segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Foto Memória de Macapá: Os 45 anos do Banco da Amizade, no Laguinho

Banco da Amizade
No tradicional bairro Laguinho, na Zona Norte de Macapá, existe o Banco da Amizade, localizado na Rua General Rondon, entre as avenidas Padre Manoel da Nóbrega e José Antônio Siqueira.
O Banco da Amizade foi montado com estrutura em madeira, ao lado direito da via, em 1971. 
Cinco anos depois, ele foi mudado para o lado esquerdo da rua, e construído em alvenaria, na calçada da Escola Estadual General Azevedo Costa.
A iniciativa de usar um banco para ponto de encontro e conversação entre amigos do Bairro do Laguinho, surgiu com os moradores Renato Matos (“rato”/ de boné, na foto acima) e Raimundo Souza (“Sacaca”), ambos falecidos.
Por um ato administrativo, o “Banco da Amizade” foi reconhecido como um verdadeiro símbolo de tradição entre as famílias e amigos do bairro do Laguinho.
Uma nova Lei Estadual, de nº 2053/16, o transformou em Patrimônio Cultural e Imaterial do Amapá, e instituiu o dia 26 de dezembro como ”Dia do Banco da Amizade”
O ”Banco da Amizade” já testemunhou muitas conversas e causos dos moradores que cresceram participando das animadas reuniões entre amigos.
Fonte: Tica Lemos (Banco da Amizade)

domingo, 18 de dezembro de 2016

Foto Memória da Comunicação no Amapá: A importância de Phelippe Daou para o Amapá

Um visionário chamado Phelippe Daou
Por Emanoel Jordânio (*)
No dia 10 de setembro de 1974, o jornalista Phelippe Daou desembarcou pela 1ª vez em Macapá, depois de tomar conhecimento de que o governo amapaense buscava uma forma de colocar uma emissora de TV para funcionar no então Território Federal do Amapá.
Naquele ano o governador do Amapá Arthur Henning experimentou a ideia de desenvolvimento de um canal de TV na região a partir da transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 1974. Uma novidade agradou os amapaenses na época, tanto que uma loja chegou a vender cerca de 100 aparelhos de TV em apenas um dia.
Mas, passados os 30 dias da transmissão da Copa do Mundo, houve uma pergunta pública a ser respondida: o que fazer agora com os equipamentos transmissores de TV?
Como a licença para o funcionamento de uma estação de TV no Amapá tinha um prazo provisório (de apenas 45 dias), Henning correu contra o tempo para buscar uma alternativa de aproveitar os equipamentos adquiridos pelo governo amapaense, já que um dos maiores interesses era atender o desejo e a ansiedade do povo local que prestigiou com gratidão os dias emotivos de transmissão da TV na capital amapaense.
Sabendo desses propósitos de cativar a população com a continuidade dessa ideia, que o jornalista Daou viu a publicação de um Edital de Serviço emitido no Diário Oficial da União no início do mês de setembro de 1974 e logo marcou um encontro direto com o governador amapaense.
No mesmo dia que desceu em Macapá, foi convidado para um jantar receptivo na Residência Governamental, onde tratou sobre seu interesse de assumir os equipamentos de TV obtidos pelo Governo do Amapá e trabalhar o quanto antes na reativação do canal de TV para a população. Daou até propôs expandir a transmissão, saindo dos limites da capital para os municipais e localidades adjacentes, deixando o governador Henning bastante curioso com a ousadia do jornalista.
Mas isso é praticamente impossível, nós nos esforçamos para passar de 20km de distância nas transmissões dos jogos da Copa”, disse o governador Henning, que logo foi surpreendido pela resposta rebatedora do jornalista amazonense.
Para vocês isso foi impossível, por não terem acreditado, mas para quem quer ver uma Amazônia mais conhecida e respeitada, a vontade de expandir a informação e o conhecimento pode chegar muito mais longe”, disse Daou ao governador Henning.
O otimismo e a capacidade de trabalhar por um Norte Brasileiro mais desenvolvido e harmonioso foram uma das grandes motivações que o jornalista Phelippe Daou sempre carregou por onde quer que fosse.
Tanto que a pequena estação de TV que ele implantou em Macapá se tornou, não apenas a pioneira no Amapá, como também a primeira a estadualizar o sinal de TV para os 16 municípios existentes nesse Estado e a 1ª com sinal em HD.
A sua determinação foi tanta que o saudoso colega de profissão, o jornalista carioca Roberto Marinho, fundador das Organizações Globo, reconheceu em uma entrevista para os arquivos Memorial da Televisão Brasileira (em 1995) o trabalho empenhado por Phelippe Daou para a região amazônica.
Depois que criei a TV Globo em 1965, recebi várias sugestões para abrir filiais e repetidoras do canal por todo o Brasil, mas bem poucos se interessavam de levar o sinal da Globo para o Norte, tanto que o 1º Estado dessa região que acreditou em assumir o sinal da Globo foi o Pará (isso somente em 1978), por que eu achava que os demais Estados da Região Norte ainda não teriam condições financeiras de manter um canal de TV. Estava totalmente errado, tanto que Phelippe Daou me visitou (por volta de 1980) apresentando uma proposta de expandirmos essa ideia de transmitirmos o sinal da TV quando todos os Estados já tinham suas estações de TV há mais de uma década”, relatou Roberto Marinho.
Ou seja, o maior empresário do ramo das comunicações da América Latina achava que causaria um “choque cultural” se implantasse um canal de TV na Região Norte, enquanto que um colega de profissão já vinha desenvolvendo a ideia há quase 10 anos antes dele.
Um verdadeiro visionário. Uma prova clara de que nós, caboclos da Amazônia, somos apressados, somos seres determinados, somos teimosos nos objetivos que queremos alcançar.
Assim como sempre foi Phelippe Daou, um homem pacato, mas estratégico, articulador e ousado. Um ser humano que não apenas acompanhou o surgimento da TV no Norte do Brasil, mas também contribuiu na sua implantação, construindo uma família que encaixou dentro uma das maiores florestas tropicais mais preservadas do mundo, assim chamada “Rede Amazônica de Rádio e Televisão”.
Da 1ª visita ao Amapá ao último aparecimento em público – ocorrido há pouco mais de dois meses, em Manaus (AM), Phelippe Daou deixou para as atuais e futuras gerações um exemplo firme de homem que pode desbravar novos horizontes, independente das barreiras que podem aparecer e lutar por um mundo melhor.
Muito obrigado, ao cidadão que acreditou e construiu um sonho chamado Rede Amazônica!
(*) Emanoel Jordânio – Editor do blog “Santana do Amapá

