sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

MEMÓRIA DO FUTEBOL AMAPAENSE > VETERANOS DO ATLÉTICO LATITUDE ZERO EM 1968

Hoje trazemos para os leitores do blog Porta-Retrato-Macapá, uma lembrança do acervo particular do amigo Franselmo George, o magrão do esporte.

A foto memória de hoje é de 1968: um registro histórico dos Veteranos do Atlético Latitude Zero no estádio Glycério de Souza Marques.

O destaque é o último em pé, o treinador José Maria Gomes Teixeira, o Manga. Destacamos também o terceiro em pé, o saudoso Turíbio Orivaldo Guimarães, pioneiro da "Pelada Solteiros e  Casados" do bairro do Trem.

Nas imagens a partir da esquerda: Em pé: ?,  ?,  Turíbio Guimarães, Santarém, Domício, ?, Vital e Manga - Agachados: Major, Maximino, Sobral, Jurandir, Motor, Francisco Bandeira e Joel.

História

Em 1945, o clube foi fundado pelos desportistas Alzir da Silva Maia, Turíbio Guimarães e Raul Calins. A agremiação, inicialmente, era denominada Latitude Esporte Clube. 

(Imagem:Reprodução)

O desportista Pauxy Gentil Nunes sugeriu o título de Atlético Latitude Zero.

O fundador e professor Alzir da Silva Maia contribuiu para a aquisição da sede do clube e, em diversas ocasiões em que a estrutura estava em risco, retornava para reconstruí-la.

A equipe participou de algumas edições dos Campeonatos Amapaenses das Primeira e Segunda Divisões nos anos 50. Além do futebol, o Atlético Latitude Zero também teve um time de basquete, que chegou a conquistar alguns títulos, como o Torneio Relâmpago, com a participação do Amapá Clube, Esporte Clube Macapá e América Futebol Clube.

O Latitude conquistou o título e foi agraciado com o troféu chamado "Dr. Hildemar Pimentel Maia". Dois jogadores desta equipe foram posteriormente chamados para representar a Seleção Amapaense de Basquete: Paulo Farias e Uriel.

As cores predominantes da camisa do clube eram azul, amarela e vermelha.

(Imagem: Reprodução)

No final dos anos 60, o clube foi extinto, mas voltou em 2022 para disputar a Série B de 2024, com um novo escudo, nome e uniforme, sob a direção de Jason Rodrigues.

Fontes: Blog Porta-Retrato e Wikipédia

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

MEMÓRIAS DO FUTEBOL AMAPAENSE > SETE DE SETEMBRO E TREM DESPORTIVO CLUBE

Mais lembranças do acervo do amigo Sabá Ataíde.

Sabá Ataíde enviou, para o blog Porta-Retrato-Macapá, registros de dois times amadores de futebol em que atuou, em Macapá:

Sete de Setembro

Da esquerda para direita: Zilmar, Cai N'água, ?, ?, ?, Saci, Antônio Serrão, kurru, Sabataide, ?, e Mundo. Agachados: ?, Titico, Cleyton, Cecílio, Baiaco e Castelo.

 Trem Desportivo Clube

Infelizmente, não é possível encontrar material na internet sobre a história do Sete de Setembro, o que poderia enriquecer as informações históricas dos clubes.

Fotos: Sabá Ataíde

domingo, 8 de dezembro de 2024

MEMÓRIA DA MÚSICA AMAPAENSE: GRUPO DE SAMBA DE R. PEIXE

A recordação de hoje é do acervo do Sebastião Ataíde, mais conhecido como Sabá Ataíde! Uma pessoa amiga, com diversas habilidades. Além de gráfico, Sabá é um grande admirador do futebol e da música.

Ele nos envia este registro de 1974, ano em que integrou um grupo de samba liderado pelo artista plástico R. Peixe. Ele é o primeiro agachado a partir da esquerda de quem olha. Os rapazes se apresentavam em diversos lugares, como: Boscão, Churrascaria Gaúcha, Biombo, Amapá Clube, sede do Esporte Clube Macapá e algumas das boates que existiam naquele período no bairro da Favela

Sabá conta que eles foram participar da abertura da casa noturna da Serenita, localizada no município de Pedra Branca, há 180 quilômetros da capital, Macapá. Na ocasião, o "crooner" era o Vital, popularmente conhecido como Vitaleiro.

Foto: Sabá Ataíde

sábado, 7 de dezembro de 2024

MEMÓRIA ESTUDANTIL DO AMAPÁ > GRUPO "AMIGOS DO AZEVEDO COSTA”

Ex-alunos do colégio em encontro comemorativo.

O grupo "Amigos do Azevedo Costa", formado por cerca de 40 alunos de uma turma, foi criado para estabelecer uma conexão com os estudantes que cursaram a então 5ª série na Escola Estadual General Azevedo Costa em 1974.

