segunda-feira, 27 de maio de 2013

Especial: Do Baú do João Silva - Memória do Esporte


O Fluminense no Glycerão
(*) João Silva

Domingo de gala no Estádio Municipal Glycério Marques, nove anos após sua inauguração em janeiro de 1950. Amistoso entre o Fluminense, do Rio de Janeiro, e um combinado formado por jogadores do Amapá Clube e do Esporte Clube Macapá realizado no dia 12 de julho de 1959. Em campo, portanto, o timaço do tricolor das Laranjeiras que mais adiante se tornaria o último Campeão Carioca da década de 50. O jogo foi três a zero para o Fluminense e o meia-atacante Perereca teve que bater um penalty contra Castilho (outros dois jogadores se recusaram em fazê-lo mesmo diante da determinação do técnico Jomar Tavares); certo é que depois de muita insistência  o Perereca aceitou bater a penalidade e gelou quando viu Castilho, campeão mundial de 1958 abrir os braços debaixo da trave de entrada do Glycerão… Fechou os olhos e mandou ver… A bola subiu tanto que passou por cima do muro do estádio e foi bater na antiga sede da Divisão de Trânsito.
No registro de mais de meio século, bem no centro do precaríssimo ‘gramado’ do Glycério Marques, moças da sociedade amapaense entregam um buquê de flores aos visitantes em nome do Governo do Território do Amapá, e  pousam para a fotografia (clic em cima para aumentar) ao lado dos jogadores do Flu, vendo-se, da esquerda para a direita: Lucinha Sodré, Maurinho, Eunice Viana, Telê Santana, Isabel Coutinho, Flávia Cunha, Escurinho, Bete Viana, Ida Aimoré, Maria Façanha, Jair Marinho, Lucinha Leôncio, Tereza Buarque, Clovis, Elisabete Cavalcante, Altair, a moça de óculos não foi possível identificar, Paulinho, Irene Remédios, Jair Francisco e o zagueirão Pinheiro. Depois desse jogo, o volante Edmilson foi entrevistado pela Revista do Esporte que lhe perguntou qual o melhor e o pior campo em que jogara e ele disse: “O pior foi em Macapá, no Amapá, um quadrado apelidado de campo de futebol”. E continua ruim, passados muitos prefeitos ao longo de 64 carnavais. Outra coisa: as bolas também eram tristes (sem cor), duras, não ajudavam, basta olhar as duas nos pés de Jair Francisco e Pinheiro… A equipe de esporte que aparece na cabine da Leopoldo Machado, por trás das moças e dos jogadores do Fluminense, é da Rádio Difusora de Macapá, mas, pela distância e qualidade da foto, foi impossível identificar quem fazia parte da turma do buca de ferro naquela tarde de 1959.


(*) João Silva é jornalista e blogueiro amapaense.

Fonte: Transcrito do blog do João Silva

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Humanistas de 1950, do antigo Ginásio Amapaense.

Uma relíquia rara e histórica guardada no acervo do professor Mário Quirino da Silva e gentilmente compartilhada pela Família Façanha da Silva.
Foto datada de outubro de 1950 apresenta imagem dos pioneiros que se formaram na turma daquele ano, no Curso de Humanismo, no Ginásio Amapaense. 
Entre eles conseguimos identificar apenas: o professor Ubiracy de Azevedo Picanço (Tio Bira - já falecido), o 3º em pé; o prof Alceu Paulo Ramos(também falecido) o penúltimo a partir da esquerda. Entre os agachados, o 2º, a partir das esquerda é o prof Mário Quitino da silva e o último a direita, o piloto Hamilton Silva(falecido).
Verso:
(Quem conhecer os não identificados, pode nos ajudar a completar a legenda, informando por e-mail -jolasil@gmail,com - ou deixando registrado nos comentários)

          O acervo e a biografia do ilustre mestre, fazem parte de um projeto da família, de lançar um livro de memórias e um DVD, com fotos inéditas, onde será contada a história intelectual e pública  de importantes fases da vida de Mário Quirino da Silva, como filho, pai, educador e trabalhador público. Mário Quirino, era um homem reservado, organizado, de muita responsabilidade e muito respeito.

Saiba mais

Fortaleza de Macapá, no período do abandono


Anos 40 - Vista de um dos quartéis no interior da Praça de Armas, na Fortaleza de São José de Macapá, em precário estado de conservação.
(Repaginado em 22/05/2/13)

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Dr. Marcello Cândia


Dr. Marcello Cândia, era um empresário italiano que, por amor aos pobres do Brasil, vendeu sua indústria e com o dinheiro construiu o maior hospital da Amazônia, juntamente a outras obras e fundações religiosas. As obras iniciadas por Marcello Cândia são apoiadas por uma Fundação, com o mesmo nome, sendo o aspecto religioso o que mais predomina.
Ele morreu em agosto de 1983 e o processo de sua canonização está em andamento no Vaticano. O Papa Francisco declarou santas duas religiosas da América Latina. Tomara que o processo de Marcello Cândia não demore muito.
Além do hospital São Camilo, tem uma casa de atendimento a portadores de hanseníase em Marituba-PA e um outro hospital em Fortaleza.

