Por João Silva
A Confraria Tucuju foi criada no Pastelito, na Avenida
General Gurjão, em 08 de junho de 1996 ao lado da residência do senhor Emanuel
Serra e Silva (Duca Serra), a menos de 500 metros em linha reta da Fortaleza,
próximo da Igreja de São José, ao lado do Teatro das Bacabeiras, na vizinhança
do majestoso Rio Amazonas e do Museu Joaquim Caetano da Silva, no Centro
Histórico de Macapá.
Pra quem não sabe, é bom
que se diga, que o Pastelito era uma pastelaria de propriedade do
administrador e web designer Ronaldo Picanço que estava instalada onde hoje
funciona o Restaurante, Galeria e Casa de Show DONNA ANTÔNİA, empreendimento do
médico Ubiratan Silva, antigo proprietário da Star Club.
Pois é! Um grupo de pessoas ilustres decidiu então, criar a
Confraria Tucuju, entidade democrática, sem fins lucrativos e atrelamento
político-partidário, com objetivo de defender, promover e valorizar o
patrimônio histórico e cultural do povo amapaense.
COMO FOI?
A ideia vinha amadurecendo, mas alguns fatos precipitaram a
criação da Confraria, dois deles agressões inaceitáveis, como o fechamento
arbitrário da Fortaleza de São José de Macapá à visitação pública e a decisão
judicial que tentou silenciar as caixas do Marabaixo na casa do Mestre Pavão
durante a Festa do Divino Espírito Santo, no Bairro Jesus de Nazaré.
|
Advogada Sônia Solange Maciel (foto) durante solenidade de posse
que aconteceu no restaurante da Boite Star Club, no Laguinho,
aparecendo ao fundo o radialista J.Ney, que foi mestre de cerimônia
numa noite de festa para história da Confraria Tucuju.
|
Em um primeiro momento participaram do esforço cidadão que
redundou na criação da Confraria, este escriba, os jornalistas Elson Martins, Hélio
Pennafort; os historiadores e pesquisadores Estácio Vidal Picanço, Nilson
Montoril e esposa, o radialista J.Ney e esposa, Norberto Tavares e esposa,
Meton Jucá e esposa, Mário Jucá e esposa, o médico Paulo Sérgio, o professor
Antônio Munhoz Lopes, a radialista Cristina Homobono e Aurino Borges de
Oliveira.
Superado mais de um decênio da sua criação e luta, até em
2009 tinham passado pela presidência da entidade, sem direito a reeleição, a
advogada Solange Maciel, Ronaldo Picanço e Silva (administrador), Evandro
Milhomen (sociólogo), Mário Jucá (interinamente), Ângela Nunes (professora),
Fernando Canto (Sociólogo), e Maria dos Anjos Miguel (serventuária da Justiça
do Amapá).
CONTINUÍSMO
O fim da transição democrática no comando da Confraria Tucuju
vem desde março de 2009, portanto há 10 anos, tempo em que preside a Confraria
Tucuju a advogada Telma Duarte, eleita e reeleita várias vezes. Telma é filha
de um pioneiro do Amapá, Henrique Duarte, e se constitui na terceira mulher e
segunda advogada a ocupar o cargo.
Alterou o Estatuto que passou a permitir a reeleição.
Incrementou alguns projetos, alguns convênios importantes; homenageou pioneiros
do Amapá, fez parcerias com o GEA e a PMM com objetivo de fortalecer os eventos
do aniversário da cidade, da festa do Padroeiro e fez reviver, no Largo dos
Inocentes, o carnaval das Batalhas de Confete.
|
Sede da Confraria Tucuju - (Foto Márcia do Carmo /Arquivo Pessoal) |
De algum tempo excluída das parcerias com o Governo do Estado
e a Prefeitura de Macapá, na segunda-feira da semana passada, melancolicamente
a Confraria Tucuju teve que deixar endereço do Largo dos Inocentes para se
livrar de uma divida (mais de 4 anos de aluguel em atraso) de cem mil reais
perdoada pela Diocese de Macapá.
Nas fotos, momentos que marcaram os bons tempos da Confraria
Tucuju:
|
Foto montagem / mosaico - blog Porta-Retrato |
Em cima, Coaracy Barbosa e Chaguinha no Pastelito durante os festejos do 4 de fevereiro
de 97; Sacaca e Pedro Boliva (à esquerda); Helio Pennafort e Evandro Milhomen, embaixo.
|
Foto: Acervo do João Silva |
Nessa imagem fundadores e simpatizantes da Confraria Tucuju que participaram da passeata que saiu às ruas para exigir a reabertura da Fortaleza.
|
Foto: Acervo do João Silva |
Registro feito em frente à lanchonete Pastelito, ao
lado do Teatro das Bacabeiras. Sentados, da esquerda para a direita: o
jornalista Hélio Pennafort, Ligia Angiane - 1ª secretária, dona Maria Jucá e
advogada Sônia Solange Maciel – primeira presidente da Confraria Tucuju; em pé:
o engenheiro Léo Platon, Meton Jucá, violonista Sebastião Mont’Alverne e José
Jucá; à esquerda, por trás do eclético e animado grupo, aparece o Pathanga; de
costas para a câmara, na frente do grupo de amigos, vê-se o professor Enildo
Amaral, o popular “Cuia Preta”.
Texto do jornalista João Silva, originalmente publicado em sua página no Facebook.