segunda-feira, 29 de abril de 2019

Foto Memória de Macapá: Amigos e contemporâneos do Amapá

Nossa foto memória de hoje, foi gentilmente, compartilhada com o blog Porta-Retrato, pelo Del. Antônio Cardoso.
Pra quem não sabe, Antônio Cardoso, advogado, delegado aposentado, com passagem pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Amapá, é nosso velho amigo de Macapá.
O registro, do início dos anos 1970, clicado em frente ao antigo Bar Gato Azul, mostra nas imagens raras, seis velhos amigos e conterrâneos do Amapá, tendo a partir da esquerda para direita: o saudoso Norberto Tavares (foi jogador de futebol de vários clubes); Del. Antônio Cardoso, (na época usava barba e era magro); Paulo Sérgio (Médico, irmão do J. Ney); Carlos Rocha(irmão do advogado e ex-radialista Vicente Rocha); o saudoso Raimundo Adamor Picanço – Wanderley (Goleiro) e Aurino (Escrivão de Polícia) , que foi nomeado Delegado.
Agradecemos a deferência pela distinção do compartilhamento!
Disponha, sempre!

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Foto Memória da Guarda Territorial: Pioneiro – Inspetor Miguel Alves da Silva (em memória)

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Músico de bandas marciais e pioneiro da Guarda Territorial, o maestro Miguel Alves da Silva nasceu em Soure-PA, em 29 de setembro de 1912. 
Em 1949 passa a residir em Macapá, como integrante da Guarda Territorial e da Banda de Música da instituição, mais conhecida como “A Furiosa”. Em 1952, com a implantação do Conservatório Amapaense de Música (hoje Centro de Educação Profissional Walkiria Lima), ele  se submete a exame livre de música, considerado apto para a função de Regente da então Banda de Música da Guarda Territorial. Em 1962 recebe habilitação, pela Ordem dos Músicos do Brasil (Seção do Rio de Janeiro).
Em 1966, por decreto do Governo do Amapá, é nomeado Inspetor da Guarda Territorial, com privilégios na regência da Banda Oficial da instituição. Assim, durante sua atividade musical, participa de várias retretas musicais, e como jurado em vários concursos, entre eles o de Música Carnavalesca em 1969, realizado pelo Grupo Escoteiro Veiga Cabral, no Centro Educacional do Laguinho. Mas a sua laboriosa colaboração cultural lhe valeu uma licença de saúde, passando a realizar serviços burocráticos no SAG (Serviço de Administração Geral) do Governo do Amapá. Mas não foi por muito tempo. Em 1972 volta, com toda carga, às atividades musicais. Assim, passa a organizar e reger a Banda Marcial do IETA, ganhadora de vários campeonatos. 
Mas a GuardaTerritorial o chama para reger também a sua Banda de Música, permanecendo por 19 anos na GT, e 10 anos no Instituto de Educação.
Em 1982 é aposentado na função de Agente de Policia do Governo do Amapá mas, mesmo aposentado, ficou residindo em Macapá até sua morte, em 30 de novembro de 1991, aos 79 anos. Em sua folha de serviços prestados, constam várias portarias de elogios. Em homenagem ao músico, a Prefeitura Municipal de Macapá, em 5 de maio de 1994, denominou uma instituição de ensino localizada no bairro Perpétuo Socorro, de Escola Municipal Maestro Miguel Alves da Silva (Lei municipal nº 626/1994 PMM, de 5 de maio de 1994).
Por Edgar Rodrigues, historiador, parceiro e colaborador do blog Porta-Retrato Macapá.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