Fonte: Informações e foto reproduzidas do ICARO - Boletim do Centro Cultural Marcello Cândia (via Google)

terça-feira, 21 de maio de 2013

Falece em Macapá, o advogado Adelmo Caxias.


Faleceu na manhã desta terça-feira, 21/03 no Hospital São Camilo, em Macapá, o advogado amapaense ADELMO CAXIAS DE SOUZA.
"Adelmo teve um problema de coração e passou por cirurgia em Belém, em fevereiro. De lá pra cá, foi uma luta contra doenças e bactérias. Adelmo insistiu com os médicos para voltar a Macapá, já cansado de tanto sofrimento e tanto tempo em hospital." (Alcilene Cavalcante)
Seu corpo está sendo velado na sede da OAB-AP.
O sepultamento ocorre, às 11h da quarta-feira, 22.
Nossos sentimentos à família enlutada. Que a alma de Adelmo Caxias descanse em Paz na Glória de Deus Pai.

A Colação de Grau do professor Antônio Munhoz

Um momento inesquecível registrado há 54 anos, quando o professor Antônio Munhoz Lopes recebia o anel de seu tio paterno e paraninfo Lauro Árias Lopes, na festa de sua colação de grau, pela velha Faculdade de Direito de Belém, em 04 de outubro de 1959.
A bênção dos anéis e Te-Deum solene, aconteceram na Basílica de Nazaré, e a cerimônia de colação, no Teatro da Paz, com os discursos do paraninfo, professor Joaquim Lemos Gomes de Sousa, e do orador da turma, o bacharelando Jerônimo de Noronha Serrão, ambos já falecidos.  
Antônio Munhoz Lopes é um pioneiro da Educação e da Cultura do Amapá!
Hoje, com 81 anos, continua morando em Macapá e participando ativamente da vida cultural da cidade.
Fonte: Blog Prof. Munhoz - 80 anos

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Ele também passou pelo Amapá: O Mágico Tabajara

(Foto: Reprodução / Facebook)
Tabajara Duarte da Silva, é natural de Belém do Pará. 
O mágico viajou por doze países e fala fluentemente Francês e Espanhol. Serviu no exército Peruano como 1º Sargento.
Circense, Tabajara trabalhou nos melhores circos. Atuou como domador, trapezista, acrobata, malabarista, equilibrista, palhaço e ainda no globo da morte.
(Foto: Reprodução/ Goggle images)
Se apresentou no programa da Xuxa...
Tabajara e Neci, no  Programa Silvio Santos, ele como Mágico Tabajara.
...e também ganhou dois prêmios máximos no programa do Silvio Santos no “Cidade Contra Cidade” e  no Programa do Gugu, além de dois prêmios internacionais como mágico em Amsterdam, na Holanda , e em Paris.
Tabajara Duarte da Silva, chegou em Macapá em 1972, empresariando o Circo Norte Africano, um dos primeiros a aparecer por lá.
Tabajara gostou da cidade de Macapá e resolveu fixar residência com esposa e filhos; vivia de fazer Shows em eventos na cidade, inclusive na residência do Governador Ivanhoé Martins.
Como foi ficando muito conhecido foram esgotando os shows, ai foi ser  locutor na Rádio Difusora, onde tinha um programa chamado VIAGEM MUSICAL COM O MÁGICO TABAJARA.
Nesse meio tempo, em 1974, chegou o material pra ser instalada a TV AMAPÁ. Como o Dr. Phelipe Daou conhecia os familiares de Tabajara, desde Rio Branco, no Ácre, o mesmo o convidou para que fizesse parte do núcleo da TV AMAPÁ, o que pra ele era uma honra. Tabajara ajudou nas primeiras transmissões dos programas. Atuou na emissora como técnico e apresentador. Tinha uma das primeiras novelas da TV Globo  chamada SARAMANDAIA, que era enviada em fitas VHS, que ele mesmo tinha que ir ao aeroporto buscá-las. 
Com o passar do tempo ele conseguiu o aval do Dr. Phelipe e passou a apresentar um programa local com palhaço...
Palhaço Carrapicho e sua ajudante Neci, no tempo do programa TABAJARA FAMÍLIA SHOW 
... e brincadeiras para as crianças amapaenses, intitulado Tabajara Família Show.
Tabajara Duarte da Silva, mágico profissional há mais de 30 anos, hoje com 74 anos de idade, está domiciliado em Campo Grande/Mato Grosso do Sul, onde atua no ramo de entretenimento desde 1986, casado, com 5 filhos, 8 netos e 4 bisnetos.

