Foto: Acervo pessoal |
Em 1924 - há exatos 94 anos - num
domingo, 03 de fevereiro, em Belém-PA,
nascia a filha de Manoel Edmundo Ferreira Botelho (agrimensor e matemático,
Coronel da Guarda Nacional, terceiro intendente de Marapanim, desde 1916, por
15 anos) com Francisca Albertina Oeiras Botelho, que na pia batismal receberia
o nome de Dinete Oeiras Botelho. A menina Dinete, veio ao mundo 19 anos, antes
da criação do Território Federal do Amapá, onde moraria e viveria, por muitos
anos, depois. É a mais nova de oito filhas e um filho: Diniz, Raimunda, Laura, Ilbertina, Ruth, Romana, Cristina, Dóris e Dinete (não necessariamente nessa
ordem). Dinete viveu sua infância na pacata cidade de Marapanim, no interior do Estado do Pará. Foi criada e formada seguindo preceitos e valores de uma família
ilustre e política.
Iniciou o curso primário em
Marapanim e o secundário (atual segundo grau) em Belém, a mando do seu tio, o
jornalista Paulo Maranhão, então proprietário do mais expressivo jornal de
Belém: a “FOLHA DO NORTE”. Estudou o
secundário no Colégio Benjamin Constant, próximo à residência dela em Belém:
Travessa Rui Barbosa esquina com a Rua Tiradentes. Do Colégio Benjamin
Constant, Dinete foi para o Colégio Pedro II onde fez o curso de
"normalista".
Fez, também, enfermagem pela CRUZ VERMELHA BRASILEIRA,
Filial do Pará, e concluiu o Curso de Enfermeiras Samaritanas em 1941.
Sua ida para o então recém-criado
Território Federal do Amapá, deu-se por incentivo da irmã, Cristina, que já se
encontrava em Macapá desde 12 de maio de 1945, que antevia oportunidade de
emprego para Dinete, o que aconteceu pouco tempo depois, a convite do primeiro
governador do Amapá o Capitão Janary Gentil Nunes, que era vizinho da família
em Belém.
Logo que chegou à Macapá, em 1946, já por conta do governo, Dinete se
hospedou na casa das Professoras, onde já morava a professora Cristina. Não
quis ficar na casa das Enfermeiras. Dinete foi inicialmente admitida na função
de enfermeira diarista no HGM (Hospital Geral de Macapá) entre 01-01-45 a
21-12-51 e só depois, passou a atuar como professora.
Na capital amapaense casou-se com
o professor Diniz Henrique Ferreira Botelho (in memoriam), em 20 de dezembro de
1947, quando passou a chamar-se Dinete Ferreira Botelho. Dessa união duradoura
nasceram os filhos Manoel Edmundo (Arquiteto, AP), Francisca Denize (Profª. da
UFPa), Sandra Regina (Profª da UFPa),
Diniz Filho (Desenhista, criador do logotipo da extinta Teleamapá e dos
primeiros projetos de bandeira e escudo do Amapá) e Mário Rubens (Médico, SP).
O
professor Diniz, também já estava em Macapá quando Dinete chegou; já namoravam
desde Belém e eram primos.
Dinete ingressou, inicialmente,
na Escola Normal de Macapá, no cargo de Professora de Ofícios, onde ficou até
01 de abril de 1980. Na Escola Normal - que se transformou no Instituto de
Educação do Amapá, em 1964 - a Profª. Dinete fez o curso de Educação para o Lar,
entre outros.
Teve atuação destacada na ExpoMEC (Exposição Nacional de Educação
e Cultura, montada na Praça Veiga Cabral, em 1974, ao lado de muitas outras pioneiras
do magistério amapaense. Em Macapá, fez inúmeros outros cursos, na antiga Escola
Doméstica de Macapá (hoje Irmã Santina Rioli) entre eles o de Corte e
Costura, de 1953 a 1954; de Trabalhos Manuais entre 01 a
21-jun-61, bordados com linhas.
Em 1963 entre 10 professoras, foi a primeira a
ser designada ao SESI, seleção feita no Rio de Janeiro. O Governador Janary
Nunes a cedeu ao SESI pela exercer atividades pela parte da manhã, admitida
pela instituição como Orientadora em Atividades Sociais, sendo incluída no
Quadro Único de Servidores da Delegacia Regional de Macapá - AP a partir de
01.04.63. No SESI, fez outros cursos de
capacitação: Noções de Nutrição, bolos, confeitaria, cozinha e tecidos, em 1967
e Relações Humanas na Família, em 1968. Concluiu o Curso de Artesanato para o
Lar VIGORELLI em 1977, na cidade de S. Paulo. Sua aposentadoria aconteceu em agosto
de 1981, no cargo de Professora de 1º e 2º graus, do Quadro Permanente do ex-Território
Federal do Amapá.
Foto: Diniz Filho |
Lúcida, e com uma memória privilegiada, professora Dinete completou em 03 de fevereiro, 94 anos bem vividos, embora, com a visão limitada e sérios problemas de locomoção.
Professora Dinete Botelho, faleceu
às 05:00h da terça-feira, 01/05/2018, no Hospital Saúde da Mulher, em Belém
do Pará.
Dia 29 de março ela sofreu um AVC (Acidente
Vascular Cerebral) e foi logo internada. Ficou 15 dias na UTI (Unidade de Terapia
Intensiva) e depois passou para o apartamento.
Ela sofreu dois AVCS, isquêmico e hemorrágico
e a causa da morte foi falência múltipla de órgãos.
Texto e Informações de Diniz
Botelho (um dos filhos da biografada), adaptado para o blog.
(Última atualização às 11h50)
(Última atualização às 11h50)
Nenhum comentário:
Postar um comentário