segunda-feira, 28 de abril de 2014

Do Fundo do Baú: Irmãos Teixeira - Filhos de um Pioneiro do Amapá

Esta foto foi retirada do fundo do baú da Família Teixeira e compartilhada no Facebook:
Trata-se de um registro feito no jardim da residência da família, na Praça Barão do Rio Branco, em Macapá, no final dos anos 50 (58/59), dos três irmãos Teixeira - Clóvis, Fernando e Luis - filhos do casal Clóvis (Mirtilla) Teixeira.
O mais novo Fernando, nasceu em Macapá e mora em Belém. Os mais velhos, Clóvis e Luis, são de Belém - se consideram amapaenses de coração - e moram em Brasília.
O pai deles, Dr. Clóvis Penna Teixeira, foi Secretário Geral do ex-Território Federal do Amapá, no governo Raul Montero Valdez, no período de outubro de 1961 a dezembro de 1962.

domingo, 27 de abril de 2014

Delegado Espíndola - "um grande exemplo de pai, cidadão e ser humano."

João Espíndola Tavares, filho de Gracindo Nelson Espíndola e Raimunda Emiliana Espíndola, nasceu em 27 de janeiro de 1927, na Região do Alto Maracá, no Sítio Bom Jesus, uma região de difícil acesso, no município de Mazagão.
Em Mazagão, seu patrimônio era relativamente grande para um interiorano da década de 40. Entre os bens, estavam galpões para a armazenagem de Castanha do Pará, barco com motor de popa e motor de energia elétrica, que abastecia a vila de moradores da propriedade.
João Espíndola - que também foi Prefeito de Mazagão - casou lá mesmo com Perolina Penha Tavares. Desse enlace matrimonial nasceram os filhos: José Penha Tavares, Maria Conceição Penha Tavares e Pedro Aurélio Penha Tavares.
João era um visionário doméstico, pois resolveu ir morar na capital, Macapá, para que os filhos tivessem acesso à educação.
Já em Macapá, nasceram Maria do Socorro Penha Tavares e Paulo Roberto Penha Tavares.
Com força de vontade e determinação, Espíndola também conseguiu sorver conhecimento e concluiu o segundo grau (hoje ensino médio), na Escola Gabriel de Almeida Café.
Além do sucesso no campo profissional e pessoal, João Espíndola foi um estudioso da filosofia maçônica, e atingiu o ponto alto da nobre ordem, o “Grau 33”. Ele foi muito respeitado pelos membros da augusta arte real.
Espíndola, como era conhecido em Macapá, foi delegado, diretor da Penitenciaria Agrícola do Estado (hoje IAPEN), entre tantos outros cargos públicos.
Era um cidadão sincero, íntegro, carinhoso, especial, atencioso, cauteloso, cordial, caloroso, honesto, qualificado, contemporizador e fascinante. Em nota, a Maçonaria divulgou: “Durante sua estada entre nós, sempre foi ativo colaborador e possuidor de um elevado amor fraterno”.
Nosso homenageado(in memorian), era sempre procurado por várias pessoas, em sua residência,  no centro de Macapá, em busca de conselhos. Eram ricos, pobres, brancos, negros, de diferentes posicionamentos políticos e religiosos. Às vezes, ele nem falava nada, só escutava o desabafo daqueles homens, que já saiam do muro das lamentações (apelido dado a uma área ao lado da casa, pelos seus filhos), de alma aliviada.
João Espíndola, foi um dos amapaenses presos injustamente, durante o golpe militar de 1964, mas provou sua inocência com altivez e retomou sua gloriosa vida.
Pouco antes de seu falecimento, Espíndola vivia um bom momento. Havia criado os filhos com sucesso, tinha uma bela casa, uma família unida e era respeitado no Estado. Ao envelhecer, o pátrio poder deixou de existir, tornou-se um grande amigo de seus filhos.
Em uma ocasião, durante um festejo em sua residência, João agradeceu sua mulher por todos os anos de dedicação. Disse-lhe, em frente a familiares e amigos, que devia muito a ela pelo grande homem que se tornou.
Delegado Espíndola, faleceu no domingo,  7 de janeiro de 1996, por volta das 18h30m, aos 69 anos, vítima de um acidente automobilístico, na zona Sul de Macapá.
Cerca de 500 pessoas foram ao seu funeral, dentre elas, secretários de Governo, políticos, empresários e cidadãos comuns, pois apesar de frequentar a alta roda da sociedade amapaense, Espíndola não tinha comportamento elitista, era amigo de “peões” e “doutores”, tratando-os da mesma maneira.
A história deste homem, que foi uma das figuras mais populares do município de Mazagão e da cidade de Macapá, é de uma magnitude e nobreza, que até parece uma obra de ficção. Ele não foi perfeito, mas, com toda certeza, foi um grande exemplo de pai, cidadão e ser humano.

