terça-feira, 22 de abril de 2025

MEMÓRIA FARMACÊUTICA DE MACAPÁ > PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM E FARMÁCIA

Nos anos 60, ou até um pouco mais, o farmacêutico era considerado o "médico da família". Ele era a pessoa encarregada de cuidar da saúde da comunidade. A farmácia funcionava como o "consultório", o "ambulatório" e o "pronto-socorro" da região.

Recordo que, no início do Território do Amapá, os farmacêuticos mais conhecidos em Macapá eram os senhores Francisco Serrano, Seu Bruno (pai de Hernani Guedes) e o Sr. Amorim. Também havia o Seu Juraci e o Seu Piríco. Após o falecimento dos pais, Marlindo Serrano e Hernani Guedes, que eram filhos dos primeiros, continuaram prestando serviços à comunidade, especialmente para os mais necessitados. Devido à proximidade da Doca da Fortaleza e do Igarapé das Mulheres, os ribeirinhos e embarcadiços eram os frequentadores mais comuns buscando esse tipo de ajuda. Além disso, era mais simples e rápido resolver os problemas que os afetavam, e o custo se resumia apenas à compra do medicamento prescrito na farmácia, sem gastos extras com serviços farmacêuticos.

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Sem dúvida, as aplicações de injeções eram os serviços mais procurados. Com um atendimento que sempre incluía palavras de conforto e carinho, esses farmacêuticos conquistaram a afeição do povo.

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É relevante notar também que naquela época não havia materiais descartáveis como hoje, o que exigia cuidados maiores na limpeza dos instrumentais cirúrgicos, no manuseio e na conservação do ambiente.

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A esterilização nesses tempos era realizada de forma bastante simples: todos os materiais eram colocados dentro de um estojo, era necessário montar um suporte para segurar a seringa e a agulha, adicionar álcool na tampa e deixar o líquido ferver até que estivesse pronto para uso de forma segura.

Recebemos muitas injeções com seringas de vidro que vinham nessas embalagens, aplicadas pelo Seu Bandeira e pela Dona Marina, que eram enfermeiros que atendiam em domicílio.

Não podemos esquecer de outros dedicados profissionais da saúde, como o enfermeiro que deu nome à Unidade Básica de Saúde Raimundo Hozanan, localizada no bairro do Muca, e do farmacêutico Rubin Aronovitch, que nomeou a Unidade Básica de Saúde no Bairro Santa Inês. 

Créditos:  Imagens da Internet

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