sábado, 28 de setembro de 2013

Prof. Antenor Epifânio Martins - um mestre de muitas gerações

Antenor Epifânio Martins - Mais conhecido como Mestre Epifânio, foi educador da era territorial do Amapá. Nasceu em Capanema (Pará) em 7 de abril de 1925. Foi para  Macapá a partir de 1950, a convite do diretor do Esporte Clube Macapá, Climério Vilhena Andrade. Logo que chegou, iniciou sua vida esportiva no Macapá, e como mestre artífice passou a lecionar na antiga Escola Industrial, depois Ginásio de Macapá, Escola Integrada e atual  Escola Estadual Antônio Cordeiro Pontes.
Mestre Epifânio pode ser considerado um dos baluartes do esporte macapaense, juntamente com Pauxy Nunes, Glycério Marques, Emanuel, Isaac Menahem Alcolumbre e outros que militaram no setor. Mestre Epifânio defendeu as cores do Esporte Clube Macapá e do América Futebol Clube como atleta, tanto do futebol como também do basquete, nos idos de 1950 a 1961. Também foi juiz de futebol da Federação Amapaense de Desportos de 1959 a 1967. 
Mestre Epifânio (último à direita) como técnico de basquete da Seleção Amapaense de Basquete, na época do ex-Território. A partir da esquerda em pé: 1 e 2 não reconhecidos, 3-Mário Cutia, 4-Antônio Chagas e 5-Jorge Récio. Agachados: 1-?, 2-Antônio de Pádua (Patinhas), 3-Jorge Basessat, 4-Bola e 5 Zezão Ardasse.
Ele também chegou a ser técnico de times tradicionais como o Esporte Clube Macapá e alguns de Serra do Navio. Marcou presença nos jogos ginásio-colegiais de 1974 a 1976, como membro da Comissão de Disciplina.
De todos os estabelecimentos de ensino que passou, Epifânio fixou-se mais no antigo Ginásio de Macapá. Ele cita o governador Janary Nunes como criador o GM, e que de lá saíram os marceneiros, carpinteiros, artesãos, mestres de obra, todos profissionalizados da terra. "Pode-se até dizer, sem sombra de dúvida, que a maioria das micro e médias empresas do então Território do Amapá comportaram em seu quadro de funcionários, ex-alunos do GM; quando não, os próprios proprietários", concluiu. Como professor mestre Epifânio militou 25 anos no magistério do GM, que nos anos de 1966 a 1969 funcionou como Escola Orientada para o Trabalho. "Com a reforma da lei 4024 para 5692, a clientela do GM foi se diversificando, abrindo campo para o setor feminino, pois antes era uma escola de regime de semi-internato masculino."
Para Epifânio, a comunidade macapaense já não andava tão animada como nos anos 70. "Vale a pena lembrar que os primeiros desfiles escolares foram realizados na Fortaleza de São José de Macapá até 1951. A partir daí, eram feitos em frente à residência do governador. De 1962 para cá, passaram a ser realizados na Avenida FAB."
"O período da competição era tão bom, que a própria comunidade se envolvia, com várias torcidas como as do "colosso cinzento" ou "garapa azeda", atribuídos ao Colégio Amapaense; "Piramutabas" (lETA), "Bonequinhos de Anil" (Ginásio de Macapá). Os carros alegóricos nos desfiles eram poucos, mas as bicicletas, todas enfeitadas, ornamentavam as ruas de verde-amarelo, dando um multicolorido todo especial". Epifânio era possuidor de um arquivo de fotos raras e importantes.
Mestre Epifânio faleceu em Macapá em 23 de junho de 1999, vítima de problemas cardíacos.

Fonte: Biografia - Pesquisa  e texto do historiador amapaense Edgar Rodrigues, com adaptações, adequações  e atualizações, especiais para o Porta-Retrato.

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