sábado, 29 de setembro de 2018

Foto Memória da Comunicação do Amapá: Advaldo Castro – Ele também passou por Macapá

As Fotos Memória de hoje, relembram a figura de um personagem que também contribuiu com a radiofonia amapaense. 
Trata-se de Advaldo Castro um dos grandes nomes da história da radiofonia paraense, que teve mais de 50 anos de rádio.
Adê, como era conhecido pelos colegas de profissão, foi diretor da Liberal AM por mais de 30 anos e seu último cargo na rádio foi como diretor de programação. Natural de Abaetetuba, o radialista começou sua carreira na Rádio Clube do Pará, em 1950.
Depois de um ano na Clube, Adê assumiu a direção da Rádio Difusora de Macapá. 
Nessa foto dos anos 50, vemos em volta da mesa, a partir da esquerda, os pioneiros da Difusora, em Macapá, Advaldo Castro; Raimundo Alves Veras (ao centro) e o técnico em eletrônica Raimundo Rodrigues ("Seu" Pépe).
Em 1953, Advaldo Castro voltou para Belém e passou a fazer parte da equipe da segunda rádio de Belém: a Marajoara, dos Diários Associados de Assis Chateaubriand. Para fazer parte dessa rádio, Advaldo precisou fazer vários testes. Foram mais de 900 inscritos e apenas 14 selecionados. Contratado, Adê passou a apresentar dois programas de grande audiência no rádio paraense: o Grande Jornal Marajoara e o Jornal Marajoara 1ª Edição .
“Adê” teve sua carreira de rádio encerrada em 2006, quando foi vítima da síndrome Shydrager, que atinge a pressão arterial e chega a causar convulsões. Na época ainda era diretor de programação da Rádio Liberal.
Fonte: “O Pará nas Ondas do Rádio”
---------------------------------------------------------------------------------
NOTA DO BLOG

A SRA. MARIA CÉLIA CÔRTE DE CASTRO, viúva do radialista ADVALDO CASTRO, faleceu na manhã desse domingo,30 de setembro, em Belém do Pará.
Maria Célia, de 87 anos, era filha do casal Carlos Cantídio Côrte e Erotildes Lins Côrte e irmã do saudoso radialista Carlos Lins Côrte (Baião Caçula), que trabalhou por mais de duas décadas, como operador de som, na Rádio Difusora de Macapá, falecido em 5 de junho de 1981.
Maria Célia Côrte de Castro, foi a óbito por complicações de saúde, e já vinha recebendo, há algum tempo, tratamento nas unidades de saúde de Belém.
O corpo dela foi sepultado à tarde, no Cemitério Recanto da Saudade, na capital paraense.
Nossas condolências à família enlutada.
Fonte: Informações via telefone, da amiga Consolação Lins Côrte, irmã da falecida.
---------------------------------------------------------------------------------

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Foto Memória da Navegação Marítima do Amapá: COMANDANTE SOLON FERNANDES DE ALMEIDA

Há 45 anos, falecia em Macapá, no dia 23 de setembro de 1973, o marítimo Solon Fernandes de Almeida, o primeiro comandante do Iate Itaguary, embarcação que o governo do Território Federal do Amapá comprou do comerciante e pecuarista Tibúrcio Andrade.
Antes de ser incorporado à frota do Serviço de Transportes(Rodoviário e Navegação) do Amapá, o iate ostentava o titulo de "Otávio I", nome de um dos filhos do mencionado cidadão estabelecido em Santo Antônio da Pedreira.
Adquirido em abril de 1944, o Iate Itaguary realizou sua primeira viagem, com tal denominação, entre Belém e Macapá, no final referido mês, aqui aportando no dia 1º de maio. O Comandante era Solon Fernandes de Almeida, que permaneceu na direção da embarcação por mais de uma década. Nascido a 14 de janeiro de 1907, Solon de Almeida morreu com 66 anos de idade. 
No dia 29 de setembro de 1989, quando do lançamento de um novo navio incorporado à frota da Superintendência de Navegação do Amapá-SENAVA, o Governador Jorge Nova da Costa prestou-lhe justa homenagem, colocando seu nome no belo navio, construido em Manaus, pelos Estaleiros Amazônia S.A. Em março de 1990, o navio, com 64 metros de comprimento, 12 metros de largura e capacidade para transportar 955 passageiros fez sua primeira viagem para Belém.
Imagens:  Reproduções  / TV Amapá
Entre 2003 e 2012 ficou sendo utilizado pela empresa de navegação Bom Jesus, que deveria pagar 10 mil reais mensais de aluguel, mas nunca o fez. Retomado pelo governo, ficou encostado à margem esquerda do Rio Matapi, sem uso, tal qual como se encontra no momento. Governo e Marinha pretenderam transformá-lo em navio hospital, mas as negociações não progrediram.