MEMÓRIA DE MACAPÁ - BREVE HISTÓRICO SOBRE A CRIAÇÃO E EXISTÊNCIA DA CONFRARIA TUCUJU

Por João Silva
A Confraria Tucuju foi criada no Pastelito, na Avenida General Gurjão, em 08 de junho de 1996 ao lado da residência do senhor Emanuel Serra e Silva (Duca Serra), a menos de 500 metros em linha reta da Fortaleza, próximo da Igreja de São José, ao lado do Teatro das Bacabeiras, na vizinhança do majestoso Rio Amazonas e do Museu Joaquim Caetano da Silva, no Centro Histórico de Macapá.
Pra quem não sabe, é bom  que se diga, que o Pastelito era uma pastelaria de propriedade do administrador e web designer Ronaldo Picanço que estava instalada onde hoje funciona o Restaurante, Galeria e Casa de Show DONNA ANTÔNİA, empreendimento do médico Ubiratan Silva, antigo proprietário da Star Club.
Pois é! Um grupo de pessoas ilustres decidiu então, criar a Confraria Tucuju, entidade democrática, sem fins lucrativos e atrelamento político-partidário, com objetivo de defender, promover e valorizar o patrimônio histórico e cultural do povo amapaense.
COMO FOI?
A ideia vinha amadurecendo, mas alguns fatos precipitaram a criação da Confraria, dois deles agressões inaceitáveis, como o fechamento arbitrário da Fortaleza de São José de Macapá à visitação pública e a decisão judicial que tentou silenciar as caixas do Marabaixo na casa do Mestre Pavão durante a Festa do Divino Espírito Santo, no Bairro Jesus de Nazaré.
Advogada Sônia Solange Maciel (foto) durante solenidade de posse
que aconteceu no restaurante da Boite Star Club, no Laguinho, 
aparecendo ao fundo o radialista J.Ney, que foi mestre de cerimônia
numa noite de festa para história da Confraria Tucuju.
Em um primeiro momento participaram do esforço cidadão que redundou na criação da Confraria, este escriba, os jornalistas Elson Martins, Hélio Pennafort; os historiadores e pesquisadores Estácio Vidal Picanço, Nilson Montoril e esposa, o radialista J.Ney e esposa, Norberto Tavares e esposa, Meton Jucá e esposa, Mário Jucá e esposa, o médico Paulo Sérgio, o professor Antônio Munhoz Lopes, a radialista Cristina Homobono e Aurino Borges de Oliveira.
Superado mais de um decênio da sua criação e luta, até em 2009 tinham passado pela presidência da entidade, sem direito a reeleição, a advogada Solange Maciel, Ronaldo Picanço e Silva (administrador), Evandro Milhomen (sociólogo), Mário Jucá (interinamente), Ângela Nunes (professora), Fernando Canto (Sociólogo), e Maria dos Anjos Miguel (serventuária da Justiça do Amapá).
CONTINUÍSMO
O fim da transição democrática no comando da Confraria Tucuju vem desde março de 2009, portanto há 10 anos, tempo em que preside a Confraria Tucuju a advogada Telma Duarte, eleita e reeleita várias vezes. Telma é filha de um pioneiro do Amapá, Henrique Duarte, e se constitui na terceira mulher e segunda advogada a ocupar o cargo.
Alterou o Estatuto que passou a permitir a reeleição. Incrementou alguns projetos, alguns convênios importantes; homenageou pioneiros do Amapá, fez parcerias com o GEA e a PMM com objetivo de fortalecer os eventos do aniversário da cidade, da festa do Padroeiro e fez reviver, no Largo dos Inocentes, o carnaval das Batalhas de Confete.
Sede da Confraria Tucuju -  (Foto Márcia do Carmo /Arquivo Pessoal)
De algum tempo excluída das parcerias com o Governo do Estado e a Prefeitura de Macapá, na segunda-feira da semana passada, melancolicamente a Confraria Tucuju teve que deixar endereço do Largo dos Inocentes para se livrar de uma divida (mais de 4 anos de aluguel em atraso) de cem mil reais perdoada pela Diocese de Macapá.
Nas fotos, momentos que marcaram os bons tempos da Confraria Tucuju: 
Foto montagem / mosaico - blog Porta-Retrato
Em cima, Coaracy Barbosa e Chaguinha no Pastelito durante os festejos do 4 de fevereiro de 97; Sacaca e Pedro Boliva (à esquerda); Helio Pennafort e Evandro Milhomen, embaixo.
Foto: Acervo do João Silva
Nessa imagem fundadores e simpatizantes da Confraria Tucuju que participaram da passeata que saiu às ruas para exigir a reabertura da Fortaleza. 
Foto: Acervo do João Silva
Registro feito em frente à lanchonete Pastelito, ao lado do Teatro das Bacabeiras. Sentados, da esquerda para a direita: o jornalista Hélio Pennafort, Ligia Angiane - 1ª secretária, dona Maria Jucá e advogada Sônia Solange Maciel – primeira presidente da Confraria Tucuju; em pé: o engenheiro Léo Platon, Meton Jucá, violonista Sebastião Mont’Alverne e José Jucá; à esquerda, por trás do eclético e animado grupo, aparece o Pathanga; de costas para a câmara, na frente do grupo de amigos, vê-se o professor Enildo Amaral, o popular “Cuia Preta”.
Texto do jornalista João Silva, originalmente publicado em sua página no Facebook.

domingo, 21 de abril de 2019

Foto Memória de Macapá: Integração Regional da Amazônia - JARI FLORESTAL E AGROPECUÁRIA LTDA

