Guioberto Alves
Pelaes - um dos mais notáveis locutores esportivos das décadas de 1960 e 1970 -
nasceu no município de Afuá/PA e foi criado em Macapá/AP. Estudou no colégio
amapaense e trabalhou no Departamento Nacional de Endemias Rurais-DNERU.
Foi um
dos narradores esportivos da Rádio
Difusora de Macapá.
Em abril de 1963, Guioberto mudou-se para São Luís do
Maranhão, para substituir Walber
Martins, o “Canarinho”, por indicação de Mauro Campos e Abrahão
Sekeff Filho (já falecidos). Na época o narrador Canarinho tinha deixado a Rádio
Timbiras para atuar na Pioneira de Teresina/PI e a emissora procurava um outro
narrador. Guioberto Alves comandou a equipe 680 da Difusora/AM do Maranhão, nas
incríveis transmissões do futebol. Em 10 de maio de 1972 fez sua última narração.
No dia seguinte, voltando para casa, sofreu um acidente fatal nas imediações de
Peritoró/Maranhão.
DETALHES DO OCORRIDO
– Segundo o registro do pesquisador Luís Carlos Nascimento, “no dia 10 de maio
de 1972 a Rádio Difusora confiou a Guioberto Alves a incumbência de transmitir
diretamente de Teresina/PI o sensacional jogo entre Sampaio Corrêa e
Tiradentes(Piauí). Trabalhou em companhia de Herbert Fontinele (comentarista) e
Antônio Carlos Shuliber (técnico de eletrônica de rádio). A partida foi
transmitida normalmente, com o mesmo entusiasmo que sempre caracterizava sua
personalidade e seu elevado espírito de brilhante locutor esportivo”.
No dia
11 a equipe regressou a São Luís. Shuliber era o motorista. O grupo almoçou em
Peritoró. Foi quando Guioberto Alves pediu para trazer o carro. “Ele insistiu
tanto que deixei”, comenta Shuliber. Os três vinham conversando, quando
aconteceu um imprevisto. Estourou um dos pneus traseiros da rural Willys da
Rádio Difusora. Guioberto Alves perguntou o que fazer, mas a inexperiência
levou-o a fazer o contrário do que Shuliber havia dito. “Eu disse para ele não
frear e segurar firme o volante. Guioberto Alves pisou no freio, abriu a porta,
sendo lançado violentamente para fora”. O carro capotou várias vezes.
Guioberto, 32 anos de idade, sofreu traumatismo craniano, vindo a falecer no
próprio local. Fontinele e Shuliber sofreram ferimentos leves.
Com a
morte desse ícone do rádio maranhense todas as emissoras pararam suas
programações normais para prestar-lhe homenagens póstumas. O corpo de Guioberto
Alves foi velado no auditório da Difusora. A cidade parou. Todos queriam de
alguma forma dar adeus a este que foi uma estrela em sua geração. No cortejo
fúnebre em direção ao cemitério do Gavião, as rádios da capital formaram uma
“Cadeia da Saudade”, num tributo sem igual ao companheiro de profissão.
Guioberto Alves estava noivo de Maria Alice Azevedo Véras, casamento marcado
para julho daquele ano.
Muitos ainda lembram de Guioberto Alves,
pela sua voz marcante, inteligência, eloquência, dinamismo e sua capacidade de
trabalho. Descrevia com enorme maestria, lance por lance, os magníficos
espetáculos de futebol da época.
Ele foi
um grande profissional do rádio, que fez história no Maranhão. O nome de
GUIOBERTO ALVES continuará sendo lembrado por muito tempo.
O radialista amapaense Nilson Montoril, conta que foi contemporâneo do Guioberto Alves Pelaes
na Rádio Difusora de Macapá a partir de 1962. Caprichoso, gravava em um
gravador de rolo suas transmissões feitas quando não estava escalado para
trabalhar. Usava uma cabine do Estádio Glycério de Souza Marques, então
desocupada. Depois ia ouvir toda a fita no estúdio da RDM. (...) Sua família
ainda reside em Macapá. "Em 1972, estive em São Luiz participando do funeral do
saudoso amigo."
Texto
original: Guioberto Alves:40 anos de
morte, de Edivaldo Pereira Biguá e Tânia Biguá
adaptado para o blog Porta-Retrato.
Fontes: http://www.blogsoestado.com/ e Facebook de
Nilson Montoril.
Ouviu muito e apreciava o estilo de Guioberto em que ptese eu residir em Belém.Mas o som da Difusora chegava com tanta nitidez q parecia de uma emissora local.Ele tinha uma nrracao linear.Iniciava e terminava partida com a mesma performance.Meu amigo Ernane Marinho, também de Macapá, dia desses lembrou dele com.lágrimas nos olhos.Revelou-me foram grandes amigos e estudaram juntos.Estranho q nenhuma das emissoras de Belém tenham se interessado por Guioberto.Foi um dos melhores narradores da região Norte.Gostaria de relembrar sua voz no rádio.Quem possui uma gravação? Expedito Leal.
ResponderExcluirFico imensamente feliz em saber que meu tio/avô era tão admirado. Embora eu não tenha tido a graça de conhecê-lo, mas minha avó Neuci, sua irmã, sempre me contava histórias sobre ele e sobre todo seu talento. Temos muitas fotos dele não somente como radialista, mas também atuando. Sim ,ele era ator de teatro e novela.
ExcluirGostaria muito de encontrar um audio deste locutor que marcou a minha infância.
ResponderExcluirExiste algum áudio de Guioberto Alves?
ResponderExcluirTinha 11 anos na época e lembro sempre. Foi um clamor!
ResponderExcluir