Texto de Nilson Montoril, com imagens (prints de tela)  da TV Amapá
Fonter: Facebook

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Foto Memória de Macapá: O FALECIMENTO DE MÃE LUZIA, há 61 anos

Por Nilson Montoril
“A mazaganense Luzia Francisca da Silva, cognominada Mãe Luzia foi uma mulher empreendedora ao lado do esposo, o Capitão da Guarda Nacional Francisco Lino da Silva, macapaense de boa cepa, que foi buscá-la em Mazagão (atual Mazagão Velho). O primeiro empreendimento do casal foi o "Sitio Capitão", instalado a margem direita do rio Anauerapucu, o rio da Vila Nova da Madre de Deus. O nome da propriedade foi uma homenagem ao marido, quando ele obteve a patente de oficial, Posteriormente, o casal se estabeleceu em Macapá, no Largo dos Inocentes(Formigueiro), esquina da Travessa Francisco Caldeira Castelo Branco (fundador de Belém), via pública que depois recebeu as denominações de Coronel José Serafim Gomes Coelho e Tiradentes(atual). Além do Sitio Capitão, o casal possuiu outra propriedade implantada à margem esquerda do rio Matapy, região de Campina Grande, a qual, na fase Território do Amapá foi vendida ao Sr. Francisco Torquato de Araújo, também mazaganense. Após a morte do Capitão Francisco Lino, Luzia Francisca da Silva decidiu desfazer-se das duas propriedades. Nascida a 9 de fevereiro de 1869, alcançou a idade de 88 anos em 1957, falecendo no dia 23 de setembro. Sua convivência com "Vó Guardiana" enriqueceu seus conhecimentos sobre o uso de ervas medicinais e benzedura. Isso lhe valeu o título de primeiro "dotô" da região. Excelente lavadeira e "engomadeira" tinha uma clientela notável. Na época era bem acentuado o uso de ternos, fatos e outras roupas brancas feitas de linho. Sua casa era de taipa e grande. Caixeiros viajantes costumavam ficar hospedados em seus quartos.
Foto: Reprodução / Facebook
Um dos seus filhos era Cláudio Lino da Silva, pai dos amigos Francisco Lino da Silva (mesmo nome do avô)...
 ... e Raimundo Nonato da Silva, o Bigode.” (fotos)
Texto de Nilson Montoril, publicado originalmente na rede social dele, foi devidamente adaptado e atualizado para o blog Porta-Retrato, com a devida anuência do autor.
Fonte: Facebook

sábado, 22 de setembro de 2018

Foto Memória do Rádio Amapaense: João Álvaro Lima começou no Rádio, na Difusora de Macapá