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Morre jornalista Phelippe Daou, fundador da Rede Amazônica de Rádio e Televisão

Morreu na tarde desta quarta-feira (14), aos 87 anos, o jornalista e presidente da Rede Amazônica de Rádio e Televisão, Phelippe Daou. O jornalista estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para uma cirurgia. Ele morreu de falência múltipla dos órgãos.
O jornalista e empresário nasceu em Manaus, no dia 15 de dezembro de 1928. Viúvo de Magdalena Arce Daou, é pai de dois filhos Phelippe Daou Jr., e Cláudia Daou Paixão e Silva.
Filho do comerciante José Nagib Daou e de Nazira Chamma Daou, fez seus primeiros estudos na Escola Progresso de Manaus. Em seguida, ingressou no Colégio Estadual do Amazonas, onde concluiu o secundário e científico.
Prestou vestibular para a Faculdade de Direito do Amazonas, onde formou-se. Muito cedo ainda, iniciou no jornalismo, como repórter do Jornal do Comércio, mas a ascensão na carreira começaria um ano depois, com sua transferência para a empresa Archer Pinto, proprietária, na época, de "O Jornal e Diário da Tarde", onde exerceu diversas funções redacionais. Atuou ainda como redator da Rádio Rio Mar.
Em 1968, junto com Milton Cordeiro e Joaquim Margarido, fundou a Amazonas Publicidade, embrião que deu origem à Amazonas Distribuidora Ltda e Rádio TV do Amazonas S.A., que abrange, entre outras emissoras, a Rede Amazônica de Televisão.
Phelippe Daou destacou-se como defensor da Zona Franca de Manaus. Foi membro do Conselho Deliberativo dessa instituição que por consenso representava toda a classe empresarial – a Associação Amazonense de Imprensa e a Associação Comercial do Amazonas.
Em seu último discurso, o empresário falou a funcionários durante missa de aniversário de 44 anos da Rede Amazônica, em Manaus. O tom foi de despedida.
"Verdade, justiça e liberdade. Isso não é negociável nunca. Nunca passe pela cabeça de vocês que serão os nossos sucessores, pessoas que vão dar vida, e quem sabe dar maior dimensão à Rede Amazônica, porque a Amazônia sem a Rede Amazônica, ela não será a grande região que todos nós desejamos. Vocês veem as dificuldades que são opostas. Vocês veem o combate que a gente faz diariamente em defesa da região. E é quase que, verdadeiramente, a lágrimas de sangue, que a gente dá um passo à frente, mas quando a gente consegue, é tão grande a nossa alegria, tão grande é o resultado do esforço que a gente diz: valeu a pena", disse.
As condolências do blog aos familiares, amigos, e integrantes da Rede Amazônica.
Fonte: G1 AM

