. Como um importante símbolo do catolicismo ali ficou incólume. Porém, na noite de 23 de setembro de 1973, o navio Domingos Assmar, que fazia linha fluvial entre Macapá/Belém/Macapá foi arremessado contra a pedra, quebrando-a e lançando nas águas agitadas do Amazonas a apreciável escultura do santo padroeira da cidade.
O cidadão Antônio Assmar, proprietário da embarcação assumiu os ônus pelo restauro da imagem e a construção de uma pilastra de concreto, para substituir a Pedra do Guindaste. Novamente entrou em ação o luso-brasileiro Antônio Pereira da Costa, recuperando sua obra de arte. 
Imagem meramente ilustrativa
Para erigir a pilastra foi contratada a firma Platon Engenharia e Comércio, então capitaneada por Clarck Charles Platon. Tudo voltou a ficar como antigamente, até o momento em que, apareceram os difusores de uma nova ideia, imediatamente refugada pela comunidade macapaense que preza suas tradições. Pretendiam os arautos do turismo trocar a atual imagem por outra bem maior. Também seria removida a pilastra pioneira por outra de maior diâmetro, da qual partiria uma passarela ligando-a ao trapiche Eliezer Levy.
A nova imagem deveria conter o Menino Jesus nos braços e ficar de frente para a cidade. Estas propostas não foram o ponto que fez despertar o descontentamento popular. Inaceitável foi ignorar o valor histórico da obra concebida pelo escultor e arquiteto Antônio Pereira da Costa, apenas porque ela não tem tamanho exorbitante. Outro erro cometido pelos idealistas malfadados foi dizer que a imagem atual iria ser colocada na frente da Fortaleza de São José. Ora, a frente do monumento bélico corresponde a sua área de proteção patrimonial, onde a escultura seria um “corpo estranho, que não faz parte do projeto de autoria de Henrique Galúcio. Felizmente, as novidades não encontraram guarida no seio da comunidade macapaense. Até praticantes de outros credos não as aprovaram. Ocorre, que a imagem de “São José da Beira Rio” precisa ser protegida e colocada longe de gente fantasiosa. Um pedido formal de tombamento da imagem será dirigido ao IPHAN. (Nilson Montoril)
Fonte: Texto de Nilson Montoril, adaptado para o blog Porta-Retrato, publicado na íntegra e originalmente, em duas edições no Jornal Diário do Amapá, datadas de 25 de novembro e 2 de dezembro de 2017, respectivamente. 

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Foto Memória da Justiça do Amapá: Conselho de Sentença do Tribunal do Júri, em Macapá -" Crime do Parafuso"

Nossa Foto Memória de hoje é compartilhada pelo amigo Haroldo Pinto Pereira.
É um registro raro de uma seção do Tribunal do Júri, que aconteceu nos anos 70, em Macapá, para julgamento de um homicídio bárbaro, que chocou a cidade e ficou conhecido pelo "Crime do Parafuso".
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Esse crime ocorreu, entre os anos 73/75, nos arredores da Fortaleza de São José de Macapá, numa área atrás do antigo Frigorífico Municipal (desativado), onde existiam alguns botecos com venda de bebidas alcoólicas. (veja foto acima)
A vítima foi encontrada de bruços, com um parafuso (na verdade um cravo) introduzido em seu ânus, fato que causou grande impacto na sociedade amapaense.
Primeiro vamos entender o que é um Tribunal do Júri?
Segundo as Normas Jurídicas “o Tribunal do Júri, instituído no Brasil desde 1822 e previsto na Constituição Federal, é responsável por julgar crimes dolosos contra a vida. Neste tipo de tribunal, cabe a um colegiado de populares – os jurados sorteados para compor o conselho de sentença – declarar se o crime em questão aconteceu e se o réu é culpado ou inocente. Dessa forma, o magistrado decide conforme a vontade popular, lê a sentença e fixa a pena, em caso de condenação.
São sorteados, a cada processo, 25 cidadãos que devem comparecer ao julgamento. Destes, apenas sete são sorteados para compor o conselho de sentença que irá definir a responsabilidade do acusado pelo crime. Ao final do julgamento, o colegiado popular deve responder aos chamados quesitos, que são as perguntas feitas pelo presidente do júri sobre o fato criminoso em si e as demais circunstâncias que o envolvem”. (Agência CNJ de Notícias)
No julgamento de Macapá, dos sete membros sorteados para compor o conselho de sentença, apenas seis aparecem nas imagens do registro fotográfico. O sétimo encontra-se oculto. O local foi no antigo "Fórum dos Leões", atual sede da OAB/AP.
Clique na imagem para ampliá-la
A partir da esquerda: Dr. Rugato Boettger (empresário); senhores Mário Miranda (industriário); Haroldo Pinto Pereira (empresário); Mário Santos (industriário); Lindoval Peres (engenheiro) e Walter da Silva Nery (funcionário público).