(Foto: Reprodução /  @h_b_salmon (www.abpic.co.uk)
Segundo pesquisa de Helio Bastos Salmon, a aeronave da Foto Memória de hoje, é um aparelho Fairchild FH-227B, que fez seu primeiro voo em 1967 e operou pela JARI FLORESTAL E AGROPECUÁRIA LTDA. Nesse mesmo ano, com o registro N227V, ele passou a ser operado pela empresa ferroviária Chesapeake & Ohio Railway Co. Depois disso ele aparece com o registro norte-americano N9NL, operando com a desconhecida Fluor Eurasia Inc.. Depois, já em 1976 e com o registro EP-PAR, ele apareceu sendo operado pela iraniana Pars Air. Foi provavelmente pelo final desta década que ele tenha passado a operar com a Jari Florestal e Agropecuária Ltda, o ousado projeto do norte-americano Daniel Keith Ludwig (1897-1992) que construiu uma gigantesca fábrica de celulose e papel em uma área de 160 mil hectares em plena selva amazônica. Para integrar a Jari ao resto do mundo, a empresa construiu portos, estradas de ferro e um aeroporto (que originou o atual Serra do Areão, em Monte Dourado) onde operava uma frota própria de aviões que incluía esse FH-227B, que à época pertencia à outra empresa de Ludwig, a National Bulk Carrier. Tal como os outros aviões da Jari, esse FH-227B, que passou a operar com o registro PT-ICA, era empregado na “ponte aérea Monte Dourado-Belém, que tinha com três voos diários para permitir a conexão com os horários de partida para Miami” (Folha de São Paulo, 15/07/1979). Em junho de 1983 esse avião foi repassado à TABA (Transportes Aéreos da Bacia Amazônica), que o operou com o mesmo registro PT-ICA até 6 de junho de 1990 quando, na aproximação do aeroporto de Altamira com tempo encoberto, o piloto errou a cabeceira da pista e se chocou com um grupo de árvores. Das 42 pessoas a bordo, apenas 20 sobreviveram.
Texto de Hélio Bastos Salmon. 
Foto: @h_b_salmon (www.abpic.co.uk)
Colaboração do amigo Heraldo Amoras, via Facebook.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Foto Memória Estudantil de Macapá: A TURMA FUNDADORA UNIDA do GINÁSIO AMAPAENSE

Após cinco anos da implantação do Governo do ex-Território Federal do Amapá, sentiu a administração territorial a necessidade de oferecer, aos remanescentes do ensino fundamental patrocinado pelo Governo do Pará - absorvidos pela nova gestão, mais os daí oriundos, todos concluintes da etapa primária - um segmento maior para prepará-los a enfrentar novos desafios, instituído cursos secundários (Ginasial/Colegial) que, uma vez concluídos, capacitava-os a buscar o segmento superior.
Assim, com esse objetivo, foi criado o Ginásio Amapaense para funcionar no prédio do Grupo Escolar “Barão do Rio Branco”, localizado na praça de igual nome, aproveitando no período noturno, de 19 às 23 horas, a ociosidade das salas do andar superior.
Foram contratados professores de fora, entre eles:
Carlos Alberto Salignac de Souza ......Português
Gabriel de Almeida Café.....................História/Desenho
José de Alencar Feijó Benevides........Geografia
Vitório Fontana ..................................Latim
Lauro Chaves .....................................Francês
James Lionel Burlet...........................Inglês
Professor Facundo............................Matemática
Stela da Costa Pimenta ....................Trabalhos Manuais
Dr. Mário de Medeiros Barbosa ......Ciências Físicas e Naturais
Estabelecido o Exame de Admissão, acorreram, não só os alunos que haviam concluído o primário nas escolas públicas locais, como trabalhadores e servidores da administração amapaense ávidos a aproveitar a oportunidade para ampliar os seus conhecimentos proporcionada pelas matérias inerentes ao currículo, melhorando a sua cultura até então inativa.
Muitos dos que iniciaram não chegaram ao fim. Foram desistindo por circunstâncias diversas. Os que permaneceram compunham a chamada TURMA FUNDADORA, constituída mais por alunos “de fora” do que pelos denominados “filhos da terra” que, na verdade, não eram mas, sim, paraenses de origem, como: Alceu Paulo Ramos, Ubiracy de Azevedo Picanço, Mair Naftaly Bemerguy e José Ramos da Conceição.
Aconteceu que, numa noite em que a Turma Fundadora, assistindo a aula de Ciências Físicas e Naturais, ao tempo proferida pelo Doutor Álvaro de Pinho Simões, Diretor da Divisão de Saúde, “alguém”, não sei por quê cargas d'água, achou de soprar uma gaitinha de boca, era pequenina mesmo, tomando a todos de surpresa e, até mesmo ao professor que ficara raivoso, inquirindo quem fora o autor do mal feito tendo, como resposta, um silêncio sepulcral. Em seguida, chamou o Inspetor de Alunos para tomar conta da turma enquanto buscava severas providências junto à Diretoria.
Nesse intervalo (é preciso que se diga que a sala de aula tinha duas portas de entrada, ficando uma fechada e a outra aberta para a circulação; durante as aulas ambas ficavam fechadas. Acima de cada porta havia um vão do qual não se sabia a utilidade) o “alguém” jogou a gaitinha para o vão de uma das portas.
Quando o Professor retornou com o Diretor em sua companhia, houve um processo de procura pelo Inspetor de Alunos, nas carteiras, no telhado ao lado das janelas e, nada encontrando, foi feita uma revista nos alunos do sexo masculino, sem sucesso. Terminada essa busca e como ninguém se acusasse da inconveniência foi proferida, pela Direção do curso, a sentença: três dias de suspensão para toda a turma.
O Doutor Simões, sentindo-se desprestigiado, não mais continuou como professor, sendo substituído pelo Doutor Mario de Medeiros Barbosa, médico da Divisão de Saúde.
Ao retornarem às aulas os alunos da Turma Fundadora resolveram, por unanimidade, que ela, dali por diante, passaria a se denominar: TURMA FUNDADORA UNIDA que foi certificada com o diploma de conclusão do Curso Ginasial.
Até hoje não sei quem foi o “alguém” autor da brincadeira de mau gosto...
José Raimundo Barata
Chefe Escoteiro Aposentado