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Foto Memória da Eletricidade de Macapá: A 1ª inspeção técnica à cachoeira do Paredão

Foi por volta das 07:00hs da manhã daquele dia 12 de junho de 1947 quando o então governador do Amapá Capitão Janary Gentil Nunes e sua comitiva governamental pegaram um barco-motor e desceram o rio Araguary com o objetivo de analisar as possibilidades de aproveitamento para o fornecimento de energia hidroelétrica do referido rio.
Estiveram acompanhando o Chefe do Executivo amapaense: Dr. Hermógenes de Lima Filho (diretor da Divisão de Obras do Amapá); Mr. John Lucien Hummel (engenheiro-chefe do Serviço Especial de Saúde Pública do Governo amapaense); Tenente Dulcício Alves Barbosa (reformado da Aeronáutica); Sr. Daniel Martins (fotógrafo); Geraldo Silva (da empresa de mineração Apolo).
Após saírem de Macapá às 12h do dia 11 de junho, seguiram em destino à vila de Porto Grande, onde pernoitaram e seguiram viagem pela manhã, através de um barco-motor cedido pela comunidade. Ao descerem o rio Araguary, bateram algumas fotos até a região da Cachoeira do Pião e Caldeirão. Às 14h, depois de fazerem uma ligeira refeição, o então governador e sua comitiva seguiram viagem pela cachoeira.
O Capitão Janary, o Dr.º Hermógenes e Mr. Hummel ficaram observando a cachoeira do Paredão durante quase uma hora, por jusante e montante (significado) nos seus interessantes aspectos. Possuindo cerca de 600m de extensão por 12m e 15m de altura, prevendo-se uma elevada quantidade de potencial hidroelétrico, calculado pelo menos em 200.000 HP na sua totalidade. Vale ressaltar que a cachoeira ficava numa distância em linha reta de 110km de Macapá.
Já por volta das 19h, o Capitão Janary Nunes e sua comitiva começaram a fazer a viagem de retorno, chegando à fazenda pertencente ao Senhor Dulcício que integrava a sua comitiva, onde ali pernoitaram e seguiram de retorno à Macapá pela manhã seguinte, chegando na capital por volta das 08:30hs da manhã do dia 13/06.
Um dos marcantes momentos dessa viagem pela cachoeira do Paredão veio por patê do Mr. Hummel (engenheiro-chefe do SESP), que revelou o seu entusiasmo pelo futuro econômico da região que teve oportunidade de visitar.