sábado, 18 de novembro de 2017

Fotos Memória da Educação do Amapá: Turma 314 do Curso de Licenciatura Plena em Letras da Universidade Federal do Pará, (Núcleo de Educação, em Macapá)

Nossas Fotos Memória de hoje, apresentam dois momentos da turma 314 do Curso de Licenciatura Plena em Letras da Universidade Federal do Pará, (Núcleo de Educação, em Macapá)
“Desde 1970 funcionou o "Núcleo de Educação em Macapá" (NEM), ligado à Universidade Federal do Pará - UFPA). No NEM passaram a ser oferecidas cerca de 500 vagas de licenciatura de curta duração no campo do Magistério, no intuito de reverter o atraso de pessoal nesse sentido na região do Território Federal do Amapá, e formar um quadro permanente e qualificado, eminentemente regional.
O NEM permaneceu em atividade até 1992, quando suas estruturas foram reaproveitadas para formar a recém-criada UNIFAP”. (Wikipédia)
Nessa primeira foto de 1992, vemos parte da turma 314, do Curso de Letras, nas escadas do antigo “Fórum dos Leões” (atual sede da OAB/AP).
Estão nas imagens de cima para baixo a partir da esquerda os colegas: Leandro, Reginaldo, Marcelo, Marilene, Wanderlin e José Barreto.
Na segunda fila: Eugênia, Anne Margareth, Eudenice, Ana Alice e Ivanete(dona da foto).
Na fila de baixo: Edna Guedes, Cristina, Rosângela, Graça Pennafort, Verinilda e Terezinha.
Na segunda foto de 1989, vemos a turma praticamente completa, reunida em sala, para a eleição do Centro Acadêmico, cujo resultado aparece grafado no quadro negro.
Vemos nas imagens a partir da esquerda próximo à parede, uma pessoa não identificada, tendo à frente dela a Célia, seguida da Janete, professora de Linguística Eduiza Naiff (blusa escura), Benedito, Stélio, (eu) João Lázaro e Leandro.
Também Ivanete, Edna Guedes (dona da foto), José Barreto, Verinilda, Eunice, tendo atrás o Wanderlin e a Ana Alice.
Abaixados: Cristina, Graça Pennafort, Reginaldo, Marcelo, Jairson, atrás dele Lúcia (oculta), Roselene Pelaes e Rosângela.
Nota do Editor
Tive a honra de fazer parte da Turma 314, do Curso de Licenciatura Plena em Letras da UFPA.
Entre as boas lembranças que tenho do tempo de acadêmico, destaco as seguintes: primeiramente quando prestei vestibular em Macapá, e tive como colega de turma meu companheiro de rádio José Maria de Barros, que iniciou o curso conosco mas que faleceu, prematuramente, antes de concluí-lo.
Outra grande emoção que vivi foi ao reencontrar em sala de aula, durante o curso, o ilustre professor José Benevides, que lecionou a disciplina Língua Latina, a mesma que eu já havia estudado com ele, no curso ginasial na Escola Normal de Macapá.
Ambos faleceram nos deixando muitas saudades. (João Lázaro)