“João Álvaro Lima, o João Álvaro, consagrado no rádio esportivo desde fins dos anos 1950 foi um repórter dos mais competentes. O chamado repórter volante que entrevistava jogadores, árbitros e cobria os acontecimentos desenrolados no gramado. Era sóbrio, inteligente e preparado para formular perguntas rigorosamente jornalísticas. Não tinha tanta preocupação pelo "furo”. Priorizava a notícia, a entrevista completa. E sobretudo bem elaborada através de perguntas assertivas e consistentes.
João Álvaro, era uma pessoa de temperamento calmo, sem ser, no entanto, retraído, mas sempre antenado à notícia.  Era um entrevistador de perguntas objetivas, mas sólidas no conteúdo.” Texto: Expedito Leal
Foto: Reprodução / Blog "Rádio Memória Pará"
João Álvaro, embora paraense de nascimento, começou sua carreira no rádio, na Difusora de Macapá, pois trabalhou por algum tempo no IBGE de Macapá, e em Belém, para onde transferiu-se em 1958, chegou ao cargo máximo de gerente do órgão federal.
Depois que assumiu a chefia do IBGE, afastou-se do rádio e só eventualmente comentava jogos pela Rádio Marajoara.
Na capital paraense, passou ainda pela Rádio Clube do Pará.
Fonte: Blog "Rádio Memória Pará"
Texto de Expedito Leal, editado e adaptado ao blog "Porta-Retrato", com a devida anuência do autor.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Foto Memória do Esporte Amapaense: Seleção Amapaense de Futebol de 1968

O desportista Zequinha Monteiro, publicou em sua página na rede social, essa Foto Memória da Seleção Amapaense de 1968, em que ele aparece entre os craques da época.
A partir da esquerda, em pé: Marco Antônio, Jorge Tavares, Nariz, Alceu, Zequinha e Canhoto.
Agachados na mesma ordem: Zé Maria Aragão, Carlito Oliveira, Timbó, Pennafort e Orlando Torres.
Fonte: Facebook

terça-feira, 18 de setembro de 2018

LITERATURA AMAPAENSE: O Roubo do Forte Velho, poema de Obdias Araújo

TELA DE OLIVAR CUNHA
O poeta e sociólogo amapaense Fernando Canto, incluiu em sua tese de doutorado sobre a Fortaleza de São José de Macapá, o poema O ROUBO DO FORTE VELHO, de autoria do músico e poeta Obdias Araújo, “um velho militante da literatura amapaense, irmão de outros bons poetas”.

Tu sabias
que a Fortaleza
foi toda construída
no Curiaú?
Diz que o Sacaca
o Paulino e o Julião Ramos
vieram em cima da Fortaleza
varejando até chegar na beira do Igarapé Bacaba
onde amarraram a bichona na Pedra do Guindaste
e foram tomar uma lá
no boteco do sêo Neco.
Diz que o o Alcy escreveu uma crônica
E o Pedro Afonso da Silveira Júnior leu
Oito horas da noite
no Grande Jornal Falado E-2.
Diz que, né?
Diz que o mestre Zacarias
vinha em cima do farol
tocando um flautim feito
com as aparas da porta de ébano...
E que Dona Odália vinha fazendo
flores de raiz de Aturiá
sentada no maior de todos os canhões
brincando com a Iranilde
que acabara de nascer.
Diz que o Amazonas Tapajós vinha
cantando ladrões de Marabaixo
-ele, o Edvar Mota e o Psiu.
E o João Lázaro transmitia tudo para a Difusora.
Diz que até o R. Peixe pintou um mural
-aquele que ficou no pátio da casa do Isnard
lá no Humilde Bairro de Santa Inês
de onde foi roubado pelo Galego e trocado
por duas garrafas de Canta Galo
e uma de Flip Guaraná, lá na Casa Santa Brígida...
Hoje Macapá amanheceu bem
mais triste que de costume.
Roubaram a Fortaleza!
Levaram o velho forte! De madrugada
Dois ou três bêbados remanescentes
viram passar aquela enorme coisa boiando
rumo Norte, parecida uma usina
de pelotização.
Andam comentando lá
pelo Banco da Amizade
que foi o Pitoca
a Souza
o Quipilino
o Pombo
o Zee e o Amaparino...
E que o Olivar
do Criôlo Branco
e o Cirão
estão metidos nessa história.
Eu, hem!