Fonte: Informações do site Notícias MS, da filha Araguacy e da rede Facebook.
Fotos: Reproduções / arquivo pessoal de  Tabajara Duarte - compartilhado com o blog Porta-Retrato, por Araguacy Garcia, filha do artista.

domingo, 19 de maio de 2013

Memória do Comércio Amapaense - Inauguração da ACIA


Padre Ângelo Bulbani abençoa a sede da Associação Comercial e Industrial do Amapá, na antiga Praça da Saudade, atual Praça da Bandeira, em Macapá. A inauguração aconteceu em 7 de setembro de 1965. Presentes, autoridades do Governo do Território Federal do Amapá, do Comércio e da Indústria. O prédio, cuja construção foi executada pelo Engº Clark Charles Platon, teve como projetista o arquiteto Oswaldo Bratke, o mesmo que projetou as casas da ICOMI, na Vila Amazonas, em Santana e de Serra do Navio.
Entre os presentes, atrás do padre de terno escuro, o Sr. João Assis, que era proprietário do Elite Bar, na esquina da Av. Presidente Vargas com Rua São José.
Fonte: Revista Icomi-Notícias

sábado, 18 de maio de 2013

Pioneiro da Educação do Amapá - Prof Lauro Chaves

Lauro de Carvalho Chaves - Prof Lauro Chaves, nasceu em Belém (PA), em 21/11/1914, onde trabalhou como Oficial de Administração e como Escriturário. Em 1949 foi para o Amapá e ingressou no Serviço Público da União, como servidor do ex-Território Federal do Amapá, onde sua vida foi dedicada no magistério. Iniciou sua jornada no então Ginásio Amapaense como professor de francês; trabalhou no Colégio Amapaense, Escola Integrada de Macapá, Escola Técnica de Comércio do Amapá (antigo CCA), Ginásio Feminino (atual Escola Irmã Santina Rioli) e dirigiu também a Biblioteca Pública de Macapá. Conquistou a amizade de seus alunos, a admiração de seus colegas e o respeito pelos seus 23 anos devotados ao magistério no Amapá. Ao completar 37 anos de serviços foi-lhe concedida a aposentadoria e retornou à Belém, onde faleceu em 28/02/1990. Por seu modelo de vida, que tinha como base a formação dos jovens para o consciente exercício da cidadania, sua memória foi homenageada dando nome à "Escola Estadual Prof  Lauro de Carvalho Chaves", cujo prédio fica localizado em frente a praça do Muca, é a maior do bairro, atendendo alunos do ensino fundamental, médio e Educação de Jovens e Adultos.
Fonte: Blog Amapá, Minha Amada Terra (Com informações colhidas na escola)

sexta-feira, 17 de maio de 2013

ESPECIAL: AMAPÁ, SEMPRE ALERTA !