Há três anos, em maio de 2021, o ex-aluno Ronaldo Lima de Miranda criou o grupo e sugeriu aos colegas que realizassem encontros periódicos para manterem-se próximos e, dessa forma, permitir uma total integração com as famílias de cada um, sem esquecer os melhores momentos vividos ao longo dos seis anos de curso.

Desde então, em diversas oportunidades, o grupo tem se reunido em ambientes públicos na orla do Rio Amazonas e em outros locais, com a presença de familiares. Em 2023, organizaram uma festa junina e, na ocasião, prestaram uma homenagem a duas professoras da classe com lembranças.

Ana Rosa Del’Castillo, em conversa com os seus colegas Ronaldo Miranda e Roberto Alves Picanço, apresentou a ideia de realizar um encontro de alunos e professores para celebrar os 50 anos de formatura deles, que se completam em 2024. Após a aprovação de todos, o evento foi planejado e coordenado por uma comissão especial organizadora, encarregada de cuidar de todos os detalhes. 

Durante o evento serão homenageados com brindes e de forma solene, os seguintes professores: Edna Maria Limeira Távora, Edmar Lima Oliveira, Nóia Ferreira Rodrigues, Maria Celina Bacelar de Oliveira, Marizete Gonçalves da Silva, Maria de Lurdes Peixoto de Souza e Maria Elba dos Santos Cardoso.

O esperado encontro festivo, acontece à noite deste sábado, 7 de dezembro, no Saint Tropez Tropical Lounge, na sede campestre da AABB, na Rodovia Duca Serra/Alvorada, em Macapá.

Para a ocasião, foram confeccionadas camisas com foto e inscrições alusivas ao evento, que devem ser usadas pelos participantes e convidados especiais. Confira abaixo:

Frente
Verso

Fotos de encontros anteriores da turma, em locais e eventos distintos.

Fotos: Ronaldo Miranda (Acervo pessoal)

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

MEMÓRIA DE MINERAÇÃO AMAPAENSE > O PIONEIRO ALBERTO PINTO GOMES

RESGATE HISTÓRICO

Este documento raro é uma Ficha Funcional usada pela Indústria e Comércio de Minérios S/A, uma mineradora que trabalhou por muitos anos na exploração de manganês no Amapá.

É o cartão de identificação do pioneiro Alberto Pinto Gomes, nascido em 06 de junho de 1914 e admitido na ICOMI em 29 de maio de 1957, como funcionário de chapa nº 5031, que desempenhava a função de Auxiliar Agente de Estação III. Aposentou-se em 29 de julho de 1980, tendo completado 23 anos e 3 meses de serviço.

Seu Alberto faleceu, aos 80 anos, em 10 de maio de 1994.

Fonte: Rede Social (Facebook)

Foto:Reprodução

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

MEMÓRIA DA ECONOMIA DO AMAPÁ > GARIMPO DO RIO FLEXAL

RESGATE HISTÓRICO

Revista o Malho descreve um garimpo no Território Federal do Amapá em 1943

Imagem: Reprodução

Passadas mais de seis décadas, desde a descoberta do ouro no rio Flexal (1882), no sul do município de Amapá, a exploração do minério permaneceu ao longo do séc. XX, atraindo aventureiros de todas as partes do Brasil.

Essas descobertas foram atribuídas a garimpeiros (crioulos) oriundos da Guiana Francesa, que levaram seus conhecimentos em mineração de ouro para a região.

A criação do Território Federal do Amapá, em 1943, despertou o interesse do país em relação à vida nessa região mais setentrional da Amazônia, atraindo também jornalistas, contratados ou não, que se dedicam a conhecer e dar notícias da região.

É importante salientar que nem sempre os relatos que chegavam aos leitores estavam de acordo com a realidade. No entanto, apesar de serem sensacionalistas, esses relatos contêm dados interessantes, que ajudam a compreender a mentalidade e a sociedade da época.

Sem julgar se é ou não um retrato fiel da realidade, sem também entrar no mérito das consequências desastrosas advindas dos garimpos ilegais, resgatamos o interesse histórico e apresentamos uma reportagem sobre a extração de ouro no recém-criado Território Federal do Amapá.

Seu relato nos dá a oportunidade de imaginar e entrar na atmosfera. À margem do controle público, garimpeiros ávidos pelo minério se aventuravam nas matas, a explorar rios e igarapés, para recolher e disputar cada grama de ouro que pudesse ser extraída. Nesse contexto de privações e faltas, a vida nos garimpos era relativizada em detrimento da preciosidade e do valor econômico do ouro.