O ROUBO DO FORTE VELHO
Fernando diz que “todas as pessoas citadas no texto, bem como os lugares, existiram ou existem ainda. São elas: Sacaca, conhecedor de ervas, curandeiro; Paulino, organizador de festas de Marabaixo; Julião Ramos, líder, negro do Marabaixo do Laguinho e fundamental no processo de gentrificação das famílias de negros que moravam na frente da cidade na época da instalação do Território Federal; Seu Neco, dono de bar; Alcy, poeta e jornalista; Pedro Afonso da Silveira Júnior, locutor de rádio; Mestre Zacarias, flautista, pai do poeta; D. Odália, mãe do poeta; Iranilde, irmã do poeta que nasceu nas dependências da FSJM quando seu pai ali morava; Amazonas Tapajós, locutor de rádio e boêmio; Edvar Mota, locutor e publicitário; Psiu, locutor e marcador de quadrilha junina; João Lázaro, disk jockey da Rádio Difusora de Macapá; R. Peixe, artista plástico e sambista; Isnard, poeta e advogado, que foi preso contumaz do regime militar; Galego, poeta e jornalista; Pitoca e Souza, filhos do Sacaca, Quipilino e Pombo, irmãos boêmios, sendo o primeiro servidor da Prefeitura e o segundo mecânico e sambista; Zee e Amaparino, irmãos, o primeiro funcionário púbico federal no Amapá e o segundo biblioteconomista; Olivar, torneiro mecânico, filho do Criôlo Branco, massagista e benzedor e; Cirão, tratorista da Prefeitura.
Locais: Fortaleza, FSJM; Curiaú, quilombo próximo de Macapá; Igarapé bacaba, local próximo ao Curiaú; Pedra do Guindaste, antiga pedra e agora um pedestal de cimento que sustenta a estátua de São José, padroeiro da cidade e se localiza na praia; Grande Jornal Falado E-2, antigo programa de notícias de grande audiência transmitido pela Rádio Difusora de Macapá; Aturiá, nome de praia e de uma árvore; Marabaixo, manifestação cultural de origem afrodescendente. Bairro de Santa Inês, antiga localidade da Vacaria, ao sul da FSJM; Canta Galo, marca de cachaça; Flip Guaraná, antigo refrigerante local; Casa Santa Brígida, comércio; rumo Norte, direção da praia do Igarapé das Mulheres; usina de pelotização, local de transformação de pedras de manganês em bolinhas para exportação do minério e; Banco da Amizade, tradicional local de encontro de amigos no bairro do Laguinho.
Este poema é interessante porque realiza uma mistura de personagens emblemáticos da cidade que participaram de um roubo fantástico, em que arrastaram a FSJM pelo litoral até o local onde ela teria sido construída: o Curiaú, na imaginação do poeta.
Suas referências memoriais apontam para uma realidade impossível, na narrativa de lugares e personagens reais da cidade, principalmente os do bairro do Laguinho. O enredo do poema parece se tratar de um resgate (que envolve vingança) de um objeto que não pertencia à cidade de Macapá, mas sim aos remanescentes dos escravos, cujos ancestrais participaram da construção da fortificação, pois a maioria deles são afrodescendentes e por isso viram-se no direito de arrancar a fortificação e leva-la até onde foi, de pleno direito, construída."
Foto: Reprodução / Arquivo pessoal
OBDIAS Alves de ARAÚJO, é amapaense da gema. Nasceu no município de Macapá no dia 22 de Fevereiro de 1957, filho de Zacarias Alves de Araújo e Odália Vieira de Araújo. Músico (trombone e flauta-doce), durante boa parte de sua vida foi amante da boémia e da noite, lançou seu primeiro livro em 1984. Vem participando dos movimentos literários de Macapá e mantendo intercâmbio com poetas e trovadores de outros estados. Embora de uma geração mais recente, fez parte do grupo de poetas que tinha como principal líder Alcy Araújo, ou seja: Isnard Lima, Álvaro da Cunha, Cordeiro Gomes, Manoel Bispo, Fernando Canto e Outros.
Obdias é membro das associações paraense e amapaense de escritores e da União Brasileira de Trovadores. Vive em União estável com Telma Maria Salomão de Araújo.  
Livros Publicados: Apologia (1984) e Praça Pinga Poesia & Mágoa – Diário de um Vagabundo Lírico (1987), VERSÍCULOS DE SALOMÃO (Dezembro de 2017).
Os poemas de Obdias, curtos e de uma linguagem direta e contemporânea, por vezes irônica, conduzem o leitor para o imaginário de um poeta integrado ao seu tempo, que fala de amor e de saudade. Cultiva o humor, trazendo da vida quotidiana os elementos que constroem o seu tecido poético com cores, sons e ritmos.
Obdias é um escritor que gosta de viver intensamente, conta piadas de todos os gêneros, com nítida preferência para os temas eróticos. Entretanto, com perspicácia, é capaz de filtrar para a literatura tudo aquilo que pode ser aproveitado na poética. Não é um escritor que produza intensamente, mas através dos três volumes já publicados, podemos ter uma ideia de que ele está entre os melhores que o Amapá já produziu.
(Texto: Paulo Tarso Barros)
Fonte: Fernando Canto - Todas as informações fazem parte da tese do sociólogo Fernando Canto, sob o título LITERATURA DAS PEDRAS: A Fortaleza de São José de Macapá, como locus das identidades amapaenses, publicada pela Editora da Universidade Federal do Amapá - UNIFAP, 2017.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