Texto do jornalista amapaense e blogueiro Elton Tavares - neto do biografado - devidamente adaptado e atualizado, especialmente para o blog Porta-Retrato.
Texto original publicado em 7 de janeiro de 2014 no blog De Rocha!, de Elton... com o título: "Há 18 anos, morreu João Espíndola Tavares, meu avô"

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Do Fundo do Baú: Amigos de outrora de Macapá

Mais um registro histórico que foi compartilhado pela amiga Josie Remedios, diretamente de seu baú de lembranças:
A foto é dos anos 60 e foi tirada em Macapá/AP.
A partir da esquerda: Irene Remedios; já sobre o casal seguinte, o amigo José Façanha, presume que o rapaz seja um dos irmãos Becil - o mais novo - que moravam em Macapá nessa época; e, segundo o amigo e músico Aimoré Nunes Batista, a moça, ao lado dele, chama-se Vera, filha do agente do Loyde Aéreo em Macapá, que morava na Tiradentes, próximo aos Lacerdas; Maria Helena Braga, é a moça que está bem no meio das outras, que na época de estudante da Escola Normal, era conhecida como Fininha. O amigo e jornalista Ernani Marinho a reconheceu e nos informou que ela, hoje, reside no Rio de Janeiro; as 3 últimas são Lia Porpino, Virginia Sales e Eleanora Aimoré.
Agradecemos aos amigos do Facebook, que nos ajudaram a identificar  os integrantes desse registro histórico.
(Última atualização em 25/04/2014. às 23h50m)

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Seu Nathan, do "Café Continental"