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Foto Memória de Macapá: Dois Momentos de Zé Miguel

Trago hoje em nossas Fotos Memórias, Dois Momentos do Túnel do Tempo de Zé Miguel.
Zé Miguel, primogênito de uma família de 6 irmãos, é macapaense nascido em 1962, quando recebeu o nome de José Miguel de Souza Cyrillo e optou desde muito cedo pela carreira musical.
O tempo passou, ele cresceu e participou de várias bandas de baile, onde se desenvolveu na arte de tocar uma guitarra elétrica.
Ele mesmo conta, que a primeira oportunidade que teve de participar de um conjunto musical, lhe foi oferecida pelo professor e maestro Mário Melo.
Ao final dos anos 70 e início dos 80, o músico, maestro e compositor Mario Melo foi professor de música no Colégio Amapaense onde montou uma escolinha de música e fundou a Banda de Música do estabelecimento. Mario Melo animou bailes com conjuntos musicais que organizava nas quadras carnavalescas. Um deles denominava-se “Os Xavantes”.
O encontro com o maestro Mário Melo, aconteceu quando Zé Miguel foi cursar o primeiro ano do ensino médio, no Colégio Amapaense e lá foi apresentado ao maestro pelo músico Zenor, que tocava trombone na banda do colégio. Após esse primeiro contato o maestro convidou Zé Miguel para integrar o conjunto “Os Xavantes. Zé Miguel aceitou o convite e ainda sugeriu a Mário Melo que convidasse o seu amigo e também músico Batan, o que foi plenamente aceito pelo professor e ambos passaram a fazer parte da banda de Mário Melo.
Paralelo a isso, Zé Miguel começou a compor suas próprias composições, e participar de inúmeros festivais de música realizados à época.  
Discografia
O primeiro disco de Zé Miguel (ainda em vinil)foi gravado em 1991, intitulado “Vida boa”.
Em 1996, lançou “Planeta Amapari”, quando em parceria com os músicos e compositores Val Milhomem e Joãozinho Gomes.
Em 1998, lançou com eles, o disco “Lume”.
No ano seguinte, gravou o “Dança das Senzalas”, com o Quarteto Senzalas, do qual fez parte por 4 anos. No ano 2000, lançou na Alemanha e na França, ainda com o Quarteto, a coletânea que acabou por se chamar, também, “Planeta Amapari”. No mesmo ano, algumas de suas obras fizeram parte da Coletânea “Brasil 500 anos de Groove”.
Em 2002 foi lançado o Cd “Zé Miguel Acústico”.
Em 2004 lançou o Cd “Quatro Ponto Zero”.
Em 2005 lançou o Cd “Uma Balada para Kayne”.
Zé Miguel também participa dos Cd’s “Movimento  “Costa Norte”, lançado em 1994 e “Cancioneiros do Meio do Mundo”, lançado em 2006.
Seu primeiro DVD intitulado “Meu Endereço”, foi lançado em Macapá, em 2008 e levou o artista a uma sequência de shows realizados em abril e maio em todo o território amazônico. No primeiro semestre desse mesmo ano, foi lançado o DVD “Gente da Mesma Floresta” gravado em São Paulo em 2006.
Entre 2006 e 2013, Zé Miguel lançou a coletânea de obras intitulada “Zé Miguel Coleção”. Em seguida lançou num CD de registro de novas composições, por serem gravações caseiras. Chamou-se “Zé Miguel Feito em Casa”.
Seu mais recente trabalho, o Cd “Amazônia na Veia”, foi lançado em 16 de maio de 2014 com grande show no Teatro das Bacabeiras, em Macapá.
Trabalho este com participação de cantores e compositores da Amazônia.
Ao longo de sua carreira, Zé Miguel já fez Shows em vários Estados brasileiros como: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Sergipe, Pará, Amazonas, Roraima, Acre, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Fonte consultada: “Memória em Movimento – Vida e Obra - Zé Miguel”

