quinta-feira, 12 de julho de 2012

Do Fundo do Baú: Centro da Macapá antiga

Nesta foto do meado dos anos 50, temos o registro histórico que mostra como era a área central da cidade de Macapá, no perímetro em que, na época, funcionava o antigo “Campo de Pouso” de Macapá, construído no final da década de 30, no local onde hoje encontra-se a Av. FAB, mais precisamente entre as ruas Major Eliezer Levy e Odilardo Silva.
O terminal de passageiros – em madeira - ficava, aproximadamente, no cruzamento das duas atuais artérias.
A pista de pouso estendia-se, aproximadamente, de onde está hoje a Rua Leopoldo Machado, passava onde hoje é o prédio da Prefeitura e se estendia até a antiga sede do IRDA, hoje uma escola particular, ao lado da Caixa Econômica, na Av. Iracema Carvão Nunes.
No ano de 1956, por motivo de segurança, foi construído um novo aeroporto, cerca de 3 Km distante do centro da cidade, onde encontra-se o atual Aeroporto Internacional de Macapá-Alberto Alcolumbre construído pela COMARA e inaugurado em 1974.(Infraero)
(Clique na foto para ampliá-la)
Nesta foto panorâmica vemos, em primeiro plano, o telhado do prédio onde funcionou a Panair do Brasil, que localizava-se no terreno hoje ocupado pelo Colégio Amapaense.
Vê-se também, ao centro da imagem - a casa do "seu" Rocha, onde funcionava a Estação Telegráfica da Panair do Brasil que depois, foi transferida para os Serviços Aéreos "Cruzeiro do Sul". Observa-se também a vasta área com muitas árvores no terreno atrás da Estação; ao fundo, à esquerda,  o antigo prédio do Hospital Geral de Macapá e seus anexos.
O "seu" Rocha era o telegrafista da Panair do Brasil e depois da "Cruzeiro do Sul".
Ele residia, com toda a família, no casarão, que aparece nas imagens cercado de várias antenas, todo construído em madeira, coberto com telhas de barro. Naquela época onde é a rua Eliezer Levy era apenas uma pequena passagem.
Hoje essa área é ocupada por prédios: da Receita Federal do Brasil, Escola de Música "Walkíria Lima", Empresa Telefônica "Oi", Justiça do Trabalho, além de outros organismos e residências particulares.
Um pouco mais adiante, para o lado direito das imagens,, vemos a Igreja Batista, (com sua torre em forma de cone) que foi o primeiro prédio erguido naquele perímetro, tendo à frente a pista de pouso para aeronaves, de pequeno e médio porte, como os Douglas DC3, que voavam para Macapá.
Ao fundo, pode-se observar também a sede social do Aéro Clube de Macapá e o Hangar das pequenas aeronaves.
(Post repaginado em 12 de julho de 2012)

6 comentários:

  1. Alo, João:
    Gostei muito dessa foto. Lembra bem minha infância.
    Atrás da Estação Telegráfica da Panair vê-se os fundos da Igreja Batista. No final da foto, à esquerda, o prédio do antigo Aero Clube de Macapá, onde funcionou depois um clube social, a Assembléia Amapaense.
    Após o Aero Clube, um barracão onde funcionou, nos anos 60, a Divisão de Obras (hoje é o cruzamento da av. FAB com a rua Leopoldo Machado). Lembro dois de seus funcionários: o "seu" Chagas e o "seu" João (esse foi meu vizinho e me lembro dele datilografando a folha de pagamento). Neste lugar foi construído depois um prédio onde funcionou o Serviço de Estatística (não me lembro bem do nome). Hoje tem outros prédio da administração estadual.
    Aloisio Cantuária

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  2. Alo, João:
    Gostaria de fazer mais um acréscimo a imagem postada sob o título "Aspecto da área central da cidade". Olhando-a com mais vagar, não pude deixar de fazer uma viagem, como diria o Milton Nascimento, "nas asas da Panair".
    A Panair do Brasil está nas minhas lembranças de menino, principalmente quando, ao inciar meus estudos no Colégio Amapaense em 1965 as instalações da Panair ainda se encontravam lá. Lembro vagamente do primeiro terminal de passageiros na Av. Fab, mais ou menos onde hoje está o prédio da prefeitura. Quando entrei em um avião pela primeira vez, ela já não existia mais. A partir de 1965, os macapaenses e outros brasileiros passaram a viajar nas asas da... Cruzeiro do Sul, depois a Vasp, e... hoje outras empresas estão aí.
    Acredito que o escudo do Esporte Clube Macapá tenha algo a ver com o logotipo da Panair. Espero que os nossos amigos ligados ao esporte nos ajudem a contar essa história.
    Mas, e a Panair? Como acabou? Para onde foi o pessoal que trabalhava na Panair? Essas interrogações ficaram sem respostas para mim durante muito tempo.
    Até que em 2005 um livro sobre o assunto, da Editora Record, foi publicado. O título e o subtítulo resumem o que aconteceu: "Pouso Forçado. A história por trás da destruição da Panair do Brasil pelo regime militar".
    O livro, do jornalista Daniel Leb Sasaki conta a história do fechamento da Panair pelos militares em fevereiro de 1965, os porquês e o seu maior beneficiário: o dono da Varig, senhor Ruben Berta.
    Segundo o autor do livro, no mesmo dia em que o Ministério da Aeronáutica cancelou as concessões de vôo da Panair, inclusive para a Europa, os aviões da Varig já estavam prontos voar.
    Recomendo, como diz o autor, principalmente para os que trabalharam na Panair, inclusive para seus filhos, e os que trabalharam também na Cruzeiro e na Varig.
    Como diz o Eduardo Suplicy na segunda orelha do livro, "uma história fascinante".
    Aloisio Cantuária

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  3. João. Duas observações: a) convivi bons momentos da minha juventude na casa do "seu Rocha", pois era amigo de seus filhos, especialmente da querida Mag, a Margarida, que veio casar com o Carlos Nelson Costa. Ambos morreram cedo.
    b)meu pai, o falecido Lourenço Façanha, contava-me que era um dos fundadores do Macapá Esporte Clube e que este surgiu do Panair E. Clube.
    Abraços José Façanha

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  4. Oi Aluisio.
    Excelentes observações...bastante oportunas.
    Assino embaixo.
    Quanto à duvida que você tinha sobre o logotipo do Esporte Clube Macapá, tem sim, tudo haver com a Panair, pois o clube surgiu do Panair Esporte Clube.
    Informação ratificada pelo amigo José Façanha no comentário abaixo do seu.
    grande abraço

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  5. Grande amigo José Façanha:
    Um enorme prazer em encontrá-lo por aqui visitando o blog.
    Principalmente, por trazer à lembrança, grandes pioneiros da cidade de Macapá.
    Conheci o casal Carlos Nelson e D. Margarida.
    Me lembro perfeitamente de seu pai Lourenço Façanha.
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    Dia desses postei uma foto em que aparece outro grande visinho nosso: Dr. Aurélio Távora Buarque.
    Bons tempos de Macapá!
    Recomendações à sua mãe, D. Diva e demais familiares por quem tenho grande apreço e admiração.
    Um grande abraço
    E vou continuar no aguardo de suas novidades

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  6. Nossa você tem um acervo raríssimo, que bom que está disponível para conhecimento de todos.

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