Ursula Evangelista da Costa Cecilio
(1915–2005)
Entre as
figuras que moldaram a identidade afetiva e cultural do Largo dos Inocentes,
no tradicional Formigueiro, nenhuma presença é tão lembrada quanto a de
Tia Ursinha. Nascida em 25 de abril de 1915, Ursula Evangelista da Costa
Cecilio tornou-se, ao longo do século XX, uma referência de fé,
solidariedade e pertencimento comunitário, marcas que a fizeram permanecer viva
na memória social de Macapá.
Pioneira daquela região emblemática da capital, Tia Ursinha não apenas testemunhou as transformações do bairro, mas participou ativamente de suas tradições. Devota e assídua nas celebrações religiosas, era figura certa nas festas, novenas e rituais que uniam os moradores e reforçavam o sentimento de vizinhança. Seu comportamento acolhedor e seu senso de compromisso com o outro fizeram dela um ponto de apoio para famílias inteiras que encontravam, em sua casa e em sua presença, um gesto de escuta e solidariedade.
Mais que uma moradora ilustre, Tia Ursinha tornou-se um símbolo de resistência cultural, preservando costumes e modos de viver que ajudaram a tecer a história do Largo dos Inocentes. Sua trajetória se confunde com a própria memória do território: a fé que professava, o cuidado com a comunidade e a dedicação à família refletem valores que permaneceram, mesmo após sua partida, em 1º de julho de 2005.
Hoje,
recordar Tia Ursinha é reconhecer a força das mulheres que sustentaram a
vida social de Macapá, transmitindo saberes, valores e tradições às
novas gerações. Sua lembrança permanece como um farol afetivo para todos que
conheceram sua doçura e sua firmeza.
Fontes: –
Totem informativo instalado na Praça do Largo dos Inocentes - Formigueiro,
projeto de revitalização da Prefeitura Municipal de Macapá, 2025.
Fonte
memorial: Neto – Sociólogo Evandro Milhomem (2025)
– Registro
fotográfico de @paulotarsobarros.

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