domingo, 14 de abril de 2019

MEMÓRIA HISTÓRICA DA AVIAÇÃO NO AMAPÁ

Por Édi Prado
A primeira aeronave a pousar forçosamente em Macapá foi o hidroavião Junkier D217, no dia 18 de março de 1922. O percurso planejado era de New York/Buenos Aires. Um voo ousado para a época.
A aeronave apresentou problemas mecânicos forçando o aviador a amerissar em frente à baía de Macapá. A notícia é um documento raro que entrou para a história que ilustra, sem dúvida alguma, os primeiros tempos da aviação no Amapá. O aviador explicou o motivo da amerissagem nada agradável em Macapá. Eles viajavam da América do Norte para Buenos Aires em dois aviões Junker, de fabricação alemã: D-217, que transportava combustível, gêneros alimentícios e material indispensável à viagem e o D-218, hidroavião de comando. Sobrevoavam a costa brasileira, quando o D-217 projetou-se no mar. Dos três tripulantes, apenas o mecânico foi salvo pelo D-218.
Um ano após assumir o governo do Amapá, Janary Nunes entrega o primeiro relatório ao presidente Getúlio Vargas, no qual enfatiza também a real situação dos transportes no então Território.
Embora a Força Aérea Brasileira-FAB, enviasse semanalmente o Correio Aéreo Nacional, levando medicamentos e correspondências, não era suficiente para atender as necessidades do recém-criado Território Federal. Reivindicava pelo menos a criação de uma linha aérea civil. A Panair, que já estava na cidade, foi a primeira a se prontificar estendendo a linha até Amapá e Oiapoque.
Em dezembro de 1931 amerissava o hidroavião Sirosky, da Panair do Brasil, em frente a Clevelândia do Norte. O comandante Cob estava acompanhado do mecânico de voo, Siegfried, do rádio telegrafista, Osvaldo Aranha e os passageiros José Ferreira Junior e Fernando Teixeira Araújo. A missão era checar a informação de desembarque de contrabando de armas, que seriam utilizadas pelo Movimento Revolucionário Paulista. Nada foi confirmado. Em junho de 1937 pousa no Oiapoque o avião do Correio Aéreo Nacional- CAN- que fazia a integração do País. Era um monomotor Wacco, pilotado pelo capitão Rui Presser Bello e o copiloto, 2° Ten Joleo da Veiga Cabral. O pouso foi na propriedade de Moisés Batista, local do atual aeroporto da cidade. O avião está em exposição no Museu Aeroespacial do Campo dos Afonsos no Rio de Janeiro. A linha era semanal. Chegava no sábado e partia no domingo.
A necessidade do tráfego aéreo se tornou uma prioridade do governador. E no dia 23 de julho de 1953 foi criado o Serviço de Aeronáutica - Saer.
O primeiro pouso oficial em Macapá, ocorreu no dia 11 de julho de 1951. Avião Bonanza Beechcraft-V36, com quatro vagas, de propriedade do governo do Território, procedente do Rio de Janeiro. O comandante, Carlos Hanson, que trouxe como passageiro, o Tenente Antônio Guerreiro.
A pista improvisada ficava na atual Av. Procópio Rola,  numa área que compreende as avenida FAB e Raimundo Álvares da Costa, abrangendo o espaço hoje ocupados pela Prefeitura de Macapá, prédio do Hemoap e Palácio do Governo, além de toda a área, hoje destinada ao bloco de secretarias do governo do Estado, desde a Leopoldo Machado até a Rua General Rondon.
O COMEÇO DE TUDO
Com a criação do Saer era necessário estruturar o setor e qualificar os profissionais. Além do Tenente Antônio Guerreiro, o primeiro piloto contratado, o governo contratou os comandantes Rodar e Cantídio e foi contemplado com o monomotor Fairchild de treinamento, cedido pela FAB e Janary adquiriu outro Paulistinha, modelo para formar pilotos. Daí nasce a ideia de criar o Aeroclube do Amapá. A ideia foi tomando corpo. Aliava-se a necessidade e a possibilidade real, devido a existência de dois aviões e pilotos experientes. Embalado pela febre de formar pilotos, convidaram o piloto aviador, Luís Carlos Rodarti, que foi de São Paulo. Ele era instrutor do Aeroclube do Brasil e levou como auxiliar, o Sargento Cantídio Guerreiro, piloto da FAB, que servia na base de Belém.
A PRIMEIRA TURMA
Aulas práticas e teóricas eram ministradas aos corajosos alunos.
O Comandante Edson Ferraz de Abreu, inspetor da Aviação Civil do Ministério da Aeronáutica foi designado para fazer os exames aos alunos do primeiro curso de pilotagem do Aeroclube de Macapá, no dia 30 de agosto de 1956. O avião era o modelo Fairchild. Os alunos aprovados foram : Hamilton Silva, Dário Gomes, Walter do Carmo, Anival Arab Fadul e Carlos Pontes. A formatura ocorreu no dia 16 de setembro de 1956, procedida pelo governador Janary Nunes. Com a saída dos dois instrutores de voos, o governo contratou o Coronel Bravo, da força Aérea Boliviana, que estava auto exilado, por ter participado de um fracassado golpe militar contra um dos mais corruptos presidentes daquele País.
Matéria publicada no jornal Correio do Amapá, edição de número 5 de 24 de outubro de 2010, no caderno de Eco Turismo.

sábado, 13 de abril de 2019

Foto Memória de Macapá: o Pioneiro Isaac Tavares de Souza (em memória)

