O LEÃO
AZUL QUE ESTÁ NO BAENÃO É MACAPAENSE (E “irmão” dos dois que estão nas sede da OAB/AP, em Macapá)
A icônica estátua do Leão Azul no estádio Baenão, em Belém/PA, foi esculpida em Macapá, pelo português Antônio Costa, cuja oficina de trabalho foi erguida no terreno da Loja Maçônica Duque de Caxias, por trás do templo, localizado à Av. Coriolano Jucá, 451 no Centro da capital amapaense.
Antônio Costa era maçom e fabricava ladrilhos para piso de residências e órgãos públicos de Macapá, nas cores branco e preto. Os pisos originais do Hospital Geral de Macapá, Maternidade de Macapá, Grupos Escolares, Fórum e de outros prédios eram verdadeiros tabuleiro de damas (mosáicos).
Os dois leões existentes na frente do antigo Fórum, atual sede da OAB/AP foram esculpidos por ele, a partir de uma forma confeccionada pelo Sr. Jorge Marceneiro (já falecido) que residia no bairro do Trem, na quadra dos Escoteiros do Mar Marcílio Dias.
O historiador Nilson Montoril cita detalhes sobre a confecção e doação do Leão Azul: “ Meu tio paterno Hermano de Araújo Jucá(mazaganense), apaixonado torcedor do Clube do Remo, encomendou ao seu Antônio Costa, um leão para ser doado ao "Clube de Periçá". Uma vez esculpida, a peça foi pintada de azul. Hermano Jucá era sobrinho de Cândido Jucá, um dos organizadores do "Grupo do Remo", que alterou sua denominação. Na época em que a doação do leão macapaense foi concretizada, integrava a diretoria azulina de Antônio Baena o médico Roberto Macedo, meu primo e sobrinho de Hermano Araújo. Para transportar o leão para Belém, tio Hermano recorreu aos préstimos do cunhado Francisco Jucá do Nascimento, que era o comandante do navio Oiapoque, pertencente ao SENAPP (Serviço de Navegação e Administração dos Portos do Pará). O navio fazia a linha Belém/Oiapoque/Belém, com escalas em Curumum, Curralinho, Breves e Macapá. Numa das viagens, ao aportar em Macapá, o Comandante Nascimento aproveitou a estada para visitar seus parentes, entre eles Hermano Jucá. Ao pedir ao tio Chiquinho Jucá, que levasse o leão para Belém, tio Hermano engoliu em seco a resposta: " levo sim, mas o bicho deve ir enjaulado e acorrentado, acomodado no porão. Não posso deixar os tripulantes e os passageiros correrem risco algum". O Comandante Jucá era torcedor do Paysandu e não iria perder a oportunidade de fazer gozação com o primo. Na volta do navio Oiapoque, o caixote com o leão já estava na cabeça do trapiche Eliezer Levy, pronto para embarcar. Uma outra gozação foi feita ao tio Hermano: " Diz ao pessoal do Remo, que vá receber o caixote na Bacia, senão mando jogá-lo no Guajará". O leão azul nascido em Macapá, continua soberano e ornando o Estádio Evandro Almeida. Ele é cópia fiel dos leões da sede da OAB/AP, em Macapá.”
O monumento permanece
no lugar de sempre, no escanteio do gol que fica para a travessa 25 de setembro.
Via Facebook
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