               1º JAMBOREE PAN-AMERICANO
                              
                                   Por Nilson Montoril
                             
                      Para comemorar o IV Centenário do Rio de Janeiro e os 50 anos de realização do acampamento mundial na ilha de Brownsea, ...
... a União dos Escoteiros do Brasil realizou na cidade do Rio de Janeiro, o 1º Jamboree Pan-Americano. O monumental evento, que se tornou realidade no período de 18 a 25 de julho de 1965, reuniu escoteiros de diversos países do globo.
Da esquerda para a direita da foto: Luiz Tadeu, Nelson, Biroba, Mozart Souza, Gerônimo Acácio, Fiúza, Ubaldo Medeiros(centro,de branco), Gitinho (como o Biroba chamava o menor escoteiro do acampamento,) Urivino Bandeira( mostrando o jornal "O GLOBO" que enaltece o escotismo do Amapá), Santiago (lendo o jornal), João Lázaro(agachado), Haroldo Nery  e Nilson Montoril(sentado).
A Região Escoteira do Amapá se fez presente com uma delegação composta por 38 discípulos de Baden-Powell, que integravam os grupos Veiga Cabral, Marcílio Dias, São Jorge e João Gualberto da Silva, chefiados pelos chefes Clodoaldo Carvalho do Nascimento, Benedito Santos, Manoel Ferreira, Expedito Cunha Ferro e Hilkias Alves de Araújo. Os preparativos para a longa viagem foram intensos. Os escoteiros aprenderam o hino do Jamboree que o Trio Irakitan havia gravado, realizaram promoções diversas como cordões de pássaros, teatro, bingo, rifas, venda de artesanatos e passagem de livro de ouro para angariar recursos financeiros. Eu(Nilson Montoril)), Raimundo Magalhães, Manoel Ferreira (Biroba) e o lobinho Ângelo Pires da Costa, ensaiamos e apresentamos a peça “A Galinha dos Ovos de Ouro”, encenada no Barracão Pio XII (quintal dos Padres) e nos cine-teatro das vilas Amazonas e Serra do Navio. Personificando o Gigante Ferrabraz, usei um figurino recheado com travesseiros, o que levou muita gente a pensar que artista fosse o irmão Francesco Mazollene, o famoso caterpillar. O sucesso em Serra do Navio foi tão grande que fizemos várias apresentações sábado e domingo. É claro que a ICOMI foi bem generosa conosco em termos de cachê. Embarcamos para Belém ao anoitecer do dia 8 de julho de 1965. A concentração dos escoteiros ocorreu na Praça Tibúrcio Andrade, em frente ao Macapá Hotel. Uniformizados, com as mochilas, bandeiras e outros apetrechos próprios do escoteiro, aguardamos o momento de embarcar no rebocador Araguary. Como o Araguary puxava a alvarenga Uaçá, gastou 46 horas para cobrir o percurso entre Macapá e Belém. No alvorecer do dia 11 de julho desembarcamos na Bacia da Doca Souza Franco e em ônibus fretado rumamos para o Rio de Janeiro. Até alcançarmos a rodovia Bernardo Sayão, o ônibus trafegou sobre pista asfaltada. Após alcançar o trecho próximo a Capanema/Pará, enveredou por uma estrada sem capeamento asfáltico, fazendo-nos enfrentar poeira até Brasília. Na capital federal permanecemos algumas horas na Estação Rodoviária devido à troca de viatura. 
Levávamos uma sucuri de 4 metros enrolada em um veado, ambos empalhados (foto acima), fato que aguçou a curiosidade das pessoas, inclusive da imprensa. Diante do espanto dos curiosos dizíamos que aquela sucuri ainda era filhote de cobra. Um ônibus novo nos transportou até o Rio de Janeiro, aonde chegamos por volta das 17h30 do dia 14 de julho. O grande acampamento ainda estava sendo montado, razão pela qual tivemos que nos alojar no prédio que abrigaria o Hospital Universitário da Ilha do Fundão. Estava anoitecendo e descemos do ônibus cantando a “Canção da Alvorada”, mais conhecida como “O Rio Soluça”. Os versos adaptados à bela canção foram concebidos pelo Coronel Luiz Ribeiro de Almeida. Por um capricho do destino, encontramos alojados no mesmo imóvel os escoteiros do Rio Grande do Sul que rapidamente foram ao nosso encontro. Estávamos com tanta fome que em pouco tempo acabamos com o estoque de bananas dos nossos irmãos de ideal. Ao amanhecer do dia 15, fomos conhecer o espaço onde permaneceríamos por 10 dias. A ilha do Fundão possuía algumas instalações da Marinha, na orla da Baia da Guanabara, mas era despovoada na área próximo ao Aeroporto do Galeão e a Avenida Brasil. As máquinas que fizeram à raspagem do terreno delimitaram os campos com a terra removida. Em uma divisória eu tive a ideia de construir um fogão de duas bocas que virou atração no acampamento.
No sentido dos ponteiros do relógio: Manoel Ferreira ( Biroba -Tropa Marcilio Dias ), Nilson Montoril ( Tropa São Jorge ), Urivino Bandeira ( Tropa Veiga Cabral ), Ubaldo Medeiros ( Tropa Marcilio Dias ) e Nelson ( Tropa João Gualberto da Silva). Em 1965, apenas esses grupos existiam no Território Federal do Amapá.
Também confeccionei uma mesa utilizando bambu. Essas duas pioneirias nos garantiram a bandeira de eficiência por dois dias.
No campo aonde nos instalamos tivemos como vizinhos os escoteiros da Venezuela, Uruguai, Espírito Santo e Escócia. O Biroba só chamava os escoceses de “saiudos”( foto menor - escoteiro escoses no stand do Amapá ) porque o uniforme deles compreende o uso de saias feitas com lã, com xadrez colorido (tartan) chamadas kilt. Elas têm franjas decorativas e um grande alfinete de bebe. A solenidade de abertura do Jamboree ocorreu na manhã do dia 18 de julho e fazia muito frio. Alguns carros do Jornal “O Globo” distribuíram exemplares de edições antigas a fim de que pudéssemos forrar o chão, ainda úmido devido às chuvas e as baixas temperaturas. O dia-a-dia decorreu com alvorada, café, hasteamento da Bandeira, almoço, jantar, serviços de pioneirias, jantar e fogo-de-conselho. A programação comportava passeios aos pontos turísticos do Rio de Janeiro, inclusive ao Maracanã. Também passeamos na Baia da Guanabara, em embarcações da Marinha de Guerra. Dia 26 de julho, ao deixarmos a Ilha do Fundão, fomos hospedados em um casarão, em estilo colonial, no bairro da Lapa. Na manhã do dia 27, numa deferência especial da ICOMI, fomos a São Paulo, viajando pela Rodovia Presidente Eurico Dutra. Permanecemos 8 horas em São Paulo, tempo suficiente para conhecermos o Estádio Paulo Machado de Carvalho, o famoso Pacaembu. Retornamos ao Rio de Janeiro no mesmo dia, prontos para deixar a capital do então Estado da Guanabara. Saímos do Rio de Janeiro, dia 28 de julho, alcançando Belém ao anoitecer do dia 1º de agosto. Deixamos o ônibus e nos agasalhamos na Alvarenga Uaçá, que estava na Doca de Souza Franco aguardando carga. A demora foi de 12 dias, parecendo que tínhamos sido abandonados. Soubemos posteriormente que o comando da revolução militar, em Macapá, estava hostilizando o movimento escoteiro e que alguns escotistas tinham sido presos. Lamentavelmente, a Representação do Governo do Amapá, em Belém, sequer forneceu alimentação aos escoteiros. Eles se alimentaram vários dias com farofa feita com óleo. Só consegui retornar à Macapá no dia 14 de agosto, porque comprei uma passagem dos Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul. A despeito desses percalços a experiência foi extremamente válida. Guardo com muito carinho três fotografias que recebi do Chefe Clodoaldo, retratando as pioneirias que fiz. Outra foto mostra parte da delegação de escoteiros do Amapá.
Artigo extraído do blog do professor e historiador Nilson Montoril - Arambaé.
Nota do Editor:
Eu também fiz parte da delegação de escoteiros que representou o Amapá naquele evento, sem dúvida, inesquecível. Sempre Alerta a todos! ( João Lázaro )
(Repaginado em 2013)

