Encontrei essa pauta no Bau de Lembranças do meu amigo João Silva e a transcrevo no blog Porta-Retrato como uma homenagem póstuma a uma figura singular e especial do mundo empresarial e desportivo. Conheci Seu Antônio Vilela quando trabalhei na mineradora ICOMI, em Santana, no Amapá, nos anos 1970 até 1977.
Um audacioso desportista que ajudou a fundar o Independente Esporte Clube. Ele era magro, mediano, falava bem e andava rápido. Que tinha como sua paixão o futebol.
Antônio Vilela, carioca, foi para o Amapá instalar a lavanderia da ICOMI e lá
permaneceu até sua morte. João Silva relata que a dedicação de Vilela ao
Carcará da Vila Maia era tão intensa que, contra a vontade de sua esposa,
vendeu um imóvel pertencente à família para ajudar na construção da sede social
do IEC, clube fundado por ele e do qual foi presidente por quatro mandatos.
Vilela faleceu aos 77 anos, em 1984, e foi homenageado com o nome do estádio
"Vilelão", construído no centro de Santana, a segunda maior cidade do
estado, e que ainda aguarda sua conclusão.
Ele fez
parte de um grupo de cartolas que marcou a história do IEC, como Claudio Lucio
Monteiro, Raimundo Oeiras, Malquesedec da Silveira, Rosemiro Rocha, Rubens
Albuquerque, Francisco Nobre e José Muniz. Imaginem a apreensão da esposa de
Vilela ao descobrir o destino de uma residência adquirida com o esforço de
muitos anos de trabalho. Em tempos anteriores, o amor pelo clube era
predominante e os dirigentes se dispunham a investir seus próprios recursos,
inclusive deixando de lado os bens da família para beneficiar o clube que
amavam.
Conta-se
que, ao escolher o nome "Independente", o grupo fundador do IEC quis
deixar claro o desejo de que o novo clube se distanciasse tanto de Santana
quanto da ICOMI.
Fonte: João Silva/Facebook
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