Nossa Foto Memória de hoje, presta uma justa homenagem(em memória) a um pioneiro do Amapá, que não era brasileiro de nascimento e sim de coração. Falo do Sr. Issac Tavares de Souza.
Seu Isaac era de descendência luza. Veio de Portugal ainda novo e residiu em Belém do Pará, antes de seguir para o Amapá juntamente com seu patrício de nome Manoel.
Isaac e Manuel, uniram seus projetos e instalaram em Macapá uma fabrica de sabão (foto acima) que ficava localizada à Av. Pedro Baião, na altura da praça Floriano Peixoto.
-- Lembro-me bem que, na entrada da saboaria, havia uma prateleira expondo maquetes feitas em sabão, dos prédios do Colégio Amapaense e dos Correios de Macapá. Indagado sobre aqueles trabalhos, seu Isaac me explicou que foram peças confeccionadas, exclusivamente, para serem apresentadas na Feira de Exposição de Animais e Produtos Econômicos, que era montada todos os anos pelo Governo do Território, na localidade de Fazendinha.
As referidas peças, foram depois derretidas e transformadas em sabão, quase no fechamento da fábrica.
Depois do fechamento da saboaria, o espaço serviu de fábrica do Guaraná Glória do empresário Miguel Bitencourt.
Seu Isaac era também conhecido, no bairro do Trem, por manter em funcionamento, o Botequim “Lua de Prata”, na Av. Feliciano Coelho (ao lado do rinhadeiro) onde atendia clientes que, nas horas de folga, gostavam de ingerir uns aperitivos e umas caninhas, além, é claro, do delicioso Flip Guaraná.
Seu Isaac, que nasceu em 1917, faleceu e foi sepultado em Macapá em 2003, com 86 anos de idade.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Foto Memória de Macapá: área do antigo campo de pouso de Macapá

A transferência do antigo “campo de aviação” para uma área ampla e distante do centro da cidade de Macapá, aconteceu em 1958, por decisão do então Governador Pauxy Gentil Nunes.
Na visão do amigo Nilson Montoril, a mudança foi bastante criticada pelos derrotistas, pois os mesmos não visionavam um futuro promissor para o pungente capital de um dos novos territórios da Amazônia, o Amapá.
Segundo o historiador, “a medida visava eliminar o aeroporto da Panair do Brasil, que, a partir de maio de 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, passou para o controle dos Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul S. A. No momento da mudança, operavam a Cruzeiro do Sul e o Lóide Aéreo Nacional usando aviões Douglas DC 3. Os Douglas C 47 do Correio Aéreo Nacional faziam linha desde 1937, entre o Rio de Janeiro e Caiena, com escalas em Belém, Macapá e Base Aérea de Amapá. Ao lado do campo de pouso foi construída uma pequena casa de madeira para uso das empresas de aviação e passageiros. Aos poucos o cenário foi mudando, a despeito de inúmeras dificuldades para obter verbas federais. O panorama começou a mudar quando o aeroporto foi guindado à categoria de Internacional.”
Nilson explica ainda que o aeroporto da Panair do Brasil foi implantado em área de cerrado distante do centro histórico de Macapá. À proporção que a cidade foi se expandindo no sentido do campo de aviação, algumas vias públicas surgiram, como a Coronel José Serafim e General Rondon, esta facultando o acesso para o bairro do Laguinho. Além delas vieram as Avenidas FAB, Procópio Rola (trecho entre a José Serafim e a General Rondon) e Raimundo Álvares da Costa. Na correção da pista de pouso, a área do campo de aviação ficou compreendida entre as Ruas General Rondon e a atual Professor José Barroso Tostes (sentido longitudinal) e Avenidas FAB e Raimundo Álvares da Costa(largura). A configuração do campo ocasionou o bloqueio de novas vias. A Eliezer Levy foi aberta a partir do Laguinho. Era interrompida ao alcançar a cerca de arame farpado do campo de aviação e seguia no rumo do Trem depois da Av. FAB. O mesmo ocorreu com as demais ruas que circundavam o campo de aviação. O Governador Pauxy Nunes decidiu extinguir o ponto de estrangulamento das ruas e avenidas. Inicialmente, a nova pista de pouso iria ser feita ao lado direito da estrada para a Fazendinha, no espaço entre o Marco Zero e a Fazendinha de Fora. Como ficaria paralela ao Rio Amazonas, com forte incidência de vento, o plano foi alterado. 
(Divulgação Infraero)
A área onde se encontra o Aeroporto Internacional Alberto Alcolumbre só podia ser alcançada através de trilha que hoje corresponde a Rua Hildemar Pimentel Maia (o idealizador do Aeroclube de Macapá). O nome do aeroporto deveria ser Pauxy Nunes.”
Fonte: Facebook

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Foto Memória de Macapá: Fortaleza de São José, em completo abandono

