domingo, 26 de julho de 2015

A Pioneira Maria Augusta Ventura Costa

Por Reinaldo Coelho (*) 
A pioneira Maria Augusta Ventura Costa, natural de Belém/Pará, chegou a Macapá na década de cinquenta, acompanhando a irmã mais velha, a pioneira na medicina do Amapá, Emília Martins Ventura Picanço, que foi a convite, exercer a medicina no então Território Federal do Amapá. A jovem médica Emília Ventura, levou os pais Eduardo Ventura Costa e na Dona Clemência Martins Ventura, de origem portuguesa, e Augusta então com 21 anos de idade e caçula da família. Enquanto isso permanecia em Belém a médica pediatra Clara Augusta Ventura, e fazendo residência no Rio de Janeiro, a médica Alice Augusta Ventura. Além de Isaura do Vale e Adelaide Menezes.

Maria Augusta, começou a atuar na Prefeitura de Macapá, na gestão do prefeito Heitor de Azevedo Picanço, lecionando na Escola do Elesbão; em seguida foi atuar na Escola Paroquial  Padre Dário, administrada pelo Padre Antônio Cocco, no Bairro do Trem (1959/1960); em seguida, em 1961, na administração do Doutor Ronaldo Souto Maior, atuou na Escola Heitor Picanço.
Indicada pelo prefeito Heitor de Azevedo Picanço, para representar o ex-Território Federal do Amapá, junto a SUDAM, Maria Augusta foi posta à disposição daquele órgão  na função de Secretária do Planejador (61/63).  Em 1964 Maria Augusta teve de acompanhar sua mãe com problemas de saúde.
Durante esse período Maria Augusta, em 21 de abril de 1964, contrai matrimônio com Manoel Santana dos Santos Costa. Retorna a Macapá em 1968, trazendo ao colo sua primogênita Rita Florença Ventura e assume a direção da Escola Rondônia, na administração do Prefeito Augusto Pôrto Carrero. Em 1969 atuou na Campanha Nacional de Alimentação Escolar (CNAE).
Homenagem da Câmara Municipal de Macapá, à Kátia Mara Houat, hoje Harb, 
pelo título de Miss Amapá 1972. 
Nas imagens a partir da esquerda do observador: 
as funcionárias Mariá Gentil  e Raimunda Áurea Moreira Moraes; 
Kátia Houat e Maria Augusta Ventura Costa, também funcionária da casa.
A pioneira Maria Augusta Ventura Costa, foi uma das primeiras funcionárias do município de Macapá, a servir na recém-estruturada Câmara Municipal de Macapá, assumindo a Secretaria de Administração e Finanças na gestão dos vereadores Stephan Houat e Walter Banhos de Araújo (1969/1975).  Através da CMM participou de diversos cursos: estagiou na Câmara Municipal de Belém (PA); frequentou o Curso de Funcionamentos das Câmaras Municipais em Brasília e estagiou na Biblioteca do Serphan (DF).
Retomou suas atividades de educadora ao assumir a Assessoria de Relações Públicas da Prefeitura de Macapá e a Presidência do MOBRAL/Comum/Macapá, na administração do gestor Cleiton Figueiredo de Azevedo e de Domício Campos de Magalhães (1977/1979). O Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL foi criado para combater o analfabetismo dos adultos no Brasil. Mas logo após a queda do regime militar o MOBRAL foi substituído pela Fundação EDUCAR extinta em 1990, pelo então governo Collor.
Para ajudar na economia domestica, Maria Augusta verificou que uma das defasagens na administração pública eram bons datilógrafos, hoje digitadores, e resolveu fundar uma Escola Profissional de Datilografia, que denominou “Santa Rita”, instalada em uma das salas de sua residência, localizada na Rua Eliezer Levy esquina com a Avenida Presidente Vargas, onde formou e conseguiu classificar nos primeiros lugares muitos de seus alunos, em vários concursos realizados no Amapá.
Maria Augusta atuava como uma mãe severa e carinhosa na criação dos filhos Rita Florença, Eduardo Augusto e Giovanni Paulo Ventura. Teve como netas Irma Ventura e Geovanna Ventura. Ficou viúva em 1981, do advogado Manoel Santana dos Santos Costa.
Após a aposentadoria em 1997, Maria Augusta retorna a Belém para acompanhar o termino da formação dos filhos e logo em seguida os encaminha para o Amapá, para exercerem suas atividades profissionais.
Para demonstrar a grandeza dessa pioneira e o amor dela pela família e pelo Amapá, em janeiro de 2005, foi fazer uma visita de férias e lá ficou para sempre; Maria Augusta Ventura Costa faleceu no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março de 2005
Nossa homenagem póstuma à grande Pioneira do Amapá, Maria Augusta Ventura Costa.
(*) Da Redação do jornal Tribuna Amapaense

Texto de Reinaldo Coelho, devidamente reeditado e adaptado, para publicação no blog Porta-Retrato.
Original publicado na íntegra no jornal Tribuna Amapaense, em 05 de fevereiro de 2015.

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