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Foto Memória de Santana/AP: Um evento social em Santana/AP

A Foto Memória de hoje, extraída da página do Grupo ICOMI, no Facebook, apresenta o registro de um evento social qualquer realizado em Santana, no Amapá. 
Vemos nas imagens a partir da esquerda: os amigos Mário Miranda, Zé Airton Araújo (Zé Buchinha), Nego Trevizani, Dona Dulce Daniel e seu esposo Antônio Trevizani.
Fonte: Facebook

domingo, 12 de novembro de 2017

Foto Memória da Comunicação do Amapá: Lançamento da Pedra Fundamental da Rádio Nacional de Macapá

Revirando meu acervo de Memórias, encontrei duas pérolas históricas sobre a comunicação do Amapá.
Nessas duas fotos temos imagens de autoridades do Governo Federal e da Radiobrás.
O evento, aconteceu em Macapá, no final dos anos 70, no local onde hoje está instalado o Parque Transmissor da Rádio Difusora de Macapá, ao final da rua Leopoldo Machado, no sentido norte/sul.
Foi o lançamento da Pedra Fundamental da Rádio Nacional de Macapá, que entrou no ar em agosto de 1978, substituindo a Rádio Difusora de Macapá.
Presidente Idalécio e Ministro Quandt ouvem o Gov Arthur Henning

Da dir.p/esq. Idalécio Nogueira Diógenes - Presidente da Radiobrás;
Euclides Quanqt de Oliveira - Ministro das Comunicações;
Gov. Arthur de Azevedo Henning e esposa
A Empresa Brasileira de Comunicação - Radiobrás foi uma empresa pública do governo federal do Brasil criada em 1975 para gerir de maneira centralizada todas as emissoras de rádio e televisão do Governo Federal brasileiro espalhadas pelo país. Em 1988 funde-se com a Empresa Brasileira de Notícias, sucessora da antiga Agência Nacional, e muda sua denominação para Empresa Brasileira de Comunicação. Desde então, já foi vinculada ao Ministério da Comunicações, ao Ministério da Justiça e subordinada diretamente à Presidência da República.
Com sede em Brasília, era composta por uma agência de notícias, uma rádio agência, duas emissoras de televisão e cinco emissoras de rádio, que operavam em ondas curtas, AM e FM, atuando na distribuição de notícias sobre os poderes públicos e notícias de interesse geral dos brasileiros. Atuava também na distribuição da publicidade legal das entidades governamentais.
Produzia ainda os programas: Café com o Presidente e A Voz do Brasil, de retransmissão obrigatória por todas as emissoras do país, e os noticiários da Agência Brasil e da Radio agencia Nacional.
A Radiobrás administrava a Agência Brasil, agência de notícias sobre o país, com fotos, vídeos e textos com direitos autorais pela licença Creative Commons - licença que permite a cópia e o uso livre de conteúdos, apenas citando a fonte - sendo fonte de notícias e imagens para diversos jornais do país, sobretudo para os menores, cujos recursos mais escassos não permitem a manutenção de equipes de jornalismo em todas as capitais brasileiras.
Em 2008 foi criada a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), vinculada à Secretaria da Comunicação Social da Presidência da República. A nova empresa incorporou a Radiobrás, após aprovação da medida provisória 398/2007(convertida na lei 11.652/2008). 
(Fonte consultada: Dicionário SensAgent)

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Foto Memória da Comunicação no Amapá: Encontro Histórico - Julio Pereira, Haroldo Franco e Altair Pereira

