Nossa foto memória de hoje, do arquivo
pessoal do amigo jornalista/radialista Humberto Moreira, mostra imagens do Esporte
Clube Macapá, participante do Copão da Amazônia, em 1979.
A partir da esquerda, em pé: Jonas,
Zequinha, Léo, Baraca, Bandeirantes e Neivaldo.
Agachados: Celso, Ananísio, Aldemir
França, Guara e João de Deus.
O próprio Humberto, que estava cobrindo
aquela competição, conta a história da memorável partida:
“O jogo mais sensacional que
transmiti foi disputado por Macapá e Rio Branco AC no estádio Aluísio Ferreira
em Porto Velho RO. As duas equipes decidiam quem jogaria a final daquele Copão
da Amazônia. Coincidentemente o ataque azulino era comandado por um dos
melhores atacantes que o futebol amapaense produziu. GUARA Lacerda fora
artilheiro do campeonato amapaense naquele ano e estava voando literalmente. A
maioria dos seus gols haviam sido marcados de cabeça. Temido por seus
adversários o azulino fazia jus a sua fama. Para completar um dirigente do
Macapá presente na competição aceitou comentar o jogo na minha transmissão pela
Nacional. Na verdade, Edésio era mais torcedor que analista. No campo estavam
os repórteres Paulo Silva e Luís Melo que o nosso também era um timaço. O jogo
começa e o tempo vai passando. O empate era do Macapá. Fim do primeiro tempo.
Nada de gol. Na etapa final os dois times redobram os cuidados na marcação.
Faltavam cinco para acabar quando Nino apanha bola na intermediaria e desfere
um chute de bico, daqueles em que a bola sai queimando a grama. E entrou no
cantinho do gol amapaense. Uma tristeza se abateu sobre a nossa equipe.
Enquanto o repórter contava detalhes do lance eu ouvia Edésio repetir
balançando a cabeça "Não é possível". Bola ao centro.
O Macapá sai tocando. Aldemir França
enfia na entrada da área a Guará Lacerda. O tiro sai à meia altura obrigando o
goleiro Ilimani a rebater. Dário vem na corrida e manda pra dentro. GOOOL.
Explosão de alegria dentro e fora de Campo. Olhei o meu cronômetro e como nós
narradores dizemos, eram passados 42 minutos. O Rio Branco tinha um time
respeitável. Deu a saída e foi pra cima. Num bate rebate a bola sobrou
justamente para o tal de Nino. O baixinho era muito liso. Meio desequilibrado
ele conclui e a bola entra. Quase que o grito de gol não sai. Quarenta e quatro
minutos. Não há mais nada a fazer. Era dar a saída e terminar o jogo. O Macapá
sai tocando pela direita. João de Deus sofre falta ali pela intermediária. Léo
se prepara e cobra alto no segundo pau. Posicionado justo entre as linhas da
grande e pequena área encontra-se o artilheiro do Leão. E ele parte para o
cabeceio. Aquela jogada havia sido repetida muitas vezes no campeonato
amapaense. Talvez por conta da impulsão adquirida no vôlei e no basquete, nosso
artilheiro não subia. Ele voava. É foi o que fez. A bola saiu da sua cabeça
como um chute, dando para ouvir até o barulho que ela fez quando encontrou a
rede. Goooooool. Naquele grito parecia que o coração ia sair pela boca. Foi o
estrelão do Acre dar a saída para o jogo acabar. Paulão e Melo entraram em
campo para ouvir os jogadores. Da cabine olhando a festa no gramado vi a figura
inconfundível de Edésio Lobato festejando aos saltos junto com os jogadores.
Pensei comigo mesmo: Perdi o meu comentarista. O Macapá perderia o jogo final
para o Ferroviário de Rondônia. Mas aquela semifinal nunca mais sairia da minha
memória. Dois dos personagens daquele jogo nos deixaram a pouco. Aos dois a
minha homenagem. A Guaraci Lacerda e Edésio Lobato. Quem sabe ainda nos encontraremos.
” (Humberto Moreira)
Fonte: Facebook
O historiador e radialista Nilson Montoril faz, no Facebook, uma observação a respeito da descrição de Humberto Moreira:
Nilson Montoril de Araújo O Humberto se equivocou. O comentarista da Rádio Nacional era eu. No momento do gol do Guara, uma jovem da Rádio El Dourado FM soltou um foguete levando a Policia Militar a invadir nossa cabine jogando o argentino Henrique, que era o rádio técnico da Nacional ao chão. Reagi e no peito coloquei os 2 policiais pra fora sendo ameaçado de prisão.
O historiador e radialista Nilson Montoril faz, no Facebook, uma observação a respeito da descrição de Humberto Moreira:
Nilson Montoril de Araújo O Humberto se equivocou. O comentarista da Rádio Nacional era eu. No momento do gol do Guara, uma jovem da Rádio El Dourado FM soltou um foguete levando a Policia Militar a invadir nossa cabine jogando o argentino Henrique, que era o rádio técnico da Nacional ao chão. Reagi e no peito coloquei os 2 policiais pra fora sendo ameaçado de prisão.
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