NUTA (NATHAN) WOLF PECHER nasceu em Bucowina(*), na Romênia; hoje pertencente à Ucrânia.
Ao chegar em Belém, naturalizou-se  brasileiro e, em 1949 chegou em Macapá,  com sua esposa Syme Zagury Pecher e o filho Simão Arão Pecher.
Seu Nathan Wolf Pecher, foi o primeiro asquenazi(**) do Amapá.
Em Macapá, seu Nathan dirigiu inicialmente a Sorveteria Central - juntamente com a matriarca da família Zagury, Dona Sarah Roffé - que funcionou num prédio erguido na esquina da Rua Cândido Mendes com Av. Mário Cruz, na Praça Veiga Cabral, que pertencia à família Zagury. (foto abaixo)
(Foto: Reprodução de arquivo)
Depois do fechamento da Sorveteria Central...
Neste prédio branco, de madeira com várias portas, funcionou o antigo Bar Café Continental.
...seu Nathan abriu o Café Continental na rua São José, entre as Avenidas Presidente Vargas e Coriolano Jucá.
A revista Amazônia Judaica publicou em suas páginas, em março de 2002, matéria intitulada  "História de um artista e contador de histórias" destacando a habilidade de Nuta, na confecção de objetos de arte dentro de garrafas (opus in vitro)  que aprendeu com seu pai, que também era artesão."
A revista detalha: "Com infinita paciência e perfeccionismo, colocava em suas "garrafas mágicas", Sucot(1) ricamente ornamentadas, cenas de casamentos, interiores de sinagogas, paisagens diversas, Menorot(candelabro), etc. Realizou inúmeras exposições, e recebeu várias premiações por seus trabalhos. Nuta Pecher falava hebraico, idiche(2),  e era um exímio contador de histórias"
O ex-jogador Zequinha Monteiro - que foi grande goleiro nos tempos áureos do futebol amapaense - deu seu testemunho sobre a existência da Bar Continental: "Cheguei à conhecer o Continental, era um bar com bilhar e sinuca, um jogo de mesa e bolas que a rapaziada da época gostava de frequentar, era uma das poucas diversões que existia. Alguns jogadores de futebol do Amapá e Macapá, se divertiam nesse local (Macapá antiga)". (Zequinha Monteiro)
O historiador Nilson Montoril fez o seguinte comentário (via Facebook) sobre o homenageado: "O nome correto dele era Nuta Wolf Pecher. A pronúncia do nome Nuta, que é Natã, originou a forma como a maioria dos que o conheceram o chamasse de Natan. Isso fazia as pessoas confundirem o Nuta, sócio do Mair Naftali Bemerguy no Café Continental, com o Natan Carvalho, que trabalhava na Divisão de Produção, Seção de Fomento Animal, na Fazendinha. O Mair e o Nuta eram membros da comunidade judaica de Macapá e primos. O filho do Nuta, que nos conhecíamos como Wolf foi meu contemporâneo no Colégio Amapaense, em meados da década de 1960. As informações do Zequinha são perfeitas."
"O Nuta foi Venerável da Loja Maçônica Duque de Caxias, em Macapá"; Se não me engano, o segundo."
Após o fechamento do Café Continental seu Nathan foi morar em Manaus, onde viveu até seu falecimento ocorrido em fevereiro de 1996.
Seu filho Simão Pecher, que é Médico - Alergista e Dermatologista - continua residindo e trabalhando na capital amazonense.
Entenda:
(*) A Bucovina ou Bucóvina (em ucranianoБуkoвинa; em romenoBucovina) é uma região histórica da Europa Oriental, localizado no sopé nordeste dos Cárpatos, dividido politicamente entre dois países, Ucrânia(Tchernivtsi) e Romênia (Judeţ Suceava). Sua área total é de aproximadamente 25 mil km². (Wikipédia)
(**) Asquenazes ou asquenazim é o nome dado aos judeus, provenientes da Europa Central e Europa Oriental. (Wikipédia)
(1) Sucot (do hebraico סוכות ou סֻכּוֹת sukkōt, cabanas) é um festival judaico que se inicia no dia 15 de Tishrei de acordo com o calendário judaico. (Wikipédia)
(2) Idiche Língua falada pelos judeus, principalmente na Rússia, Polônia, Lituânia, Hungria, Romênia, E.U.A. e Brasil. (Wikipédia)
(Última atualização em 24/04/14, às 20h45)

terça-feira, 22 de abril de 2014

Dona Esther Zagury

Ontem nós homenageamos seu Naftali Bemerguy, hoje a homenageada é a esposa dele, Dona Esther Zagury Bemerguy.
Esther Zagury Bemerguy, nasceu em Belém-PA, dia 08 de setembro de 1898, filha de Leão Zagury e Dona Sara Roffé Zagury
Casou-se em Macapá, com Naftali Mair Bemerguy, em 22 de agosto de 1925 e tiveram dois filhos. 
Dona Esther faleceu em Macapá, dia 18 de setembro de 1984, com 86 anos de idade.
Fonte: MyHeritage
(Post repaginado dia 22 de abril de 2014) 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

O Pioneiro Naftali Bemerguy

Naftali Mair Bemerguy, nasceu em 22 de março de 1894. Filho de Mair Abraham Bemerguy e Dona Bonina Roffé Bemerguy. Foi casado com Dona Esther Zagury Bemerguy e tiveram os filhos Mair Naftali Bemerguy e Leão Bemerguy. 
"Naftali Mair Bemerguy, judeu marroquino de Arzila, era o principal interlocutor civil do bispo macapaense Dom Aristides Piróvano para assuntos bíblicos. Chegara na Amazônia com treze anos. Era menino pobre, equipado apenas com a educação fornecida pela Escola dos Rotschild. Na Sexta-Feira da Paixão, o velho Naftali não permitia que em sua casa se ouvisse música no rádio." (Itajaí O. de Albuquerque). 
Seu Naftali faleceu em Macapá dia 10 de julho de 1967, com 73 anos de idade.
Fonte: MyHeritage

domingo, 20 de abril de 2014

Do Fundo do Baú : "Um papo molhado no Pastelito"

