quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Igreja Matriz e o ponto de táxis na Praça Veiga Cabral

(Reprodução)
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Decada de 70 - Imagem da Igreja Matriz de São José de Macapá em foto tirada do centro da Praça Veiga Cabral - vendo-se o ponto de táxis e a pedra de manganês.

4 comentários:

  1. Olá, João.
    Essa pedra de manganês tem história. Sua instalação na praça de São José foi inaugurada pelo governador do território do Amapá, na época o general Ivanhoé Gonçalves Martins, no dia 13 de setembro de 1968, à noite. Isso foi marcante.
    Pela manhã, realizou-se o desfile escolar de 13 de setembro na av. FAB, com alegorias apresentadas pelos colégios. Esse desfile fazia parte das comemorações do aniversário de criação do então Território Federal do Amapá (1943).
    Não me lembro a partir de quando, mas o desfile também marcava a abertura dos jogos estudantis, com pontuação. Era importante ser o vencedor do desfile. A rivalidade era acirrada entre os alunos do Colégio Amapaense, Instituto de Educação (IETA), Ginásio de Macapá (ex-Escola Industrial) e Colégio Comercial do Amapá (atual Gabriel de Almeida Café).
    Normalmente, o resultado com a pontuação e a classicação dos colégios era anunciado logo após o desfile. Nesse ano, porém, por decisão superior, o resultado foi divulgado pelo governador Ivanhoé, no momento da inauguração da pedra de manganês, na praça São José.
    Na época, as manifestações estudantis contra o regime militar localizavam-se no Colégio Amapaense. Eram estudantes do CA, em 1968, o ex-governador Capiberipe, Leonardo Gazel, Celso Façanha, os irmãos Stelio e Jorge Armando Amaral, Enildo, Das Dores, e muito outros cujos nomes não lembro agora. Eu era estudante do ginásio.
    No resto do dia, correu o boato segundo o qual o vencedor do desfile seria o IETA. À noite, além de parte da população, os estudantes do IETA e do Ginásio de Macapá compareceram em peso, já cientes do resultado. Não deu outra: o vencedor do desfile foi o IETA. No momento em que o governador Ivanhoé, após a inauguração da pedra de manganês, anunciou o resultado do desfile, os alunos do IETA e GM começaram a comemorar, e os poucos alunos do CA que compareceram, reagiram gritando palavras de ordem contra o regime, do tipo "abaixo a ditadura" e outras impublicáveis. Como a polícia foi em cima, tiveram que correr por trás da igreja, sumindo na escuridão da noite.
    A partir daí, os alunos do CA realizaram uma assembléia geral e decidiram pela não participação do CA nos jogos escolares. Depois teve aquela passeata pela cidade, mas isso já é outra história. Se aparecer alguma foto sobre a passeata, a gente comenta.
    João, certamente os comentários poderiam ser outros, sobre a igreja ou o ponto de táxi. Mas fotografias tem disso: mexem com a nossa memória, despertando lembranças sobre fatos aparetemente esquecidos.
    Um abraço.

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  2. OK Aluisio, muito bom comentário.
    De qualquer forma, tudo que você registrou, faz parte da história.]
    grande abraço

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  3. João concordo com vc e o Aloisio. A foto destaca a Igreja ,mas muitas vezes o que marca e ativa nossa memória, são as que parecem menos relevantes; como a pedra ,uma árvore as torneiras...É bom que fique registrado. Tudo faz parte de nossa história e lembranças da Nossa Macapá antiga! Marri.

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  4. Acredito que as datas estejam equivocadas, considerando que, à essa época alguns dos estudantes mencionados já não se encontravam em Macapá.Mesmo assim, o comentário do Aluisio é valido e muito interessante.
    Luiz Neto , lulone2009@hotmail.com

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