Nos anos 60, ou até um pouco mais, o farmacêutico era
considerado o "médico da família". Ele era a pessoa encarregada de
cuidar da saúde da comunidade. A farmácia funcionava como o
"consultório", o "ambulatório" e o
"pronto-socorro" da região.
Recordo que, no início do Território do Amapá, os farmacêuticos mais conhecidos em Macapá eram os senhores Francisco Serrano, Seu Bruno (pai de Hernani Guedes) e o Sr. Amorim. Também havia o Seu Juraci e o Seu Piríco. Após o falecimento dos pais, Marlindo Serrano e Hernani Guedes, que eram filhos dos primeiros, continuaram prestando serviços à comunidade, especialmente para os mais necessitados. Devido à proximidade da Doca da Fortaleza e do Igarapé das Mulheres, os ribeirinhos e embarcadiços eram os frequentadores mais comuns buscando esse tipo de ajuda. Além disso, era mais simples e rápido resolver os problemas que os afetavam, e o custo se resumia apenas à compra do medicamento prescrito na farmácia, sem gastos extras com serviços farmacêuticos.
Sem dúvida, as aplicações de injeções eram os serviços mais
procurados. Com um atendimento que sempre incluía palavras de conforto e
carinho, esses farmacêuticos conquistaram a afeição do povo.
É relevante notar também que naquela época não havia
materiais descartáveis como hoje, o que exigia cuidados maiores na limpeza dos
instrumentais cirúrgicos, no manuseio e na conservação do ambiente.
Recebemos muitas injeções com seringas de vidro que vinham
nessas embalagens, aplicadas pelo Seu Bandeira e pela Dona Marina, que eram
enfermeiros que atendiam em domicílio.
Não podemos esquecer de outros dedicados profissionais da saúde, como o enfermeiro que deu nome à Unidade Básica de Saúde Raimundo Hozanan, localizada no bairro do Muca, e do farmacêutico Rubin Aronovitch, que nomeou a Unidade Básica de Saúde no Bairro Santa Inês.
Créditos: Imagens da
Internet
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