Encontrei, no fundo do baú do amigo João Silva, esse registro em preto e branco.
E o próprio João, conta a história dessa foto:
 "Nesse papo molhado no Pastelito, em 1997, a foto mostra, da esquerda para a direita: Elson Martins, Meton Jucá, Solange Maciel (de cabelo preso), Aldony Fonseca - o Babá, e Lígia, de costa; logo depois desse encontro, deu-se a eleição da Solange para presidente e o locutor que vos fala para vice-presidente da Confraria Tucuju. João Silva
Fonte: João Silva, via Facebook

sábado, 19 de abril de 2014

Coisas da Vida: "Ou eu ou o Roberto Carlos"... e a vida continua!

Entre as muitas emoções que vivi durante meu tempo de radialista, foi participar de uma entrevista coletiva, concedida por Roberto Carlos, em 1972, no Macapá Hotel, na capital amapaense.
Nessa época eu havia saída da Rádio Educadora e estava trabalhando na ICOMI, em Santana. Em razão disso, só podia apresentar programas na rádio, aos finais de semana. E em 1972, eu havia retornado à Rádio Difusora de Macapá, quando o Roberto Carlos foi fazer um show em Macapá.
Ao meu lado os radialistas Cristina Homobono e J.Ney, estavam gravando para a Rádio Educadora São José de Macapá, quando foi feito o registro fotográfico, que nem lembro quem bateu essas fotos.
O show aconteceu à noite, no gramado do Estádio Glycério Marques. Naquela época, o rádio em Macapá era feito de forma amadorística mesmo. Prevalecia o amor pela arte. Como o show não podia ser gravado diretamente do palco, eu fiquei no meio do povo com um gravador no ombro, e consegui gravar o show inteirinho e passar domingo pela manhã no meu programa.
Quando me lembro que fazíamos todo esse malabarismo pra levar a informação ao ouvinte...
Isso fazia parte do meu trabalho.
Agora vejam o que a vida nos prepara: em 1972, eu havia conhecido a minha esposa Marina, e estávamos começando a namorar. E ganhei dos promotores do evento, dois ingressos de cortesia, para ir ao show do Roberto Carlos. Quando eu fiz o convite para irmos juntos, ela respondeu que não iria. Diante da negativa, eu respondi: Você não vai, mas eu vou, que tenho de gravar  o show para passar em meu programa. Ela disse: ou eu, ou o Roberto Carlos, você escolhe! Eu fiquei analisando um pouco e pensei comigo mesmo...se ela terminar eu tenho chance de reatar o namoro mais em frente e o Roberto Carlos não tenho certeza se o assistirei novamente... depois disso respondi: Ok eu escolho o Roberto Carlos! E fui sozinho assistir ao show... pouco tempo depois reatamos o namoro, casamos no ano seguinte, e estamos juntos há 49 anos. 
E o Roberto voltou muitas outras vezes a Macapá. 
Coisas da vida!
(Foto: Reprodução do Google images)
O LP daquele ano tinha essa capa.
(Atualizado em 19/04/2021)

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Igreja de São Benedito - Bairro do Laguinho

Em 02 de março de 1956, Dom Aristides Piróvano benzia e inaugurava a nova Capela do Bairro do Laguinho em Macapá, dedicada a São Benedito. 
Paredes de madeira, piso de cimento e coberta com telhas de barro. 
Os trabalhos tinham sido iniciados a 11.04.1955.
A Capela, em 28.08.1964, foi elevada à Matriz da nova Paróquia.
Em 24 de dezembro de 1964 - na noite de Natal - foi rezada a 1ª Missa e praticamente inaugurada a nova Matriz de São Benedito, que teve sua planta hemisférica desenhada pelo Pe. Fúlvio Giuliano. Os trabalhos de construção foram dirigidos pelo Pe. Alexandre Pezzotti. Sua 1ª Pedra tinha sido benta e lançada por Dom Aristides Piróvano em 24.06.1963.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Memória do Rádio - Pioneiro - Amazonas Tapajós

