domingo, 17 de novembro de 2024

MEMÓRIA DO ESPORTE AMAPAENSE > ANTÔNIO VILELA, UM CARTOLA COMO POUCOS

Encontrei essa pauta no Bau de Lembranças do meu amigo João Silva e a transcrevo no blog Porta-Retrato como uma homenagem póstuma a uma figura singular e especial do mundo empresarial e desportivo.  Conheci Seu Antônio Vilela quando trabalhei na mineradora ICOMI, em Santana, no Amapá, nos anos 1970 até 1977.

Um audacioso desportista que ajudou a fundar o Independente Esporte Clube. Ele era magro, mediano, falava bem e andava rápido. Que tinha como sua paixão o futebol. 

Antônio Vilela - Reprodução Facebook

Antônio Vilela, carioca, foi para o Amapá instalar a lavanderia da ICOMI e lá permaneceu até sua morte. João Silva relata que a dedicação de Vilela ao Carcará da Vila Maia era tão intensa que, contra a vontade de sua esposa, vendeu um imóvel pertencente à família para ajudar na construção da sede social do IEC, clube fundado por ele e do qual foi presidente por quatro mandatos. Vilela faleceu aos 77 anos, em 1984, e foi homenageado com o nome do estádio "Vilelão", construído no centro de Santana, a segunda maior cidade do estado, e que ainda aguarda sua conclusão.

Ele fez parte de um grupo de cartolas que marcou a história do IEC, como Claudio Lucio Monteiro, Raimundo Oeiras, Malquesedec da Silveira, Rosemiro Rocha, Rubens Albuquerque, Francisco Nobre e José Muniz. Imaginem a apreensão da esposa de Vilela ao descobrir o destino de uma residência adquirida com o esforço de muitos anos de trabalho. Em tempos anteriores, o amor pelo clube era predominante e os dirigentes se dispunham a investir seus próprios recursos, inclusive deixando de lado os bens da família para beneficiar o clube que amavam.

Conta-se que, ao escolher o nome "Independente", o grupo fundador do IEC quis deixar claro o desejo de que o novo clube se distanciasse tanto de Santana quanto da ICOMI.

Fonte: João Silva/Facebook

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