LUTO NO ESPORTE – Morre em Macapá aos 70 anos, Umbelino Palheta Lobato – ícone do desporto amapaense.

Foto: Reprodução/Revista Diário do Amapá
Faleceu no Hospital de Emergências neste domingo,16, vítima de infarto fulminante, o desportista Umbelino Palheta Lobato, que na mocidade foi um dos maiores recordistas da natação amapaense colecionando títulos como o de campeão do Norte-Nordeste. Ele tinha 70 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O corpo de Umbelino Palheta foi velado na Funerária São José, na Cora de Carvalho, e sepultado, nesta segunda, no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, no Centro.
Umbelino Palheta Lobato nasceu no arquipélago do Bailique, na Ilha do Bagre. Ele era o primogênito dos quatro filhos do casal Orlandina Palheta Lobato e Mobelino Mendes Lobato.
O pai dele era peixeiro, que comercializava o produto na Ilha do Bagre e que foi para Macapá, fixando-se no Igarapé das Mulheres, local de embarque e desembarque de produtos ribeirinhos. Aos seis anos a família foi residir em Macapá, por causa dos estudos da garotada.  Logo ele estudou na Escola Barão do Rio Branco, que tinha aos fundos a antiga Piscina Territorial, onde Umbelino aperfeiçoou suas técnicas de natação. Cursou o ginasial na Escola Industrial de Macapá.
Foto: Reprodução / Tribuna Amapaense
O jovem Umbelino Palheta, na década de 50, tomou conhecimento através de familiares da proximidade da Piscina Territorial. Ele tinha duas tias que nadavam. E por coincidência o Amapá estava se preparando para participar pela primeira vez do Campeonato Infanto Juvenil, por equipe, em 1955. Quem comandava era o então Tenente Euclides Rodrigues. Umbelino começou a aprimorar a técnica de mutação do igarapé para piscina. Conheceu os grandes nomes da natação amapaense da época, Raimundo Pereira, Carmito, Anselmo Guedes, Nonatinho, Doralice e Dometila Camarão, Maria Serrão e Julia Madureira.
Foto: Reprodução / Revista Diário do Amapá
Em 1955, o Amapá foi vice-campeão brasileiro de natação, por equipe; em 1956, em Porto Alegre (RS) no Centro do Grêmio o Amapá conquistou o título de Campeão Brasileiro de Natação.
Em 1966, Umbelino e equipe foram ao campeonato brasileiro, onde tiveram uma boa atuação.  Em 1967 aconteceu a Travessia de Itaúna em Cametá, e a equipe amapaense tinha seis atletas. No dia 27.07.67, sob o comando de Adonias Trajano, um grande campeão, Umbelino ganhou a travessia, foi o primeiro amapaense a vencer o evento. Isso lhe abriu os caminhos para o cenário nacional. Foi quando o jornalista Coaracy Barbosa, diretor de natação do Esporte Clube Macapá conseguiu o primeiro emprego, aos 17 anos, e ele foi trabalhar no Distrito de Santana, na Escola Augusto Antunes, como auxiliar de Professor de Educação Física.
De seu primeiro relacionamento com uma paraense com quem foi casado por vinte anos nasceram quatro filhos, e todos atuam na natação. Ele tem também um quinto filho de outro relacionamento anterior.
Umbelino foi para o Clube do Remo em 1968, em 1970 foi para Tuna Luso Brasileira onde foi nadador e técnico da categoria de Base. Terminou o ginasial na Escola Paes de Carvalho, fez a Escola Federal de Educação Física, e se formou em 1977. Dentro da faculdade foi monitor de natação.
Em 1978 retornou ao Amapá. Esteve na Guiana Francesa, onde passou seis anos, trabalhando como ferreiro especializado. Com o governo Collor o franco foi igualado ao cruzado e não existiam vantagens em permanecer por lá.
De volta ao estado, através de um Contrato Administrativo retornou à natação na Piscina Olímpica Capitão Euclides Rodrigues de 1991/93. Era funcionário estadual.
Umbelino Palheta Lobato, professor de Educação Física, que passou em primeiro lugar no vestibular da Universidade da Maioridade da UNIFAP, representou a instituição em 2010 no 17º Campeonato Norte-Nordeste e Centro-Oeste Master de Natação, em setembro. Ganhou três medalhas de ouro nos 50 costa, 100 costa e 50 livre e mais duas de prata em revezamento com atletas da delegação amapaense.
Foto: Reprodução / Tribuna Amapaense
Umbelino, ou Vilhô, como o chamavam no Morro do Sapo, no bairro do Laguinho, foi campeão várias vezes da travessia da baía de Guajará (foto) pela Tuna Luso-Brasileira de Belém.
Que sua alma descanse em paz!
Nossas condolências à família enlutada!
Fontes: João Silva, Jornal Tribuna Amapaense e Revista Diário do Amapá