(Foto: Reprodução/Acervo histórico/RDM)
Para ampliar clique na foto
O senhor da foto é o saudoso Amazonas Tapajós - nome artístico de Dorival Nunes de Lemos - cuja voz foi uma das mais ouvidas e famosas através do microfones da ZYE-2 - Rádio Difusora de Macapá.
Dorival Nunes de Lemos, conhecido como Amazonas Tapajós, nasceu em Belém do Pará no dia 28/03/1917. Filho do Português Ricardo Pessoa de Lemos e da belenense Dolores Nunes de Lemos. Era o terceiro de seis filhos. Antes de ir para o Território do Amapá, morou no bairro do telégrafo, onde era conhecido como "alemão do telégrafo". Migrou para o Amapá, na década de quarenta. A princípio, se estabeleceu na cidade de Oiapoque, onde trabalhou no extinto SPI - Serviço de Proteção ao Índio, hoje FUNAI - Fundação Nacional do Índio. Residiu por pouco tempo na cidade de Amapá. Em seguida foi para Macapá, onde iniciou a carreira de radialista na Rádio Difusora de Macapá. Foi um dos apresentadores do Clube do Guri. Teve uma breve passagem pela extinta Rádio Educadora São José de Macapá. Paralelamente à carreira de radialista, atuou no ramo da publicidade volante, ao lado do seu companheiro inseparável, Edvar Mota. Por fim, labutou como inspetor de alunos no antigo Colégio Comercial do Amapá-(CCA), atual Escola Comercial "Gabriel de Almeida Café".
Amazonas Tapajós, faleceu em Macapá, no dia 23/09/1989, aos 72 anos, e foi sepultado no cemitério de São José, no Buritizal. 

Fonte: Informações de Waciman Lemos, filho do biografado, via Facebook.
Post reeditado e repaginado em 18/04/2014

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Do Fundo do Baú: antiga Doca da Fortaleza

Foto encontrada no fundo do baú da família Braga & Silva, postada pela amiga Nara Chamblay, da Comunidade Bela Macapá, do Facebook.
Aspecto da entrada do antigo Igarapé da Fortaleza, ao lado da Fortaleza de Macapá, onde situava-se a Doca da Fortaleza. No momento desta foto histórica, o leito do canal estava totalmente seco, com as canoas todas em cima da lama.
Foto: Braga & Silva

terça-feira, 15 de abril de 2014

Do Fundo do Baú: Pioneiros do Amapá

Em 5 de dezembro do ano passado, postei essas fotos que foram compatilhadas pelo amigo Adriano Monteiro, em sua página no Facebook.
E hoje, no Facebook do historiador Nilson Montoril, encontrei parte de uma história, diretamente relacionada com essa família de pioneiros do Amapá.
Razão pela qual estou repaginando e reeditando aquele post.
Eis as explanações do Nilson: "Essa fotografia, tirada no pátio da casa nº 273, da Avenida Mendonça Furtado, lado esquerdo de quem vai do Largo do Inocentes no sentido do Cemitério Nossa Senhora da Conceição, entre as Ruas Tiradentes e General Rondon, mostra quatro pessoas da minha família. Vemos, sentados, tia Jesuína e tio Teodorico. Em pé, Anita e Adriano. Esposa, marido, filha e neto. Só, que o Adriano não é filho da Francisca Anita e sim da outra Francisca, maior do que a retratada, que nós chamávamos de Chiquinha. Verdade, mas o casal é formado por primos. Tia Jesuína era filha do Major Fiscal de Mazagão, Antônio Torquato de Araújo. Teodorico era sobrinho do major e tinha uma irmã chamada Ana Cecília. Os dois nasceram em Cascavel, no Estado do Ceará e vieram morar com o tio depois que seus pais faleceram. Ana Cecília tinha uns 16 anos, aproximadamente. Teodorico era um pouco mais velho, cerca de 18 anos. Jesuína beirava os 15 anos. O major tinha ficado viúvo de sua primeira esposa e resolveu casar com Ana Cecília, sua sobrinha. Ciente de que Teodorico e Jesuína estavam namorando, o major decidiu promover o casamento dos dois. Assim, o Major Torquato ficou sendo tio e marido de sua sobrinha e tio, cunhado e sogro do sobrinho. Jesuína passou à condição de enteada da prima, esposa do primo e sobrinha do pai. Tio Teodorico ficou sendo sobrinho, cunhado e genro do tio. Minha saudosa tia Jesuína era um amor de pessoa, sempre alegre e fraterna. Ela era irmã por parte de pai do meu pai, Francisco Torquato de Araújo, que era primo e cunhado do tio Teodorico. Minha avó Ana Cecília era mãe e prima em segundo grau do meu pai. Você entendeu a enrolada? Ainda tem mais detalhes, mas por enquanto basta o que escrevi."(Nilson Montoril de Araújo)
Nesta segunda foto as tias Nair e Anita Monteiro.
Post repaginado e reeditado em 15 de abril de 2014.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Nos bons tempos da lambreta