Publiquei em 8 de setembro de 2011, oito fotos raras da Fortaleza de Macapá, em total abandono, tal como foi encontrada por Janary Nunes, ao assumir o Território Federal do Amapá, em 1943.
Hoje trago uma foto, publicada pelo amigo Maximilian Santos, no Memorial Amapá, que mostra como era a entrada do Igarapé do Igapó, ou Igarapé da Fortaleza, naquela época.
Tais relíquias fazem parte do acervo histórico do Amapá guardado no Museu Joaquim Caetano da Silva, e que ilustraram o Relatório do Governo do ex-Território Federal do Amapá, datado de 1944.
Nas imagens vemos as reais condições do entorno da Fortaleza, no início dos anos quarenta, evidenciando uma das guaritas do lado direito da velha edificação.
Fonte: Memorial Amapá

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Foto Memória da Igreja Católica: Padres do Pime: Fúlvio Giulliano e Vitório Galliane

Nossa Foto Memória de hoje, foi compartilhada na rede social, pelo amigo Fernando Canto. Trata-se de um registro, sem data, clicado na Casa Paroquial da Igreja São Benedito.
Nas imagens temos à esquerda o Padre Fúlvio Giulliano e à direita o Padre Vitório Galliane, ambos saudosos sacerdotes do Pime, que fizeram brilhantes trabalhos catequéticos e sociais, na Prelazia de Macapá, no início do ex-Território Federal do Amapá.
A senhora no centro da imagem é Dona Aurora Cordeiro, cozinheira dos padres por longos anos naquela Casa Paroquial.
O mestre bacharel construtor Fúlvio Giulliano chegou ao Amapá em junho de 1962, com 23 anos de idade, para atuar como missionário leigo e mestre de obras na então Prelazia de Macapá. Desembarcou pelo porto de Santana. Sua ida se deveu a um convite formulado por Dom Aristides Piróvano, que então exercia o cargo de bispo Prelado de Macapá e coordenava a equipe de sacerdotes do Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras-PIME, na capital do Território Federal do Amapá.
Fúlvio atravessou o Oceano Atlântico a bordo de um navio cargueiro italiano que veio embarcar minério de manganês, no píer da Indústria e Comércio de Minérios S.A – ICOMI.
Catequista e arquiteto:
Entre os anos de 1962 a 1968, Fúlvio Giuliano desenvolveu diversas atividades, inclusive as relacionadas com sua profissão de arquiteto, auxiliando o Dr. Marcelo Cândia na edificação do Hospital São Camilo e São Luiz. Ele também concebeu os projetos arquitetônicos das igrejas de São Benedito (pedra fundamental em 24/6/1963 e inauguração no Natal de 1964), Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (inaugurada dia 12/4/1981).
Pintou expressivos afrescos em diversas igrejas de Macapá e participou de muitos salões de arte, com destaque para o I Salão de Artes do Colégio Amapaense, organizado pelo Professor Antônio Munhoz Lopez, onde o ilustre arquiteto mostrou 14 quadros da Via Sacra e I Salão de Artes Plásticas da Universidade Federal do Pará, com menção honrosa pela tela “Arraial de São José em Macapá”.
Em 1968, Fúlvio Giuliano mudou-se para Belo Horizonte para estudar teologia e receber o Sacramento da Ordem. Concluído o curso retornou a Macapá, onde, no dia 3 de janeiro de 1971, foi ordenado sacerdote. Entrou no Instituto da promessa a 13 de março de 1980.
Fúlvio permaneceu em Macapá até 1985, ocasião em que retornou à Itália, sua terra natal, para tratar dos rins, haja vista que o péssimo funcionamento dos mesmos tornou precário seu estado de saúde. Inicialmente ficou em Monza como pai espiritual e chefe da igreja pública. Depois, residiu em Gênova-Nervi, submetendo-se a frequentes seções de diálise.
Padre Fúlvio faleceu em Gênova, dia 5 de junho de 2007, as 10h30, com 68 anos. 
Seu corpo descansa em paz no cemitério de Grugana. (Informações do historiador Nilson Montoril)
Padre Vitório Galliani, era italiano de Milão. Ingressou no PIME - Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras, recebendo as ordens sacerdotais no ano de 1946. Começou as atividades religiosas na Itália e, em 25 de junho de 1948, chegou a Macapá, juntando-se aos outros sacerdotes do PIME, desenvolvendo atividades na educação espiritual da população amapaense. Em 30 de março de 1950, foi designado Vigário Paroquial no Município de Oiapoque, destacando-se pelo relacionamento mantido com as tribos indígenas da região; regressou de Oiapoque para assumir as funções de Coadjutor na paróquia de São José; a 19 de fevereiro de 1957 foi nomeado Vigário da Paróquia de São José; em 18 de janeiro de 1961 assumiu o cargo de Vigário da paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Santana, também se destacando na missão sacerdotal exatamente na época da chegada de trabalhadores de todas as classes sociais para trabalhar na ICOMI, empresa exploradora de minério de manganês em Serra do Navio. O padre Vitório adoeceu, viajando para a Itália, em tratamento de saúde, em 2 setembro de 1972.
Retornou a Macapá, em maio de 1973, sendo designado para a função de Coadjutor na vila de Serra do Navio; exerceu o cargo de Vigário-Geral da Prelazia de Macapá do ano de 1978 ao ano de 1982; Vigário da Paróquia Jesus de Nazaré no período de abril de 1974 a janeiro de 1980; em 25 de janeiro de 1980 foi nomeado Vigário da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima onde ficou até 21 de janeiro de 1983, exercendo a função de Capelão do Hospital Geral de Macapá até a sua morte repentina no dia 24 de abril de 1983. Foi mais um dos evangelizadores ilustres, que participou da construção do Estado do Amapá.
Fonte: Livro "Personagens Ilustres do Amapá" de Coaracy Barbosa, Vol. II - edição de 1998
No post podem ser vistas outras fotos raras publicadas no Facebook, por Fernando Canto.