Fonte: Texto transcrito do Blog Luz Amapaense

domingo, 20 de novembro de 2016

Foto Memória de Santana: O pioneiro JOSÉ DE OLIVEIRA VALENTE

Filho caçula de uma família de nove irmãos, homem religioso temente a Deus, reto e de caráter como poucos, JOSÉ DE OLIVEIRA VALENTE nasceu no Rio Curuçá, município de Mazagão, em 19/03/1931, e começou a trabalhar ainda com nove anos de idade, no seringal, junto com seus irmãos e seu pai, o Sr. Manuel Pinto Pereira Valente. Sua mãe, Júlia de Oliveira Valente, faleceu quando ele ainda era criança, deixando sua criação e educação por conta de suas irmãs Neném e Santinha, a quem ele sempre tratou com segunda mãe. Aos 19 anos saiu pela primeira vez do interior de Mazagão para a cidade de Macapá, e trabalhou como braçal no Governo Janary Nunes, ajudando na construção da praça e da Escola Barão do Rio Branco. Líder nato, tinha apenas o segundo ano primário, quando resolveu voltar para o interior dois anos depois, e comprou de seu pai uma canoa movida a remo de faia, começando a trabalhar com regatão pelos rios da Amazônia, negociando produtos naturais, como castanha-do-Pará, Látex, balata, couros de animais, etc., passando depois para canoa a vela. Homem incansável nas suas atividades, não media esforços para atingir seus objetivos, passava em torno de 15 dias para fazer uma viagem a Belém, e mais 15 para voltar. Eram tempos difíceis, mas suas determinações em vencer na vida superaram qualquer obstáculo e acidentes de percurso, incluindo naufrágios, explosões em alto mar que, com sua astúcia e rapidez de pensamento, conseguia superar. Quando comprou seu primeiro barco a motor, passou a comercializar café para o exterior, chegando até a Guiana Francesa e Paramaribo, verdadeiras viagens de aventureiro, com sua tripulação escolhida a dedo, que também cruzavam com ele os rios e mares do norte e nordeste deste Brasil. Pioneiro no comércio de Santana, no final dos anos 50 José Valente, junto com seus irmãos Antônio e Raimundo, se estabeleceu na Ilhinha, localizada em frente à Ilha de Santana, com   bar e comércio, depois passou para a Ilha de Santana, onde fundaram a firma Valente & Irmãos Ltda.
Extremamente emotivo e carinhoso com todos, mas em especial com filhos, esposa e a família, ele foi pai pela primeira vez de SÉRGIO, cinco anos antes do casamento. Casou com a jovem MARIA MEIRE FERREIRA VALENTE, em 1962, com quem teve três filhos, ARISTEU, GLÓRIA E LÉIA. No início da década de 60, aproveitando o movimento de instalação da ICOMI, passou para a então Vila de Santana, montando um comércio sortido próximo ao porto, depois apartou a sociedade com os irmãos, mudando em definitivo para a Av. Santana, quando montou uma loja de nome CASA SÃO JOSÉ, que seria a primeira naquela avenida e na então vila, sendo também o primeiro beneficiado pela energia da ICOMI. Viajou neste Brasil de norte a sul trazendo novidades para sua loja, principalmente de S.Paulo, onde era bastante conhecido pelos  empresários da capital paulista. Mesmo já estabelecido e estruturado com sua grande loja, ele continuou as viagens comercializando produtos naturais da Amazônia. Em 1973, JOSÉ DE OLIVEIRA VALENTE recebeu o título de Empresário do Ano do então Território Federal do Amapá, e por vários anos recebeu também do Governador Aníbal Barcellos o título de maior contribuinte individual de ICMS do Território, era na época também a maior loja do Território, e vendia de tudo. Nos anos 80 instalou uma indústria de beneficiamento de látex na Ilha de Santana, comercializando seus produtos com a fábrica de pneus Goodyear do Brasil Ltda., e outras indústrias de balões do interior de S.Paulo. Abriu mais duas filiais da CASA SÃO JOSÉ em Santana, e três postos avançados de comercialização de látex e castanha do Pará, nos municípios de Mazagão e Laranjal do Jarí. Seus barcos, S. Rita, N. S. Nazaré, Apollo 11, São Tiago, Brasileira, Brasília, Miss Cajarí, Valente e Aristeu, cruzaram os rios da Amazônia até meados de 90 comprando produtos naturais.
JOSÉ DE OLIVEIRA VALENTE, parou com suas atividades de empresário quando, depois do segundo AVC, os médicos recomendaram que ele evitasse a alta rotatividade no trabalho, para que pudesse ter mais qualidade de vida. 
O empresário JOSÉ DE OLIVEIRA VALENTE, faleceu em 19/02/2013, aos 81 anos de idade, vítima de infarto do miocárdio.
Fonte: Informações e foto extraídas do
Aristeu Valente é filho do biografado.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Foto Memória de Macapá: Vista Aérea da Macapá antiga

Encontrei esta foto no acervo digital do IBGE, que mostra uma tomada aérea da cidade, com imagens, em primeiro plano, de grande parte do atual Bairro Santa Rita.
Trata-se de um registro sem data, presumivelmente dos anos 60/70, que mostra a Macapá de outrora com suas ruas bem traçadas e suas casas simples, habitações de um povo hospitaleiro e feliz!
Hoje a realidade é bem diferente; o que se tem visto é o crescimento desordenado de uma cidade carente de estrutura e planejamento urbano.
Bem diferente daquela que, um dia, foi merecedora do título de ”Cidade Joia da Amazônia”!

domingo, 13 de novembro de 2016

Foto Memória de Macapá: Dois momentos de Raimundo Adamor Picanço - Wanderley

O amapaense Raimundo Adamor Picanço - Wanderley, foi um grande craque do futebol do Amapá. 
Brilhou como goleiro de grandes times em Macapá, entre eles, Juventus Esporte Clube, Sociedade Esportiva e Recreativa o José e Ypiranga Clube.
Atuou como professor de Educação Física e Natação. 
Foi goleiro, árbitro de futebol, amante do esporte e do carnaval, figurando como um dos fundadores de “A Banda”, bloco de sujos, que arrasta multidões na terça-feira gorda, em Macapá.
Wanderley faleceu em 10 de fevereiro de 2011.
Neste primeiro momento, num registro do jornalista João Silva, vemos Antônio Amaral (dente de cão) e Wanderley trocando ideias na cancha do Glycério Marques antes do adversário entrar em campo e a bola rolar. 
Os dois deram muitas alegrias à numerosa torcida ypiranguista, que na época rivalizava com a Rebelde, da Sociedade Esportiva e Recreativa São José.
Segundo o amigo Cléo Araújo, Antônio Amaral ainda trabalha como Professor, na E. E. Tiradentes, no turno da tarde, em Macapá.
Neste segundo momento, em 1961, o registro de uma amizade duradoura entre José Façanha e Wanderley, quando serviam o Tiro de Guerra 130, na capital amapaense.