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Músicos da Guarda Territorial do Amapá


Nesta foto, sem data, vemos os músicos  José Assunção (trumpete), cabo Martinho Mota Dias (Sax) e soldado Rocha (Clarinete). Todos com a farda da Banda de Música da Guarda Territorial. Eles foram pupilos do mestre Oscar Santos.
(Foto do acervo pessoal do Mestre Oscar Santos, gentilmente cedida por sua neta Lúcia Uchôa)

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Descoberta do Manganês do Amapá

O primeiro indício da presença de manganês no estado do Amapá veio de um relato do engenheiro Josalfredo Borges, a serviço do  Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), em local indefinido às margens do rio Amapari. Com a criação do território federal, em 1943, a pesquisa despertou o interesse do interventor, o capitão Janary Gentil Nunes, que já em seus primeiros meses de gestão deu ampla publicidade ao relatório de Borges. Para o militar, a mineração seria a base da economia e do desenvolvimento do território, ao invés da pesca e dos produtos tradicionais de extração, como a borracha ou a castanha. Em 1945, ele ofereceu um prêmio em dinheiro para quem fornecesse informações que levassem à identificação de depósitos de minério de ferro.
Um comerciante ribeirinho chamado Mário Cruz levou pessoalmente ao interventor algumas pedras escuras e pesadas, que usara como lastro para seu barco, em busca da recompensa prometida.
O material foi analisado na sede do DNPM no Rio de Janeiro, pelo engenheiro Glycon de Paiva (foto menor), que constatou tratar-se de manganês de teor elevado.
O mesmo engenheiro foi à Serra do Navio analisar os depósitos e concluiu haver grande viabilidade comercial, mas recomendou que a exploração fosse feita por uma concessão única, que assim teria mais competitividade no mercado internacional. O interventor aceitou a recomendação de Paiva e convenceu o então presidente Gaspar Dutra a criar, por meio do decreto-lei 9.858/46, uma área de reserva nacional englobando todo o depósito de manganês e conferindo ao território a competência para prospectar e explorar, por meio de concessão. Empresas nacionais e estrangeiras foram convidadas a visitar a região e a apresentarem suas candidaturas à exploração da área. Três empresas responderam o convite: a Companhia Meridional de Mineração (subsidiária brasileira da United States Steel), a Hanna Coal & Ore Corporation, e a Sociedade Brasileira de Indústria e Comércio de Minérios de Ferro e Manganês (ICOMI). A brasileira ICOMI, com sede em Belo Horizonte e atuação em Minas Gerais, foi escolhida pelos nacionalistas brasileiros e venceu a concorrência contra as gigantes estadunidenses. Mas depois de ganhar a concorrência, a necessidade de capital para realizar a prospecção fez a ICOMI associar-se a outra grande companhia estadunidense, a Bethlehem Steel, maior consumidora mundial de manganês. O contrato previa que a ICOMI teria de investir no Amapá pelo menos 20% de seu lucro líquido. Ainda assim, sofreu severas críticas de nacionalistas brasileiros, que faziam objeção à participação de uma firma estrangeira no negócio, do financiamento estrangeiro e do caráter exportador da atividade. O contrato assinado em 1947 previa ainda um perímetro máximo de 2.500 hectares, o equivalente a 0,17% do território do Amapá, e o pagamento de 4 a 5% das receitas totais na forma de royalties ao governo do território. Além da área de exploração, foi concedida à empresa uma área adicional de 2.300 hectares para a construção de instalações industriais e estações ferroviárias, além de uma vila operária, que daria origem à cidade de Serra do Navio e à vila dos trabalhadores do porto e da ferrovia, que começaram a ser construídas em janeiro de 1957 e ficaram prontas em 1959. Cada vila tinha 330 casas, alojamentos coletivos para solteiros, temporários e visitantes, e prédios coletivos (escolas, hospitais, refeitórios), abrigando até 1.500 pessoas, entre trabalhadores e familiares. A Vila de Serra do Navio foi dotada de ruas largas, postes de concreto para a fiação elétrica e telefônica, calçadas, parques, clubes com piscina, quadras esportivas, restaurante e lanchonete, drenagem de águas das chuvas e tratamento de água e esgoto. Todas as casas tinham mais de 90m² e contavam com saneamento e energia elétrica, proveniente de geradores da ICOMI.
No entanto, a reserva esgotou antes do tempo previsto e a empresa deixou o local. Com a saída definitiva da ICOMI e após a instalação do município, a sede passou a ser administrada pela prefeitura, e a administração da cidade tornou-se mais eficiente.
Uma curiosidade que pode explicar o nome da cidade é, segundo os antigos moradores, que o rio que passa em frente à cidade, se observado via área, possui a forma de um navio. Fonte: Wikipédia
Foto de Mário Cruz reproduzida do documentário “Dr. Antunes”, um filme biográfico sobre a vida de Augusto Trajano de Azevedo Antunes, o fundador da Icomi e de um verdadeiro império industrial chamado Grupo Caemi.
Foto menor: Reprodução site da ADESG

