A ele, a homenagem póstuma do blog Porta-Retrato – Macapá, em reconhecimento ao grande nome da região e ao seu grande trabalho pelo Brasil.
João Álvares de Azevedo Costa nasceu em São José de Macapá, no dia 14 de novembro de 1871, quando a cidade ainda pertencia ao estado do Pará. Filho de pais humildes demonstra desde cedo o desejo de viajar pelo Brasil, conhecer outros lugares e pessoas novas em busca de realizar o seu sonho mais caro: servir à Pátria no então glorioso Exército de Caxias. Com este objetivo, viaja para São Sebastião do Rio de Janeiro, onde se inscreve em 1 de março de 1889, como aluno da Escola Militar. Foi testemunha ocular da Proclamação da República, que ocorreu em 15 de novembro daquele ano, um dia após ter completado 18 anos. Como Cadete-sargento do Legendário 1º Regimento de Cavalaria, Azevedo Costa participou diretamente do glorioso movimento de 15 de novembro. Ele integrou a guarda pessoal do marechal Deodoro da Fonseca, uma das figuras mais relevantes da história brasileira devido à sua participação na Proclamação da República e ao seu primeiro mandato como presidente. Sob a influência do marechal que proclamou a República do Brasil, formou-se em Ciências Físicas e Matemáticas e Engenharia na Escola Militar. Em 20 de fevereiro de 1894, é promovido a Alferes (Oficial). Em 1903, foi designado para manter contatos com os chefes militares bolivianos a respeito dos limites com o Acre, cumprindo a missão com brilhantismo, resultando dessas negociações na assinatura do Tratado de Petrópolis. Realizou uma visita à capital boliviana La Paz como representante das Forças Armadas brasileiras que estão instaladas no Acre. Sua atuação como mediador foi tão relevante que o diplomata brasileiro José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, o elogiou. Nomeado membro da Comissão de Limites, levantou a topografia da área fortificada do norte do Brasil, sendo designado para o comando da Fortaleza de São José de Macapá. Ao constatar o estado de abandono em que sua terra natal se encontrava, sentiu a mesma reação que o médico e jornalista macapaense Alexandre Vaz Tavares. Os jornalistas José Antônio de Cerqueira (Siqueira), Joaquim Francisco de Mendonça Júnior, major José Serafim Gomes Coelho, coronel José Coriolano Jucá e outros importantes do Amapá se juntaram para ajudar nas obras de recuperação da cidade, começando pelo apoio para a fundação do jornal Pinsônia. Após retornar ao Rio de Janeiro, acompanhou as lutas políticas dos presidentes Afonso Pena, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Venceslau Brás e Delfim Moreira dentro do quartel. No governo de Epitácio Pessoa, houve um movimento chamado Tenentismo, dos oficiais das Forças Armadas, em 5 de julho de 1922, com o levante do Forte de Copacabana. Houve, posteriormente, a rebelião de 1924, sob o governo do presidente Arthur Bernardes, seguida pela Coluna Prestes. A CGT começou a discutir a influência do Partido Comunista Brasileiro, levantando os trabalhadores e criando os sindicatos, gerando a Revolução de 1930, a era Vargas, o golpe do Estado Novo e a Constituição de 1937. Ele viveu toda essa fase de mudanças para o país. Em 1943, como macapaense, elogiou a criação do Território Federal do Amapá e a nomeação do seu amigo e colega de farda Janary Gentil Nunes, e disse à imprensa: "O Amapá está bem servido pelo meu jovem Tenente". A promoção de General-de-Exército, concedida pelo presidente Getúlio Vargas, foi o ponto culminante da sua vida. Após o ato solene, declarou: “Agora poderei partir para a posteridade; recebi a recompensa que me era devida pela certeza do dever cumprido”. General Azevedo Costa, de 82 anos, faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de janeiro de 1953.
O governador Janary Nunes o homenageou, dando o seu nome ao Grupo Escolar General Azevedo Costa, no bairro do Laguinho, fundado em 24 de janeiro de 1955, com o objetivo de atender à clientela de 1ª a 5ª séries.
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