sábado, 15 de setembro de 2018

Memória do Esporte Amapaense: PANAIR SPORT CLUB

(Imagem: reprodução Wikipedia)
A Panair do Brasil S/A – importante empresa de aviação da época – se instalou em Macapá, em 1940, quando a cidade ainda pertencia ao estado do Pará.
Em 1944 ela deu início à construção de uma pista de pouso e decolagem para os aparelhos DC 3 de sua frota, situada onde é hoje o centro da cidade de Macapá, que tem como referência a Av. FAB.
Para atender a operação do aeroporto foi montada uma estrutura composta, além de suas grandes pistas, de um imóvel principal, em madeira, com 25 metros de comprimento, todo telado, coberto com telhas tipo Marselha, destinado a servir como estação de passageiros, estação de rádio, residência de passageiros, em casos de emergência; uma casa para escritório da gerência e depósito da manutenção; uma casa de meteorologia e depósito de equipamentos; um depósito de combustíveis e lubrificantes; uma estação transmissora de rádio, uma usina elétrica com equipamento de força e luz efetivo e um outro, sobressalente; um poço sob coberta fechado por todos os lados, com a respectiva bomba elevatória e tanque de distribuição com capacidade para 4.000 litros.
No início dos anos de 1940, as partidas de futebol, na antiga Macapá, eram disputadas de forma amadorística no campo do largo da Matriz, atual Praça Veiga Cabral. 
Dessa época vem o "Panair Sport Clube", formado por funcionários da aviação Panair do Brasil, fundado em 19 de fevereiro de 1944, por Emanuel Tarcilo Duarte Moraes – radio operador encarregado do aeroporto de Macapá.
A sede do clube, foi instalada na praça da Matriz, em área na Rua São José, entre a casa da Dona Sofia Mendes Coutinho e o antigo prédio do Senado da Câmara(demolido), no local da atual biblioteca pública.
Segundo o artigo da "Panair em Revista" "O Panair Clube de Macapá, levantou brilhantemente o título de campeão de futebol do ano de 1944.
Em fevereiro de 1945, quando foram realizadas diversas competições esportivas, naquela capital, em comemoração ao primeiro aniversário da Guarda Territorial, o Panair Clube de Macapá, defendendo seu título de Campeão, derrotou por 4 x 0 o time do Oiapoque, formado pelos praças do 3º Batalhão de Fronteira.
A extinção do Panair Sport Club deu origem ao atual Esporte Clube Macapá.
Fonte: "Panair em Revista"