terça-feira, 14 de maio de 2013

Macapá nos anos 50

Imagens de Macapá nos anos 50.
Aspecto da ponte de madeira sobre o antigo Igarapé do Igapó, também conhecido como Igarapé da Fortaleza, na Rua Cândido Mendes, em Macapá. 
Nas laterais, as primeiras casas comerciais e o prédio ao fundo era o antigo Frigorífico Central da cidade, hoje demolido, que localizava-se na área da Fortaleza de Macapá.
Vista parcial da entrada do Canal da Doca da Fortaleza, local de grande afluência de canoas à vela e barcos a motor.
Fotos reproduzidas do documentário “Dr. Antunes”, um filme biográfico sobre a vida de Augusto Trajano de Azevedo Antunes, o fundador da Icomi e de um verdadeiro império industrial chamado Grupo Caemi.
(Última atualização em 30 de maio de 2020)

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Conjunto Musical "Os Inimitáveis"

Esta foto, tirada do fundo do baú do músico Rodolfo Santos, traz, (em preto e branco), o Conjunto Musical "OS INIMITÁVEIS".
Segundo postagem em seu Facebook, uma das melhores Bandas (Conjunto) dos anos 70, em Macapá, sem dúvida alguma foi "Os Inimitáveis", que tinha o Inspetor Santos, da Guarda Territorial, que era conhecido por Biroba e pai do Rodolfo Santos, na bateria; Zé Crioulo, no contrabaixo; Manoel Cordeiro, na guitarra solo; Noé, na guitarra base; Toínho, no sax e teclado; Rodolfo Santos e Zé Maria Coquinho nos vocais e o Leônidas (+Narizinho), como técnico de som. Essa rapaziada fez muito sucesso na Assembleia Amapaense, Esporte Clube Macapá, Círculo Militar, Trem Esporte Clube, Santana E. Clube, Manganês E. Clube, Amapá Clube, entre outros.

