(Reprodução/Arquivo)
(Foto: Reprodução/Arquivo)
Para contar a História do Flip Guaraná, estamos recebendo a contribuição do amigo Leão Zagury(foto) - amapaense de coração - que hoje com 67 anos, é conceituado médico endocrinologista no Rio de Janeiro e, gentilmente, nos enviou o texto abaixo, via e-mail:
(Foto: Reprodução/Arquivo)
"O farmacêutico que criou a formula do Flip Guaraná foi meu tio José Zagury(foto), irmão mais velho do meu pai Isaac."
(Foto: Reprodução/Arquivo)

Meu tio José - conhecido como Zeca - foi para a Bahia onde estudou farmácia e daí seguiu para o Rio de Janeiro para onde fora meu Tio Eliezer que se dedicou a Medicina. Ambos recebiam ajuda financeira dos que ficaram em Macapá, mas mesmo assim passaram dificuldades. Trabalhando em uma pequena farmácia em Botafogo, que depois adquiriu, tio Zeca preparou a fórmula do guaraná. Desejoso de retribuir aos irmãos propôs que transformassem o sonho em realidade. Meu pai que sempre alimentou o desejo de ser médico ou “pelo menos químico” se encantou com a possibilidade e envolveu a família toda no projeto."
(Foto: Reprodução/Arquivo)

"Meu pai Isaac é que preparava o xarope de guaraná que era engarrafado manualmente. Lembro que a grande conquista foi uma esteira que transportava as garrafas. Primeiro recebiam o xarope em um volume preestabelecido, entravam na esteira onde um homem colocava em uma máquina que introduzia a água e o gás, voltava para a esteira e seguia para o que chamavam de escolha(observação para afastar as que contivessem algum resíduo como pequenos pedaços de rolha etc)."
(Foto: Reprodução/Arquivo)
"Nesse trabalho auxiliaram muitas pessoas que ainda tenho na memória (Seu Brito,Diógenes,Paulo,Mario, dona Rita,Leila,Quitéria) outros auxiliavam no transporte e venda do produto (Caia,Paraíba,Luis,Soldado,Gaivota) e o principal colaborador que no final se tornou sócio do meu pai o tio Casemiro (foto).
Encontrei a Quiteria quando fui à Macapá, foi uma emoção muito forte poder abraçá-la, acho que é difícil imaginar o quanto lhe tenho afeto."
(Foto: Reprodução:Acervo Leão Zagury)
"E aí entravamos todos meu pai(Isaac), minha mãe (Dona Clemência)(foto) e os filhos. Era preciso cortar os selos com uma tesoura e passar goma arábica e colá-los. Era um trabalho duro mas muito alegre. Sempre éramos contagiados pela alegria do meu pai.
(Foto: Reprodução/Arquivo)

"Meu pai Isaac é que preparava o xarope de guaraná que era engarrafado manualmente. Lembro que a grande conquista foi uma esteira que transportava as garrafas. Primeiro recebiam o xarope em um volume preestabelecido, entravam na esteira onde um homem colocava em uma máquina que introduzia a água e o gás, voltava para a esteira e seguia para o que chamavam de escolha(observação para afastar as que contivessem algum resíduo como pequenos pedaços de rolha etc)."
(Foto: Reprodução/Arquivo)
"Nesse trabalho auxiliaram muitas pessoas que ainda tenho na memória (Seu Brito,Diógenes,Paulo,Mario, dona Rita,Leila,Quitéria) outros auxiliavam no transporte e venda do produto (Caia,Paraíba,Luis,Soldado,Gaivota) e o principal colaborador que no final se tornou sócio do meu pai o tio Casemiro (foto).
Encontrei a Quiteria quando fui à Macapá, foi uma emoção muito forte poder abraçá-la, acho que é difícil imaginar o quanto lhe tenho afeto."
(Foto: Reprodução/Arquivo Leão Zagury)
"Quitéria à esquerda (de rosa), meu filho Roberto, Tereza e eu Leão. Ambas “braços direitos” de meus pais. A Tereza conserva o bom humor intato. Tornaram-se grandes amigas da família."
"Durante muitos anos as garrafas precisavam receber um selo transverso (comprados na Mesa de Rendas) aplicado sobre a “chapinha” e isso era feito manualmente e muitas vezes durante a noite, quando a família era convocada para o trabalho." (Foto: Reprodução:Acervo Leão Zagury)
"E aí entravamos todos meu pai(Isaac), minha mãe (Dona Clemência)(foto) e os filhos. Era preciso cortar os selos com uma tesoura e passar goma arábica e colá-los. Era um trabalho duro mas muito alegre. Sempre éramos contagiados pela alegria do meu pai.
Vale lembrar que meu pai,"filho de Macapá",como ele fazia questão de dizer, preferia dar empregos para os nascidos na cidade (acho que hoje não seria considerado politicamente correto). Lembro que quando os lucros caíram, devido a concorrência, manteve por muitos anos os funcionários alegando que “eles precisam mais do que nós”. Era uma alma generosa, de quem tenho muito orgulho." (Texto: Leão Zagury)