Nossa Foto Memória de hoje, foi extraída da página do empresário Altair Pereira, no Facebook.
Trata-se de uma foto histórica, sem data, que registra um encontro do jornalista Haroldo Pantoja Franco com os empresários Júlio Maria Pinto Pereira e Altair Pereira. Ao que tudo indica o local teria sido a Redação do “Jornal do Povo”.
Segundo a legenda o empresário Altair Pereira teria levado seu primo Júlio Pereira para conversar com o amigo jornalista Haroldo José Pantoja Franco, sobre a criação de um jornal diário no Amapá. Pouco tempo depois surgia o Jornal do Dia, lançado pelo Grupo Pereira que tem como fundadores o casal Otaciano e Irene Pereira, pais de Júlio.
Memória Histórica - O “Jornal do Povo”, foi um periódico de linha editorial particular, fundado em 29 de agosto de 1973, que funcionou inicialmente como semanal; em 1974 saíam exemplares diários, com exceção dos domingos. Teve como fundador e primeiro diretor o jornalista Haroldo Franco. Hoje está extinto.
O “Jornal do Dia”, fundado em 4 de fevereiro de 1987 foi um embrião para a consolidação da presença dos jornais diários no Amapá. Foi idealizado pelo empresário Júlio Maria Pinto Pereira. Na realidade, o jornal foi uma extensão da Gazeta Trabalhista, um noticioso de tendência político-partidária, que divulgava, naquela época, notas públicas e notícias do PDT (Partido Democrático Trabalhista) a quem Júlio Pereira estava filiado.
Fonte: Edgar Rodrigues via Acho Tudo e Região

