Rafael Gomes
e Jamacel de Jesus, residentes da localidade de Calçoene, descobriram uma
espada originária da França, datando do século 19, nas imediações da ponte das
Sete Ilhas.

Espada
francesa encontrada no município de Calçoene — Fotos: Isadora Pereira/g1
Os dois
descobriram o artefato enquanto tomavam banho em um rio, na cidade localizada a
aproximadamente 356 quilômetros de Macapá.
Imagens: Rede Amazônica/Reprodução
Rafael
Gomes, de 39 anos, que trabalha como lojista e minerador, relatou que durante
um dia de lazer, ao se banhar, avistou a extremidade de um objeto emergindo da
água próximo a uma pedra e decidiram removê-lo. “Nesse mesmo local já
descobrimos várias moedas e até uma rapieira – uma espada longa utilizada por
mosqueteiros”, comentou.

Imagem: G1/Reprodução
A espada,
com um comprimento total de 63,5 centímetros e uma lâmina de 48,5 centímetros,
é uma peça rara da histórica espada curta utilizada pela infantaria francesa
durante a era de Napoleão Bonaparte, datando de 1828.
Espada
francesa encontrada no município de Calçoene — Fotos: Isadora Pereira/g1
O
comerciante, ao descobrir a espada, realizou uma rápida investigação para
validar suas conjecturas. Ele verificou que era uma preciosa espada curta
antiga, utilizada em combates violentos pela luta por terras e tesouros.
Imagem:G1(reprodução)
Segundo o
historiador e professor Célio Alício, residente em Macapá, a espada pode ter
sido utilizada ao longo do Contestado Franco-Brasileiro, uma disputa
territorial que se desenrolou entre o Brasil e a França no século XIX. A contenda
começou em 1713, com o Tratado de Utrecht definindo os limites das possessões
portuguesas e francesas na América do Sul.
Entretanto,
após a emancipação do Brasil, a França retomou a discussão em 1825, durante o
século XIX. Afirmando que a delimitação da fronteira deveria ser feita ao longo
do rio Amazonas. A disputa se prolongou por muitos anos, até que os interesses
brasileiros foram assegurados por meio do tratado firmado em 1897.
A decisão do
Conselho Federal da Suíça, em 1900, determinou que a abordagem do Brasil
deveria ser implementada por completo, definindo o rio Oiapoque como a linha
divisória.
Fonte G1