Amiga Vera
Pinheiro envia foto dos pais dela e lembra que hoje – 11 de novembro –
é a data de nascimento do Sr. PEDRO RODRIGUES DA COSTA, o “Seu Pedro” lá dos Armazéns
Estrela.
Se vivo fosse,
ele estaria completando em 2020, 106 anos de idade, pois nasceu na Fazenda
Tapera, no município de Soure-Pará-Amazônia-Brasil, no dia 11 de novembro de
1914.
Apesar de
ter nascido no ano do início da I Guerra Mundial, era um ser de paz que amava a
vida e as coisas sublimes que a tornam digna de ser vivida.
Pedro
Costa foi um jovem bem animado. Gostava de música e festas. Tocava trompa na
Banda Marcial de Soure e organizou também uma bandinha chamada “Tenentes do
Amor”, que participava dos animados bailes de Carnaval no Clube Social Reação
de Soure.
Gostava muito
de futebol. Torcedor fanático do Payssandu, do Flamengo e da Seleção
Brasileira, assistia a todos os jogos e ficava muito mal-humorado quando seus
times perdiam.
Em 1946, se
casou com Leonildes Tavares Pinheiro, D. Biduca, filha de comerciante Celestino
Tavares Pinheiro. Essa união gerou os filhos: Antônia Maria, Demétrio
Celestino, Ana Fátima, Luciete Maria (falecida), Pedro Gabriel, Otávio Roberto,
Maria do Céu (natimorta) e a Vera Lúcia.
Segundo
relatos de sua irmã Nair, Pedro Costa foi uma criança esperta, inteligente,
engenhosa, curiosa, alegre, arteira... Não teve oportunidade de fazer grandes
estudos, mas, isso não limitou seus horizontes. Gostava de ler, o que
provavelmente lhe deu uma ampla visão de mundo. Via a Educação como forma de
romper barreiras e por conta disso, junto com a esposa Leonildes, empenhou-se
profundamente em tornar seus filhos “doutores” como ele se referia a quem
cursava a Universidade. Dentre eles, uma médica, Dra. Luciete que realizou para
ele um grande sonho.
Católico,
era devoto de São Raimundo, de quem era afilhado. Também homenageava São Pedro,
seu xará. Desde os 18 anos, ainda em Soure, no dia 29 de junho acendia uma
imensa fogueira com uma animada festa, com muitos fogos e comilança. A família
mantém a tradição até hoje. Neste ano, de 2020, por conta da Pandemia, foi
feita uma pequena fogueira artificial e os convidados de sempre, passaram, em
drive thru, para pegar suas guloseimas.
Pedro
Costa também foi um grande alfaiate ainda em Soure e Belém. O corte bem feito
trouxe-lhe o apelido de “Tesoura de Ouro”. Genro de comerciantes, acabou
mudando de ramo e foi para o comércio. Primeiro, com uma Casa São Raimundo, depois
com a Casa Estrela, as duas ainda em Soure. Em 1961, mudou-se para Macapá, onde
a família Pinheiro já estava estabelecida e abriu a Casa Estrela do Trem. Quando
ela fechou, ele se tornou gerente dos Armazéns Estrela que pertencia ao tio
Pinheirinho e ficou lá até a aposentadoria. Lá, ficou conhecido como o “Seu
Pedro da Estrela” e fez história. Com sua competência, bom humor e célebres
“tiradas”, cativava a todos. Orgulhava-se de “fazer contas de cabeça” não
importando o número de parcelas.
Seu Pedro
Rodrigues da Costa, faleceu em 18 de fevereiro de 1995, vítima de um câncer que
o levou, aos 80 anos.
Informações
de Vera Lúcia Pinheiro, filha do biografado.