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

FALECIMENTO: MORRE EM SÃO PAULO, AOS 87 ANOS, RUY GUARANY NEVES, O DECANO DO JORNALISMO AMAPAENSE


Ruy Guarany Neves
(Foto: Reproduçãoi do blog da Alcinéa Cavalcante)
Morreu por volta das 16h desta terça-feira, 7, em São José dos Campos (SP), o decano do jornalismo amapaense, Ruy Guarany Neves, aos 87 anos de idade, deixando a esposa professora Maria Regina Smith Neves, 82, seis filhos academicamente formados, um grande legado às letras do estado e imensa saudade nos profissionais que o acompanharam em sua trajetória de articulista, primeiramente no Jornal do Dia e, depois, por mais de 20 anos, no Diário Amapá.
Ruy Guarany, como ele era conhecido no jornalismo, lutava contra câncer de próstata. Submetido aos rigorosos tratamentos que a doença requer, nos últimos dias baixara à CTI do Hospital de São José dos Campos, vindo a falecer sob o diagnóstico médico de ‘falência múltipla dos órgãos’. Fonte: Diário do Amapá
INFORMAÇÕES BIOGRÁFICAS
Por Sandra Regina Smith Neves
Numa manhã ensolarada do mês de agosto, em Clevelândia do Norte, Oiapoque, às 11 horas do dia 03 agosto do ano de 1930, nasceu Ruy, filho de Cezarina Guarany Neves e Manoel Cavalcanti Neves. Nasceu em casa, localizada à beira do rio Oiapoque, de cujas janelas se avistava o lado francês e se ouvia o canto do Uirapuru. Criado por sua mãe, de quem herdou a docilidade, e por seu avô materno, Fernando Guarany, a quem todos carinhosamente chamavam de Pai Velho, concluiu as primeiras séries do curso primário na escola pública da vila do Espírito Santo do Oiapoque. Aos 16 anos transferiu-se para Macapá a fim de cursar o ginásio, mas a necessidade de trabalhar o obrigou a concluir o 2º grau muito tempo depois. Aos 50 anos, fez o curso profissionalizante de técnico em Telecomunicações, em nível de 2º grau, através do Ensino Supletivo, com registro no Crea-Pará. Aos 18 anos inicia a sua carreira no serviço público do ex-Território Federal do Amapá como radiotelegrafista. Atuou como noticiarista na recepção de notícias telegráficas para divulgação na Rádio Difusora de Macapá. Autodidata, apaixonado por telecomunicações, e dono de uma inteligência peculiar responsável pelo seu apurado senso de humor, fez desse humor inigualável uma arma contra as agruras da vida, jamais esquecendo, no entanto, de colocá-lo contra as injustiças e a favor da alegria – e acima de tudo – da liberdade de pensamento. No período de 1965 a 1982 exerceu o cargo de superintendente de telecomunicações do Amapá. Autor do Plano de Telecomunicações do Governo do Território, Telefonia em Banda Lateral Singela, presidiu o grupo de trabalho que estudou a viabilidade da televisão em Macapá. Representou o Amapá no I Congresso Brasileiro de Telecomunicações, realizado no Rio de Janeiro, em junho de 1966. Representou o Território no II Congresso Brasileiro de Telecomunicações, realizado em São Paulo, em julho de 1967. Dirigiu os serviços de implantação do sistema de telecomunicações da Universidade Federal de Alagoas (1974). Dirigiu os serviços de instalação do sistema de telecomunicações da Polícia Federal, em São Luís, Belém e Macapá. Em 1972 instalou o serviço de telecomunicações do Incra, na Transamazônica. Em 1974 participou da equipe de técnicos da Maxwel incumbida de instalar a estação geradora de TV, adquirida pelo governo do ex-Território. Como servidor público, frequentou os cursos de telecomunicações por ondas portadoras, Inbelsa, São Paulo; telecomunicações em portadora reduzida, Intraco, São Paulo; telecomunicações em propagação horizontal, Motorola, São Paulo; organização de sistemas, Entel, Rio de Janeiro; especialização em administração profissional, Instituto de Pesquisas Rodoviárias, Ministério dos Transportes, ministrado em Macapá. Em 1959 frequentou o curso de pilotagem no Aeroclube de Macapá. Foi radioamador classe “A”, filiado à RNR (Rede Nacional de Rádio). Em 1985 presidiu a seccional da Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão, no Amapá. Aposentou-se aos 54 anos. A partir daí, passou a dedicar-se ao jornalismo, tendência que se verificara desde a infância, quando estudante da escola pública em Oiapoque, ao escrever uma crítica à professora, por não concordar com o uso da palmatória nas sabatinas de tabuada. A primeira participação na imprensa aconteceu na década de 1950, no jornal A Notícia. Como articulista do Jornal Amapá, de propriedade do governo do Território, publicou artigos abordando aspectos técnicos relacionados às telecomunicações. De 1993 a 1995 atuou como articulista do Jornal do Dia. Em 1996, passou a atuar no jornal Diário do Amapá, onde permanece até hoje. Além de articulista, durante dois anos assinou a coluna Dito Popular. Por sua atividade jornalística, recebeu o título de Cidadão de Macapá, conferido pela Câmara de Vereadores e dois títulos conferidos pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, 1995/1996. No livro “Colunistas Brasileiros”, seu nome é destacado entre os melhores formadores de opinião do país. Seus artigos e crônicas tem no humor sua principal característica. Humor mordaz e aguçado que pode possibilitar aos leitores rir da própria história e assim acatar, se necessário, a continuidade salutar da vida. Desde muito jovem percebeu no humor a principal arma para dizer o que deve ser dito, criticar o que deve ser criticado e viver, assim, o que precisa ser vivido. Sempre de forma alegre e doce, o fazer rir é a sua forma de permanecer vivo, sem esquecer dos muitos amigos, parentes e de sua família, sua companheira Regina Smith, sua irmã Lia, seus filhos Sandra, Ruy, Ana Célia, Socorro, Paulo, Fernando e Natasha; seus netos Fernanda, Gustavo, Hanah, Rodrigo, Roberta, Valéria, Victor e Felipe; seu genro Marcos e suas noras Maribel, Margareth e Dayse. Aos 77 anos, detentor de boa visão, costuma dizer que ainda não tem idade para usar óculos. Quando lhe perguntam por que o seu casamento deu certo, sempre responde: “É porque tudo começou no arraial de São José”. Avesso à formação de comissões, costuma dizer que, quando se forma uma comissão para debater determinado assunto, é porque não se quer resolver absolutamente nada. Essa é a forma que encontra de viver sempre, e cada vez mais, o riso da vida e a vida do riso, com uma dose extra de humor. Que o Uirapuru cante cada vez mais alto e forte.
(*) filha do biografado
Fonte consultada: blog da Associação Amapaense de Escritores
Apresentamos à família enlutada sentidas condolências.