domingo, 9 de setembro de 2018

Foto Memória do Rádio Amapaense: O pioneiro Hélio Tys - Ele também passou pelo Amapá

Hélio Tyschler nasceu em 25/12/1925, no Rio de Janeiro/RJ.
Foi aluno do colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Era formado em Direito.
Diretor, cineasta, ator, radialista, novelista, redator, roteirista, escritor, autor, produtor e professor de interpretação
Escreveu novelas, editoriais, crônicas, críticas musicais e roteiros completos de programas radiofônicos.
Helio Tys
foto - reprodução blog elenco brasileiro
Hélio Tys também passou pelo Amapá, no início do Território, e compôs o elenco de rádio teatro da Rádio Difusora de Macapá. 
Seu nome é citado em um exemplar do convite da comemoração dos 30 anos da emissora pioneira do Amapá, festejada em 1976,  sem precisar contudo qual o período de atuação dele. 
Hélio era um excelente profissional e extremamente criativo.
Foi produtor e roteirista da Rádio Globo por mais de três décadas, com atuação estratégica nos programas apresentados por Haroldo de Andrade e Paulo Giovanni - entre outros - na Rádio Globo do Rio de Janeiro.
Ele também passou pelas Rádios Mauá, Mayrink Veiga e Tupi, além da TV Educativa.
Era casado e teve dois filhos.
Hélio Tys faleceu em 01/03/2002, no Rio de Janeiro/RJ de causa desconhecida.
Fontes consultadas: Rádios EBC e Blog Elenco brasileiro

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Foto Memória de Macapá: Família Amoras Santos

Nossa Foto Memória de hoje, foi compartilhada na rede social pelo amigo e fotógrafo Heraldo Amoras.
Nas imagens desse registro fotográfico de 1969, vemos membros da tradicional família Amoras Santos, em frente à residência na Av. Professora Cora de Carvalho, em Macapá.
A partir da esquerda: Heraldo, Haidee, Herivaldo (em memória), Heloísa, Herivelto, Hederaldo, Hanny, Herberth, pai Marcos Farias (em memória), mãe profª Maria Helena com o filho Heveraldo ao colo, Haroldo e Halda.
Foto: Heraldo Amoras
Fonte: Facebook

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Foto Memória da Educação do Amapá: Pioneiras do magistério reunidas na Piscina Territorial


Na Foto Memória de hoje, um importante registro, compartilhado pelo amigo Deomir Mont'Alverne com imagens das pioneiras do magistério amapaense, professoras Nanci Nina da Costa, Wanda Costa, Helena Mont'Alverne e Nair Moura Palha, em 1962, em reunião no salão da Piscina Territorial.
Fonte: Grupo Memorial Amapá

sábado, 1 de setembro de 2018

Foto Memória de Macapá: Tenente Pessoa e seu “raid pela democracia”

