Irmã Santina Rioli nasceu em Milão,
na Itália, em 17 de agosto de 1914, filha de família humilde, estudou nas
escolas públicas, formando-se professora no ano de 1932 e ingressando no
Instituto das Irmãs de Caridade das Santas Bartoloméa Capitânio e Vicência Generosa
como professora, em 4 de março de 1933, recebendo os votos religiosos em
setembro de 1936, consagrando-se definitivamente a Deus pelos votos perpétuos.
No período de 1934 a 1939 trabalhou com as crianças do jardim de infância; em
1940 frequentou o curso de especialização na área de educação infantil.
Retomando as aulas colocou em prática a sua experiência durante cinco anos.
Animada pelo espírito missionário, deixou sua pátria no ano de 1947, chegando
ao Brasil, iniciando suas atividades na cidade de Rio Claro, em São Paulo,
permanecendo até o ano de 1950, quando chegou o convite do padre Aristides
Piróvano, encarregado do PIME em Macapá, em nome do Governador do Território do
Amapá para trabalhar na Escola Doméstica de Macapá. Santina Rioli aceitou e
chegou a Macapá, no dia 24 de julho de 1951, encontrando as irmãs Celina Guerini,
Batistiria Gritti, Rosa Agostini, Elvira Buyatti e Francisca Viola,
pertencentes a mesma congregação religiosa e juntas fundaram a Escola Doméstica
de Macapá, matriculando um grupo de meninas em regime de internato. Santina Rioli
teve uma atuação destacada como professora de Português e Trabalhos Manuais.
Segundo depoimento de suas ex-alunas, ela gostava de ensinar às alunas a arte
da cozinha, fazendo pratos deliciosos. Nas suas horas de folga, visitava as
famílias das suas alunas e fazia a evangelização na periferia da cidade. No ano
de 1959 foi destacada para trabalhar na Escola Nossa Senhora de Fátima, no
Bairro da CEA onde existiam os barracões da ICOMI, assumindo o cargo de Diretora
do estabelecimento. No ano seguinte viajou para Belém, assumindo o cargo de superiora
da Congregação, com a missão de abrigar os filhos sadios de pais tuberculosos.
Através de doações adquiriu um antigo casarão onde se abrigou com suas
crianças. Servia no Preventório Santa Terezinha, quando recorreu ao Governador,
Prefeito de Belém, Forças Armadas, comércio e indústria para recuperar o
prédio, ampliar a aumentar o número de crianças. De repente descobriu que fora contaminada
pela tuberculose. Afastada do trabalho, recuperou a saúde. Em 1966 retomou para
Macapá e foi trabalhar no Hospital Geral, recebida com muito carinho por suas
ex-alunas.
Em 1977 viajou para Itália em férias
e no retorno insistiu para ficar no Preventuário Santa Terezinha justificando
que as criancinhas precisavam dela. Na tarde de 12 de janeiro de 1976, ao
descer de um veículo, cai e sofre uma fratura na base do crânio. Levam-na para
Santa Casa, os médicos se revezam, querem salvá-la, mas tinha chegado a hora e
a 13 de janeiro Santina Rioli entregou-se às mãos do Criador. O governo do Amapá,
para homenagear a grande mestra, deu o seu nome à antiga Escola Doméstica de
Macapá que passou a se chamar Escola Estadual Santina Rioli.
Texto do jornalista Coaracy
Sobreira Barbosa publicado no Livro Personagens Ilustres do Amapá, Vol. II,
edição de 1998.
(Foto reproduzida do blog da Escola Santina Rioli)
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