segunda-feira, 27 de maio de 2013

Especial: Do Baú do João Silva - Memória do Esporte


O Fluminense no Glycerão
(*) João Silva

Domingo de gala no Estádio Municipal Glycério Marques, nove anos após sua inauguração em janeiro de 1950. Amistoso entre o Fluminense, do Rio de Janeiro, e um combinado formado por jogadores do Amapá Clube e do Esporte Clube Macapá realizado no dia 12 de julho de 1959. Em campo, portanto, o timaço do tricolor das Laranjeiras que mais adiante se tornaria o último Campeão Carioca da década de 50. O jogo foi três a zero para o Fluminense e o meia-atacante Perereca teve que bater um penalty contra Castilho (outros dois jogadores se recusaram em fazê-lo mesmo diante da determinação do técnico Jomar Tavares); certo é que depois de muita insistência  o Perereca aceitou bater a penalidade e gelou quando viu Castilho, campeão mundial de 1958 abrir os braços debaixo da trave de entrada do Glycerão… Fechou os olhos e mandou ver… A bola subiu tanto que passou por cima do muro do estádio e foi bater na antiga sede da Divisão de Trânsito.
No registro de mais de meio século, bem no centro do precaríssimo ‘gramado’ do Glycério Marques, moças da sociedade amapaense entregam um buquê de flores aos visitantes em nome do Governo do Território do Amapá, e  pousam para a fotografia (clic em cima para aumentar) ao lado dos jogadores do Flu, vendo-se, da esquerda para a direita: Lucinha Sodré, Maurinho, Eunice Viana, Telê Santana, Isabel Coutinho, Flávia Cunha, Escurinho, Bete Viana, Ida Aimoré, Maria Façanha, Jair Marinho, Lucinha Leôncio, Tereza Buarque, Clovis, Elisabete Cavalcante, Altair, a moça de óculos não foi possível identificar, Paulinho, Irene Remédios, Jair Francisco e o zagueirão Pinheiro. Depois desse jogo, o volante Edmilson foi entrevistado pela Revista do Esporte que lhe perguntou qual o melhor e o pior campo em que jogara e ele disse: “O pior foi em Macapá, no Amapá, um quadrado apelidado de campo de futebol”. E continua ruim, passados muitos prefeitos ao longo de 64 carnavais. Outra coisa: as bolas também eram tristes (sem cor), duras, não ajudavam, basta olhar as duas nos pés de Jair Francisco e Pinheiro… A equipe de esporte que aparece na cabine da Leopoldo Machado, por trás das moças e dos jogadores do Fluminense, é da Rádio Difusora de Macapá, mas, pela distância e qualidade da foto, foi impossível identificar quem fazia parte da turma do buca de ferro naquela tarde de 1959.


(*) João Silva é jornalista e blogueiro amapaense.

Fonte: Transcrito do blog do João Silva

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