Por Nilson Montoril
Quando eclodiu a Revolução Militar de 1964, que tirou do cargo de Presidente da República o Dr. João Belchior Marques Goulart, o Tenente do Exército José Alves Pessoa, residente em Macapá, não aprovou a ação de seus colegas de farda e protestou ao ver cidadãos serem presos e excluídos do serviço público de maneira sumária.
O ilustre militar também foi atingido por medidas coercitivas, a pior delas o feriu profundamente em seu amor cívico pelo Brasil. Por incrível que pareça, mesmo vivo, o Tenente Pessoa foi compulsoriamente passado para a reserva e assim mantido como se estivesse morto. Uma série de acusações lhe foi direcionada, entre elas a pecha de ser subversivo e indisciplinado.
Ora, o Tenente Pessoa presidiu o Tiro de Guerra nº 130 e o fez muito bem. Evidenciou sua condição de disciplinador em todas as circunstâncias. Costumava estimular seus subordinados propensos a fracassar nas aulas de instrução militar, que o Exército é uma instituição para gente decidida, forte e disciplinada. Dizia que “guerra é guerra” e não tem moleza. Ninguém em sã consciência deve considerá-lo insensível, porque o velho “Engrena” era boa praça. Depois de ser duramente punido pelo Exército, o Tenente Pessoa enfrentou momentos muito difíceis. Até alguns indivíduos que se diziam amigos lhe viraram as costas e o hostilizaram. Em 1972, ano do sesquicentenário da independência do Brasil, o Tenente Pessoa decidiu empreender uma caminhada para demonstrar publicamente o seu amor pela Pátria. 
Chegada de Ten. Pessoa à Macapá, quando de sua caminhada do raid terrestre do Oiapoque ao Chuí.
A jornada, que ele denominou “Raid pedestre Oiapoque-Chuí” teve largada na margem direita do rio Oiapoque e chegada à margem esquerda do Arroio Chuí, foi organizada com bastante alarde e contou com o apoio de seus irmãos maçons, familiares, desportistas, escotistas e amigos sinceros.
Os patronos da jornada foram: Almirante Benjamim Sodré (destacado escotista do Pará), Marechal Juarez F. Távora (grande amigo de farda), Marechal do Ar Eduardo Gomes, General Ivanhoé Gonçalves Martins, governador do Território Federal do Amapá, Dr. Laudo Natel, governador do Estado de São Paulo, Dr. Euclides Triches, governador do Rio Grande do Sul e Dr. João Havelange, Presidente da Confederação Brasileira de Desportos. Patrocinaram o raid a Região Escoteira do Amapá, representada pelo Chefe Clodoaldo Carvalho do Nascimento e a Federação Amapaense de Desportos através de seu presidente Wilson Pontes de Sena. À época em que residia no Rio Grande do Norte, sua terra natal, José Alves Pessoa compôs com os amigos Humberto Lustosa da Câmara, Aguinaldo Vasconcelos, Henrique B. Oliveira e Antônio G. da Silva, todos integrantes do movimento escoteiro potiguar, um grupo cívico que realizou uma caminhada entre Natal e São Paulo.
O propósito do grupo foi comemorar o Centenário da Independência do Brasil. Conforme planejaram, dia 7 de setembro de 1922, eles estavam em São Paulo, em frente ao monumento do Ipiranga. 
No raid de 1972, ele quis relembrar o feito anterior e novamente fez uso da farda dos discípulos de Baden Powell, afinal de contas, no escotismo existe a máxima de que “uma vez escoteiro, sempre escoteiro”.
No dia 1º de março o Tenente Pessoa deixou a cidade do Oiapoque com destino a Macapá. Se atualmente a Rodovia BR 156 ainda interpõe muitos obstáculos, imagine há 46 anos. O caminhante de então não era mais o vigoroso jovem potiguar do circuito Natal-São Paulo. Em 1972, o Tenente Pessoa estava com 69 anos de idade. Após cobrir o percurso Oiapoque-Macapá, com mais de 600 km, o bravo caminhante seguiu para Belém, onde iniciou a segunda etapa da empreitada. Entre Belém e a Rodoviária do Rio de Janeiro, passando por Belo Horizonte, ele caminhou 3.347 km. Passou a semana da Pátria em São Paulo. Concluiu seu roteiro no dia 19 de novembro de 1972, no Arroio Chuí, onde derramou água do rio Oiapoque levada em um frasco.
Fonte: Texto do historiador Nilson Montoril, publicado, originalmente, na edição do dia  17/2/2018, do Jornal Diário do Amapá, devidamente atualizado e adaptado ao blog Porta-Retrato, com a anuência do autor.