Imagem:Reprodução

A matéria, escrita por Mariz Filho, foi publicada na Revista O Malho (Rio de Janeiro) em setembro de 1943, e vale a pena ser compartilhada. A transcrição segue abaixo:

OURO, OURO DIFÍCIL:

“Nos garimpos do extremo Norte do Estado do Pará vamos encontrar aglomerados de homens, nacionais e estrangeiros crioulos, em vida comum na busca do ouro aluviônico da região, formando as ‘vilages’.

‘Világe’, povoado de ganância, que ganhou denominação francesa mesmo em território nacional.

Ali habitam cem ou duzentos homens. A maioria daquela gente egressa de presídios e quem não o é está para ser. O mais patife tem uma fisionomia serena de São João Batista; o melhor atirador tem somente um olho e ao mais valente falta-lhe um braço. Nuns não se vê a ponta do nariz, noutro uma orelha, noutro ainda, uns artelhos, mas essas pequenas omissões físicas não diminuem aquela união, mista de fraternidade e ódio, na busca, na gula do ouro.

Casas! – C a s a s ? – ‘Carbés’! – Uns arremedos: levanta um pau aqui, outro acolá, mais um esteirado de farripas de matamatá, à guisa de paredes, e cobertura de palmas, lonas ou latas de querosene abertas e fica pronta aquela arrumação de casa de chão batido e que se mantém em pé por milagre, aparentemente contra todos os princípios do equilíbrio. De roupa basta uma tanga ou calção, uma imitação qualquer, que facilita os movimentos no serviço de debreio e da bateia. Comida? – Bolo de tapioca, café e, para os mais afortunados, carne de caça, assada para durar três dias, e farinha, coisa parca, suposta alimentação. E bebida? – ‘Tafiá’, bebida de mentira, tomada com água.

Tudo ali é suposto. Tudo de mentira. Casas de mentira, roupas de mentira, alimento de mentira, gente mentirosa. E miséria... e desgraça, desgraça de verdade. Só isso de verdade...

Um descobre bom igarapé que dá muito: cinco gramas por dia. Divide em lotes, distribui por mais três, fica com o melhor. De repente o descobridor adoece e dá para inchar, inchar e ninguém sabe o que é.

Morre. É sepultado ali na margem mesmo, com uma forquilha no pescoço, outra no pé pra não boiar.

Morreu? – Não tem nada, amanhã já é outro que vai comer capim pela raiz...

Morte nas minas tem todo dia. Anda de braço com a morte a prostituição.

- Mulher nova na ‘világe’, gentes!...

- De onde vem? É de Macapá?

- É.

- Não faz mal! Deixa vir. É fome: garimpeiro tem ouro vamos até lá.

E as mulheres fazem câmbio com o ouro, mas este não aparece...

Morte ou mulher, sobrando ou faltando, não alteram o ritmo da ‘világe’. Seu povo não se detém naquilo que parece coisa comezinha (corriqueira). Um mata o outro. Não foi ninguém que matou... Chegou a vez do morto, foi Deus quem quis...

E a busca do ouro continua e todos são felizes com o papel que lhes cabe naquela tragédia das selvas. E o ouro vai saindo do ventre da terra, mas dinheiro não há... Ouro distante... Miríficos (admiráveis) sonhos de abastança...

Tudo ali é falso, muito falso... Tudo mentira... Nada, de concreto, ali é verdadeiro...

Verdade só a desgraça, a miséria, a desonra... só isso de verdade...

‘Világe!’ – Inferno, desolação, verde ‘paraíso perdido’ da orda (comunidade) anônima que sofre e é feliz...”

(O Malho – (RJ) Ano XLI - N. 44 - Set. 1943)

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SOBRE A REVISTA:

O Malho foi uma revista ilustrada que se destacava pela sátira política e pelo humor. Em 1902, surgiu no Rio de Janeiro e circulou por mais de cinquenta anos, com uma breve pausa em 1930, devido à Revolução de 1930. A revista O Malho, publicada semanalmente, começou a se tornar conhecida devido às charges e caricaturas famosas que tinham como objetivo ironizar a política do país. A revista foi criada sob a direção artística do artista pernambucano Crispim Do Amaral, sob a coordenação geral do jornalista e político Luís Bartolomeu de Souza e Silva, que também era proprietário do periódico A Tribuna (RJ)

A revista tinha esse nome, pois "malhava" instituições, políticos, pessoas e eventos que ocorriam no país. Os ataques geralmente se manifestavam na capa da publicação, em forma de charge. (Wikipédia)

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Fonte: Pauta sugerida por Michel Duarte Ferraz – curador do Museu de Justiça do Amapá (TJAP) e colaborador do blog Porta-Retrato-Macapá.

MEMÓRIA DO FUTEBOL AMAPAENSE > VETERANOS DO ATLÉTICO LATITUDE ZERO EM 1968

Hoje trazemos para os leitores do blog Porta-Retrato-Macapá, uma lembrança do acervo particular do amigo Franselmo George, o magrão do espor...