Por Reinaldo Coelho (*)
A pioneira Maria Augusta Ventura Costa,
natural de Belém/Pará, chegou a Macapá na década de cinquenta, acompanhando a
irmã mais velha, a pioneira na medicina do Amapá, Emília Martins Ventura
Picanço, que foi a convite, exercer a medicina no então Território Federal do
Amapá. A jovem médica Emília Ventura, levou os pais Eduardo Ventura Costa e na
Dona Clemência Martins Ventura, de origem portuguesa, e Augusta então com 21
anos de idade e caçula da família. Enquanto isso permanecia em Belém a médica
pediatra Clara Augusta Ventura, e fazendo residência no Rio de Janeiro, a médica
Alice Augusta Ventura. Além de Isaura do Vale e Adelaide Menezes.
Maria Augusta, começou a atuar na Prefeitura de Macapá, na gestão do prefeito Heitor de Azevedo Picanço, lecionando na Escola do Elesbão; em seguida foi atuar na Escola Paroquial Padre Dário, administrada pelo Padre Antônio Cocco, no Bairro do Trem (1959/1960); em seguida, em 1961, na administração do Doutor Ronaldo Souto Maior, atuou na Escola Heitor Picanço.
Indicada pelo prefeito Heitor de
Azevedo Picanço, para representar o ex-Território Federal do Amapá, junto a
SUDAM, Maria Augusta foi posta à disposição daquele órgão na função de
Secretária do Planejador (61/63). Em 1964 Maria Augusta teve de
acompanhar sua mãe com problemas de saúde.
Durante esse período Maria Augusta, em
21 de abril de 1964, contrai matrimônio com Manoel Santana dos Santos Costa.
Retorna a Macapá em 1968, trazendo ao colo sua primogênita Rita Florença
Ventura e assume a direção da Escola Rondônia, na administração do Prefeito
Augusto Pôrto Carrero. Em 1969 atuou na Campanha Nacional de Alimentação
Escolar (CNAE).
A pioneira Maria Augusta Ventura Costa,
foi uma das primeiras funcionárias do município de Macapá, a servir na
recém-estruturada Câmara Municipal de Macapá, assumindo a Secretaria de
Administração e Finanças na gestão dos vereadores Stephan Houat e Walter Banhos
de Araújo (1969/1975). Através da CMM participou de diversos cursos:
estagiou na Câmara Municipal de Belém (PA); frequentou o Curso de
Funcionamentos das Câmaras Municipais em Brasília e estagiou na Biblioteca do
Serphan (DF).
Retomou suas atividades de educadora ao
assumir a Assessoria de Relações Públicas da Prefeitura de Macapá e a Presidência
do MOBRAL/Comum/Macapá, na administração do gestor Cleiton Figueiredo de
Azevedo e de Domício Campos de Magalhães (1977/1979). O Movimento Brasileiro de
Alfabetização – MOBRAL foi criado para combater o analfabetismo dos adultos no
Brasil. Mas logo após a queda do regime militar o MOBRAL foi substituído pela
Fundação EDUCAR extinta em 1990, pelo então governo Collor.
Para ajudar na economia domestica,
Maria Augusta verificou que uma das defasagens na administração pública eram
bons datilógrafos, hoje digitadores, e resolveu fundar uma Escola Profissional
de Datilografia, que denominou “Santa Rita”, instalada em uma das salas de sua
residência, localizada na Rua Eliezer Levy esquina com a Avenida Presidente
Vargas, onde formou e conseguiu classificar nos primeiros lugares muitos de
seus alunos, em vários concursos realizados no Amapá.
Maria Augusta atuava como uma mãe
severa e carinhosa na criação dos filhos Rita Florença, Eduardo Augusto e
Giovanni Paulo Ventura. Teve como netas Irma Ventura e Geovanna Ventura. Ficou
viúva em 1981, do advogado Manoel Santana dos Santos Costa.
Após a aposentadoria em 1997, Maria
Augusta retorna a Belém para acompanhar o termino da formação dos filhos e logo
em seguida os encaminha para o Amapá, para exercerem suas atividades
profissionais.
Para demonstrar a grandeza dessa
pioneira e o amor dela pela família e pelo Amapá, em janeiro de 2005, foi fazer
uma visita de férias e lá ficou para sempre; Maria Augusta Ventura Costa faleceu
no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março de 2005
Nossa homenagem póstuma à
grande Pioneira do Amapá, Maria Augusta Ventura Costa.
(*) Da Redação do jornal Tribuna
Amapaense
Texto de Reinaldo Coelho, devidamente reeditado e adaptado, para publicação no blog Porta-Retrato.
Original publicado na íntegra no jornal Tribuna Amapaense, em 05 de fevereiro de 2015.
Fonte: Jornal Tribuna Amapaense
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