O registro fotográfico de hoje, foi
compartilhado pela amiga Janete Santos.
É uma foto das professoras Ruth de
Almeida Bezerra e Osvaldina Ferreira da Silva, na cerimônia na colação de grau
da 1ª turma de Administração no antigo CCA, em 1969.
Em reconhecimento aos relevantes serviços
que prestaram à Educação do Amapá, com dedicação e, sobretudo, amor à causa
educacional, as duas ilustres mestras foram homenageadas pelo Governo do Estado.
Ruth de Almeida Bezerra virou nome de uma escola no bairro São Lázaro, e Osvaldina
Ferreira da Silva teve seu nome em uma escola na Ilha de Santana.
Referências Biográficas
– A professora Ruth de Almeida Bezerra chegou a Macapá em 1950, após receber seu
diploma de Regente do Ensino Primário, pelo Instituto de Educação do Pará. Foi admitida
no dia 1º de setembro de 1950 no Quadro de Funcionários do Território Federal
do Amapá, para exercer a função de professora. No período de 1950 a 1965, foi professora
regente nas Escolas Isoladas de São Pedro dos Bois, Campina Grande, Curiau, Serra
do Navio e Porto de Santana; nos Grupos Escolares Lobo D’Almada em Calçoene e
Alexandre Vaz Tavares, em Macapá. Assumiu os cargos de Diretora da Escola Agrupada
no Porto de Macapá e do Grupo Escolar Alexandre Vaz Tavares; Professora de Didática
Especial no Instituto de Educação do Amapá – IETA; Participou de Cursos de Regente do Ensino
Primário no Instituto de Educação do Pará; Nutricionista da Divisão de Saúde do
Amapá; Intensivo de Técnica de Ensino do CETAM, Amazonas; Especialista em
Didática da Linguagem e Supervisão do Ensino Primário em Belo Horizonte e
Extensão Metodológica; Recebeu títulos de Honra ao Mérito dos Colégios Castelo
Branco e Alexandre Vaz Tavares. Ruth de Almeida Bezerra faleceu no dia 8 de
dezembro de 1982, com 49 anos. (Do livro Personagens Ilustres do Amapá Vol. 1 –
De Coaracy Sobreira Barbosa)
Referências Históricas
- A Escola Ruth de Almeida Bezerra, está localizada no bairro de São Lázaro, à
rua Adilson José Pinto Pereira, e foi criada pela Portaria nº 148/83-SEED.
A inauguração da Escola deu-se, no
dia 09 de setembro de 1983, na administração do Governador Annibal Barcellos,
sendo Secretária de Educação e Cultura a Professora Annie Viana da Costa.
Foto: Reprodução / Álbum da família) |
A Professora Osvaldina Ferreira da
Silva, nasceu em Calçoene-AP, em 05 de outubro de 1935. Foi professora do
antigo Território Federal do Amapá, iniciando a carreira docente ainda aos 15
anos de idade. Foi contratada em 01/04/1951, como alfabetizadora, para ajudar a
mãe dela. Isso foi possível porque, àquela época, o norte do Brasil padecia de
carência extrema de profissionais nas mais diferentes áreas, e Osvaldina sempre
foi uma aluna acima da média, surpreendendo com sua inteligência, desenvoltura
comunicativa e capacidade de trabalho não só as professoras como o próprio
governador Janary Nunes. Trabalhou por várias localidades do Amapá, incluindo a
Ilha de Santana, cuja escola estadual atual, nela localizada, leva seu nome.
Osvaldina Ferreira da Silva faleceu
em 1973.
Referências Históricas
- Conheça a história da Escola da Ilha
de Santana, através da reportagem de Emanoel Jordanio, editor do blog Memorial
Santanense:
"Com o assentamento do Governo Territorial do Amapá em 25 de janeiro de
1944, o então Governador nomeado, Capitão de Exército Janary Gentil Nunes,
procurou de imediato tomar providências com relação ao setor educacional do recém-criado
Território Federal.
Através do Decreto n º 03/44 do dia 02 de fevereiro de 1944, ficam criadas
escolas isoladas nas localidades de Igarapé do Lago, Porto do Céu, Ilha de
Santana e Itaubal (todas ligadas ao município de Macapá), com o objetivo de
implantar o ensino primário em regiões pouco habitadas e também carentes de
diversas condições sociais.
Com isso, no mesmo ano – mais precisamente em 03 de abril de 1944 – as
aulas passaram a funcionar numa casa construída por ribeirinhos locais,
abrigando 58 alunos (sendo 32 meninos e 26 meninas) entre 06 e 10 anos que
residiam na região. Para acompanhar os trabalhos educacionais e auxiliar nas
aulas, a então Divisão de Educação do Território do Amapá admitiu o Professor
Rafael Arcanjo Picanço para ser responsável pelo ensino local.
Em fevereiro de 1945, o Professor Rafael Arcanjo enviou um relatório à
Divisão de Educação do Território, mostrando a existência de 53 alunos
matriculados na entidade, na qual houve uma redução de alunos devido grande
retirada de famílias no período de extração da borracha. Neste mesmo relatório,
o professor solicitou que o local utilizado para as aulas (que eram cursados
somente até o 4º ano) fosse ampliado. O pedido permaneceu nas mãos do
Governador Janary Nunes, entre muitos outros que também solicitavam melhorias
no setor educacional.
Em 18 de junho de 1946, o Governo do Amapá assinou um acordo com o
Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP) para a concessão de um auxílio
destinado à ampliação e melhoramento do sistema escolar primário do Território
do Amapá. Esse acordo garantiu a ampliação do grupo de ensino que funcionava em
Ilha de Santana.