Fonte: Rodolfo Santos, via Facebook 

domingo, 12 de maio de 2013

Assembleia Geral da Companhia de Eletricidade do Amapá

Foto, sem data, de uma Reunião de Assembleia Geral da Companhia de Eletricidade do Amapá. 
Presentes a partir da esquerda:  
1ª fila: Sr. Vicente Sobrinho; Sr. Heitor de Azevedo Picanço (de branco, em pé); Sr. Jacy Barata Jucá; Cel. Arlindo Eduardo Correia e Sr. Joãozinho Picanço (João Batista de Azevedo Picanço). 
Na 2ª fila reconhecemos o Sr. João Wilson dos Santos Carvalho (entre o Sr. Jacy Jucá e o Cel Arlindo); na  3ª fila (de gravata e bigodinho, próximo à janela), está o Sr. Luiz Carlos de Araújo Monteiro.
Os demais não foram identificados.
(Acervo da família Gomes Correia, gentilmente compartilhado com o blog Porta-Retrato, pela professora Maria das Dores Gomes Correia).

sábado, 11 de maio de 2013

A pedra e a praça Veiga Cabral

Nesta foto, sem data, vemos o saudoso José Maria Franco, na Praça Veiga Cabral, no tempo em que nela havia um "play ground" que foi implantado nos anos 60.
Em primeiro plano, vemos a pedra de manganês, no centro da praça, e ao fundo antigas casas do início do Território do Amapá, na rua Cândido Mendes, além das velhas mangueiras que existiam no local.

Comentário do historiador Nilson Montoril (via e-mail): "Na foto do Zé Maria Franco que publicaste no teu blog, ele se encontrava sobre a calçada que margeia a Rua São José e o antigo estacionamento de "carros de aluguel". Na área em forma de triângulo, guarnecida pela planta "espada de São Jorge", encontra-se erguida a pedra de manganês que o Prefeito Clayton Figueiredo, titular da comuna macapaense na época do governador Arthur Azevedo Henning (1974 a 20/4/1979) mandou pintar de branco(caiar). Por trás do Zé Maria, próximo a Avenida Presidente Vargas ficavam vários brinquedos. O velho campo de futebol já havia sido deletado dessa imagem da cidade de Macapá. Na Rua Cândido Mendes de Almeida vemos, imponente no meio da via pública, uma avineira cujas raízes perto da calçada da praça impediam a passagem de veículos. Na esquina da Cândido Mendes com a Presidente Vargas estava localizada a casa do "Tio Joãozinho Picanço(João Batista de Azevedo Picanço. Geminadas, a partir desse imóvel existiram 3 residências de tradicionais famílias macapaenses. O chalé apartado delas pertenceu aos meus tios Jacy Barata Jucá e Alice de Araujo Jucá. Em frente a avineira demorava o comércio do senhor Naftaly Mayr Bemerguy, cidadão de origem marroquina e membro da comunidade israelita local. Você lembra muito bem desse tempo. O José Maria Franco, já falecido foi meu contemporâneo da Casa dos Padres, do Colégio Amapaense, esporte e do Tiro de Guerra 130 e um dos meus melhores amigos." Nilson Montoril.
(Acervo fotográfico da família Franco, compartilhado com o Porta-Retrato pela leitora Miranilde Souza).
(Última atualização em 13/05/2013)

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Municipal Esporte Clube


Ano 1964 - Quadro de futebol do Municipal Esporte Clube.
O Municipal Esporte Clube foi uma agremiação esportiva composta de servidores da Prefeitura Municipal de Macapá, filiada à Federação Amapaense de Desportos. 

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Amapaenses em visita ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro


Julho de 1950 - Amapaenses em visita ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
Da esquerda para direita: Ana (Noca) Picanço (irmã de Heitor); Sra. Francisca (D.Chiquinha) Claudina Picanço (esposa do Sr. João Batista de Azevedo Picanço) mãe de Heitor Picanço; ao lado dele o Sr. Raimundinho Araújo; depois o professor Mário Quirino da Silva e o da direita (de camisa branca) é o ex-prefeito de Macapá e professor Mario Luiz Barata.
A sra. e a jovem à frente deles, não conseguimos identificar.
Quem as conhecer pode nos ajudar a completar a legenda, informando via e-mail jolasil@gmail.com, ou deixando registro nos comentários.
(Fotografia pertencente ao acervo da família do professor Mário Quirino da Silva)
(ùltima atualização às 16h30m do dia 09/05/2013)

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Artistas Plásticos do Amapá


"Três (3) artistas plásticos do Amapá: Estevão Silva, Frank Asley e R. Peixe.
Estão no andar de cima o Estevão e o Peixe. Frank continua produzindo belos quadros. "(Paulo Tarso Barros)