 Fonte: Facebook (Memorial Amapá)

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Foto Memória de Educação do Amapá: Inauguração da Escola Municipal Rondônia

Para o post de hoje, tomei a liberdade de usar a prerrogativa que me foi gentilmente facultada pelo amigo Cléo Araújo, de poder utilizar, sempre que necessitar, quaisquer imagens de seu acervo particular, para reprodução no blog Porta-Retrato.
E, entre muitos outros que fiz aqui neste espaço, escolhi mais um registro histórico, da inauguração da Escola Municipal Rondônia.
O Evento aconteceu ao final dos anos 60 (+/-66/67).
Da esq. p dir: jornalista Ezequias Ribeiro de Assis, Dr. Douglas Lobato Lopes, Prefeito de Macapá, na época,  Baião Caçula, operador de áudio da Rádio Difusora de Macapá, Prof. Leonil Pena Amanajás, Jurandir Morais dos Santos, (árbitro da Federação Amapaense de Futebol), e Gov. Luiz Mendes da Silva.
É importante ressaltar um detalhe relevante: O Projeto inicial, em homenagem aos ex-Territorios Federais da Amazônia, manteve as mesmas características arquitetônicas para todos os prédios, que foram erguidos utilizando uma só planta para as quatro Escolas: Amapá(bairro do Trem), Acre (na Fazendinha), Roraima(bairro Jesus de Nazaré), Rondônia(bairro Santa Rita), e Amazonas,(na antiga Vila Maia)em Santana.
Fonte: Facebook

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Foto Memória dos Transportes no Amapá: José Varela Dias (Zé Ganância), um dos primeiros motoristas de Macapá

Mais uma contribuição do amigo Waldemar Marinho, especialmente para o Porta-Retrato. Foto e texto dele:
“O cametaense José Varela Dias, pioneiro no T.F.A, em 1949, então com 22 anos, posando ao lado de um dos primeiros jipes da marca Willys adquiridos pelo governo do Território. José Varela, que ficou conhecido como Zé Ganância, começou moleque na Garagem como aprendiz de mecânico, galgou postos pelo próprio esforço sendo que foi um dos motoristas dos cinco governadores nomeados pelo governo da Ditadura Militar.
José Varela Dias, é o pai do Waldemar Marinho.
Ele explica: “Papai está com 90 anos, mas em consequência de vários AVCs ficou cego, surdo e paralítico. Recentemente passou uma temporada de 54 dias no hospital e saiu com uma sonda de alimentação parental. Como estou aposentado, cuido dele e da mamãe que aos 84 anos está com Alzheimer. Longas horas no apto deles no Condomínio Jardim Socilar, em São Brás-PA, que tem uma expressiva população de amapaenses.”
Marinho confirma que o registro foi feito pelo tio dele, Sr. Osmar Marinho, na Praça Barão do Rio Branco, atrás da residência oficial dos Governadores do Amapá, que tem a frente voltada para o Rio Amazonas, em Macapá.
(Última atualização às 21h45min)

sábado, 29 de outubro de 2016

Foto Memória da Saúde do Amapá: Turma de Enfermagem do Hospital Geral de Macapá

Outra foto do acervo do amigo Waldemar Marinho, especialmente para o Porta-Retrato. 
O blog agradece, uma vez mais, a deferência do nobre fotógrafo.
É um importante registro que faz parte da Memória da Saúde do Amapá. 
A formatura de uma turma de enfermagem do Hospital Geral de Macapá, em 1950.
Foto tirada na entrada principal daquela casa de saúde.
O próprio Waldemar nos ajuda a identificar alguns profissionais que aparecem nas imagens: “Aparecem aí, entre outros: Dona Áurea Marinho Dias (minha mãe), primeira da esquerda, com o pé apoiado embaixo do degrau, hoje com 84 anos, é a caçula de quatro irmãos. Dona Elza Chagas de Sena (esposa do jornalista Wilson Sena), bem no centro da imagem na segunda fila; ao lado dela a Dona  Rute Silva. Walter Pacheco, Dr. Pachequinho (economista), primeiro da direita, no degrau de baixo, também fazia parte dessa turma."
"O serviço de enfermagem do hospital geral era chefiado pela dona Zuleika Reis, outra pioneira de destaque.          
Dona Zuleika Reis (esposa do Sr. Homero Charles Platon, grande pioneiro do Amapá).                      

