Há 72 anos, na quinta-feira - 1º de abril de 1948 – nascia
CLÁUDIO COUTINHO DIAS, um dos maiores e melhores profissionais da radiofonia
amapaense. Operador, produtor e editor de áudio, com relevantes serviços
prestados ao Rádio e à Cultura da Amazônia.
Cláudio é macapaense, filho caçula de nove irmãos de Thomas
de Souza Coutinho e Militina Coutinho Dias. Viveu sua infância e adolescência
na Rua do Canal, como hoje é chamada a Av. Mendonça Júnior. Fez seus primeiros
estudos no grupo Escolar Barão do Rio Branco e o ginasial no Ginásio de Macapá.
Católico praticante, sempre frequentou a Paróquia de São José, onde foi
batizado, catequizado, crismado e também coroinha (acólito). Como todo garoto
de sua época, Cláudio jogou futebol e outras moralidades esportivas na Casa dos
Padres e passou pelas fileiras do escotismo.
Mas foi na juventude que nasceu seu gosto pela música, e o
desejo de ouvi-la e senti-la mais de perto. Era ouvinte assíduo da Rádio
Difusora e outras emissoras do país e do mundo. Assim o rádio começa a entrar
na sua vida de forma a seduzi-lo definitivamente na década de 1960, mas esse
desejo somente começa a se materializar na primeira metade dos anos 1970, quando
ele entrou pela primeira vez num estúdio de rádio, para realizar, juntamente
com outros candidatos, testes para operador de áudio na Rádio Educadora São
José de Macapá, emissora inaugurada em 1968, de propriedade da então Prelazia
de Macapá.
Aprovado nos testes e admitido em 1972, Coutinho começou
então sua carreira de operador de áudio, na Rádio Educadora, emissora em que
viveu a “Época de Ouro” do Rádio Amapaense, sendo o personagem destacado
naquele contexto, e desde o início de sua promissora carreira, destacou-se com
afinco ao seu trabalho, investindo seus esforços para a melhor qualificação
profissional com a convicção de que seu futuro estava no rádio.
Com o fim das atividades da RE, Coutinho mudou-se para Belém
do Pará ainda em 1978 e um novo ciclo se iniciou em sua carreira. No rádio
paraense teve oportunidade de passar pelas principais emissoras e enriquecer
sua performance nos estúdios ao trabalhar ao lado dos melhores técnicos e
locutores do Estado do Pará.
Em sua passagem pela capital paraense, Cláudio Coutinho atuou
nos quadros da Rádio Guajará – pertencente ao Grupo NEO – Administração e
Participações.
No ano seguinte, passou a trabalhar na Rádio Liberal,
pertencente às Organizações Rômulo Maiorana.
Posteriormente trabalhou na Rádio
Marajoara e como estagiário atuou nas Rádios Rauland FM e Cultura do Pará.
Após sua experiencia pelas emissoras belenenses Cláudio rumou
com sua família para o município de Tucuruí, em 1981, para trabalhar na empresa
paulista Camargo Corrêa. Para não fugir ao hábito, também atuou no rádio
local na Rádio Floresta FM. Em 1984, decidiu retornar à Macapá e iniciar uma nova
fase em sua carreira profissional e em sua vida, resgatando as paixões que
cultivava na infância, e na adolescência, passando a interagir de forma
atuante, juntamente com sua família, nas manifestações culturais e folclóricas
nos bairro do Laguinho e Perpétuo Socorro.
Depois que voltou à Macapá, Coutinho atuou em vários veículos
de comunicação da capital amapaense como: Rádio Nacional AM e FM(RADIOBRÁS), Tv
Amapá e Rádio Amapá FM (Rede Amazônica), Rádio Equatorial AM e FM (Sistema Z
Publicidade do Amapá), Rádio Antena 1 102,9 (Sistema Beija-Flor).
Nessa nova etapa, transitando por diversos estúdios, e
convivendo com grandes profissionais do rádio, Cláudio Coutinho consolidou seu
nome no rol seleto dos grandes profissionais do Rádio amapaense, e pelo visto,
essa história ainda vai durar bastante tempo.
Cláudio Coutinho, com seu jeito simples, fez grandes amizades
com os comunicadores Ermínio Gurgel e Osmar Melo, que formavam a dupla “Pai Véio
e Pai D’Égua”, apresentadores do programa “Alvorada Sertaneja” (na Rádio
Nacional/Difusora). e José Ney Picanço e Silva (J.Ney), com quem trabalhou nos
programas “Bom Dia Dia” e “Sua
Excelência o Domingo”.
Além dos companheiros de trabalho citados, Cláudio também
aponta profissionais que marcaram sua carreira, na comunicação radiofônica como
Moisés Tavares, Isaias Ramos (Bomba D’Água). Moacyr Banhos, Epaminondas Júnior,
Edvar Mota, Joaquim Ramos, Waldemir Souza(Pirulito), Orivaldo Santos (Galinho),
Roberto Nery, Joaquim Neto, Cristina Homobono, João Lázaro, Paulo Silva, Aníbal
Sérgio, Lígia Mônica, Janete Carvalho, Célio Alício, Marcelo Nery, Manoel
Ribeiro, Celso Rabelo, José Maria Coelho e muitos outros.
Apesar da idade avançada Claudio Coutinho continua prestando
serviços como operador de áudio, em Macapá.
Fonte: Texto de Célio Alício, adaptado ao Blog Porta-Retrato
a pedido do biografado.
Célio Alício Cardoso: Historiador, professor, radialista,
comentarista esportivo, pesquisador e ativista cultural, poeta e compositor.
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