terça-feira, 9 de abril de 2019

Foto Memória da Mineração Amapaense: Porto da ICOMI, em Santana-AP

Hoje trazemos para rememorar, uma Foto Memória tirada em 1956, época da construção do Porto de Santana, montado pela Industria e Comércio de Minérios S/A – ICOMI.
Já se encontrava instalada toda a estrutura do cais flutuante, implantado pela mineradora e que, hoje, está totalmente destruído.
Vemos ainda, no raro registro histórico, o primeiro armazém construído pela empresa à beira do Rio Amazonas, além do porto em alvenaria para carga e descarga de produtos, maquinários e veículos.
Fonte: Revista Icomi Notícias

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Foto Memória Estudantil: Alunos do antigo IETA.

Encontrei esta foto no BAÚ de LEMBRANÇAS do amigo João Silva, que a ganhou do casal Lauro (Simone) Vasconcelos, que mora em Brasília há mais de 40 anos.
A foto é uma preciosidade de 1965, e mostra um grupo de estudantes do antigo Instituto de Educação do Amapá – IETA, fazendo pose diante do prédio da biblioteca que foi demolido para dar lugar ao Jardim de Infância Pequeno Príncipe.
Eu já havia publicado no blog em 2015, parte dessa mesma foto que me foi enviada pelo amigo João Eudes, que agora está residindo em Piruíbe, litoral de São Paulo.
Sem citar pela ordem, se em pé ou agachados, da nossa parte identificamos na foto de cima:  Joab Araújo (filho do Manga Rosa), Juarez Cabral, Antônio Chagas, José Jucá, Simone, Filomena, Ilma Carvalho, João Capiberibe, João Eudes, Maurinho (irmão do Edson Pratinha), Antônio Trevizani, Araceli, Patrícia Nicolay, Dayse Nascimento, Jorge Armando (Jujuba), João Assis Filho, Paulo Mendes e Carlos Bezerra.
A maioria das meninas da foto não conseguimos identificar.
Fonte: Facebook

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Foto Memória do Esporte Amapaense: Os craques da bola: Magalhães e Joca (em memória)

Hoje prestamos homenagem a dois ícones do futebol arte, do Amapá: os craques Magalhães e Joca.
A crônica, assinada pelo jornalista João Silva, retrata uma época de ouro do futebol na capital do Amapá.
O Porta-Retrato foi buscar no BAÚ de LEMBRANÇAS do renomado amigo Balalão, essa relíquia de registro fotográfico desses dois cracassos da bola. O João relembra, muito bem que “o Juventus, fundado pelos padres do PIME com ajuda de esportistas como Walter Banhos de Araujo, 'Seu' Medeiros, Humberto Santos, Expedito Cunha Ferro e outros, foi uma escola para os meninos e adolescentes pobres de Macapá que só podiam participar dos torneios de futebol no campinho da Matriz se fossem à missa dominical na Igreja de São José! Raimundo Magalhães e Joca deram os primeiros passos no futebol na chamada Casa dos Padres, ambos brilharam nos times do JEC que na década de sessenta rivalizava com o CEA Clube. Os dois ajudaram o time da Prelazia a conquistar três Campeonatos de Futebol envergando a camiseta do Moleque Travesso, um fazendo gols, o artilheiro Joca, outro fechando a meta do time dirigido por Humberto Santos. Fora de campo, Joca e Magalhães foram escoteiros, se formaram, constituíram família, ambos trabalharam muitos anos na LBA. Passado tanto tempo, sempre que o assunto é futebol do passado, futebol dos bons tempos, ninguém esquece dos tirambaços do grandalhão artilheiro Joca nem da segurança do Magalhães fechando a meta do Moleque Travesso. Joca faleceu em 2015."
Sem dúvida, como lembra o Rupsilva, os dois “foram resultados da excelente formação religiosa, ética e moral da inesquecível Paróquia de São José de Macapá, Praça da Matriz, ‘CASA DOS PADRES’”.
Texto do amigo João Silva, publicado em sua página no Facebook, reproduzida pelo Porta-Retrato, com a devida anuência do autor.
Fonte: Facebook