terça-feira, 7 de maio de 2013

Biló, um dos maiores craques do futebol amapaense


"BENEDITO TAVARES, o Biló, (...) era um meia-atacante alto, forte,  passadas largas e elegantes, controle de bola acima da média e dois pés certeiros, cada um com uma fita métrica; jogava um futebol tão vistoso e eficiente que encantou uma lenda chamada Gentil Cardoso passando uma temporada no Paysandu, de Belém do Pará; Gentil  não sossegou enquanto não levou Biló para jogar no bicolor paraense, onde brilhou intensamente. Amapaense, filho de José Tavares (falecido), patriarca de uma Família que deu atletas brilhantes ao Amapá - Jangito, Faustino e o primo Praxedes, Biló, funcionário aposentado do INSS, saúde debilitada, hoje com 71 anos de idade, vive em São Paulo. Ele foi campeão Amapaense pelo Juventus e deu os primeiros passos no futebol na Casa dos Padres, no campinho da Matriz. Jogava basquetebol, voleibol e futebol de salão com igual desenvoltura. Em Belém, quando os torcedores do Paysandu sabem que somos do Amapá, perguntam logo pelo diamante negro que brilhou com a camiseta do Papão da Curuzu no comecinho da década de 70." (João Silva)
O cronista João Silva considera o grande craque Biló, ao lado de Lelé e Palito, os três maiores jogadores que viu jogar ao longo de cinco décadas -50,60,70, 80 e 90. 

Texto reproduzido do blog do João Silva, devidamente  adaptado para o "Porta-Retrato".

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Miguel Ramos Ferreira - Pupilo do Capitão Euclides

Miguel Ramos Ferreira, filho de José Lercindo Ferreira e Valdomira de Almeida Ramos, era natural de Bailique distrito de Macapá-Ap; nasceu em 18 de março de 1943. Conheceu  em 1963, a jovem Francisca Maria Gomes, natural de Breves-PA, vindo a desposá-la naquele mesmo ano.Teve sete filhos, sendo seis meninas e um garoto que lhe deram seis  netos, e um bisneto. Ainda com uma idade muito tenra, demonstrou habilidade pela natação, influenciado pelo ambiente, envolto por rios e mares.
              No início da década de 50, a família mudou-se para Macapá, em busca de melhores oportunidades de trabalho. Sua genitora desempenhava a função de lavadeira, tendo um ilustre cliente, o Cel. Janary Gentil Nunes, então governador a época do Território Federal do Amapá. Por falta de estrutura básica para desempenho de suas atividades na residência oficial, dona Valdomira, trazia as roupas para serem lavadas em sua casa e as devolvia na mesma semana. Nessa lida semanal, o menino Miguel, a  acompanhava para ajudá-la no translado das peças.
               Graças ao seu talento para o esporte aquático, conseguiu excelente desempenho atlético, sendo incluído na seleção amapaense de natação, que foi representar o Amapá em 1954 no campeonato nacional no Rio de Janeiro, capital da República, que  tinha como Técnico o capitão Euclides Rorigues. Ele e Osmar Melo, eram os únicos infanto-juvenis dentre os campeões formados por: Adonias Trajano, José Figueiredo de Souza (Savino), e Pereira.
       A conquista do campeonato brasileiro, valeu-lhe um emprego no GTFA, com apenas 11 anos de idade,como Office Boy, na  Divisão de Segurança e Guarda. Ao completar a maior idade,foi promovido a Guarda Territorial, desempenhando suas atividades na Fortaleza de São José de Macapá, onde a Polícia se aquartelava.
               Sabia que só através dos estudos conseguiria alcançar seus objetivos. Concluído o Ginásio,transferiu-se em meados da década de 60, para a Rádio Difusora de Macapá - RDM, desempenhando a função de Operador radiofônico (sonoplasta). Formou-se em  Contabilidade, pela extinta  Escola Técnica do Amapá, ex-Colégio Comercial do Amapá, e atual Escola Estadual "Prof. Gabriel de Almeida Café"; foi convidado a lecionar Técnicas Comerciais para alunado dos Ginásios:  Alexandre Vaz Tavares e Mal. Castelo Branco. A impossibilidade de conciliar as atividades radiofônicas, com escala móvel de plantões, com o magistério,obrigaram-no a solicitar em 1974, transferência para a SUTELMAPÁ – Superintendência de Telecomunicações do Amapá, órgão vinculado a SEJUSP-Secretaria de Segurança Pública do Amapá.
                 Dezembro de 2011, a diabete agravou-se levando-o a hospitalizar-se por alguns dias. Onze meses  depois, 28 de novembro de 2012, aos 69 anos de idade, Miguel Ramos Ferreira, vem a  falecer  no Hospital de Pronto Atendimento, vítima de pneumonia. Fica a saudade, do desportista, radialista, professor e amigo exemplar.
Texto: José Machado - radialista e jornalista amapaense.
Nota do Editor: "Tive a grata oportunidade de trabalhar com o saudoso Miguel Ramos, na época em que estive na Rádio Difusora de Macapá, de 1964 até 1968, voltando em 1972." (João Lázaro)

MEMÓRIA DA MACAPÁ ANTIGA – TEÓFILO MOREIRA DE SOUZA - UM PIONEIRO DE RAIZ

Nosso biografado de hoje é pioneiro de raiz de Macapá. Cidadão simples, pobre, humilde, mas com valores que o faziam um homem correto, respe...