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Foto Memória da Aviação do Amapá: Piloto Hamilton Henrique da Silva

O Piloto Hamilton Henrique da Silva nasceu em Macapá, no dia 9 de julho de 1925.
Estudou na Escola Municipal com a professora Raimunda Mendes Coutinho (Guita) e concluiu seus estudos no Colégio Amapaense, em Macapá. 
Integrou a primeira turma da Escola de Pilotos Civis do Aeroclube de Macapá e  foi brevetado em 1956.
Ingressou no quadro de funcionários do ex-Território Federal do Amapá, na função de piloto de aeronaves.  
Era casado com a Sra. Maria Perpétua de Souza, com quem teve quatro filhos: Maria Heliete, Mário Hélio, Mário Hilton e Mary Heliete. 
A sua morte ocorreu no dia 21 de janeiro de 1958, vítima de acidente aéreo na localidade de Macacoari, trazendo como passageiros o Dr. Coaracy Nunes, Deputado Federal pelo Amapá, e seu Suplente Dr. Hildemar Pimentel Maia.








Hamilton Silva tem mausoléu (uma asa com manche) no Cemitério de N. S. da Conceição, no Centro de Macapá, localizado atrás da Nova Catedral.
Ele teve seu nome perpetuado numa das principais ruas de capital amapaense.













Fonte: Dados extraídos do livro "Personagens Ilustres do Amapá", vol. I, de Coaracy Barbosa, edição de 1997.
( Última atualização em  06/11/2016 )

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Foto Memória de Macapá: Alameda Francisco Serrano

Havia uma antiga passagem, em Macapá que foi transformada em passeio público pelo primeiro governo Barcellos, ainda no Amapá como Território Federal.
Na verdade, era uma viela,  chamada de “beco”: uma rua estreita e curta, que não permitia a passagem de veículos, e saia atrás do Macapá Hotel
Nos idos de 50/60 funcionou por lá uma hospedaria (barracão dos imigrantes) do Governo do Território (a outra hospedaria ficava na descida do cemitério na altura da Av. Cora de Carvalho) para abrigar os colonos, quando vinham para a cidade.
Neste mesmo "beco" - na parte detrás do antigo prédio da farmácia - funcionou a fábrica do Super Guaraná - que era concorrente do FLIP - dos irmãos Zagury. Mais atrás ainda, funcionava a Boate Gelly, num prédio super pequeno.
A Foto Memória de hoje, extraída do Baú de Lembranças do jornalista João Silva - amigo e parceiro do blog Porta-Retrato - imortaliza a imagem da inauguração da Alameda “Francisco Serrano”, um farmacêutico paraense que chegou cedo ao Amapá e foi proprietário, por muitos anos, da Farmácia e Drogaria Serrano, que ficava de frente para a Cândido Mendes, e precisou ser demolida para permitir o prosseguimento da General Gurjão.
Quem discursa é o deputado federal na época, engenheiro Clarck Charles Platon provavel representante do Governador do TFA, Annibal Barcellos; ainda aparecem no registro Marlúcio Serrano, Marlindo Serrano, Luís Serrano e a esposa, agrônoma Maria Tereza, falecida recentemente; prestigiam a inauguração o comerciante Abdala Houat, Altair Cavalcante de Lemos, Ronaldo Pereira, Chefe de Gabinete, e Diógenes  (Cabinho), ajudante de ordem do ultimo governador do Território Federal do Amapá e primeiro do Estado do Amapá, eleito em novembro de 1989 com a promulgação da Constituição Cidadã, para lembrar o inesquecível Ulisses Guimarães.
Parte do texto é redação do João Silva.
Nesta segunda foto - também dos anos 80 - podemos ver a descida da Rua Cândido Mendes, mostrando prédios no início da passagem onde é hoje a Alameda Francisco Serrano. 
Na imagem, antigas casas comerciais que situavam-se em frente à área hoje ocupada pelo Teatro das Bacabeiras, na Praça Veiga Cabral. Todas elas foram demolidas.
Observa-se à direita, no beiral da casa, apenas a letra "F" da antiga Farmácia Serrano. 
É bom lembrar que, a primeira Farmácia do Sr. Francisco Serrano funcionava no prédio de alvenaria aí na esquina, isso no tempo do pai deles. Após a morte do "seu" Serrano, os filhos, atravessaram a rua e se instalaram, em frente, com o empreendimento já administrado por eles.
Nota-se também uma placa do G.T.F.A., anunciando a obra de construção da alameda.
(Post repaginado e reeditado com atualizações)

