quarta-feira, 9 de julho de 2025

MEMÓRIA ESTUDANTIL DO AMAPÁ > GRÊMIO LITERÁRIO E CÍVICO RUY BARBOSA

Em Macapá, no fim da década de 1940, em um tempo marcado por sonhos cívicos e literários, um grupo de estudantes ousou deixar sua marca. Foi assim que nasceu o Grêmio Literário e Cívico Ruy Barbosa, mais do que uma organização estudantil — um símbolo de protagonismo juvenil, de compromisso com a educação e de amor à cultura.

Breve História dos Grêmios Estudantis no Brasil

Os grêmios estudantis são entidades formadas por estudantes com o objetivo de representar seus interesses dentro das escolas. No Brasil, essas organizações surgiram nos anos 1930, acompanhando o crescimento dos movimentos estudantis em geral. Já naquela época, os estudantes buscavam maior participação nas decisões escolares e melhorias nas condições de ensino.

Durante a ditadura militar (1964–1985), os grêmios foram proibidos e perseguidos por seu caráter organizativo e potencial político. No entanto, com a redemocratização, essas entidades voltaram a ganhar força. A Lei nº 7.398/1985, conhecida como Lei dos Grêmios, garantiu o direito à organização livre e autônoma dos estudantes.

Hoje, os grêmios seguem atuando como espaços de exercício da cidadania, onde os jovens aprendem a debater, propor soluções e participar da vida escolar de forma ativa e crítica.

O Grêmio Ruy Barbosa em Macapá

No cenário educacional de Macapá, em 12 de março de 1949, nasceu o Grêmio Literário e Cívico Ruy Barbosa, congregando alunos do então Ginásio Amapaense. Era o reflexo de uma juventude que ansiava por mais do que ensino formal — desejava espaço para pensar, discutir, escrever e agir.

Memória e Patrimônio

O prédio que abrigou o grêmio segue de pé — silencioso, porém carregado de lembranças. Recentemente, ele tem sido alvo de olhares atentos e propostas de revitalização. Há planos para que o espaço volte a pulsar com a presença juvenil, agora como centro cultural voltado para jovens, resgatando sua função original de semear ideias e identidade.

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A primeira diretoria foi composta por:

José Raimundo Barata (Presidente) - Mário Quirino da Silva - Edilson Borges de Oliveira

A posse dos dirigentes ocorreu no dia 24 de março, em solenidade realizada no Salão Nobre da Escola Profissional Getúlio Vargas — espaço que, ao longo dos anos, tornou-se a Escola Integrada de Macapá, conhecida por muitos como o antigo GM.

Esse grêmio foi muito mais do que uma instância burocrática ou estudantil: foi um verdadeiro núcleo de formação cultural e política, promovendo debates, encontros literários e atividades cívicas que marcaram profundamente uma geração.

O Grêmio Literário e Cívico Ruy Barbosa simboliza um tempo em que os estudantes tinham sede de participação, de leitura e de pertencimento.

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