Com isso, em 21 de novembro daquele ano (1946), a nova escola da Ilha de
Santana é oficialmente inaugurada com a presença de autoridades territoriais,
entre eles, o universitário Manuel Ribeiro de Azevedo Sodré, representante do
Ministério da Educação, que ali prestigiou a obra construída sob o
financiamento do INEP, sendo que esta escola era a 6ª (sexta) de um total de
1.108 a serem inauguradas em todo o Brasil e a primeira beneficiada no Amapá.
Com sua inauguração, passaria a se chamar Escola Isolada Mista da Ilha de
Santana, ocupando uma área de 244,59m², contendo três salas de aula, atendendo
em dois turnos. O Professor Rafael Arcanjo permaneceu na coordenação da escola
por mais um ano, sendo depois substituído pela paraense Latife Salles, que
lecionou naquele educandário até janeiro de 1952.
Em abril de 1949, quando o Padre Simão Corridori visitou a Ilha de
Santana com o intuito de implantar o Colégio-Orfanato “São José”, conheceu o
trabalho de educação desenvolvido na escola e passou a prestar aulas nas
disciplinas de Português e Matemática durante alguns meses, tempo em que foi
preciso para que o Orfanato fosse parcialmente construído.
Em 20 de dezembro desse mesmo ano, o padre alemão Orlando Bernard Bahour
assume a direção da entidade, onde também lecionava Matemática. Nessa data, a
escola já era chamada de Escola Agrupada da Ilha de Santana.
Em maio de 1974, a Indústria Madeireira de Santana (Madesa), situada na
Ilha de Santana, impetra uma ação judicial, solicitando a retirada da “Escola
Agrupada da Ilha de Santana” de dentro de uma área pertencente às empresas
Madesa e a Superfinit (empresa de moveis também instalada na ilha). De
imediato, em 03 de maio de 1974, três secretarias da administração amapaense se
reuniram para definirem um novo local para ficar a referida escola.
Depois de transferida para um novo local, o então governador do
Território do Amapá, Capitão Arthur Henning inaugura o novo prédio da “Escola
Agrupada Ilha de Santana” em 10 de dezembro de 1974.
Em março de 1982, por força da Lei Federal n.º 5,692/71, a entidade passa
agora a ser denominada “Escola de 1º Grau da Ilha de Santana”, já sob o Governo
do Comandante Anníbal Barcellos. Em 1986, é implantado o ensino de pré-escolar,
atendendo cerca de 60 crianças na faixa etária de 05-06 anos.
Em setembro de 1990, o então diretor da Escola Professor Marco Antônio
Bezerra consegue apoio do Governo do Amapá para a construção de uma horta e a
adaptação do atual prédio que vinha funcionando em precárias condições físicas,
sendo que algumas turmas lecionavam até em barracões construídos em madeira,
com cobertura de palha.
Em 1994, é implantado o Ensino de 5ª a 8ª série. No ano seguinte, a
pedido da comunidade ribeirinha da ilha, é implantado o Ensino Supletivo de 5ª
a 8ª série, onde na oportunidade puderam ser atendidas várias pessoas, que não
tiveram chances de estudar no ensino regular.
Em 18 de julho de 1996, através do Decreto n.º 3.300 do Governo do Amapá,
muda o nome da escola para “Escola Estadual Osvaldina Ferreira da Silva”, como
uma justa homenagem a uma educadora que lecionou na região na década de 1970.
Em 12 de setembro de 2000, o Conselho Estadual de Educação (CEE)
reconhece o Ensino de 1º Grau, regular e supletivo dessa instituição, de acordo
com a Resolução n.º 071/2000-CEE.
Passado algum tempo, necessitando de uma total reforma, a Secretaria
Estadual de Educação (na gestão do Professor Adauto Bittencourt) realizou em
2005, um levantamento técnico como forma de garantir a reconstrução da escola.
Após quase seis meses de trabalhos, o novo prédio da escola foi entregue
em 29 de abril de 2006, pelo então Governador do Amapá Waldez Góes, numa
solenidade que contou com a presença de diversas autoridades políticas e
comunitárias.
Nessa nova instituição de ensino, foram construídas 17 salas de aula, um
refeitório, uma quadra polivalente com vestiário, biblioteca, sala de vídeo e
banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais, custando em
torno de R$ 2,2 milhões aos cofres do Governo Estadual, podendo comportar cerca
de 450 alunos.
Em 06 de agosto de 2007, durante visita ilustre ao Amapá, o ministro da
Educação Fernando Haddad percorreu, sob motivos de inspeção pedagógica,
diversas instituições educacionais de Macapá e Santana, encerrando suas visitas
atravessando o Rio Amazonas, chegando à Ilha de Santana, onde a comitiva
ministerial foi recebida por um grupo de alunos da Escola Estadual Osvaldina
Ferreira da Silva, que ali saudaram os visitantes com apresentações culturais.
O ministro Haddad elogiou a estrutura administrada aplicada àquela
escola, e prometeu garantir novos recursos federais para ampliação e
modernização da entidade, como forma de abrigar novos alunos e seu corpo
docente."(Emanoel Jordanio)
(Nosso agradecimento à Professora Janete Santos, filha de Osvaldina Ferreira da Silva, que prestou todas informações para a montagem do post).
(Nosso agradecimento à Professora Janete Santos, filha de Osvaldina Ferreira da Silva, que prestou todas informações para a montagem do post).
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