Há cinquenta anos, aconteceu um fenômeno no Brasil que foi sonho de consumo de muitos jovens. Durante mais ou menos uma década, o pais viveu um verdadeiro contágio: Foi a febre da lambreta:
"Esse veículo,(...), surgiu na Itália do pós-guerra como alternativa barata de deslocamento. Chegou ao Brasil no final dos anos 1950 e “pegou”, como se dizia na época.
No início dos anos 1960, filmes agora cult como Candelabro Italiano e Quando Setembro Vier (este, com Rock Hudson e Gina Lollobrigida) ajudaram na divulgação da moda e do comportamento envolvendo esse meio de transporte.
Conseguir uma namorada exigia uma lambreta. Os jovens ricos tinham carro, claro, mas tinham que ter lambreta também. Os constantes rachas de lambretistas, e a fama de “juventude transviada”, despertavam a desconfiança da polícia, que dava uma dura indiscriminada." (Do blog Almanaque Gaúcho de Ricardo Chaves)
Em Macapá, a "epidemia" não foi diferente. Muitos jovens viveram momentos inesquecíveis, sobre duas rodas, em uma lambreta.
Os que me vêm à memória: Merinaldo, Fontoura, Antônio Cabral (quando fotógrafo, hoje advogado), Israel Sozinho, o Calhambeque (motorista de praça), Cafuringa, Macaxeira, Seu Barido (pai do Edgar Rodrigues), Rodolfo Juares, Paulo Guerra, Rui Lima, meu vizinho Carlos Cunha (irmão do Sebastião Cunha) também tinha uma, e muitos outros.
Nesta primeira foto, que foi compartilhada pela amiga Miranilde Souza, vemos o delegado e desportista José Maria Franco, em frente a duas lambretas estacionadas.
Nesta outra foto - sobre uma lambreta - estão os amigos José de Matos Costa (Zelito) e  Amujacy Borges de Alencar.  Zelito é empresário em Macapá e Amujacy - que era desportista, idealizador do bloco A BANDA e sócio do Bar Gato Azul - já é falecido.
A segunda foto foi compartilhada pelo amigo Floriano Lima.  

domingo, 13 de abril de 2014

Do Fundo do Baú: O Pioneiro Frederico José dos Santos Netto - O meninão (in memoriam)

O nosso homenageado de hoje é um Pioneiro da antiga Escola Industrial de Macapá. Um dos maiores mestres de fundição amapaense e apaixonado pela educação. Um dos artífices dos grandes desfiles cívicos da Semana da Pátria e de 13 de setembro. Os carros alegóricos que homenageavam os grandes feitos locais tinham seu traçado.
Ele é Frederico José dos Santos Netto - O meninão, apelido dado pelos amigos íntimos, pois era um gigante em estrutura, porém um menino no relacionamento.
Belenense nascido em 29 de fevereiro de 1936, que era um ano bissexto,  isto é, aquele que possui um dia a mais do que os convencionais 365 dias. No calendário gregoriano, o dia extra é incluído a cada 4 anos.  Isso era piada para ele que sempre repetia a idade dividida por quatro.
Filho de Osvaldo José dos Santos e Iracema Gomes dos Santos, foi residir em Macapá ainda criança. De acordo com seus filhos, Frederico, aos 12 anos de idade, foi encaminhado junto com outros jovens para a capital federal, na época, Rio de Janeiro, pelo então Deputado Federal pelo Amapá, Coaracy Nunes, para estudarem no Colégio Interno Getúlio Vargas.
Ao retornar aos 17 anos para Macapá, foi servir o antigo Tiro de Guerra no Pará. Neste intervalo conheceu na Feira Agropecuária do antigo Território Federal do Amapá a jovem Delacy Gibson, com quem firmou noivado e que anos depois se tornou sua esposa. Desse longo matrimonio nasceram sete filhos: Nazaré, Margareth, Freddy, Elizabeth, Herculano, Adriana e Melissa. Hoje todos casados, geraram diversos netos e bisnetos.