sábado, 22 de outubro de 2016

Foto Memória da Saúde do Amapá: Pioneiros da Saúde do Amapá

O registro fotográfico de hoje, data de 1950, e constitui-se numa raridade histórica para o Amapá.
É uma inestimável colaboração do amigo Waldemar Marinho.
Waldemar é exímio profissional da arte fotográfica do Amapá, sobrinho do fotógrafo pioneiro Osmar Nery Marinho, primo do jornalista Ernani Marinho, sobrinho do Poeta e Redator Artur Nery Marinho, e, faz parte do Memorial Amapá, com discreta participação.
O Crédito da Foto Memória da Saúde do Amapá é do saudoso Osmar Nery Marinho, fundador do Foto Marinho, que funcionava no Bairro do Trem.
Imagens dos primeiros servidores e colaboradores do ex-Território Federal do Amapá, que exerciam suas atividades profissionais e sociais, nos anos 50, no antigo Hospital Geral de Macapá, atual Hospital de Clínicas Médicas “Dr. Alberto da Silva Lima”, na capital do Estado do Amapá.
São médicos, religiosas, enfermeiros, e diversos outros profissionais que colaboravam diretamente com o funcionamento daquela casa de saúde. Estão todos posicionados nos degraus da entrada principal daquele nosocômio.
No degrau de baixo, conseguimos identificar a partir da esquerda: Dr. Alberto Lima, uma religiosa, uma servidora, Irmã Bernadeth, Dr. Mário de Medeiros Barbosa e Dr. Orlando de Sabóia Barros.
No segundo degrau, entre as cinco senhoras e dois homens, conseguimos identificar somente Dona Enia Cardoso(roupa escura) que era enfermeira e esposa do pioneiro Sr. Nilton Cardoso.
No degrau superior só identificamos o Sr. Alamiro Rodrigues de Souza, o quarto (junto à coluna), a partir da esquerda.
Existe um cidadão, na segunda posição no degrau superior, que se parece muito com o Sabazão que foi jogador de futebol no Santana Clube.
Os demais não conseguimos identificar.
Se alguém souber poderá fazê-lo nos comentários.
Fonte: Memorial Amapá
(Última atualização à 00h:20min do dia 24/10/16)

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Foto Memória da Educação do Amapá: Professor Salomão Elgrably, em sala de aula

A amiga Graça Mont’Alverne, de Macapá, compartilhou conosco, uma foto de seu álbum pessoal, do final dos anos 60 e início da década de 70.
As imagens mostram o ambiente em uma sala de aula do Colégio Amapaense, em que aparecem o professor Salomão Peres Elgrabry,  e o estudante Deoci Mont’Alverne, irmão da Graça.
Próximo aos dois, em primeiro plano, identificamos ainda à esquerda, a aluna Fátima Pinheiro (irmã do Engº Demétrio, funcionário da CAESA - Companhia Autônoma de Água e Esgoto do Amapá) e no meio a estudante Jane Penante.
Salomãozinho (como era conhecido, por sua baixa estatura) lecionava Física e Matemática.
Salomão Peres Elgrably, era engenheiro civil e, naquela época, muitos profissionais liberais exerciam o magistério, lecionando matérias compatíveis com a sua graduação profissional.
Salomão Elgrably faleceu em Belém do Pará, aos 77 anos, na noite de 06/01/22, no hospital Belém. Era engenheiro civil, trabalhou na SEMOSP(AP) era professor de faculdade no curso de engenharia civil e também lecionou UFPA ( já aposentado).
Era casado com  Marli Melo Elgrably, e tinham uma filha Samar ( arquiteta).
A família não informou a causa de sua morte.
O corpo de Salomão Elgrably, descansa em paz cemitério do Tapanã, na área dos judeus! 
Deoci Mont’Alverne é um profissional da Medicina, em Macapá.
Foto cedida por Graça Mont’Alverne.
Fonte: Facebook
Atualizado em 7.01.22

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Foto Memória do Comércio Amapaense: Loja ”A Parisiense”

Esta era uma foto que eu estava querendo conseguir há muito tempo, desde o início do blog, em 2010. 
Entre as lojas que sempre pretendi encontrar fotos, estão: A Parisiense, Casa Dora, Casa Califórnia, Casa Ribamar e Foto Cruz, entre outras.
A da Casa Dora, já encontrei; agora foi a da “A Parisiense”!
Quem souber quem tem as outras, por favor, me avise!
Sobre “A Parisiense”, não encontrei nada registrado para pesquisa. 
O que vou contar aqui é o que ficou registrado em minha memória! Se eu me enganar em alguma coisa, por favor, me corrijam!
Ao que sei a Loja “A Parisiense” surgiu na Av. Cônego Domingos Maltez, no bairro do Trem, onde o seu proprietário Francelino Oliveira de Carvalho morava. 
Depois de algum tempo, ele ergueu o prédio na Rua Cândido Mendes com Av. Professora Cora de Carvalho, local no qual aparece nas fotos. 
Não lembro até quando ela funcionou ali.
Embora preservado em sua estrutura original,  o espaço superior da edificação, antes utilizado como residência da família, sofreu adaptações com finalidades comerciais.
Seu Francelino tinha publicidade comercial na grade de programação da Rádio Difusora de Macapá, e, coincidentemente, patrocinava um programa que depois eu apresentei. 
Se a memória não me falha, era o “Você Pede e Nós Atendemos”, levado ao ar de segunda à sexta-feira, às 16 hs. 
Bons tempos!
Fotos: Gentilmente cedidas pela família Carvalho.
( Última atualização às 9h )