Magistério - No dia 06 de junho de 1953, Frederico Netto adentrou uma oficina-sala-de-aula na antiga Escola Industrial de Macapá, com a formação exclusiva em Artes Industriais no período de 1950 a 1964. Logo em seguida, o colégio foi transformado em Ginásio de Macapá para o Trabalho, que passou a ofertar, além das Artes Industriais, outros cursos técnicos: Técnicas Agrícolas, Técnicas Comerciais e Administração para o lar, no período de 1965 a 1972. Vale ressaltar que nesse período o ensino era voltado exclusivamente para a formação de uma clientela masculina. Hoje se denomina E.E. Antônio Cordeiro Pontes. 
Frederico tinha um amor imensurável pelo GM, sempre fazia questão que sua escola brilhasse nos desfiles. Muito antes do 13 de setembro, ele ia para prancheta desenhar os carros alegóricos, com engrenagens e, durante a montagem, supervisionava e acompanhava na AV FAB. Ele antecipou, o que é feito hoje nos grandes desfiles de carnaval. Ele foi o precursor, no Amapá, dos desfiles com efeitos especiais.
Sempre preocupado em manter-se atualizado, Frederico Netto, em 1958, viajou para o Paraná onde cursou a Escola Técnica de Fundição, em Curitiba, se especializando nessa arte milenar.
Bairrista
- O meninão era bairrista, defendia com unhas e dentes o Ginásio de Macapá (GM) onde formou muitas gerações, pois trabalhou 38 anos na escola. O aprendizado de fundição ele não executou somente em sala de aula. Morador do recém-criado Bairro Santa Rita, onde a molecada fervilhava nas ruas sem nada pra fazer - jogando peladas na piçarra e passarinhando - Frederico passou a levá-los para uma oficina construída em um barracão atrás da residência dele, onde ensina os princípios da fundição.
Flamenguista inveterado, fanático por futebol, passou a organizar as peladas de rua,  que aconteciam todos os dias na Avenida Euclides da Cunha, local de sua residência. "Quando ele chegava ao fim da tarde da escola, a molecada estava concentrada em frente de casa aguardando por ele. Os jogadores eram o Roberto Gato, Humberto(radialista), Jango e Carlinhos Moreira entre outros. Ele entrava em casa, jogava a bola para rua enquanto trocava de roupa, e a pelada terminava somente à noitinha", conta Dona Delacy.
O meninão fez muitos amigos, entre eles o Mestre Oscar Santos e Professor Tostes;  o mais querido, por ser amigo de infância, foi o Sacaca, na época Rei Momo do Carnaval Amapaense. "A chave do Rei Momo amapaense era ele que fazia na sua fundição no fundo do quintal", relembra Delacy Gibson.

Muitas dessas obras de arte ambulantes marcaram época. 

Uma criação de Meninão num desfile de 13 de setembro, na Av. FAB
Um deles foi da Fortaleza de São José de Macapá; A Bola da Copa do Mundo girando com um rapaz negro, personificando o Rei Pelé. Colocou um foguete  em frente ao palanque das autoridades em posição de voou e ao ser disparado soltou fumaça e pelo bico saia a bandeira da Escola.
Aposentadoria - A aposentadoria da escola, o levou a continuar na pequena fundição de fundo de quintal, onde fabricava placas de carro, motos e placas de inauguração de prédios oficiais, em alumínio.Meninão deixou esse plano há 15 anos, no dia 23 de fevereiro de 1999, às vésperas de seu natalício de 63 anos, vitima de um infarto. Frederico, três anos antes, havia sofrido um AVC que lhe deixou sem os movimentos dos membros inferiores e utilizava uma cadeira de roda. "A nossa família perdeu seu patriarca, um bom marido, um pai amoroso e um amigo excelente, que vivia brincado com todos, e esse foi o motivo do apelido MENINÃO"