sábado, 15 de outubro de 2016

Foto Memória: Seu Geraldo Lopes Creão

Geraldo Lopes Creão - natural da cidade de Cametá estado do Pará, filho de Abimael Creão e Benedita Lopes Creão. Viveu com a família, em sua cidade natal, até o início da vida adulta. Como em toda cidade do interior, na primeira metade do século XX, os estudos eram precários obtendo o nível de instrução até a 5ª serie primária; seu pai era alfaiate e sua mãe trabalhava no lar; de família humilde, não possuíam recursos para encaminhar seus filhos para a capital – Belém, para o término dos estudos. Assim, Geraldo Creão conheceu muito jovem o oficio de sapateiro, profissão esta desempenhada por aproximadamente sessenta (60) anos.

Em 1942, depois de tentar uma vida profissional estável nas cidades de Tucuruí e Castanhal, a família de seu Creão transferiu-se para Belém, buscando melhores condições de vida; nesta época o sapateiro foi contratado por uma fábrica de calçados onde trabalhou até o ano de 1947, quando adoeceu gravemente e voltou para sua cidade natal, ficando até seu restabelecimento. Neste período conheceu a jovem Esmeralda Pantoja, por quem se apaixonou e com ela se casou no dia 24 de julho de 1950, união que gerou oito filhos.

Esmeralda Pantoja, formada na área pedagógica e sem perspectiva de emprego, resolveu morar em Belém onde a família de seu Creão residia. Com dificuldades econômicas e esperando o nascimento do segundo filho do casal, a família resolveu mudar para Macapá-AP, pois os colegas de trabalho e clientes, comentavam sobre as boas oportunidades de empregos no Território Federal. Assim, no dia 10 de julho de 1953, Geraldo viajou no Barco-motor Araguari, para o Amapá.

Com apenas dez anos de criação, a terra tucuju recebeu o então sapateiro, onde seu primeiro trabalho foi na loja de calçados do senhor Francisco Nery, em 16 de agosto do mesmo ano, a esposa e filhos chegaram a Macapá. Geraldo Creão trabalhou em diversas oficinas na capital do Amapá, mesmo possuindo capacidades para ser mestre na antiga Escola Industrial, no ano de 1961, Geraldo abriu sua própria oficina de consertos e fabricação de calçados localizada nos arredores da Praça Veiga Cabral.

O sapateiro juntamente com sua esposa - que se tornou funcionária do quadro efetivo do Município de Macapá - conseguiu construir patrimônio, um deles foi sua primeira casa de dois andares na Rua São José, onde viveu até o resto de seus dias. Com o esforço familiar, Geraldo e Esmeralda criaram e educaram oito filhos, sendo que cinco são amapaenses; ambos fizeram questão que todos os filhos concluíssem o ensino superior.
Com seu conhecimento na produção de sapatos, tornou-se conhecido em toda cidade de Macapá como um dos melhores profissionais da época; seu trabalho era procurado para os concursos de miss, desfiles cívicos e baile de carnaval principalmente para a confecção das botas especiais. Com o passar dos anos, o ofício fez com que o sapateiro se tornasse um artesão, artífice na criação e confecção de sapatos, bolsas, cintos, chapéus, acentos para carros dentre outros utensílios. 

Ao adoecer, seu Geraldo Creão foi levado para Belém, para tratamento, porém ao sentir seus últimos dias de vida, pediu para voltar para Macapá, sua querida cidade, onde faleceu no dia 23 de setembro de 2002.
Após o falecimento de Seu Geraldo, sua esposa Esmeralda(85 anos), permanece em Macapá, onde mora com os filhos.

Hoje, in-memoriam, o reconhecimento ao seu Geraldo Lopes Creão, um dos pioneiros que contribuiu para a construção da cidade de Macapá, com a homenagem da Administração Municipal a um cidadão amapaense de coração que jamais desejou trocar aquele torrão brasileiro, onde viveu feliz até seus últimos dias de vida.
Seu nome foi colocado em uma das ruas do Conjunto Habitacional São José, na Zona Sul de Macapá.
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Créditos: Diliene da Silva Nogueira / Assessora da SEGOV/PMM
Fotos: Acervo da família

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