Fonte: Jornal Tribuna Amapaense: Texto(*) e fotos, de Reinaldo Coelho, da Reportagem.
(*) adaptado e atualizado para o Porta-Retrato.

sábado, 12 de abril de 2014

Do fundo do Baú: Duas amigas na praia

Esta raridade histórica sem data, estava entre inúmeras fotos, que foram compartilhadas com o Porta-Retrato, pelo amigo Floriano Lima:
Vemos na imagem - Moça e Anita - na Praia da Fazendinha, no tempo de Território Federal.
Assim que eram conhecidas a Wanderlina Ribeiro e a Francisca Pereira da Silva, respectivamente. 
Ambas, pioneiras, aposentadas do quadro Federal do ex-Território do Amapá, e residindo em Belém do Pará.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Encontro de amigos do Bairro do Trem

Esta foto rara, foi compartilhada pelo amigo desportista Zequinha Monteiro.
Trata-se de um encontro entre amigos do bairro do Trem, em que aparecem a partir da esquerda: o guarda Gentil, Jeconias Araújo, Zequinha Monteiro, José Maria Oliveira e o José Maria Gomes Teixeira, o Manga.

O Zequinha não sabe precisar a data. Apenas, que os bancos que aparecem nas imagens, eram da Casa Deuzarina, antigo bar do Sr. Manoel Paixão.

domingo, 6 de abril de 2014

Memória do Esporte: Do Fundo do Baú: Municipal Esporte Clube

No início dos anos de 1940, as partidas de futebol, na antiga Macapá, eram disputadas de forma amadorística no campo da praça da Matriz, atual Praça Veiga Cabral. Dessa época vem o "Panair Sport Clube" -  clube dos funcionários da aviação Panair do Brasil -  fundado em Macapá, em 19 de fevereiro de 1944, por seu idealizador    Emanuel Tarcilo Duarte Moraes, primeiro encarregado do Aeroporto de Macapá, durante os três primeiros anos de existência do Território Federal do Amapá
O Panair é considerado o embrião do Esporte Clube Macapá, fundado no dia 18 de novembro de 1944. Em 1946, mudou de nome para o atual: Esporte Clube Macapá.
Os funcionários da antiga Fundação SESP (serviço de saúde) formaram o seu. Dele, surgiu o Amapá Clube, fundado em 23 de fevereiro de 1944.
Com o passar do tempo foram surgindo outros clubes, tais como: Trem, CEA Clube, Juventus, Santana e Independente, América, Oratório, Latitude Zero, Guarany, Ypiranga, São José, e outros mais que revelaram muitos craques.
Entre essas renomadas formações, existiu também, o Municipal Esporte Clube, "um time - de curta duração - criado entre funcionários da Prefeitura Municipal de Macapá, com a finalidade de jogar uma bola no final de semana; depois com o interesse de alguns - entre eles o sr. Zeca Machado, que era influente na PMM -  resolveram filiar o clube à Federação Amapaense de Futebol, para disputar o campeonato, e assim aconteceu," conta o ex-jogador Jose Campos Monteiro Jr, o Zequinha Monteiro, que foi goleiro do Municipal nos tempos de glória. 
Ele finaliza dizendo que "a sede do clube era no Estádio Glycério Marques, onde a gente até se concentrava antes dos jogos." 
Foto do final dos anos 60, no Estádio Glycério Marques.. A partir da esquerda: Mafra (técnico), Timbó, José Maria Franco, Lua, Zequinha(goleiro), Page, Moacir Fernandes, Marcos Antônio e o presidente Zeca Machado(*);
Agachados: Carrapeta, Percival, Lelé, Aroldo Santos e Penafort.

(*)José Mendes Machado (Zeca Machado), pertencia à família do ex-Intendente Manuel Theodoro Mendes e irmão da senhora Carmem Mendes e primo da professora Guita. Servidor municipal já falecido. Era conhecido como Machadinho.(Nilson Montoril)

Fonte: Foto e informações de Zequinha Monteiro.

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